sexta-feira, 30 de agosto de 2013

É de lágrimas...



E de repente um buraco no meio da sala se abriu. No meio do bairro. No meio da cidade. No meio do Estado/do país. Do seu coração...
E volta e meia veio aquela  sensação de frieza na espinha. Aquele acelerar horrível voltando outra vez.

Que agonia!

Engoli meu coração a tantas vezes em tantos anos e hoje ele explodiu de tal maneira que não me aguentei nas pernas. – Vomitei tudo que foi construído durante anos.
E tudo se moveu tão rapidamente, que ele pouco se abalou com isso. Sem se quer premeditar conseguiu com um golpe só me desarmar.
Aí, que lágrimas tardias são essas que escurecem minha tarde ?

É um vulcão derramando larvas borbulhantes sobre mim, queimando tudo. – É um mar em fúria, com ondas que carregam-me profundamente para baixo. Sufocando meus pulmões até não mais conseguir respirar.

E é sentindo isso tudo que hoje faço de toda essa dor, virar passado. Cavarei a sete palmos tua sepultura coração mais sem cuidado.
Meu amor não coube na tua rede, não serviu tão pouco no teu coração...
Mas o meu há de encontrar alguém que possa tê-lo melhor...

  
É de lágrima que faço mar pra navegar...♪