Vejam estes exemplos fantásticos, que hoje seriam considerados pedofilia e chauvinismo puros.
3/31/2008
JÁ VOS ACONTECEU COMPRAR UMA PRENDA PARA OUTRA PESSOA E GOSTAREM TANTO DELA QUE NÃO A QUEREM DAR?
Comprei uma colecção de livros com publicidade dos anos 50, 60 e 70 para oferecer num aniversário e agora quero ficar com ela.
3/30/2008
Olá queridíssimos clientes, cá estou eu para fazer a revisão dos acontecimentos mais importantes, ou não, que marcaram, ou não, a semana que acabou.
1. Começo por um assunto que já cheira mal. Mas já que todos andam a bater no ceguinho há que tempos eu também sou filha de Deus. E prometo que vou ser breve. Adolfo Luxúria Canibal, vocalista dos Mão Morta disse em entrevista ao JN, desta forma sucinta e certeira que só os gajos inteligentes conseguem, que "Aquele comportamento (no Carolina Michaellis) é tão inconcebível que o meu filho nunca o faria. Foi instruído para isso". Basicamente é assim, se um gajo chamado Luxúria Canibal consegue educar o puto, tenham vergonha! Acabei. Mesmo!
2. D. Carlos Azevedo, bispo, acusa o governo de mentir e exige ética política, por causa daquelas tretas do costume, divórcio, aborto, e ai e tal. O que eu pergunto é, quem é o D. Carlos e o que é que interessa a opinião dele sobre o que quer que seja? Qual é o critério? Vamos começar todos a dar entrevistas aos jornais? Somos dez milhões, é capaz de não dar jeito!
3. Em Estarreja houve um incêndio no Qumiparque, logo debelado e que felizmente para a padaria, que mora aqui mesmo ao lado, não se passou nada. A Comissão de Utentes do Hospital de Salreu é que aproveitou logo para vir dizer que isto é a prova provada de que não devem fechar as urgências. E eu, Rosarinho, mesmo sem perceber nadinha de medicina (tal como eles), digo que já lá estive, vi a pinta daquilo (parece a enfermaria do liceu onde eu andei), e digo que se houver um incêncio a sério na Zona Industrial de Estarreja e as vítimas tiverem que fazer escala no Salreu antes de dar entrada no Hospital em Aveiro, bem podem rezar à Senhora dos Aflitos, porque só se safam com um milagre.
4. Para finalizar, a nova conta do BES, que eles dizem que é igual à do Cristiano Ronaldo. Eu, que sou preocupada com o esclarecimento dos clientes e já lá fui pedir informações, estou em condições de revelar que não é igual. É parecida. Mas não como os gémeos. Nem sequer como os gémeos falsos. É mais assim tipo a semelhança entre o Coreto da Palhaça e a Torre Eiffel.
E pronto queridos, por hoje é tudo. Fiquem com uma beijoca da vossa
Rosarinho
3/29/2008
VIDA DE PUTA OU PUTA DE VIDA, TANTO DÁ
Ontem, através do JN, fiquei a saber que os portugueses são valentes. É pelo menos essa a opinião dos locais que habitam um pueblo onde foi encerrado uma casa de alterne na qual eram exploradas e abusadas, nada menos que 300 mulheres que viviam em absoluto estado de escravatura e privação de liberdade. Os portugueses são valentes porque, dizem eles, são mais aficionados e constituíam a esmagadora maioria dos clientes do negócio. Assim à primeira vista, eu pensava que um gajo valente seria aquele que lá fosse pôr fim naquela merda, meter os chulos na ordem e libertar as mulheres. Como fez a polícia por exemplo. Mas isso sou eu que vejo muitos filmes.
Afinal, somos valentes porque nos aproveitamos da fragilidade dos que não se podem defender. Já o fazíamos no tempo dos descobrimentos, continuámos a fazê-lo nas ex-colónias e mantemos a tradição indo às putas sem questionar se elas são cidadãs livres que exercem livremente a profissão. Já somos valentes há muito tempo. Viva a pátria!
3/28/2008
ALGUMAS CURIOSIDADES COM O NÚMERO SE7E
É preciso comer 7 kg de queijo mozarella para sermos afectados pelas toxinas. Muito antes disso, já fomos afectados por uma congestão.
É preciso beber 7l de vinho carrascão, seguidos, para começar a achar que a Carla Bruni sabe cantar.
Estamos a chegar ao sétimo dia da semana. Bom fim-de-semana a todos os clientes e a mim também que bem mereço.
3/27/2008
A VIDA É BELA, MAS UMAS VEZES MAIS BELA DO QUE OUTRAS
Hoje tive dois episódios daqueles dignos de irem para o álbum de família, dois num só dia!
À saída do emprego, na avenida mais movimentada da cidade e em hora de ponta, o estúpido do meu carro enlouqueceu e pôs-se a acelerar sozinho sem pedir nada a ninguém. Agora imaginem verem uma doida a ultrapassar pela esquerda e pela direita, aos zigue-zagues, numa avenida cheia de trânsito, com o motor do carro a fazer um barulho ensurdecedor de aceleração (tipo fórmula 1 na televisão) e a travar de vez em quando para não matar toda a gente, deixando o carro ir abaixo. Foi assim até casa.
Se eu fosse uma gaja mística ia acreditar que o parvo do carro estava possesso. Como não sou, acho só que é uma boa merda e já o devia ter trocado.
Mais tarde, em casa, tivemos a ideia peregrina de fazer risotto para o jantar, coisa que nunca tínhamos feito antes. Pegámos num livro de receitas e pimba! Como nos esquecemos que, antes de fazer as receitas dos livros temos que ir ao super-mercado comprar o que lá diz e na verdade fizemos ao contrário, o nosso risotto ficou capaz de fazer inveja ao melhor produto de calafetar portas e janelas existente no mercado. Tenho uma dor de barriga que pareço um puto depois de comer uma caixa de chocolates inteira.
Vou dormir. É capaz de ser melhor.
3/26/2008
MINHA NOSSA...
Liguei à telêvisão e tava lá um cará, viu... qui tava dêfendendo essi tau dji acôrrdo e tava djizendo qui não sábia prá qui sérrvi essis "cê" qui à gentxi vivi bôtando im tudo o qui é pálavrá qui teim tê, como "tecto" ou "arquitecto". Eu até ágora, vivia cunvencida qui sérrviá para ábri à vôgau prêcêdentxi né? Caso contrário si lêria "têto" e "arquitêto". Mais não, áfinau num tá cum nadá. O cará é qui perrcébi dêssis treco num é? Purrqui êli é qui tavá dando intrêvista e não eu! Logô, eu já côméço treinando prá iscrêvê im condjição no futurô!
Saravá meus irrmão!
DUAS DE FICAR COM OS OLHOS EM BICO (EU SEI QUE O TÍTULO É MERDOSO MAS A ESTA HORA JÁ NÃO DÁ MAIS)
Uma: Agora é moda dizer mal da China mas eu acho que é só inveja por serem eles a organizar os jogos olímpicos. O que é certo é que eles têm a máquina bem oleada e a funcionar e em termos de organização impecável ninguém os bate. Os transportes, por exemplo. Diz que fizeram um teste com a Bjork quando ela lá esteve estes dias a dar uns concertos e estima-se que, entre o momento em que ela disse em público no palco "Free Tibete!" e o momento em que fez check-in no aeroporto para se pôr nas putas passaram apenas uns minutos. Foi tão rápido que já se considera um record mundial de tempo mínimo para apanhar um avião.
Duas: Ainda naquela história da pita que berrou pelo "telemóbel, já!", acho um delírio dizer-se por aí, à boca cheia, que a rapariga afinal é um anjo e só lhe falta as asinhas porque já admitiu que "procedeu mal". Vamos lá ver. A gaja é apanhada em filme naqueles preparos, toda a gente vê e critica, a mãe fica em maus lençóis, põe a escola em cheque mais a professora e o país inteiro, é chamada à pedra, provavelmente por um grupo de professores do conselho executivo, não propriamente bem-dispostos, e o que é que se esperava que ela dissesse? - "Ah e tal, fiz muita bem e quero que se f*dam?" - pois está claro que só podia admitir que tinha procedido mal, nem que fosse para se ver livre da situação e sair dali! Está tudo doido!
3/24/2008
FARINHA AMPARO, DECIDIDAMENTE UM SERVIÇO PÚBLICO
Hoje, como mais uma vez desde há uns dias, não fiz nenhum, pus-me a pensar novamente no que será afinal essa tal "música do mundo" de que tanto se fala. Como mera hipótese académica, desenvolvi a teoria que se segue. Chamo a atenção dos leitores que, como sempre, a técnica é lastimável, mas o que interessa é o conteúdo.
O que nos leva ao segundo assunto de hoje. Quando acabei de fazer o upload do filme no youtube para assim o poder partilhar convosco, apareceu-me nos relacionados (não faço a mínima porquê) este discurso de um muçulmano sobre Fátima. Como infelizmente não tinha legendas e eu não queria privar os nossos clientes de tão importante revelação, pus as legendas eu mesma. Espero que saiam enriquecidos sobre o tema.
E finalmente (a ver se sai alguma coisa de jeito hoje), quem é amiga quem é? Um site para fazer buscas de ficheiros mp3. Sai sempre!
O que nos leva ao segundo assunto de hoje. Quando acabei de fazer o upload do filme no youtube para assim o poder partilhar convosco, apareceu-me nos relacionados (não faço a mínima porquê) este discurso de um muçulmano sobre Fátima. Como infelizmente não tinha legendas e eu não queria privar os nossos clientes de tão importante revelação, pus as legendas eu mesma. Espero que saiam enriquecidos sobre o tema.
E finalmente (a ver se sai alguma coisa de jeito hoje), quem é amiga quem é? Um site para fazer buscas de ficheiros mp3. Sai sempre!
Olá queridos clientes! Depois de termos feito uma desinfestação e já com o ar muito mais respirável, vamos rever os acontecimentos da semana que passou:
1. O governo fez um ensaio para alterar a lei que proíbe as grandes superfícies de abrir ao domingo de tarde, mas o pessoal do comércio tradicional caiu-lhe logo em cima com as garras de fora. É uma situação lixada estar assim no meio do jogo do braço de ferro, porque caia para onde caia leva-se sempre por tabela. Mas o que eu achei um mimo foi mesmo o argumento dos “híperes” de que tem um abaixo-assinado da população com 250 mil assinaturas a pedir a revogação da lei. É assim, eu, se fosse ao Sócrates mandava-os era para a esquadra por fraude, publicidade enganosa, o que quiserem… porque bem me lembro que quando me pediram a assinatura para aquela merda disseram-me que era uma prospecção de mercado para saberem a opinião das pessoas, só que à cautela não aceitavam opiniões contrárias à abertura ao domingo. Felizmente para mim e para a minha consciência, mandei-os pastar.
2. Outra cena que está a dar estrilho até mais não é a lei da proibição dos piercings a menores. Não haja dúvida que o pessoal do governo acordou em semana-não, deviam ter lido o horóscopo antes de pegar na caneta para assinar estas merdas, a sério! Porque isto é assim, é verdade verdadinha que, daqui a uns 50/60 anos, os velhinhos vão ser criaturas com os neurónios muito mais queimados que os de agora, cheios de tatuagens que vão parecer gráficos de empresas em falência em vez de flores e corações e mais não sei quê, restos de botox e silicone a escorregar até aos pés e buracões enormes por todo o lado por onde lhes vai sair a comida, a bebida, os macacos, a cera dos ouvidos, as tripas, tudo e mais alguma coisa. Não vai ser bonito de se ver não senhora, mas porque raio hão-de preocupar-se com isso os gajos do governo se nenhum deles vai estar cá para ver?
3. Grande burburinho causou também aquele vídeo com uma murcona histérica a chorar baba e ranho pela merda do telemóvel que a profe lhe queria tirar. Cá por mim, e logo à cabeça, faço votos para que, se um dia a pílula me falhar, nunca me saia na rifa um estafermo daqueles, porque pior que parir deve ser parir uma coisa daquelas e ainda ter que levar com ela toda a vida. À parte isso, apenas mais dois pequenos reparos: Os partidos da oposição, como era de esperar, começaram logo a aproveitar-se da cena para acusar o governo disto e daquilo, como se o dador de esperma tivesse sido o Sócrates, o que não me parece, mas isso já não espanta nada. O que me espanta é que vão sempre pedir a opinião ao Paulo Portas e não me pedem a mim, já que eu estou convencida que, apesar de tudo, tenho mais “sócios” do que ele. Outra coisa que me espanta é que, com a cultura da inutilidade total que vivemos hoje em dia, a pita maluca ainda não tenha sido convidada para gravar um disco, apresentar um programa na sic radical ou dar opiniões no telejornal. Não deve faltar muito.
4. Para terminar, uma merda sem interesse absolutamente nenhum mas da qual eu adorei fazer a ilustração do post de hoje: A irmã do Jardel, dona duma quantidade de celulite maior do que toda a droga que já foi apreendida pela PJ até agora, defendeu-se com o argumento de que “não é portuguesa” por isso tem “peito e rabo”. A celulite, quer dizer, o rabo, chegou-lhe ao cérebro.
E é tudo queridos, tenham uma boa semana e fiquem com uma grande beijoca da sempre vossa
Rosarinho
1. O governo fez um ensaio para alterar a lei que proíbe as grandes superfícies de abrir ao domingo de tarde, mas o pessoal do comércio tradicional caiu-lhe logo em cima com as garras de fora. É uma situação lixada estar assim no meio do jogo do braço de ferro, porque caia para onde caia leva-se sempre por tabela. Mas o que eu achei um mimo foi mesmo o argumento dos “híperes” de que tem um abaixo-assinado da população com 250 mil assinaturas a pedir a revogação da lei. É assim, eu, se fosse ao Sócrates mandava-os era para a esquadra por fraude, publicidade enganosa, o que quiserem… porque bem me lembro que quando me pediram a assinatura para aquela merda disseram-me que era uma prospecção de mercado para saberem a opinião das pessoas, só que à cautela não aceitavam opiniões contrárias à abertura ao domingo. Felizmente para mim e para a minha consciência, mandei-os pastar.
2. Outra cena que está a dar estrilho até mais não é a lei da proibição dos piercings a menores. Não haja dúvida que o pessoal do governo acordou em semana-não, deviam ter lido o horóscopo antes de pegar na caneta para assinar estas merdas, a sério! Porque isto é assim, é verdade verdadinha que, daqui a uns 50/60 anos, os velhinhos vão ser criaturas com os neurónios muito mais queimados que os de agora, cheios de tatuagens que vão parecer gráficos de empresas em falência em vez de flores e corações e mais não sei quê, restos de botox e silicone a escorregar até aos pés e buracões enormes por todo o lado por onde lhes vai sair a comida, a bebida, os macacos, a cera dos ouvidos, as tripas, tudo e mais alguma coisa. Não vai ser bonito de se ver não senhora, mas porque raio hão-de preocupar-se com isso os gajos do governo se nenhum deles vai estar cá para ver?
3. Grande burburinho causou também aquele vídeo com uma murcona histérica a chorar baba e ranho pela merda do telemóvel que a profe lhe queria tirar. Cá por mim, e logo à cabeça, faço votos para que, se um dia a pílula me falhar, nunca me saia na rifa um estafermo daqueles, porque pior que parir deve ser parir uma coisa daquelas e ainda ter que levar com ela toda a vida. À parte isso, apenas mais dois pequenos reparos: Os partidos da oposição, como era de esperar, começaram logo a aproveitar-se da cena para acusar o governo disto e daquilo, como se o dador de esperma tivesse sido o Sócrates, o que não me parece, mas isso já não espanta nada. O que me espanta é que vão sempre pedir a opinião ao Paulo Portas e não me pedem a mim, já que eu estou convencida que, apesar de tudo, tenho mais “sócios” do que ele. Outra coisa que me espanta é que, com a cultura da inutilidade total que vivemos hoje em dia, a pita maluca ainda não tenha sido convidada para gravar um disco, apresentar um programa na sic radical ou dar opiniões no telejornal. Não deve faltar muito.
4. Para terminar, uma merda sem interesse absolutamente nenhum mas da qual eu adorei fazer a ilustração do post de hoje: A irmã do Jardel, dona duma quantidade de celulite maior do que toda a droga que já foi apreendida pela PJ até agora, defendeu-se com o argumento de que “não é portuguesa” por isso tem “peito e rabo”. A celulite, quer dizer, o rabo, chegou-lhe ao cérebro.
E é tudo queridos, tenham uma boa semana e fiquem com uma grande beijoca da sempre vossa
Rosarinho
3/22/2008
ADMIRÁVEL MUNDO NOVO
Sem exagero nenhum, acho que nunca ninguém, em toda a história da humanidade, teve hipótese de assistir a tantas mudanças e tão radicais como a minha geração. Senão vejam.
Quando eu andava na escola primária:
- Um telefone era um objecto preto enorme, com uma roda de buracos que tinha que se girar para ligar para qualquer lado.
- Um telemóvel... não era nada que alguém imaginasse vir a existir.
- Um computador era uma coisa do tamanho duma sala de jantar, de onde saíam rolos de papel perfurados só decifráveis por criaturas com cérebros extraordinários e que só existiam nos filmes de ficção científica a preto e branco.
- Uma televisão era uma coisa que demorava uns cinco minutos a aquecer antes de transmitir qualquer som ou imagem, a preto e branco e só com um canal disponível.
-Um controlo remoto era uma coisa que a gente desejava que alguém inventasse quando estava com muita preguiça. Ainda assim, imaginávamo-lo com fio.
- A roupa era mandada fazer nas costureiras. Ninguém imaginava que se pudesse ir a uma loja onde já houvesse roupa feita à disposição.
- Portugal era um país com colónias e toda a sua população vivia na ilusão de ser invejada por todo o mundo graças aos seus heróis e à sua grandeza.
- Um relógio era uma coisa com ponteiros a que tinha que se dar corda todos os dias.
- Quase metade da população não sabia ler... nem sabia fazer de conta que sabia ler porque não conhecia as letras.
- A coisa mais grave que podia acontecer a quem praticasse sexo não seguro era ficar grávida ou ser excomungada.
- Ninguém imaginava que se pudesse gravar um filme em casa.
- As máquinas fotográficas levavam rolos que tinham que se colocar em salas às escuras e eram a preto e branco.
- No verão fazia calor e no inverno fazia frio.
- Um transplante era arrancar uma planta dum sítio e voltar a plantá-la noutro.
- O Benfica e o Sporting ganhavam campeonatos.
- Ir daqui a Lisboa demorava umas cinco ou seis horas de carro.
- Não havia espécies protegidas porque também não havia espécies em risco.
- Ser civilizado era não atirar o lixo para trás das costas nem pela janela. Reciclar era apenas usar as coisas muitas vezes porque não havia dinheiro para comprar outras.
E mais coisas que agora não me lembro.
3/21/2008
EFEMÉRIDES
Hoje foi o dia da poesia, do sono, da floresta, da água e do início da primavera.
Poesia, hoje, não li nenhuma.
Primavera não vi, estava uma ventosga do carago.
Água faz-me um bocado mal.
Também não estive em nenhuma floresta.
Por isso escolhi o sono, não se pode comemorar tudo. Por todos os motivos que já apontei e porque tirei este fds para comemorar o sono, não só na teoria mas na prática. Hoje saí da cama às onze e amanhã pretendo igualar, se não bater os resultados.
Boa noite para todos.
Poesia, hoje, não li nenhuma.
Primavera não vi, estava uma ventosga do carago.
Água faz-me um bocado mal.
Também não estive em nenhuma floresta.
Por isso escolhi o sono, não se pode comemorar tudo. Por todos os motivos que já apontei e porque tirei este fds para comemorar o sono, não só na teoria mas na prática. Hoje saí da cama às onze e amanhã pretendo igualar, se não bater os resultados.
Boa noite para todos.
3/20/2008
BARRACADAS
Lembrei-me duma de almanaque que me aconteceu há uma data de anos.
Eu tinha um apartamento à venda e, num belo sábado de manhã, toda a gente a dormir alegremente lá em casa, telefona a senhora da imobiliária a dizer que estava a dirigir-se para lá com um casal. Primeiro erro: Tinha que nos avisar com uma antecedência decente. Azar.
Grande confusão, toda a gente a levantar-se da cama à pressa, arrumar as tralhas que andavam lá pelos cantos para não parecer mal... até que alguém, numa tentativa desesperada de se despachar, atirou com um monte de roupa suja pelo ar e foi depois buscá-lo ao outro lado do quarto.
Quando chegou o casal para ver a casa até parecia que estava tudo normal e nós com ar de família feliz que já se tinha levantado há bué e tomado pequeno-almoço e feito compras e essas coisas todas. Só que quando entrei com as pessoas no meu quarto (eu ia a servir de cicerone) vi que tinha uma peúga pendurada no candeeiro do tecto. Pensei - "F*da-se! E agora? - e dirigi-os para a janela a fim de lhes mostrar a maravilhosa vista, que por acaso era apenas a empena doutro prédio e, enquanto dizia palermices do género - "Daqui deste lado a vista é esta! Mas pronto, do outro lado dá para o jardim..." - ia piscando o olho para o meu ex-marido à espera que ele percebesse que era para tirar dali a peúga discretamente. Só que ele, nada. E a tipa da imobiliária a olhar para mim e a pensar qualquer coisa do género - "Enlouqueceu!..."
Foi mau.
E vocês caros clientes, já tiveram assim uma barracada tão fixe como esta?
3/18/2008
MAIS PÁSCOA
E a programação da televisão nesta altura? É que não há cu! Só sai filmes com actores de cabelo comprido penteadinho aos caracóis, descalços, de túnica até aos pés a fingir que são pobres, sempre a mandar bitates em estilo cool (assim tipo Menezes) enquanto olham o horizonte debaixo duns raios de sol que saem por entre as nuvens. E depois no próprio dia sai o papa a ler umas cenas em várias línguas com péssima pronúncia de todas elas e só desiste quando já toda a gente entrou em processo de catatonia.
Mais, se eles voltarem a repetir aquele filme de acção ultra-violento do beato Mel Gibson que é pior que a colectânea completa dos zombies do George Romero desisto. Vou ver o Audax. Ou então saio de casa. Nem que chova.
Porque é que não passam A Vida de Brian? É educativo e também está dentro do tema!
3/17/2008
O SIGNIFICADO DA PÁSCOA NOS MEUS ARQUIVOS EMPOEIRADOS
Cresci a odiar a Páscoa. E com o tempo, acabei por esquecer os motivos, só sabia que ao chegar a páscoa, o tempo me sabia a amargo. Então, fui à procura nos ficheiros não classificados e acho que encontrei algumas razões, embora continue incapaz de as ordenar por grau de importância.
1. Lembro-me de perguntar lá em casa o que era a páscoa e alguém me ter respondido que era a celebração da morte de Jesus Cristo. Porra! Da morte? Isso é tão excitante como partir já as duas pernas! - pensei eu.
2. Lembro-me que o padre ia lá a casa e levava um crucifixo gigantesco (pelo menos para o meu tamanho), que toda a gente tinha que beijar. Não só o pessoal lá de casa mas a aldeia inteira. Eu, sabedora dos hábitos de higiene pessoal da maior parte dos habitantes da parvónia, achava aquilo nojento. Não apenas nojento mas nojeeeeeento. Então, todos os anos me fechava no quarto e fazia uma cena. Dizia que me estava a pentear e o cabelo ainda não estava suficientemente liso. A minha mãe respondia que ia mesmo assim e ia JÁ. Ao aproximar a cara daquela cruz de onde pendia um cristo metálico, sentia o cheiro de todas as pessoas que não tomavam banho nem lavavam os dentes e prendia a respiração. A seguir, corria para a casa de banho e cuspia até ter a certeza que me tinha visto livre de todos os germes.
3. Na Páscoa, ao contrário do Natal, havia sempre missas enormes e indolentes às quais eu era obrigada a assistir. Sim, no Natal havia a missa do galo, mas essa era apenas uma lenda para mim porque não havia lá em casa o hábito de a frequentar. Felizmente. Na Pácoa era sempre de manhã e acabava já na hora de almoço. Para o fim, eu já só sentia o cheiro do galo assado que era a refeição dos dias festivos e ouvia o meu estômago a roncar, mal-educado, enquanto o padre debitava coisas incompreensíveis ao ritmo dum disco de vinil de 45rpm a passar na velocidade 33.
Era mau...
Olá queridos clientes! Hoje venho cheia de peneiras. É verdade. A minha crónica da semana passada só não bateu o record de comentários cá na padaria porque uma vez a sonsa da patroa fingiu que ia fechar o tasco e teve 111. Claro que, para atingir este número invejável, contei com a colaboração dum anónimo mais do que identificado pelo inimitável estilo alarvóide do seu local de origem. A ele, o meu muito obrigada. E já agora, espero que me ajude a ultrapassar hoje a barreira dos 58.
Mas apesar de tudo, eu também venho numa missão de paz. Sei que os profes (incluindo a patroa que também o é embora já não pratique) ficaram muito ofendidos por os ter mandado trabalhar. Logo eu que só trabalho um dia por semana!... Por isso venho-me redimir. Começo, portanto, por reconhecer o grande sentido de humor dos professores que estiveram na manifestação e que, como se vê na imagem seguinte, sabem fazer umas piadas muita giras. E algumas a rimar e tudo!
Pronto. Agora a sério que queria falar doutros temas, juro que queria, só que nos últimos tempos só se tem falado nisto.
Por isso pouco mais vos trago hoje.
Temos por exemplo, a tragédia de Ana Drago, a quem a luta dá gases. Coitadinha. Eu é mais as hortaliças. Mas já ouvi dizer que o Activia da Danone dá um excelente resultado.
Finalmente e porque não se passa mesmo mais nada neste país, fiquem com o mais arriscado número de dança jamais experimentado no Dança Comigo. Eu, não faria pior.Fiquem com uma beijoca da sempre vossa
Rosarinho
3/16/2008
E NA VOSSA OPINIÃO
O que é que merece o pessoal que vai para o cinema ruminar pipocas e aspirar baldes de coca-cola?
3/14/2008
A MALTA É POBRE MAS RI-SE MUITO
Nunca tinha pensado nisto. Até me terem contado dum alemão que perguntou por que razão nós, portugueses, temos a palavra "sex" em todas as sextas-feiras, no calendário.
A resposta pode ser:
"Então, cada um é para o que nasce! Vocês produzem muito e pagam para equilibrar o orçamento da UE, para que nós possamos viver a vida descontraidamente, sem fazer um caraças!"
A resposta pode ser:
"Então, cada um é para o que nasce! Vocês produzem muito e pagam para equilibrar o orçamento da UE, para que nós possamos viver a vida descontraidamente, sem fazer um caraças!"
3/13/2008
NEM TODOS SOMOS EINSTEINS MAS UNS SÃO MENOS QUE OUTROS
No 7.º e 8.º ano de escolaridade tive uma professora de Matemática que todos odiávamos. Não me lembro do nome dela nem sei se ainda estará viva. Era irrascível e ensinava-nos matemática. Mesmo. Quer eu quisesse quer não (e na verdade não queria), tudo o que ela me ensinou, eu aprendi.
No 9.º ano veio o puto porreiro. Um gajo quase da nossa idade cheio de ideias de p... lírico, que nos deixava afastar as mesas e jogar à bola. Talvez um dos primeiros exemplares do produto gerado pela revolução e consequente massificação do ensino. Não consegui captar nadinha do que, nas poucas vezes em que rabiscava qualquer coisa no quadro, nos tentou ensinar. A matemática acabou para mim nesse mesmo ano.
Hoje considero-me, portanto, uma quase-analfabeta no domínio dos números. Apesar disso sei fazer contas, calcular proporções, equações simples, reduções... aquelas coisas de que nos servimos no dia-a-dia. Mas preocupada fico quando vejo (e já tenho visto muitas vezes) garotada que frequenta cursos superiores de gestão, administração e coisas afins a não conseguir saber o suficiente para, por exemplo, ler uma receita. Não sabem quanto é um quinto de litro nem conseguem calcular a área dum quadrado para saber quanto vão gastar em soalho.
O que é que se passa?
E ISTO É MESMO VERDADE
Nos últimos dias vi:
-Um carro duma escola de condução, em serviço, a fazer uma rotunda toda pela faixa da direita.
-Outro carro, doutra escola de condução, em serviço, a fazer uma rotunda toda pela faixa da direita.
-Um carro da PSP a fazer a mesma rotunda toda pela faixa da direita.
As rotundas tornaram-se um perigo ou eu é que estou enganada?
3/11/2008
AGORA IMAGINEM ESTA
Vocês andam no vosso carrito e um belo dia começam a ouvir uns barulhos estranhos, como se fosse qualquer coisa a bater. Isso acontece sempre que fazem ladeiras (a subir ou a descer) e quando fazem curvas. Vocês deduzem que têm uma traquitana a cair, daquelas que vêm agarradas aos carros tipo panela e isso. Então, fazem um grande drama em casa ao vosso cara-metade, para ele sentir como vocês estão preocupadas perante a ameaça de vos cair um cano qualquer no meio duma viagem. Até que ele pega no carro e, logo ao primeiro som, descobre que se trata dum tal de macaco, que está à solta no porta-bagagens e vai batendo em todo o lado graças à gravidade e à força centrífuga. Vocês não têm a mínima recordação de terem mexido naquilo e o ter posto assim à solta. Melhor ainda, nem sabiam que o vosso carro trazia uma peça solta chamada macaco. Sentem-se como se tivessem sido tele-transportadas naquele momento duma vida passada ou qualquer coisa do género.
É por isso que eu acho que a grande diferença entre homens e mulheres, é que nós temos uma relação espiritual com as máquinas. As avarias são psicológicas e o funcionamento é pela força da mente. Não só os carros, mas todas as máquinas. A relação deles é mais física. Adoram mexer naquelas coisas todas e conversar uns com os outros sobre as ditas. Aliás, um dia destes descobri esta coisa fantástica que é haver foruns na internet onde se trocam ideias sobre peças de automóveis (sim, peças de automóveis!). Não perguntem nada, também não imagino como possa ser um forum desses.
3/09/2008
Olá amores! Ora então cá estou eu para vos ajudar a perceber a semana que passou.
1. Eu já tinha pensado em laquear as trompas quando a Floribella foi aprender a escrever o nome e desatou a dar sessões de autógrafos rodeada de fedelhos. Agora, é certinho! Ter filhos e ficar sujeita a que eles sejam educados (que é como quem diz), por um bando de inúteis, já mulherzinhas e homenzinhos crescidos, que se dá ao trabalho de alugar uma camioneta de excursão e ir para as ruas de Lisboa dizer "Piu piu piu, a ministra já caiu", juro-vos, não é coisa para mim. Mais uma beca estão no carnaval da madeira a fazer companhia ao Alberto João! O problema, digo eu, é não lhes darem que fazer, e se não acreditam no que vos digo vejam a estatística ali ao ladinho.
2. Mas passemos a temas mais eruditos. Através dum panfleto da Remax, fiquei a saber o que é arquitectura de design moderna: É uma casa mais ou menos como aquelas de papel que se vendiam nas papelarias e quiosques quando eu era chavala, mas em tijolo-burro. Mas não há nada como ir ver "in loco". O exemplar fica em Frossos, a partir de agora elevada a capital do modernismo. Tragam é o GPS porque aquilo fica no cu do mundo, e pelo menos assim, perdem-se com estilo.
3. Ontem comemorou-se mais uma vez aquela coisa que dá pelo nome de Dia da Mulher e que basicamente é mais uma oportunidade para as floristas e restaurantes facturarem uns guitos. Nada contra, mas não contem comigo. Olha se eles se lembravam de criar o Dia do Homem! Isso é que ia ser um estrilho!
4. Ainda numa temática parecida mas noutra onda, esta notícia segundo a qual "os homens que partilham a vida doméstica melhoram a vida sexual". Só tenho inveja de não ter sido eu a inventar esta, até porque era de caras. Pois se eles andam há gerações a difundir estudos falsos com conclusões que passam por o esperma fazer bem à pele, já era tempo de se dar abertura ao contraditório, que está tanto na moda.
5. Para terminar, uma bacana que tem imenso em comum comigo e, aposto tudo, com a maior parte dos mortais. Chama-se Rita Pereira e está à espera de um convite para se estrear no cinema. Eu, por exemplo, estou à espera dum convite para gerir uma multinacional... ou para ser para deputada na AR. Enfim... não sou esquisita. E para já vou aguentando este emprego onde só trabalho um dia por semana. Há quem esteja pior. Curiosamente, ninguém me entrevista para eu dizer isso e atirar o isco a ver se alguém morde.
Fiquem então com a beijoca do costume da vossa Rosarinho, ajudem a cara-metade a lavar a loiça e tenham uma boa semana.
Fontes: O Expresso e o JN
3/07/2008
CONDOR OU A TENDINITE
Estou neste momento sentada numa cadeira, muito direita, sem me poder encostar num sofá ou numa cama apesar de praticamente não ter dormido e a tomar relaxantes musculares de seis em seis horas.
Enquanto eu curto a dor, fiquem pelo menos com este video que eu descobri, de um cantor espanhol com um nome supercatita.
Beijinhos
Enquanto eu curto a dor, fiquem pelo menos com este video que eu descobri, de um cantor espanhol com um nome supercatita.
Beijinhos
3/06/2008
A REVOLTA NO AVIÁRIO
Eu já achava o dia da mulher uma coisa estúpida.
Mas este ano, em Lisboa, ele vai ultrapassar todos os limites da estupidez.
E nós a ver.
Mas este ano, em Lisboa, ele vai ultrapassar todos os limites da estupidez.
E nós a ver.
3/05/2008
UMA QUESTÃO PURAMENTE MATEMÁTICA
As figuras que eu vi fazer há bocado a alguns adeptos do Porto, no restaurante onde estive a jantar, suscitaram-me uma questão mais ou menos do tipo dos problemas de aritmética da minha instrução primária:
Quantas vezes caberá o ordenado deste gajo...
...no deste gajo?
3/04/2008
LUGARES-COMUNS E TAL
Os nossos clientes são sensíveis aos seguintes lugares-comuns:
Emiele: Cá vai uma, também muito em voga em entrevistas, concursos e quejandos: «Então, bem-disposto(a)?» resposta idiota, «Sempre!»Sempre?... Aquelas criaturas andam SEMPRE bem dispostas?! É a parvoíce mais irritante para os meus ouvidos que conheço.
Calma! Provavelmente quem responde assim, quer apenas dizer: - "Porra! Deixa de me perguntar se estou bem-disposto! Estou sempre ok?"
Miguel: Choque tecnológico:
Este nem sei se vale, porque para ser um verdadeiro lugar-comum tem que chegar às repartições, aos cabeleireiros... pronto, mais baixo que isso também não. E a verdade é que ainda não se vê, no autocarro, duas pessoas a dizer uma à outra - "Eu sou toda pelo choque tecnológico!"
Kuka: Sou muito amigo do meu amigo.
Também curto este. Quer dizer qualquer coisa como: "Sou mesmo uma pessoa bestial! Mesmo!"
Jamudei: correr atrás do prejuízo.
Este juro que nunca tinha ouvido, tenho que me actualizar. E até vou esquecer que o Beira-Mar foi dado como exemplo! ;)
Lino Centelha: O Lino propõe que se numerem os lugares-comuns para poupar nas palavras. Gostei! E até proponho o mesmo para outras áreas. Por exemplo, anedotas. Alguém entra e diz: - "Doze!" - e o pessoal - "Eheheh! Essa é boa!"
E para terminar, a melhor busca que veio parar à padaria nos últimos tempos:
compro cuecas de mulher em Portugal
Assim.
Olha... eu também.
Emiele: Cá vai uma, também muito em voga em entrevistas, concursos e quejandos: «Então, bem-disposto(a)?» resposta idiota, «Sempre!»Sempre?... Aquelas criaturas andam SEMPRE bem dispostas?! É a parvoíce mais irritante para os meus ouvidos que conheço.
Calma! Provavelmente quem responde assim, quer apenas dizer: - "Porra! Deixa de me perguntar se estou bem-disposto! Estou sempre ok?"
Miguel: Choque tecnológico:
Este nem sei se vale, porque para ser um verdadeiro lugar-comum tem que chegar às repartições, aos cabeleireiros... pronto, mais baixo que isso também não. E a verdade é que ainda não se vê, no autocarro, duas pessoas a dizer uma à outra - "Eu sou toda pelo choque tecnológico!"
Kuka: Sou muito amigo do meu amigo.
Também curto este. Quer dizer qualquer coisa como: "Sou mesmo uma pessoa bestial! Mesmo!"
Jamudei: correr atrás do prejuízo.
Este juro que nunca tinha ouvido, tenho que me actualizar. E até vou esquecer que o Beira-Mar foi dado como exemplo! ;)
Lino Centelha: O Lino propõe que se numerem os lugares-comuns para poupar nas palavras. Gostei! E até proponho o mesmo para outras áreas. Por exemplo, anedotas. Alguém entra e diz: - "Doze!" - e o pessoal - "Eheheh! Essa é boa!"
E para terminar, a melhor busca que veio parar à padaria nos últimos tempos:
compro cuecas de mulher em Portugal
Assim.
Olha... eu também.
3/03/2008
HÁ LUGARES-COMUNS E LUGARES-COMUNS!
Há lugares-comuns tão extraordinários que quase que deixam de ser lugares-comuns para serem verdadeiros enigmas. Um deles, amplamente divulgado nos recentes concursos tipo Big Brother e sucedâneos, mas já muito mais antigo, é "ser eu mesmo/a".
Deliro com ele. É o lugar-comum mais esquizóide de todos os lugares-comuns.
Aplica-se geralmente em frases pseudo-poéticas, "Eu quero ser eu mesma/o!", "Deixem-me ser eu mesma/o!" ou "Gosto mais de ti quando estás a ser tu mesma/o!".
O que raio quer uma pessoa dizer quando afirma que que alguém está, ou não está, a ser ela mesma? Que pode acontecer uma situação do tipo - "Ai a minha cabeça! Estava aqui a ser a menina Lúcia das fotocópias, mas não! Eu sou a D. Maria do bar! Desculpem lá!"
Mas já outros são simplesmente imbecis. Como quando apanhei um taxista em Lisboa, que entre a Gare do Oriente e o SEF disse umas catorze vezes "Eu, gosto de ser uma pessoa humana!" - e depois fazia uns segundos de silêncio à espera das reacções do público extasiado.
E vocês, quais são os lugares-comuns que mais vos tocam?
Deliro com ele. É o lugar-comum mais esquizóide de todos os lugares-comuns.
Aplica-se geralmente em frases pseudo-poéticas, "Eu quero ser eu mesma/o!", "Deixem-me ser eu mesma/o!" ou "Gosto mais de ti quando estás a ser tu mesma/o!".
O que raio quer uma pessoa dizer quando afirma que que alguém está, ou não está, a ser ela mesma? Que pode acontecer uma situação do tipo - "Ai a minha cabeça! Estava aqui a ser a menina Lúcia das fotocópias, mas não! Eu sou a D. Maria do bar! Desculpem lá!"
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Mas já outros são simplesmente imbecis. Como quando apanhei um taxista em Lisboa, que entre a Gare do Oriente e o SEF disse umas catorze vezes "Eu, gosto de ser uma pessoa humana!" - e depois fazia uns segundos de silêncio à espera das reacções do público extasiado.
E vocês, quais são os lugares-comuns que mais vos tocam?
Olá queridos clientes. Hoje lá começa mais uma porra duma semana!... Para vocês, claro, porque eu só trabalho um dia por semana. Mas estou solidária convosco, pronto.
Mas vamos então ver os acontecimentos desta semana:
1. Afinal sempre posso chegar a ministra!
Na Focus desta semana vem esta notícia/insinuação espectacular: O ministro da cultura foi convidado por engano. A intenção era convidar outro gajo (esse sim, ligado à cultura) com um nome quase igual, mas como quando deram pelo gato (ou seja, quando o convidado apareceu e toda a gente pensou "quem é este gajo?"), o convite já tinha sido aceite, nada a fazer, ficou mesmo ele. Isto, na verdade, custa um bocado a engolir, não fosse a Focus da mesma editora da revista Maria e outras e eu nem acreditava. Não estou mesmo a ver o Sócrates a dizer à secretária - "Oh filha! Vai aí às páginas amarelas e tira-me o número do Pinto Ribeiro!" - e ela a pintar a unhaca - "É pra já chefe!". De qualquer maneira, e pelo sim pelo não, fico a torcer para que haja aí uma dondoca qualquer, candidata a um bom tacho, e que tenha um nome igual ao meu. Quem sabe...
2. Mas também há outros empregos porreiros!
Se por acaso não aparecer o meu convite por engano para assumir a cultura, as finanças ou a ciência, quero saber onde é que se tira este curso: Observador de Árbitros. Também não deve ser nada mau. Há uma porrada de tempo que eu vejo este senhor a escrever umas coisas no Diário de Aveiro e fico cheia de raiva. Isto sim, é que era emprego para mim! Desde que não me obrigassem a observar os árbitros durante os jogos (que isso é muito chato), nem quando fossem à casa de banho (que sou uma apariga de estômago sensível), tudo na boa!
3. De qualquer forma há sempre pior!
Há sempre quem consiga fazer pior do que ir às páginas amarelas buscar o número do gajo que se quer convidar para ministro. Por exemplo, no Gana, os tipos da organização da Taça Africana das Nações 2008, foram à internet fazer uma busca de imagens do google para arranjar as bandeiras dos países e pespegaram com a bandeira do apartheid a representar a África do Sul, totalmente por engano. Acreditem que eu, só queria ser mosca!!!... Aquilo é que deve ter sido!
(Notícia na Courrier Internacional)
4. Por cá, nada de excitante...
A não ser a reedição da Procissão dos Paços, desta vez na Lourenço Peixinho, mais concorrida, com mais beatério, mas a mesma chatice da outra. Não fui ver, não valia a pena sair de casa para isto. Ainda se metesse uns carros alegóricos, como no falecido Carnaval da Glória...
E pronto, queridos clientes, por hoje é tudo e já estou exausta.
Fiquem com uma grande beijoca da sempre vossa
Rosarinho
3/01/2008
DE COMO ÀS VEZES PRECISAMOS URGENTEMENTE DE VER ALGUMA COISA NORMAL PARA CONTINUARMOS A ACREDITAR NA HUMANIDADE
Era uma mãe e a respectiva cria (um corpulento e balofo rapaz a aparentar os trinta anos). Ele sentou-se, ela ficou de pé a dar as instruções (a ele) e as justificações (a mim), as quais ia intercalando. Acariciava a cabeça do filho como se faz a um bulldog de estimação.
- Sabe, os novos têm que aprender a tratar destas coisas sozinhos!
- Vá lá! Tens que preencher isso! É complicado mas a senhora explica!
- Sabe, ele coitadinho, não está habituado. O pai é que tratava de tudo para ele. Mas agora já é um homenzinho!
- Não é M********?
(O M******** fez um esgar de contentamento, como que a dizer "A minha mãe é muito boazinha para mim!", e continuou de cabeça enfiada no impresso, língua de fora (com o esforço), e gestos grosseiros, com a letra a subir e a descer em relação às linhas, ora mais leve, ora quase a rasgar)
- M********! Tens que pôr o "ésse" a seguir ao número! Senão as cartas não vão lá ter!
O M******** falou pela primeira vez:
- É com "ésse" de cão?
- Sim! É "ésse" de cão! - e a mãe sorriu, com ar desvelado. Depois dirigiu-se a mim novamente:
-Se o visse a escrever no computador! Aquilo é sempre seguido seguido seguido! Agora assim com caneta não está habituado, coitadinho!
Eu, durante o tempo todo, contive-me para não dizer o que me estava quase a sair pela boca fora sem eu querer:
- Oh minha senhora! Se eu tivesse um filho assim cobria a minha cara de m*rda!
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