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Bonitinho mas ordinário (com todo respeito) |
Mas outro dia fiquei com vontade também de falar de atores ou atrizes medíocres, ou simplesmente ruins, embora dotados da aura de queridinhos do público e, principalmente, da indústria do cinema hollywoodiano. Esse é o típico caso de Tom Cruise.
Cite, prezado internauta, um filme em que esse ator nascido na cidade de Syracuse, no estado de Nova York, tenha feito você se emocionar, ou se admirar de como se pode ir longe na arte dramática! Tom Cruise é a antítese disso.
Até hoje, não vi sequer um filme com o ator que possa ser citado, creio, entre 300 filmes bons. Pensando bem, talvez, nem na lista dos 500 melhores filmes que se possa ver, uma película com Tom Cruise apareça. Ou mil, sei lá, a matemática engana. Você deve ter visto alguns desses: A Firma, Missão Impossível, Entrevista com o Vampiro, Colateral... Ou Magnólia, este considerado até cult por alguns críticos. Críticos no mínimo pouco exigentes. Isso para não falar no intolerável Nascido em 4 de Julho, entre outros. O mote para este post foi que dias atrás estava lá, sendo exibido na telinha, A Firma. Um thriller, mas que seria bem melhor, não digo com Al Pacino, mas com um Bruce Willis, por exemplo, que é um ótimo ator, mas que infelizmente atua em muito poucos bons filmes.
Tom Cruise é daqueles atores cujos personagens não existem. Ele interpreta sempre o mesmo boneco insípido e sem alma.
Um amigo me disse tempos atrás que não gosta de Al Pacino. Que não vê nada demais no ator que interpretou Michael Corleone em O Poderoso Chefão de Coppola, e atuou em Serpico, Scarface, Um Dia de Cão, Perfume de Mulher, O Informante (o grande filme de Michael Mann, em que Pacino contracena com Russell Crowe, e não um filme com título homônimo no Brasil que é um lixo), entre outros, alguns bons, outros não. Com Tom Cruise, não; não há um filme bão, daqueles que quando termina você fica um pouco em silêncio, ou pensa sobre. Discordo totalmente do meu amigo. Fico imaginando Tom Cruise interpretando Michael Corleone. Nesse caso, esse importante personagem da cinematografia de Coppola sequer existiria. Pois nenhum personagem de Cruise tem alma.
Enfim, Tom Cruise é um ator bonitinho, mas ordinário.
PS: Alguém poderia objetar: mas nem De Olhos bem Fechados (do gênio Stanley Kubrick) poderia ser citado como um filme no mínimo bom na carreira de Cruise? Ao que eu responderia:
Não. Por dois motivos: 1) não posso dizer que é bom um filme que não vi, e não vi justamente porque Tom Cruise é um dos protagonistas; 2) um filme não pode ser bom se esse ator é um dos protagonistas, será irremediavelmente um filme manco. Isso mostra que até os gênios erram. Kubrick errou.
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Julia Roberts, em O Sorriso de Monalisa (Da Vinci treme no túmulo) |
Julia Roberts é a atriz bonita que – como tantas outras criaturas de Hollywood que ascenderam à glória por inumeráveis motivos, menos pelo talento na arte dramática – interpretou, interpreta e interpretará a personagem sem relevância (como Tom Cruise), insípida e sem carisma, que, no fundo, é sempre ela mesma, com sua boca um pouco maior do que seria recomendável a um rosto bonitinho como o dela. Julia Roberts é uma atriz bonitinha, mas ordinária. No sentido da acepção 3 do Houaiss (“sem brilho, sem destaque; medíocre”), e não com nenhuma conotação moral, por favor.
*Este post também poderia se intitular Atores insípidos
Leia também, da série Grandes Atores:
Vincent D'Onofrio: um grande ator nem sempre é um superstar
Gandes atores (1): Anthony Hopkins, Gene Hackman, Marlon Brando, Rod Steiger
Gandes atores (2): Henry Fonda
Gandes atores (3): Paulo José: Macunaíma, Quincas Berro D'Água e O Palhaço