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A Câmara Municipal de Lisboa caminha alegremente para um fim anunciado.
Nunca teve uma política definida porque nunca teve uma maioria estável.
Com treze mil funcionários, sendo pois uma das maiores empregadoras nacionais, ainda vai ao mercado recrutar dezenas de colaboradores, a maioria em part-time e, como foi demonstrado, alguns até ganham o soldo estando no estrangeiro.
É um compadrio de alto a baixo.

É este o momento ideal para uma vassourada que restitua a dignidade a um dos cargos políticos de maior importância em Portugal.

Paula Teixeira da Cruz, se quiser ser candidata, terá um passeio tranquilo até se sentar no cadeirão de Presidente.
Senhora de uma personalidade fortíssima (que a levou a apoiar publicamente o sim à lei do aborto) tem um currículo de honestidade de fazer inveja à maioria dos agentes políticos.
Acresce o ser mulher.
Não é que isso lhe acrescente seja o que for ás qualidades que tem, mas seria (será) uma lufada inovadora.

Tem o meu voto.

censura, diz ele

O Doutor Miguel Gaspar é um dos maiores jornalistas vivos e, claro, escreve no Público.

Hoje mostra-se aterrado com a hipótese, infelizmente tornada realidade, de se mostrar ao povinho coisas que foram “difundidas sem qualquer restrição”.
É que para este senhor doutor jornalista “É necessário mostrar aquelas imagens acompanhando-as por palavras que o expliquem, que procurem traduzir psicologicamente o que elas representam e que criem uma almofada entre o espectador e aquele inquietante espectáculo de dor e ressentimento”.
É claro que agora há um problema e ele é, como certamente já adivinharam, de na “era do YouTube, esconder não vale a pena, seria o pior.”.
Para o doutor Miguel Gaspar há direitos e direitos e o jornalista tem direitos, pois então e entre eles o de “exercício responsável do jornalismo. O que conta é a maneira como se mostram as coisas, a pragmática comunicacional que escolhemos. Aí, sim, é onde as águas se separam.”

O doutor Miguel Gaspar e muitos outros migueis que por ai andam, cada vez se sentem mais incomodados com a possibilidade de as notícias chegaram ás pessoas sem serem filtradas por eles, que sendo os detentores da verdade, podem evitar que ideias erradas chegam ás mentes que não estão preparadas para elas.

Era assim que Salazar pensava.

Nota: A crónica é sobre o vídeo que o assassino enviou a uma cadeia de televisão e que esta transmitiu sem pedir a opinião do doutor Miguel Gaspar.

Não ao racismo

A ministra Matilde Ribeiro, titular da Secretaria Especial de Política da Promoção da Igualdade (SEPPIR) diz que considera natural a descriminação dos negros contra os brancos. “ Não é racismo quando um negro se insurge contra um branco, a reacção de um negro de não querer conviver com um branco, eu acho uma reacção natural”

Esta noite passei pelo Marquês de Pombal, e vi os neonazis de plantão junto ao cartaz do PNR. Estavam vestidos de preto, bebiam cerveja e confraternizavam, rindo. Entre eles, reparei, estavam algumas mulheres. Sendo negra, senti medo. Medo, raiva e dor, como talvez nunca tenha sentido antes na minha vida.

Carta em Tribuna dos Leitores Público

eu explico: a Oprah é uma senhora afro-americana (como eles dizem lá)

Fernanda Câncio

Miterrand, um senhor que, em França, através do Majestatismo, do descontrolo absoluto das políticas de imigração, das aldrabices e da manutenção de toda a porcaria possível arrastou uma das nações mais civilizadas da Europa para as mãos da Extrema-Direita.
EM FRANÇA, COMO CÁ, AS PESSOAS TÊM MEDO, DE SAIR À NOITE À RUA!...

Arrebenta

É fartar, vilanagem

Segundo o Público apurou, Fernando Pinto recusou-se há alguns meses a dar cobertura aos pagamentos feitos a uma prestadora de serviços da acção social durante um período de cerca de seis meses em que esta esteva estudar nos estados Unidos. A mesma avençada acabou por receber os salários depois de o chefe do gabinete de Lipari Pinto ter afirmado que ela estava a desenvolver um trabalho para a autarquia lisboeta no estrangeiro.

O assessor do vereador explicou que esta prestadora de serviços do Gabinete A Brincar não esteve ausente de forma contínua, tendo regressado a Lisboa de tempos a tempos, e garantiu que “todos os pedidos de trabalho que lhe foram feitos, ela entregou-os no prazo determinado”. “Nunca houve um incumprimento da prestação de serviços”, acrescentou, confirmando que esta avençada é filha de Helena Pousada, que vai assumir a direcção do Departamento de Educação e Juventude.

In jornal Público de 19-04-2007

Portanto o que temos aqui?
Numa Câmara onde trabalham onze mil pessoas, foi necessário recrutar em regímen de avença uma colaboradora, que vai estudar para os states, volta cá de vez em quando para dar umas dicas, recebe o seu pré normalmente e é filha da mãezinha que por acaso vai ser a directora do serviço onde a jovem vai empregar os seus conhecimentos.
E com isto tudo ainda acaba por ser a origem da demissão de dois directores que não quiseram pactuar com esta bandalheira.
Só há uma coisa séria nesta notícia.
É o nome do gabinete onde esta malta trabalha.

O azul dele é branco

O Doutor Daniel Oliveira é um dos maiores políticos portugueses vivo.

Como o agrupamento a que pertence ainda não conseguiu, graças aos votos dos portugueses, desempenhar funções governativas, vai entretanto dando lições numa televisão.
Também mantêm um blog na Internet, mas aqui por uma questão profissional, uma vez que pertence aos quadros directivos de uma corrente ideológica de esquerda, reserva-se o direito de fazer censura aos comentários que lhe enviam comentando os seus apontamentos.
Bem, tenho que ser sincero, não é censura, é mais uma depuração, não vá algum comentário incomodar o pensamento único.

Ora pensamento único é aquilo em que o senhor doutor é um dos maiores especialistas e portanto não concorda que o Diário de Notícias seja gerido pelo seu dono e pelo novo director.
Não, o senhor doutor ficou muito aborrecido com a dispensa de alguns colunistas que ele considera serem todos de esquerda e antecipa já que serão substituídos por outros que, claro está, serão recrutados no oposto.

O senhor doutor nunca ouviu falar de mercado e de livre iniciativa e por isso acha que os jornais deviam ser geridos, sei lá, por ele?

IBÉRIA

Há assuntos em Portugal que são tabu.
O racismo (porque só se pode falar o dos brancos contra os pretos) o nuclear (porque a esquerda não gosta) a descolonização exemplar (porque não se pode falar) e este.
Ora acontece que em alguns inquéritos uma percentagem significativa de portugueses acha natural a criação da Ibéria.
Alice Vieira, que dispensa apresentações, no último “Sol” não teve papas na língua e expressou, com muita coragem, o que muitos pensam.
Fez muito bem.
Assuntos tabus só existem em sociedades que não prezam a democracia nem a tolerância.
Como a nossa.

A Cristina mantêm um blog que é um exemplo de serviço público.
Irreverente, divertido, informativo e de vez em quando atira-nos uma pedrada.Escreveu de vivência pessoal:

o que não gostei mesmo nada de ouvir foi, quando há pouco dei a notícia de um falecimento a um filho e ele me respondeu(chorando): e agora, como é que eu vou pagar o funeral? a minha mãe morreu há pouco tempo e como a assistência social disse que não tinha direito a ajudas tive que pedir ao patrão o dinheiro emprestado. e ainda estou a pagá-lo....

Eu acho que por vezes podíamos fazer um esforço e parar um bocadinho para pensarmos em que raio de sítio vivemos e como somos felizes por os nossos problemas serem tão pequeninos.
Também penso como é que os fulanos que nos governam (e que podem mudar isto) conseguem dormir tão sossegados todas as noites.
Isto num dia em que Miguel Sousa Tavares se refere à blogosfera como instrumento de calúnia e impunidade sem igual.

Obrigado Cristina por mostrares que há mais mundo para lá daquele que os olhos pequeninos conseguem ver.
É claro que é um mundo pior, mais dolorosos, mais injusto.
Onde não há engenheiros, mas grande engenharia para sobreviver.
É a vida.
Ou a morte.

Misha Gordin

O senhor doutor Rui Tavares, na sua crónica fala que quê?
Adivinharam, sim senhor, fala do cartaz.
E o que é que ele descobriu.
Adivinharam, sim senhor, descobriu que o cartaz “pode não ser propaganda partidária, mas não é certamente publicidade”.
Onde é que já se leu isto, onde foi meus senhores?
Quase que dá a impressão que se juntam no dia anterior e depois de um saudável plenário de braço no ar decidem como vão todos de igualzinho para a escrivaninha.
Mas este senhor doutor viu mais coisa.
Viu que o cartaz é racista, colocada por racistas e que o cartaz dos humoristas satirizava os racistas.
Este homem deve ter um problema qualquer com as cores.
O cartaz falava em emigrantes.
Onde é que ele só vê falar-se de pretos, amarelos ou outra coisa qualquer.

Estejam descansados, esta é a última intervenção sobre o cartaz, ou então não fazia outra coisa porque os senhores jornalistas de esquerda querem todos dar a sua opinião.
Acham que é uma missão, perdão uma espécie de comichão.

Interdito ao olho esquerdo.

Eu bem não queria voltar a falar do cartaz, mas os senhores cronistas encartados, não conseguem despegar o olho deste suculento assunto.
Hoje cabe a vez à maior cronista viva de esquerda, a senhora doutora Joana Amaral Dias ex-mandatária para a juventude na campanha de Mário Soares e não sei se ex-militante do Bloco de Esquerda.
Sim, eu sei, que com estas companhias a senhora doutora tem desconto, mas mesmo assim.
Ora vejamos.
Diz ela “que a extrema-direita seja, sistematicamente, autora de violência, incluindo ameaças, perseguições, espancamentos, homicídios e posse ilegal de armas”.
Sem dúvida, a senhora doutora sabe perfeitamente que os bairros problemáticos estão cheios de extremas-direitas, pois quem dúvida.
Depois deste aperitivo para caracterizar o cartaz do PNR vai então dar um passinho para o lado e ver o outro.
E que vê ela.
Primeiro vê que o cartaz pertence a uns cidadãos.
Pois que “nem sequer é um cartaz publicitário” e depois umas palavrinhas à frente consegue descobrir que “A lei é severa com as mensagens humorísticas e humanistas.”.

Mas então se não é publicitário é o quê?

Deixem-no trabalhar!

Brevemente, numa televisão perto de si, o senhor engenheiro vai demonstrar como se constrói.

Off-side

Em 1950 a Turquia apurou-se para o Mundial do Brasil.
Os turcos desistiram – alegando incapacidade económica e os escoceses que tinham sido segundos no grupo britânico acharam que só os primeiros deveriam moralmente ir e disseram que não contassem com eles.

A 21 de Maio atracou em Lisboa um navio com destino ao Rio de Janeiro onde a bordo estava um muito doente Jules Rimet.
Durante a escala foram visitá-lo dois directos da FPF, José de Melo e Mascarenhas de Meneses.
O presidente da FIFA disse-lhes que tinha aceite a sugestão do comité organizador para que Portugal e França substituíssem a Turquia e a Escócia.
No entanto o governo determinou que não se devia adquirir administrativamente um privilégio perdido em campo e André Navarro, presidente da FPF, declarou que “Portugal não deve ir ao Mundial em condições de favor e por isso não vamos”

Em 1950 José Sócrates ainda não tinha nascido.

Nota: Adaptado de Equipamentos com História de A Bola

Blogs - Perigo Púbico

Vicente Jorge Silva não precisa de apresentação.
É, simplesmente, o maior representante em Portugal das regiões autónomas.
Já foi tudo.
Director de jornal, deputado e agora escreve umas crónicas no Diário de Notícias.
Penso eu de que deve também ter a carteira de jornalista e se assim for breve vai ter que fazer exame perante o senhor Ministro que vai indicar quem faz jornalismo de sarjeta e quem pode frequentar os corredores do poder e do sucesso.

Hoje na sua crónica, todo tremeliques, escreve que “Muito antes do descalabro da Universidade Independente e das notícias dos jornais, já o currículo de Sócrates era maldosamente referido na blogosfera, essa outra praga moderna que escapa ao controlo dos poderes públicos”.

Vejam só, isto não pode continuar.
Fulanos que não passaram pela Universidade Independente, que não têm a carteirinha do Sindicato e que vêm para a blogosfera escrever coisas que, antigamente, (ai era tão bom), só os senhores jornalistas podiam não-escrever.
E depois, lá tem os verdadeiros fazedores das notícias de se dar à maçada de escrever sobre coisas que ninguém devia conhecer porque como dizia o outro “ a vossa política é o trabalho”.

O senhor doutor Vicente Jorge Silva, para azar nosso, vive, adormecido, num mundo descrito numa frase de Iris Murdoch:
We live in a fantasy world, a world of illusion. The great task in life is to find reality
Era uma boa altura de acordar.

Capote molhado, dá constipation

A senhora subcomissária Paula Monteiro informa V. Exas. que a PSP não é responsável pelos acontecimentos no Estádio da Luz, porque entre outras coisas não lhe compete revistar os adeptos.
O Benfica afirma que também não lhe compete revistar os adeptos e acha que não é responsável por nada.
O Porto acha que os adeptos não foram bem revistados e afirma que não é responsável por nada.
O Sindicato dos Polícias informa V. Exas que são todos culpados menos os polícias.

O senhor secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna José Magalhães mandou abrir um rigoroso inquérito.
A Liga através da Comissão Disciplinar mandou abrir um rigoroso inquérito.

Não vale a pena e é caro.
O culpado é esse cara que está aí na foto.
Era brasileiro e não fazia mal a ninguém.
Está prestes a ser tuga e já começou a asnear.

Os lobos maus

Avenida Almirante Reis - Lisboa

Rui Tavares é o maior historiador vivo de esquerda.
Aqui, os senhores leitores, poderão começar a questionar-se – de esquerda? Mas então um historiador não deve simplesmente contar a história? Não, seus crédulos, hoje a história não se conta, faz-se.
Ora no seu artigo de hoje no Público conta várias histórias de encantar, com aquele toque pessoal com que antigamente se adormeciam as criancinhas que ouviam o Capuchinho Vermelho.

E por falar em vermelho, Rui Tavares descobriu que desde o 25 de Abril “a violência política em Portugal veio sempre desta extrema-direita” e para confirmar a sua tese avança com os crimes “Espancaram um actor, esfaquearam até à morte um sindicalista e assassinaram o português Alcino Monteiro pelo crime de ser mulato”.
E não contentes com este vendaval de morte e destruição, em trinta e tal anos, o senhor historiador descobre que “, apostaram forte no concurso dos Grandes Portugueses”.
E isto porquê?

Ora explica o senhor historiador porque “O PS está no Governo, o PCP e o BE sobem sondagem após sondagem”.
Tudo evidência que não carecem de demonstração como aliás ele bem demonstra ao descobrir que “A batalha histórica da despenalização do aborto foi ganha com quase 60 por cento dos votos”.
Este senhor historiador é tão bom que podia perfeitamente demonstrar por isto aquilo e aqueloutro que os problemas que houve no último jogo de futebol foram causados pelo Le Pen.
Onde ele falha é ao analisar o racismo.

Mas isso deixo para outro dia, porque com historiadores destes, o que menos falta são histórias engraçadas todos os dias.

Vergonha

Faye Turney, é uma militar das forças armadas britânicas.
Juntamente com outros camaradas, foi capturada por forças armadas iranianas.
Contrariamente a todas as regras militares é forçada a usar uma semi-burka, por o estatuto de mulher naquele desgraçado país, ser abaixo de cadela.
Porque é que a Doutora Ana Drago, a Doutora Fernanda Câncio ou a Doutora Fátima Ferreira ainda não disseram, nem fizeram nada?
A submissão que as democracias ocidentais manifestam perante estes grunhos, é simplesmente vergonhosa.
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