Logo que a chuva debulhar
seu colar de cristais, chame-me,
preciso ver o tempo azul-vidro.
Logo, bem logo a chuva deite-se
felina,
insinuando-se estadia, mesmo
temporária,
chame-me, preciso ver seu vestido
descosturando-se
sobre nossa terra.
Logo que ela, temporã, derrame-se
sobre o chão que chora,
chame-me, quero ver a vida renascendo
nessa tarde de sol,
em meio às flores de novembro.