Cansado de escutar o sangue a ranger nas curvas apertadas
do coração
acalentas o sonho:
um barco no mar a afundar-se : sem capitão, sem ratos, sem espavento
um único tripulante a bordo: tu
Rui Caeiro
Acordo sem o contorno do teu rosto na minha almofada, sem o teu peito liso e claro como um dia de vento, e começo a erguer a madrugada apenas com as duas mãos que me deixaste, hesitante nos gestos, porque os meus olhos partiram nos teus