Tudo muda. O meu filho já não é um bebé, o combóio chega cada vez mais cedo, o sofá está mais mole e as paredes mais amareladas.
O que ontem era liso hoje está relaxado. Só a minha memória continua a mesma mas mais ocupada porque tenho que me lembrar de tudo. E cada vez é mais porque as coisas estão mais lonje de mim e do que parecia perfeito.
As coisas inabaláveis levam encontrões e a velhice vai aterrando como o pó que só se vê ao Domingo de manhã com o sol.
Até o Painel de Alcântara acabou bem como as suas pataniscas. E o português atabalhoado do senhor Manuel, para onde irá?