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sexta-feira, 22 de maio de 2015

Por detrás da cortina: a Autoridade de Repressão Financeira

"Os programas de injecção de liquidez (QE) são um modo de anular a dívida"

Tentando descortinar todos os recantos do palco em que nos encontramos, o seguinte vídeo é surpreendente na sua simplicidade. Richard Duncan procura explicar (e mostrar com dados de intervalos temporais consideráveis) que o "Truman Show" já dura, pelo menos desde a IIª Grande Guerra. Os pilares deste espectáculo - crédito, valorizações de activos financeiros e crescimento da dívida -, a sua origem e o seu propósito tornam-se claros e podemos projectar o futuro próximo do ponto de vista económico e político.

As dinâmicas de globalização, sendo deflacionárias, despertam o interesse das Autoridades em levar a cabo uma Repressão Financeira de proporções nunca vistas. Que por sua vez conduzirá a reacções políticas que aprofundarão a distância para a concretização de um mercado mais livre e próspero. São estas as linhas por onde segue a entrevista.

Dias após Vítor Gaspar ter escrito acerca da desigualdade e o que se pode fazer para a diminuir aumentar, este vídeo acaba por ser premonitório.


sábado, 21 de fevereiro de 2015

Da Repressão Financeira

"O que se está a tentar, deixa-nos mais longe dos objectivos defendidos publicamente", Lacy Hunt

No final de uma semana temperada por dramas gregos, importa dar continuidade à análise dos problemas tal como eles são. E não como eles nos parecem ser, quando acompanhamos de perto as dinâmicas da narrativa oficial.
Perante a magnitude dos erros acumulados, julgo que a Europa terá ganho - apenas - algum tempo. O desfecho “desta crise grega” não terá resolvido nada de substancial e estes desenvolvimentos são, essencialmente, expressões das disputas no xadrez político de cada nação. O que assistimos nas últimas semanas foi uma disputa pela salvaguarda de alguns espaços de acção política, e respectiva legitimidade, face aos desafios que cada nação enfrenta no futuro próximo. Só depois as diferentes partes/nações olham para o todo da Zona Euro e para uma janela de tempo mais distante.
Face à necessidade de olhar mais para a frente e de comprender a natureza dos desafios que vamos encontrar, propomos a entrevista a Lacy Hunt. Ela faz parte de uma colecção de entrevistas e reflexões em torno da “Idade Dourada dos Bancos Centrais” e da sua política de repressão financeira que não posso recomendar demais. Assim haja tempo para isso.
Poupando as apresentações que serão feitas no início da entrevista, avanço apenas alguns dos tópicos nela abordados. E eles são:
- as consequências das baixas taxas de juro e os ciclos económicos;
- o que o passado ensina acerca da guerra monetária em curso;
- (alguns d)os erros macroeconómicos de Keynes;
- as distorções impostas na leitura da realidade económica;
- os erros das políticas monetárias mundiais – os riscos no Ocidente e Oriente;
- as monumentais taxas de dívida (total face ao PIB) dos EUA ao Japão, passando pela Zona Euro (de um mínimo de 350% a um máximo de 650% do PIB!!!);
- o que fazem os bancos e as instituições financeiras para alimentar a ilusão do crescimento actual;
- os erros e os maus investimentos, nas actuais circunstâncias, ainda ajudam os governos;
- a situação americana no curto-prazo e o sofirmento que há-de vir do abrandamento (não crescimento, note-se!) económico.

São quarenta minutos de lucidez e franqueza, fundamentais antídotos ao nevoeiro a que nos tentam conduzir os personagens do costume. Sejam eles de dramas vagamente clássicos, ou de reverberações históricas de motivação perigosa.
Votos de um excelente fim-de-semana.


segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Esperando o melhor

Adquirindo um seguro monetário

Por estes dias muitas são as listas de compromissos a assumir no ano que há-de vir. E já se multiplicam os discursos e intervenções por parte de políticos e especialistas, testando algumas estratégias para os tempos que se avizinham.
Sem a ambição de um balanço e visão prospectiva complexos, seleccionei a seguinte entrevista para que possamos ter algumas referências quando, a partir do presente, olharmos mais para a frente, do ponto de vista económico, financeiro e político. Em particular, para que possamos reconhecer, num esforço crítico fundamental, a peça que se desenrola e os seus próximos actos.
Isto porque, apesar da cantiga "das nuvens que já passaram" e do futuro brilhante que alguns defendem através de mais intervenções e investimentos públicos, os constrangimentos globais são maiores do que em 2007/08 e o espaço para soluções mágicas (assentes em engenharias financeiras cada vez mais obscuras e perigosas) é cada vez mais exíguo.
Importa, assim, fazer uma digressão pelas zonas menos conhecidas (porque será?), mas determinantes do nosso universo monetário e financeiro.

Boa viagem.