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Comer ou ser comido, essa é a questão




Eramos uns 9, em conversa, ou debate, sem discussões, sem egos exagerados, cada um tinha os seus conhecimentos, ouviamos e depois falavamos, sabe bem ter conversas dessa forma.

Um dos assuntos foi o acordo ortográfico, um acordo ortográfico que foi assinado em 1980, que "dizem" que serve para unificar o povo português, uma ortografia oficial e unica, na teoria parece algo que é para melhor, mas não o é. Serve propósitos de um só país, o Brasil.

Mais uma mentira, uma mentira que se chama acordo ortográfico, uma mentira em que "O teor substantivo e o valor jurídico do tratado não alcançaram consenso entre linguistas, filólogos, académicos, jornalistas, escritores, tradutores e personalidades dos sectores artístico, universitário, político e empresarial das sociedades portuguesa e brasileira, de modo que sua aplicação tem suscitado discordância por motivos linguísticos (v.g. introdução de facultatividades, supressão de letras consonânticas mudas, hifenização, maiusculização e remoção do acento diferencial)"(fonte - wikipédia).

Um acordo em que ninguém concorda, e em que ninguém teve voto na matéria, não se sabe também ao certo quem foi a mente brilhante que decidiu emporcalhar a lingua portuguesa com erros.

Sou a favor da evolução, e acho que uma lingua adapta-se conforme os tempos, não há necessidade de acordos ortograficos, a lingua serve para comunicar, algo que interrompa essa linha, só prejudica a maioria.

"os negociadores do Acordo autorizam duplas ou múltiplas grafias no interior de cada país, com base num critério da pronúncia, que em nenhuma língua pode ser tomado como propriedade identificadora dum sistema linguístico e da(s) sua(s) respectiva(s) norma(s) nacionais, mas sempre e apenas de uma sua variedade dialectal ou social"(citação de Inês Duarte, professora catedrática de Linguística)

"(...) Em última análise, é deixada ao livre arbítrio de cada cidadão a escolha da grafia, pondo-se em causa a função da língua escrita como factor de coesão social" (citação de João Andrade Peres, também professor catedrático de Linguística )

Então para que serve esta merda ? Se todos podem escrever como querem ?



Ninguém votou a favor deste acordo, muitos até nem estavam informados do seu conteudo quando foi assinado.

Desprezo politicas, porque a grande parte é inconstitucional, acho uma estupidez acreditarmos na democracia quando a opinião da maioria não é considerada, não conheço uma única pessoa que defenda o acordo ortográfico.

Existe uma petição para quem discorda do acordo ortográfico(www.ipetitions.com/petition/manifestolinguaportuguesa) que, para além disso condena a alegada degradação dos programas de português nos graus básico e secundário, defendendo a reposição do ensino da literatura.

Assim como tb existe uma petição a favor do acordo, ora meus queridos, qual é a necessidade para que exista uma petição a concordar com um acordo ? Para mim é igual a MERDA, mas, já agora informo que esta petição tem pouco mais que 1100 assinaturas enquanto que a petição a discordar do acordo tem perto de 10.000.

A política nem sempre atrasou um povo, mas agora atrasa. Também não interessa atribuir culpas, o que está feito está feito, agora há-que pensar no futuro, nunca houve houve coerência no forçar.

O nosso património já é conspurcado todos os dias, a cultura é para o máximo de pessoas, e não para uma elite, a escolha nunca deve ser vista como uma ilusão e se isso acontece, então algo está podre .

Este acordo propaga a desinformação e a desunião entre as gerações, e o passado não serve apenas para ser posto num pódio, o passado serve para aprendermos com os erros e se possivel não os repetirmos.

Relembro o que Agostinho da Silva pensou, escreveu e PARTILHOU :

“(…) só restaria ao português construir um sistema propriamente político que não fosse contrário à sua essência. Como alicerce indispensável, uma descentralização da autoridade, num regresso ao direito de foral; sem descentralização administrativa, sem autonomia o mais ampla possível das Juntas de Paróquia e das Câmaras, tudo o resto seria pura retórica; tudo o restoseria pura reforma de títulos e de papel timbrado. Logo a seguir, deveria ter o liberalismo assegurado a um governo eleito por cortes ou escolhido pelo rei, mas sujeito em qualquer caso a periódico exame, pelas cortes, de directivas económicas, políticas e educacionais, amplos períodos de administração, de modo a garantir continuidade administrativa tanto mais necessária à medida que se iam desenvolvendo técnicas e levantando problemas que exigiam planejamento e tempo largo de experiência. Além de tudo, o só se reunirem cortes a períodos largos teria ainda a vantagem de diminuir a um mínimo o parasitismo de pares e de deputados que se criou com o sistema liberal substituindo o parasitismo dos fidalgos do antigo regime.”

Ensaios sobre Cultura e Literatura Portuguesa e Brasileira
pág 70