sexta-feira, julho 28, 2006


BIOGRAFIA DO ESTADISTA

“Capitão do Ar” e “Estado Novo” publicam hoje mais um trabalho conjunto numa singela homenagem ao estadista.
O trabalho conjunto será publicado, também, amanhã, Sábado (29/07/06)

-Com os agradecimentos ao site “Salazar – O Obreiro da Pátria” http://www.oliveirasalazar.org/

Nasceu a 28 de Abril de 1889 , no Bairro Novo da freguesia do Vimieiro, no concelho de Santa Comba Dão, na Beira Alta. Filho mais novo – de cinco irmãos – de um modesto casal de agricultores.
Faleceu em 27 de Julho de 1970, aos 81 anos de idade. Foi sepultado em campa rasa no
cemitério da sua terra Natal junto de seus pais.
Na laje de granito, o simples epitáfio: “ AOS 1970 “.
António Salazar teve quatro irmãs pouco mais velhas.
A Marta, nascida em 1882, ensinou Contas e Gramática ás crianças do Vimieiro
durante 43 anos. A Elisa, nascida um ano depois em 1883. A Leopoldina nascida passados dois anos, em 1885 e um ano depois, nascia a quarta irmã: Laura.

Salazar fez a Instrução Primária na Escola Oficial a dois quilómetros, na Vila de Santa
Comba Dão.
Em Agosto de 1899 Salazar apresentou-se em Viseu para realizar o exame de
Instrução Primária completando assim o seu primeiro curso, o de 2º grau, com 10 anos
de idade.
Com 11 anos de idade, ingressou no Seminário de Viseu, antigo Convento dos Nerys, onde permaneceu oito anos. No ano lectivo de 1900-1901, concluiu a 1ª fase de Português e Latim com Distinção ao mesmo tempo que recebia aulas de Religião Católica e de Moral.
Em 1905 deu início ao curso de Teologia, ao qual se entregou totalmente.
Em 25 de Março de 1906, discursou na cerimónia de inauguração do monumento
comemorativo dos 50 anos da Imaculada Conceição, perante assistência onde se
encontrava o Bispo de Viseu.

Terminado o primeiro ano, obteve a nota máxima atribuída, 12 valores, em Teologia
Fundamental e História Eclesiástica.
Em Fevereiro de 1908, e após o assassinato do Rei D. Carlos e seu filho o
Príncipe D. Luís Filipe, não ficando indiferente a estes acontecimentos, começou a insurgir-se contra os republicanos em defesa da igreja argumentando que «a religião não é incompatível com forma alguma de governo… está muito superior à política paira noutras regiões mais altas, embora haja de informar e dirigir os actos da política… não se concebendo que alguém possa ser católico na Igreja e ateu junto à urna».
Começa assim s definir-se o seu carácter politico.

Em Agosto de 1910, Salazar analisando os magnos problemas sociais que o regime não
conseguia resolver e antevendo já uma mudança de processos de governo, proferia em
Viseu uma notável conferência – “Educação da mocidade” – na qual dando largas ao
seu pensamento declarava-se possuidor de um pensamento precoce, fadado para os mais
altos desígnios. Defendia que “A Reforma” era a necessidade urgente, mas em primeiro
lugar, antes de tudo, reformar o homem. Remodelar a inteligência da juventude, acabando de uma vez para sempre com os meninos prodígios que despejam,
incessantemente, mas inconscientemente, o que aprenderam na escola.
Nesse mesmo ano Salazar tomou uma das suas grande decisão.Sempre fiel aos seus princípios, seria forçoso para servir na fé uma carreira eclesiástica?
Por outro lado era notório o apelo do mundo exterior e talvez por isso nem mesmo o Cónego Pimentel, o Dr. José Frutuoso ou o Cónego Barreiros lhe aconselhavam tal decisão.
Decidiu-se, então, por continuar os estudos superiores e no ano seguinte daria entrada na Universidade em Coimbra.
Começa desde cedo a tomar conhecimento da agitação política que se vivia na
Academia e entre os vários grupos doutrinários, que entretanto haviam surgido,
organizam-se os católicos pela necessidade de combater o anticlericalismo da república,
em torno do Centro Académico de Democracia Cristã.
São nomes de destaque os três irmãos Dinis da Fonseca, Álvaro, Alberto e Joaquim, Luís Teixeira Neves, Manuel Gonçalves Cerejeira, Diogo Pacheco de Amorim, Francisco Veloso, Sílvio Pélico de Oliveira, o padre Carneiro de Mesquita e outros.

Decorria o ano de 1915, havia por esta altura escassez de professores universitários e muitos deles acumulavam várias disciplinas. Agora com 27 anos de idade, mergulha intensamente nos estudos para acesso ao magistério e para sua subsistência continua a dar explicações a alunos do Liceu e mesmo da Universidade e era procurado para pareceres técnicos.
Sem nunca esquecer sua mãe, deslocava-se aos fins-de-semana ao Vimieiro e quando não ia sozinho fazia-se acompanhar pelo padre Cerejeira ou por Bissaia Barreto, este último, médico, que apesar de politicamente não pertencer à mesma facção, era seu amigo.
A situação politica no País politica está cada vez mais comprometida. Os governos sucedem-se, as desconfianças entre as instituições são crescentes, o tesouro estava arruinado, as críticas eram duras e à parte toda esta situação interna, havia ainda a questão da Guerra: em África tentava-se conviver com o problema Alemão; perante a Inglaterra era tal o estado de subserviência que já se lhe recorria para saber como lidar com os nossos territórios. Era de revolução o ambiente político do país.

Em 1919, a desordem continuava e a Nação estava em ambiente de quase guerra civil. A 19 de Janeiro era proclamada a restauração da monarquia, no Porto, que após alguns avanços foi travada sob o comando do coronel Vieira da Rocha a 24 de Janeiro. O governo fragilizado vê-se obrigado a abdicar e é escolhido José Relvas que assume a chefia do governo a 28 de Janeiro para, passados dois, meses cair. É substituído por Domingos Pereira a 30 de Março. Demite-se o Almirante Canto e Castro da Presidência da República, substituído por António José de Almeida e no campo constitucional passa o Presidente da República a poder dissolver a Câmara Legislativa «quando assim o
exigissem os superiores interesses da Pátria e da República».
Continuam os graves problemas sociais ao mesmo tempo que em Paris decorriam as
negociações para a paz e é-nos devolvida a povoação de Kionga, ao norte de
Moçambique, que os alemães nos haviam tomado. Faziam parte da rotina portuguesa as
greves, os assassinatos, a desordem. Estava instalada a anarquia total. Os governos
sucediam-se uns após outros.
A agitação nas ruas, o descalabro dos sucessivos governos estavam na ordem do dia. Para Oliveira Salazar o tempo era de ascensão académica e social. Construíra uma
imagem, demarcara-se da politiquice partidária. Sem nunca trair as suas convicções
ideológicas, de católico, corria o seu nome como exemplar defensor do catolicismo e
por ocasião do 1º Congresso do Centro Católico, em Abril, via-se impotente para
contrariar o que já haviam decidido por ele: era candidato à força por Guimarães e no
dia 25 de Julho, na primeira reunião do parlamento lá estava. Foi deputado por um dia.
Em 1924, em 4 de Julho deslocou-se a Braga para participar no Congresso Eucarístico Nacional, onde discursou sobre «A Paz de Cristo na classe operária pela Santíssima Eucaristia». Participava desta forma, na vida política através das intervenções de cariz católico. Nas férias deste ano incluía algumas deslocações por terras portuguesas e intensificava os melhoramentos nas casas e propriedade do Vimieiro.
Decorria o tempo e o prenúncio era de fim. Um final do qual ninguém arriscava o
Desfecho, Cunha Leal, num discurso profético pronunciado no Bom Jesus de Braga, a
26 de Abril de 1926, dizia simbolicamente: «oiço o tinir das espadas e o tilintar das esporas».
No seio do Exército organizavam-se Juntas Militares Revolucionária. Estava
encontrado o chefe, estabelecia-se o plano e pelas seis horas da manhã do dia 28 de
Maio, dava-se a partir de Braga um levantamento militar liderado pelo
General Gomes da Costa, que resultou num golpe de estado de características
ideológicas pouco definidas, instaurando em Portugal uma ditadura.
A revolta de 28 de Maio de 1926, pôs fim à primeira república portuguesa: dissolveu as
instituições políticas democráticas, extinguiu os partidos políticos e instaurou uma
ditadura militar.
Na necessidade de constituir governo foram sugeridos três nomes não militares: Mendes
dos Remédios, Manuel Rodrigues e Oliveira Salazar, que chegavam a Lisboa no dia 4
de Junho com destino à Amadora.

Em 1928 publicava nas Novidades um artigo sobre «O empréstimo externo», onde demonstrava a inutilidade do empréstimo. O nome de Salazar saltava para a primeira linha da política portuguesa, ao tocar matéria tão complexa e com total clareza na apreciação da situação.
Salazar mantinha-se crítico da actuação do governo e publicava mais um artigo nas
Novidades sobre «Equilíbrio orçamental e estabilização monetária», para passados
alguns dias, no dia 25 publicar novo artigo «Ainda o equilíbrio e a estabilização», e
outros dois artigos a 10 e 14 de Fevereiro sob o tema «Deficit ou superavit». Dez dias
mais tarde e novo artigo «Consignação de receitas». Intercalava esta sucessão de
críticas com a reforma da Caixa Geral de Depósitos de que fora encarregado, para em 4,
11 e 13 de Abril publicar três artigos sob o tema «Medidas de Finanças».
Como reconhecido perito na matéria, cada vez mais o seu nome era apontado para
assumir a pasta das Finanças.
Mas, mantinha a recusa.
Salazar foi convidado a aceitar o ligar de ministro e coagido a aceitar o cargo, pelos amigos Cerejeira, Mário de Figueiredo e Bissaia Barreto.
Aceita o lugar impondo os seguinte pontos:
) Que cada Ministério se compromete a limitar e a organizar os seus serviços
dentro da verba global que lhes seja atribuída pelo Ministério das Finanças;

b) Que as medidas tomadas pelos vários Ministérios, com repercussão directa nas
receitas ou despesas do Estado, serão previamente discutidas e ajustadas com o
Ministério das Finanças;

c) Que o Ministério das Finanças pode opor o seu veto a todos os aumentos de
despesa corrente ou ordinária, e às despesas de fomento para que se não
realizem as operações de crédito indispensáveis;

d) Que o Ministério das Finanças se compromete a colaborar com os diferentes
ministérios nas medidas relativas a reduções de despesas ou arrecadação de
receitas, para que se possam organizar, tanto quanto possível, segundo critérios
uniformes.
Salazar iniciava a 28 de Abril de 1928 com trinta e nove anos de idade uma longa
caminhada ao serviço da Pátria, e para o resto da sua vida.
Dirigindo-se aos católicos afirmou:
“que o meu sacrifício me dá o direito de esperar deles que sejam de
entre todos os portugueses os primeiros a fazer os sacrifícios que eu lhes peço e os
últimos a pedir os favores que eu lhes não posso fazer»

Comentários:
Saiu pobre, mas os muito defensores democratas saem ricos!
 
Tem toda a razão o sr Thoth.
Salazar é o simbolo do dever de um estadista para com a Nação.
 
Pode ter cometido muitos erros politicos. Mas a sua honestidade nunguem a pode coloacr em dúvida.
TEve todo o poder e partiu como chegou: sem um tostão no bolso. Nem ele nem ninguem da familia dele.
 
que saudades...
 
Depois de ler esta biogafia, só me resta dizer uma coisa.
Salazar e que era o fascista ?
Ainda bem que não era democrata.
Já tinha a familia rica, casa no Algarve, palácios, subsidio de reforma e conta na Suiça.
Graças a DEUS o homem era "fascista".

O fascista aqui esta em termos prejurativos, entendam.
Até porque Slazar nunca se assumiu como tal.
 
Quemé o politco abrilista que tem uma biografia assim.
A honestidade nas acções e na vida.
 
Avaliemos os políticos pela sua acção política e não pelas suas biografias.
 
volta SALAZAR , estas perdoado !
 
Não sr aninimo de cima.
Nós é que temos de pedir perdão por tudo o qu temos andado a fazer desde a abrilada
 
perdao , tem toda a razao . saudaçoes nacionalistas
 
"TEve todo o poder e partiu como chegou: sem um tostão no bolso." Mas com mts mortes às costas.... Pena que o curso de Teologia lhe tenha ensino só metado dos valores. Nessa altura aidna não se devia falar em direitos humanos...? Sai de bolsos fazios..se saiu ou não não sei, mas que fez tudo para te poder, matou e reprimiu para ter poder, isso vez. Ele até deve ter estudado e "sermão de sto antonio aos peixes", mas tirou-lhe pouco proveito, eixou-se corromper pelo poder na mesma...

Desculpem, eu posso conordar cm vocês na parte da imigração, agora salazar já é demais. Acham que era honesto fazer presos politicos?matar adversários?Manter o povo na ignorancia para não se revoltar? isso é ser honesto? A história de portugal glorifica demasiado certos personagens... Muitos resi são glorificados, qd a esmagadora maioriara uma cambada de nalfabetos!nem quiseram saber dos descobrimentos para nd, só quiseram fcar com o outro, o Vasco da Gamapara ir para o Brasi teve que se "aproveitar" dos poderes do infante D Henrique que tinha problemas mentais para conseguir verbas e matéria para se lançar aos mares. O que é que salazar fez por portugal? Manteu os pretos longe?Não, meteu os brancos juntos com os pretos, em áfrica. Pensei, se salazar se tivesse desfeito das colónias não tinah gasto fortunas com a guerra e ao fechar as fronteiras à imigração tinha impedido esta "aproximação" dos africanos. Se salazar não insistisse em reprimir o povo, em mante-lo ignorante, hoje, provavelmente não estaríamos na cauda da europa.
Não vos quero estar a ofender, mas é o que penso, e o que salazar não me deixaria ter dito.
 
"TEve todo o poder e partiu como chegou: sem um tostão no bolso." Mas com mts mortes às costas.... Pena que o curso de Teologia lhe tenha ensinado só metade dos valores. Nessa altura ainda não se devia falar em direitos humanos...? Sai de bolsos vazios..se saiu ou não não sei, mas que fez tudo para ter poder, matou e reprimiu para ter poder, isso fez. Ele até deve ter estudado o "sermão de sto antonio aos peixes", mas tirou-lhe pouco proveito, deixou-se corromper pelo poder na mesma...

Desculpem, eu posso concordar com vocês na parte da imigração, agora salazar já é demais. Acham que era honesto fazer presos politicos?matar adversários?Manter o povo na ignorancia para não se revoltar? isso é ser honesto? A história de portugal glorifica demasiado certos personagens... Muitos reis são glorificados, qd a esmagadora maioriara era uma cambada de analfabetos!nem quiseram saber dos descobrimentos para nd, só quiseram fcar com o ouro, o Vasco da Gama teve que se "aproveitar" dos poderes do infante D Henrique que tinha problemas mentais para conseguir verbas e matéria para se lançar aos mares. O que é que salazar fez por portugal? Manteve os pretos longe?Não, meteu os brancos juntos com os pretos, em áfrica. Pensem, se salazar se tivesse desfeito das colónias não tinha gasto fortunas com a guerra e ao fechar as fronteiras à imigração tinha impedido esta "aproximação" dos africanos. Se salazar não insistisse em reprimir o povo, em mante-lo ignorante, hoje, provavelmente não estaríamos na cauda da europa.
Não vos quero estar a ofender, mas é o que penso, e o que salazar não me deixaria ter dito.
 
Vera
Para analisar Salazar ou qualquer outro politico é necessário situa-lo no espaço e no tempo.
No espaço: O País e a conjutura politica mundial onde esteve inserido.
No tempo : o periodo histórico.

Claro que Salazar cometeu erros, tal como esta III República também os comete.
Defender a imagem do estadista não quer dizer que se concorde com todas as suas politicas .
O Estado Novo teve aspectos positivos e negativos.
Ninguem, hoje, quereria um sistema de partido ùnico ou de corte total da livre expressão.
A livre expressão, aqui, não quer dizer libertinagem.
Muito mais há por dizer. Mas é dificil de o transcrever para um pequeno comentário.
 
Salazar foi apenas um bom ministro das finanças nos primeiros anos. Cometeu demasiados "erros" para um crente, e para um político.
Eu posso defender um regime democrático sem ter que defender o lorpa do Santana Lopes, por exemplo. Os erros de Salazar foram tão maus que cobriram as poucas boas acções, e fizeram com que ele apenas fosse lembrado como uma figura obscura, que não se quer repetir.
Na minha opinião, relembrar ditadores pode afastar possívei militantes, pk a primeira coisa que vem à cabeça da maioria das pessoas qd se fala emSalazar é a ditadura, a PIDE, a repressão, e nng quer isso de volta. A pessoa fica a pensar "Não é bemistoque eu quero". O vosso ponto forte é o combate à imigração e à "invasão". É por aí que recrutam mais gente.
 
Vera
A situação não se coloca, para nós Nacionalistas, na mera questão dos números de militantes.
Não andamos nem à caça ao voto nem ao "filia-te no meu clube".
Somos gente de futuro que prespectiva o presente e analisa o passado.
Não temos, nem queremos, figuras carismáticas para as venerar-mos como santinhos num altar.
Famos sobre o Estado Novo porque entendemos que deve ser analisado com toda a honestidade e não como se tivesse sido um periodo que nunca existiu.
Não negamos a História.
 
Acho que ninguém é capaz de negar esse período da história..
 
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