Sentia-se uma estranha magia no ar.
O calor de uma luz que não se via abraçava-nos.
Quando nada procurava, encontrei o que há muito perdera, redescobri uma fé desbotada pelo sol e a chuva dos tempos difíceis numa encruzilhada de complicações, em que sou peregrina!
Não sei que força era aquela que me sugava, o pestanejar lento denunciava o meu cansaço e mesmo no momento em que estava para ceder abriu-se uma janela, estava fechada por dentro e só eu tinha a chave e ainda que pequena encheu-me o coração de esperança.
Raios de sol plenos de paz levavam meus pensamentos, além fronteiras.
Assim à mistura de lágrimas e sorrisos levitava dos ombros o peso dos anos em feitio de cruz, símbolo de uma dor que não é só minha.
Enquanto as oliveiras cresciam no meio de ruínas e barro antigo, esvoaçavam pedaços de memórias em silêncio como folhas de Outono na mente!
Nunca estive tão perto de um lugar distante como naquele dia, o horizonte tinha o colorido de um quase milagre, nas vestes brancas de um homem diferente, agarrei-me ao voo das imagens, com a sede de quem está moribunda num deserto há muito tempo, tentando sobreviver na sombra dos cactos, arriscando resistir ao hálito próximo e acre dos abutres! (Falsas sentinelas, companhias rentes, e reles de dias e dias sem fim!)
A multidão em silêncio meditava. Com o olhar concentrado ou indiferente, mas olhando todos na mesma direcção, atravessando o ondular das bandeiras de várias pátrias. Deram-se as mãos não falando sequer o mesmo idioma.
Talvez fosse apenas um diálogo delicado entre surdos e mudos!
Enquanto o brilho breve de um outro espírito me emprestava a felicidade, caminhava na mansidão de gestos simples, esquecendo os passos perdidos, passos carcomidos de segredos, nos trilhos indicados em mapas indecifráveis.
Mas ao menos e por agora no final de mais uma etapa já sei quem sou EU no meio da multidão, ainda que espere o milagre quase impossível, não vou deixar nunca de o pedir!
O calor de uma luz que não se via abraçava-nos.
Quando nada procurava, encontrei o que há muito perdera, redescobri uma fé desbotada pelo sol e a chuva dos tempos difíceis numa encruzilhada de complicações, em que sou peregrina!
Não sei que força era aquela que me sugava, o pestanejar lento denunciava o meu cansaço e mesmo no momento em que estava para ceder abriu-se uma janela, estava fechada por dentro e só eu tinha a chave e ainda que pequena encheu-me o coração de esperança.
Raios de sol plenos de paz levavam meus pensamentos, além fronteiras.
Assim à mistura de lágrimas e sorrisos levitava dos ombros o peso dos anos em feitio de cruz, símbolo de uma dor que não é só minha.
Enquanto as oliveiras cresciam no meio de ruínas e barro antigo, esvoaçavam pedaços de memórias em silêncio como folhas de Outono na mente!
Nunca estive tão perto de um lugar distante como naquele dia, o horizonte tinha o colorido de um quase milagre, nas vestes brancas de um homem diferente, agarrei-me ao voo das imagens, com a sede de quem está moribunda num deserto há muito tempo, tentando sobreviver na sombra dos cactos, arriscando resistir ao hálito próximo e acre dos abutres! (Falsas sentinelas, companhias rentes, e reles de dias e dias sem fim!)
A multidão em silêncio meditava. Com o olhar concentrado ou indiferente, mas olhando todos na mesma direcção, atravessando o ondular das bandeiras de várias pátrias. Deram-se as mãos não falando sequer o mesmo idioma.
Talvez fosse apenas um diálogo delicado entre surdos e mudos!
Enquanto o brilho breve de um outro espírito me emprestava a felicidade, caminhava na mansidão de gestos simples, esquecendo os passos perdidos, passos carcomidos de segredos, nos trilhos indicados em mapas indecifráveis.
Mas ao menos e por agora no final de mais uma etapa já sei quem sou EU no meio da multidão, ainda que espere o milagre quase impossível, não vou deixar nunca de o pedir!