sábado, julho 31, 2004
Parábola de Amor.
As saudades que tenho não podem ser mortas. Podem ser adiadas por cada palavra tua.
sexta-feira, julho 30, 2004
Amor de Mãe.
Será que existe alguma ligação entre a perfeição do Planeta Vénus (o único que é uma esfera exacta) com Vénus Deusa?
Amor alvo.
As unanimidades absolutas incomodam-me. Não é que não sejam justas, o problema é que nunca vi uma acertar onde devia.
quinta-feira, julho 29, 2004
Amor fero.
Não é o teu corpo poderosíssimo que me fascina, é antes pensar que um dia me lembrarei da tua imagem, longe, como se dançasses assim, em todas as folhas de todas as árvores de todos os jardins suspensos pelo sopro deste regozijo.
Amor untitled .
Aqui, a partir de hoje, algumas das minhas bandas sonoras.
Sigur Rós ( ): não é um disco, é um favor a nós próprios.
quarta-feira, julho 28, 2004
Outra vida de Amor .
Enxoto os pensamentos como se fossem vespas prontas de novidade. Esbracejo a fingir, como se a ferroada do amor me dispusesse num agradável levitar de auto-flagelação.
Assim mesmo, como quem beija ou sorri devagar, como se todas as mãos que não conheço me apertassem uma nova alma.
Assim mesmo, como quem beija ou sorri devagar, como se todas as mãos que não conheço me apertassem uma nova alma.
terça-feira, julho 27, 2004
Dantes é que era Amor.
As noites quentes servem para procurar a frescura que me falta nas voltas da almofada. Dantes eram outras as noites, as voltas e as núpcias fingidas. Repetidas, uma e mais nenhuma vez.
segunda-feira, julho 26, 2004
O Amor exposto é para consumo da casa.
Sabe-se que a regeneração das células do nosso corpo equivale a que, durante a vida, tudo em nós seja substituído 3 vezes.
As recordações, mágoas, sonhos ou saudades devem, portanto, saltitar por entre o que flúi na azáfama do restauro.
Estranho Amor.
Parece estranha esta nova cara, mas é só no princípio. O hábito fará com que tudo regresse à normalidade dentro de poucos posts.
Ainda falta acrescentar uma nova linha para comentários e os links para outros blogs.
O Amor segue já de seguida.
Ainda falta acrescentar uma nova linha para comentários e os links para outros blogs.
O Amor segue já de seguida.
sábado, julho 24, 2004
Amor no Ponto.
Chegámos a um Ponto em que tudo é suave, ansioso e lindíssimo. A verdadeira grandeza só o é porque a discrição e humildade a guardam.
sexta-feira, julho 23, 2004
Amor complexo.
- És muito galante!
- Não. Limito-me a olhar-te, diminuir uma parte do que és e depois dizer o que sobra da tua beleza.
- Números imaginários.
- Isso.
Amor crónico.
Muito mais fascinantes que os universos paralelos são os concorrentes.
If Only Tonight We Could Sleep
If only tonight we could sleep
In a bed made of flowers
If only tonight we could fall
In a deathless spell
If only tonight we could slide
Into deep black water
And breathe
And breathe...
Then an angel would come
With burning eyes like stars
And bury us deep
In his velvet arms
And the rain would cry
As our faces slipped away
And the rain would cry
Don't let it end...
Cure
quinta-feira, julho 22, 2004
Sinosóide.
Não são os violinos em crescendo da “La Rupture” que trazem o drama. Este já lá está, pronto a ser destapado lentamente como se de uma noite de Inverno se tratasse. Lembro as carícias de que faltas e os poemas que se me fecham nas mãos embolsadas pela conformação.
Felizmente que depois vem “La Terrase” e o piano devolve alguma daquela doçura que escorre nos olhos de quem parte e de quem chega.
Uma espécie de anestesia geral toma conta do que não faz parte de ti.
quarta-feira, julho 21, 2004
Amor sem se ver.
Demoro-me na despedida para acreditar que já não estás.
Fogo-de-santelmo
substantivo masculino
Penacho luminoso que se observa por vezes no topo dos mastros e vergas dos navios devido à electricidade atmosférica;
terça-feira, julho 20, 2004
Amor plácido.
Nada há que mais preze do que as visitas diárias de tudo o que me faz. O cheiro da rua pela manhã, o vento ou a chuva na roupa, conforme o humor de quem manda nessas coisas. As paisagens de cor e tudo o que é habitual, até o Sol se cansar e a Lua se rir.
De noite o cheiro muda e os olhos abrem-se mais, como que para matar logo as saudades que vão ter na hora de se fechar. Depois tentam tudo, até sonhar.
Às vezes penso que estou sempre no mesmo lugar a envelhecer. A vida é que me atravessa. As paisagens no vidro do carro e até o que me alimenta, a passar por dentro sem nunca me tocar de verdade.
O que me tange são as letras dos livros, a música e alguns bons dias de quem já passou. Não vou dizer quem porque, como diz Italo Calvino, as imagens que recordamos passam a palavras depois de as contarmos. E os meus olhos precisam delas, para sonhar o resto que me sobra.
sábado, julho 17, 2004
Amor aposto.
Procuramos tudo o que nos impeça de ser feliz. Qualquer coisa serve para o estorvo. Vestimos as invenções com fatalidades. Falamos de nada do que seria acertado.
Virados do avesso, para dentro do que queríamos saber um do outro.
sexta-feira, julho 16, 2004
Amor adiado é Amor perdido.
- Lembras-te do que te disse?
- Disseste:
“Arrependo-me amargamente de não ser o tipo de homem capaz de te roubar um beijo e deixar-te sem o fôlego que precisarias para me deter”
- Pois foi.
- Pois foi. E como é que alguém se sai com uma dessas e não me arrebata logo?
terça-feira, julho 13, 2004
Como um Amor de Verão, mas a sério e, quem sabe, o de muitas vidas
O calor é bom conselheiro. Faz-te mais doce e perfuma o ar antes que passes. Seca-te as agruras e desempoeira-te os sonhos de novo. Os bons dias foram nossos nuns que já lá vão.
O calor faz-te leve como uma semente do que preciso.
Não se deve voltar onde já se foi feliz. A não ser que essa felicidade tenha ficado por fechar nas nossas bocas ainda abertas de pasmo.
As testemunhas do que vivemos são de pedra como o palácio que as emprega. Vivem ou morrem de pé, conforme chegamos ou nos despedimos. Aquecem-se na inveja das tuas mãos.
O calor é bom conselheiro. Faz-te mais doce e perfuma o ar antes que passes. Seca-te as agruras e desempoeira-te os sonhos de novo. Os bons dias foram nossos nuns que já lá vão.
O calor faz-te leve como uma semente do que preciso.
Não se deve voltar onde já se foi feliz. A não ser que essa felicidade tenha ficado por fechar nas nossas bocas ainda abertas de pasmo.
As testemunhas do que vivemos são de pedra como o palácio que as emprega. Vivem ou morrem de pé, conforme chegamos ou nos despedimos. Aquecem-se na inveja das tuas mãos.
segunda-feira, julho 12, 2004
Amor inopinado.
Não sei se são estranhas que passam por mim ou se tu própria é que és.
E a aflição de seres uma delas que não pára de me seguir. Um dia vai-me encontrar à porta de um teatro, de uma loja ou numa italiana por beber.
O esboço não vai ser só do sorriso, vai ser de uma vida.
sábado, julho 10, 2004
Amor de volta.
O Amor bom, o mau e o mais comum, o que ainda se está para saber, segue dentro de momentos.
Nada de promessas nem de juras.
À falta de melhor, a coerência já é uma qualidade.
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