“A Amizade é uma alma com dois corpos.” ARISTÓTELES Já aqui falei de Sándor Márai a propósito de “A Mulher Certa”, no entanto regresso a este excelente e tão injustiçado autor, a propósito do primeiro livro que li dele. Sem mais, posso afirmar de entrada, que é um dos mais belos hinos à Amizade que li até À data. Escrito como sempre, sem concessões de ordem nenhuma à facilidade. É um romance invulgar que trata um dos temas mais universalmente aborados de sempre, a Amizade, no seu conceito mais verdadeiro e profundo. A sua primeira publicação é de 1942, no entanto, não há qualquer analogia com o estado de Guerra em que a Europa se encontrava na altura. A estória contida no livro passa-se no inicio do Séc. XX, no ocaso do Império Austro-Húngaro e descreve-o também. Dois Amigos, Henrik e Konrad, reencontram-se passados 41 anos sobre um facto trágico que marca o fim (ou não) da enorme Amizade que mantinham. 41 anos depois, Henrik, um aristocrata, recebe Konrad no seu Palácio para, descrev