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domingo, 10 de junho de 2012

Tem gente que simplesmente vale à pena.

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     Mas a verdade, dura e crua, é que depois de uma decepção a gente se fecha pra vida. Eu me fechei por um longo tempo e jurei que seria muito muito mais feliz com meus livros, cds e escritos, sem nenhum garoto para atormentar meus dias ou meus sonhos. Só eu e meus livros. Eu e meus cds. Eu e a escrita. Sabe aquela história que a gente não poder ter tudo o que queremos? Pois digo que é verdade. De repente a escrita escapa por entre dedos, ficar trancada no quarto ouvindo música já não me satisfaz, comprar livros e mais livros já não preenche meus dias. E o que fazer? Volto a perguntar de novo: Como a gente sabe quando continuar e quando simplesmente desistir? 
      Eu tava quase desistindo, mas de repente a vida sorriu de novo para mim e falou assim: "Olha, estou te mandando esse garoto aqui, ele não é um príncipe encantado mas, chega bem próximo disso. Cuida direitinho que ele te fará feliz." Fiquei meio pirada, e não queria de nenhuma maneira acreditar que o tal garoto fosse mesmo capaz de me fazer feliz. Tive medo, medo de cair no abismo, medo de outra despedida. Tive medo de coisas que nem pensei que poderiam me causar medo.
      Não posso falar o nome do garoto, porque de algo forma isso o tornará de todo mundo e não só meu. É incrível como em tão pouco tempo uma pessoa consegue transformar a sua vida. Vou te dizer que foi difícil no começo, porque não queria que ele transpassasse a barreira que eu lutei para criar. NÃO QUERIA MESMO! Só que a vida estava, pacientemente, me dando uma segunda chance, como poderia ser tão egoísta ao ponto de recusar? Eu agarrei essa oportunidade, na verdade, eu agarrei ele. E meus dias foram transformados.
      A vontade de ir em frente surgiu. Sabe aquela vontade de escancarar as janelas do quarto e do coração, enxugar as lágrimas do rosto e do coração? De repente eu guardei a ironia na gaveta e sussurrei só pra mim: "Talvez, só talvez ainda exista gente que valha à pena." E de alguma forma, o tal garoto que surgiu está valendo muito a pena. 



Está tocando na minha playlist: "Lucky - Jason Mraz."
"I keep you with me in my heart (Eu trago você comigo no meu coração)
you make it easier when life gets." (Você faz ser mais fácil quando a vida fica difícil)

quarta-feira, 21 de março de 2012

Sobre a imperfeição que é o amor.


" (...) mas acontece tipo assim: lembro do seu rosto, do seu abraço, do seu cheiro, do seu olhar, do seu beijo e começo a sorrir, é assim mesmo, automático, como se tivesse uma parte do meu cérebro que me fizesse por um instante a pessoa mais feliz do mundo, mas que só você, de algum modo, fosse capaz de ativar. Eu sei, é lindo. Mas logo em... seguida, quando penso em quão longe você está sinto-me despedaçar por inteira. Sabe a sensação de arrancar um doce de uma criança? Pois é, sou essa criança. E dói. Uma dor cujo único remédio é a sua presença. Então sigo assim, penso em você, sorrio, sofro e rezo, peço pra Deus cuidar da gente, amenizar essa dor e trazer logo a minha cura."
|Caio Fernando Abreu|


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- Estou indo.
- Tudo bem - eu disse meio seca, meio paralisada - Eu também estou indo.
- Boa sorte. Até qualquer dia!
       E nesse momento ele largou a minha mão. Tive vontade de dizer que iria sentir falta dele como sinto falta do pedaço de bolo de chocolate que minha mãe fazia quando eu era criança. Queria ter a coragem de pedir desculpas por não ter dado meu coração pra ele, mas que agora eu o recompensaria, que daria minha alma, meu coração, meu respirar, o pulsar de minhas veias para ter uma segunda chance com ele. Daria qualquer coisa, pagaria qualquer preço para ter de novo uma tarde de sábado com ele ouvindo "Nirvana". Queria ter lutado para tê-lo de novo apesar de ter mandado ele embora no meu ato de irracionalidade. Queria ter o abraçado pela última vez, o beijado pela última vez. 
      Meu coração bateu tão forte quando o vi caminhando em direção ao avião, que pensei que iria ter um ataque cardiáco, queria correr com toda a minha força e dizer a ele que não posso mais viver sem o sotaque arrastado dele sussurrando em meus ouvidos. Precisava lembrá-lo da vez que a gente dormiu abraçadinho e ele me disse que não me deixaria nunca, que ele prometeu que ia me proteger de todos os fantasmas do passado que insistir em tirar meu sono. 
      Não podia deixar ele ir embora. Mas eu deveria deixar. Ele só estava me dando aquilo que eu queria. Todas as fantasias de uma garota e a idéia de como era o amor perfeito. Mas, eu tive que me lembrar no momento em que o avião decolou: "tal perfeição não existe." O amor é para pessoas verdadeiras que abrem a mente e o coração. E talvez tenha sido esse meu problema, eu abri só a mente e esqueci de abrir meu coração. O amor é para aqueles que percebem que um relacionamento verdadeiro não é uma fantasia. 
        Só consegui sussurrar "Desculpas" por entre lágrimas quando percebi que o avião já tinha sumido no céu. E sei que ele escutou.



Eu te desapontei? 
Ou deixei um gosto ruim em sua boca?
Você age como quem nunca teve um amor,
E quer que eu continue sem nenhum.
|One - U2|

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Pra seguir em frente!


Um tempo de nós acabou.
Uma fase menor precisa crescer. 
E amores grandiosos demais precisam de um mínimo de maturidade pra sobreviver. 
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No meio da Avenida Paulista nos encontramos. Ele pegou de leve na minha mão e me cumprimentou. Como amiga. Estranho não é? Você dorme com uma pessoa e depois de alguns anos você imagina ela dormindo com outra. Falei da minha vida, ele falou da dele. Está de casamento marcado, com ela. Aquela que ele me trocou. Claro que eu não tenho remorso nenhum, tudo aconteceu como deveria ser. Ele estranhou eu estar solteira e até sentiu uma pontada de culpa. Não quero parecer egoísta, mas eu gostei. Não, eu não sou vingativa. Mas tenta entender, ele está se casando com ela, a garota popular do ensino médio. E eu, estou com quase 30 anos, voltando da Europa solteira. Não entendeu? SOL-TEI-RA. Quem aos quase 30 não tem ninguém?
Não que eu não tenha encontrado ninguém durante todos esses anos que eu me separei dele. Encontrei, obviamente. Foram tantos: Loiros, morenos, altos, baixos. Só que nenhum deles me satisfez como o primeiro. Tudo bem, eu só tinha 17 anos, mas não dá pra esquecer o carinha que você teve a primeira vez. Foi no banco de trás de um carro, eu sei, mas ficamos juntos até eu inventar de ir estudar 6 meses em Londres. Eu pensei que ele entenderia, seriam somente 6 meses fazendo um curso de inglês. Não me arrependo de ter ido, foi o melhor que eu fiz: lutar pelos meus sonhos. Só que esperei mais dele. Ou talvez esperei que ele me esperasse. Eu sei que você está pensando: “Quem espera por alguém que está do outro lado do oceano, por 6 meses?” Eu, pelo menos, esperaria. Na verdade, eu até esperei, levando em conta que voltei achando que ainda seria dele. Pelo visto, só foi eu entrar no avião que ele logo encontrou uma companhia. E que companhia hein, se contar que vão se casar logo, né?. Ele me jurou que só ficou com ela depois que terminou comigo. Mas não sei se foi quando ele terminou comigo por e-mail ou por telefone. Ou foi quando eu voltei achando que seria dele, mas fui recebida com uma oficialização do nosso término?
Talvez eu esteja com ciúmes. Mas é pouco. Talvez seja porque ele seguiu em frente, e eu malditamente não consigo tirar da cabeça tudo que passamos juntos. O sexo no banco de trás do carro, a despedida no aeroporto, as flores no aniversário de 18 anos, a comemoração de quando passamos no vestibular: ele pra engenharia, eu pra medicina. E tudo mais que pensamos que seria pra sempre.
E na verdade eu nem queria que fosse pra sempre. Eu queria que fosse. Por um pouco mais de tempo, mas que fosse, e fosse sincero. Tudo bem ele falar que foi sincero, mas no fundo eu não acredito.
Eu tinha medo de reencontrá-lo e descobrir que ele ficava bem sem mim. E ele fica, oras! Senão estaria de casamento marcado?
Dois beijinhos no rosto. Troca de e-mail. Pensei até que ele fosse me convidar pra ir ao seu casamento. Não seria nada mal não é? Estou louca pra ir à uma festa mesmo, há tempos não tomo uns drinks e brinco de ser gostosa. Ok, ok, seria horrível sim, porque eu choraria durante a cerimônia e ficaria morrendo de inveja da noiva. Porque eu deveria estar vestida de noiva, tentando construir uma família, e não ser uma solteirona de 30 anos que chega em casa e toma um bom vinho na companhia de John Lennon, tentando tapar os buracos que ele deixou.
              Era pra eu seguir em frente. E segui, virei à esquina e corri, pois tinha aula de pilates às 17h. 

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Só amor não basta!

" (...) de qualquer forma, não esqueça das seguintes verdades:
Não faça nada que não te deixe em paz consigo mesma,
Cuidado com o que anda desabafando;
Conte até três (tá certo, se precisar, conte mais).
Antes só do que muito acompanhado.
Esperar não significa inércia, muito menos desinteresse.
Renunciar não quer dizer que não ame.
Abrir mão não quer dizer que não queira.
O tempo ensina, mas não cura."




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 ,

A gente não dava certo e eu fui embora mesmo.
Não me crucifique. Guarde sua opinião, não quero saber dela.
Eu fui porque tive medo de não conseguir escapar da dolorosa realidade de ter outro relacionamento fracassado.
Sou a "queen of failer relationships".
Querido, não é falta de amor.
Amor tem, sempre teve.
O problema é que só o amor já não é mais suficiente pra mim.


Para ler ao som de: Kate Voegele - Angel.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Overdose dele


(...) dentro de mim existe alguma coisa
que espera a sua volta, de repente.
 | Caio F. Abreu |





Às vezes sou tão dele que esqueço de ser minha. 
Outras vezes esqueço que ele foi embora e roubou meu "happy end".
Será que ele tem ideia de como é difícil continuar lutando todos os dias sem ele aqui?
Que a vida é uma droga sem ele?
O meu mundo era tão mais fácil sem ele aqui.
Os sentimentos ficavam organizado, como naquelas gavetas de arquivo sabe? Tudo direitinho, em ordem alfabética. Eu fazia parte dele, já sabia todas as suas regiões, onde cada sentimento estava e onde eu não deveria ir porque era a área de risco. Antes dele, eu fazia parte de um mundo planejado, organizado e perfeito.
E quando ele foi embora eu jurei que encontraria de novo aquele mundo. Mas, tentativas em vão.
Não posso mais fazer parte de um mundo onde ele não esteja.



Na playlist toca: Lana Del Rey - Video Game. 

sábado, 7 de janeiro de 2012

Amigos: o sol nos dias de chuva.

(...) e eu tenho dito: "desculpa, mas os melhores amigos do mundo são os meus."

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Quando estou com meus amigos eu sinto que sou uma pessoa melhor.
Eu me sinto irradiante, me sinto mais feliz.
Menos sozinha.
Menos solitária.


"Porque é tão mais fácil aturar a vida sabendo que tem você.
Agora sem você, meu amigo, a coisa é feia.
Realmente feia." 
(Caio F. Abreu) 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

(des)Apareci



" (...) Mas não te procuro mais, nem corro atrás.
Deixo-te livre para sentir minha falta, se é que faço falta.
Tens meu número, na verdade, meu coração.
Então, se sentir vontade de falar comigo ou me ver, me procura você.
(C. Fernando Abreu)


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Não esqueça, moço de pele bronzeada,
Eu ainda não desapareci.
Só você que parou de me procurar.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Signi(fica)

Estou indo embora querido, meu trem sai às 22h da estação.
Mas saiba que o ato de ir embora não significa
Que eu não me importo,
Pelo contrário, significa
Que eu me importo muito mais do que eu deveria.

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"E entre tudo que ele poderia ser pra mim,
Ele escolheu ser saudade"
(Caio F. Abreu)

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Quando se está apaixonado?



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        Desde que Daisy e eu éramos pequenas, o meu avô sempre nos disse que conseguiríamos saber que estávamos apaixonadas por alguém quando o coração começasse a pular dentro do peito. Ele explicou que esses "pulos" do coração não são apenas a sensação de leveza que sentimos ao conversar com alguém pela primeira vez; é algo mais profundo. É como uma vibração mais grave e intensa que ressoa por todo corpo no momento em que percebemos que precisamos de alguém e o amamos. E o som dessa vibração é mais parecido com um buuuuuuuuuuuum do que com um buuum. Eu ainda não senti esse tipo de vibração; Daisy diz que sentiu com Edward.

Qual seu número?, de Karyn Bosnak.
Editora Novo Conceito, 414 páginas, 2011.

domingo, 13 de novembro de 2011

Me fez inteira.




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Me encontrou em pedaços pelas calçadas de Ipanema, cantarolando Buarque: "mesmo em sonho estive atento, para poder lembrar-te sempre". Estava sentada no calçadão, olhando algo que nem me lembro o que é, talvez não fosse nada, porque eu estava ali, mas minha mente estava em um lugar obscuro. Sentou ao meu lado, e fez o mesmo que eu: olhou algo que não sei o que era. Ficamos assim, ao lado um do outro por um tempo que não sei mensurar, mas estávamos confortáveis. Depois, ele pegou em minha mão, e me levou para casa, e de pouquinho em pouquinho juntou meus caquinhos, tentando me fazer de novo inteira. Teve todo cuidado do mundo: primeiro conheceu todos os pedaços, depois montou e por último passou a cola. Fez um bom trabalho, desconfio que agora eu esteja melhor que antes, porque possuo detalhes dele em cada pedacinho meu. O moço de olhos negros não vai me deixar encher de poeira na estante, não quer me deixar de lado. Todas as noites irá contar seus sonhos, para que possamos sonhar juntos. Vai me levar pela milésima vez para passear no jardim botânico, me fará escutar seus blues e dançar seus samba-rock embalados no sábado a noite. E eu até aceito ser babá do seu irmão quando seus pais viajarem, tudo para ficar pertinho dele. Posso até não ser a oficial, mas sendo dele já me basta. Não quero que ele deixe de me cuidar, de me ninar, não quero ser mimada por outro que não ele. Não quero ser quebrada de novo, porque as chances de achar alguém como ele para me juntar, me colar, me conhecer pedacinho por pedacinho e me amar são (quase) nulas. Não vou deixar ele se perder. Porque ele se importa comigo, porque ele dá o final feliz para minha história cheia de dramas mexicanos, e não é o contos de fadas que eu sonhava ser, é muito melhor. Porque ele me mostrou que o amor nasce nos lugares mais improváveis, porque ele não é o meu grande amor, ele é o amor certo




Eu fui feito para acreditar que eu nunca amaria ninguém.
Fiz um plano: continuar sendo o homem que ama apenas a si mesmo.
Solitária foi a canção que eu cantei, 
Até o dia que você apareceu mostrando-me um melhor caminho
E tudo o que meu amor pode trazer.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Desastre.



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"(...) e viveram felizes para sempre!" 
Que piada! Mal viveram, quiçá foram felizes. Estavam mais para desapontados. Não ele é claro, eu estava. Ele com certeza está agora transando com minha melhor amiga (corringo: ex-melhor amiga), e eu aqui, escrevendo só mais um texto sobre ele. Tentando ocupar o buraco que ele deixou, tentando pensar na campanha publicitária que eu deveria fazer, tentando não imaginar os "eu te amo" que ele está sussurrando nos ouvidos dela, do mesmo modo que dizia pra mim quando a gente fazia amor. E que amor. Tudo bem, somente uma masoquista como eu poderia amar tamanho narcisista, que consegue me torturar até mesmo quando não está presente. 
Está entendendo? Vou explicar direitinho: 
Ele: meu namorado. Talvez o melhor. Ela: se vestia, se comportava, falava e agia como um anjo, mas era o diabo disfarçado. Era minha amiga. 
Ele chegou certa madrugada ao meu apartamento e disse que estava disposto a fazer do "nosso conto de fadas" uma realidade. Se prometeu, por que não cumpriu? E olha, ele era realmente um príncipe com todas as letras e atributos, infelizmente só não previa que esse "para sempre" que prometeste não fosse durar tanto quanto costuma. Certo, sei que foi doloroso só pra uma das partes. E pergunto: depois disso como não odiar os contos de fadas? Eles levam ao desapontamento, ao sofrimento, a ilusão. Deixei meu coração em suas mãos, ele colocou na estante e fugiu com a princesa errada, deixando-me aqui cheias de buracos. Preciso dizer que eu o amei tanto, tanto, que nada que fizesse me faria o amar menos. Nem mesmo fugir com a princesa errada. E talvez seja esse o real problema do nosso relacionamento: o amar incondicionalmente. Eu o deixei partir com minha melhor amiga, porque o real significado do amor é isso: colocar as necessidades do outro acima das suas. E foi o que fiz. Antes de ir definitivamente, ele disse: 
 - Você tem um bom coração, dê a quem merece! Tenha paciência para esperar a pessoa certa. Ela terá um coração tão bom quanto o seu.
Ele não sabe é que a pessoa certa que estou esperando é ele. Esperando sua volta, certa de quem ele vai perceber que a princesa certa não está ao seu lado.

(...) de todos os desastres que eu podia 
eu escolhi você, 
eu não sei por quê.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Acreditar.





A: Acredita em amor à primeira vista?
B: Eu acredito no amor que sinto por você.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Se existe, deixa.

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É impossível se forçar a amar alguém, eu me dei conta disso. O amor existe ou não existe. Se não existe, você precisa ser capaz de admitir isso. Se existe, você precisa fazer tudo o que puder para proteger quem você ama.

Aura Negra, de Richelle Mead.
Editora Nova Fronteira, 304 páginas, 2010.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

As melhores coisas do mundo.

Para acertar, primeiro a gente precisa saber o que estamos fazendo errado.
(Do filme "As melhores coisas do mundo")
Lista das melhores coisas do mundo, para que eu nunca me esqueça delas.
Escrever. Internet. Amar, sobretudo quando se é amado. SMS às 3 da manha dizendo que está com saudade ou que não para de pensar em você ou um singelo e simples, porém não menos importante, "Eu te amo". Refrigerante de laranja. Livros. Fazer maratonas de séries e esquecer da vida. Noitada de garotas. Pipoca com leite moça. Caio Fernando Abreu. Dormir de conchinha no frio. Praia. Piscina de madrugada. Chocolate quente. Bolo de fubá da vovó. Cafuné. Beijo na boca. Sinceridade. Música alta para dançar. Dar risadas com amigos. Acordar tarde. Adele. Ir ao cinema para rir com os amigos em vez de assistir o filme. Sorriso das pessoas amadas. Nostalgia da infância. Passar o domingo assistindo filmes melosos com o namorado. Abraço, apertado de preferência. Escutar 1000 vezes a mesma música só para ter o prazer de sorrir ao lembrar dele. Esperança. Céu estrelado. Dançar, mesmo que sozinha. Maionese. Coleções, de qualquer tipo. Almoço em família. Fotografia. Guloseimas. Parque de diversões. Circo. Banho de mar. Algodão doce. Banho de chuva. Ter nota máxima em um trabalho. Matar aula com os amigos só pra ficar conversando. Passar no vestibular. Paz interior. Pôr-do-sol. Preguiça. Comer. Sorvete com jujuba. Saudade. Chorar pra libertar a alma. Melhor amiga. Beijinho de boa noite dos pais. Amor tranquilo. Ficar no embalo da rede. Dinheiro. Shopping com as amigas. Teatro, cinema e subway. Poesia. Tequila. Tédio. Nossa casa. Férias. Avião. "Eu te amo" ao pé do ouvido. Rádio. Filmes. Inverno. Carnaval. Salto agulha. Alegria contagiante. Fazer as pazes. Tardes de cantoria. Andar de mãos dadas. Aprender e ensinar. Frases sem pensar. Compromisso. Ser guiada. Setembro. Amanhecer. Irmãos e primos reunidos. Ano novo. Sonho. A certeza que tudo irá melhorar. Andar na beira da praia. Planos. Vinho. Coragem. Vento no rosto. Conselhos. E por fim, a expectativa de a cada dia você irá conhecer uma coisa melhor.

sábado, 15 de outubro de 2011

Tequila, Sexo e Cavalos

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A festa hoje é no apartamento de Paula, minha melhor amiga. Deve ter umas 30 pessoas nesse minúsculo apê, a música faz as paredes tremerem, e me pergunto como a síndica ainda não veio aqui e colocou todo mundo para fora do prédio. Tamanho é o barulho!
Algumas pessoas dançam, outras falam pornografia ou contam piadas sem graça, e tem aquelas pelos cantos se agarrando. Pressinto que a qualquer instante vou presenciar um momento de orgia bem desagradável, e ai terei a plena certeza que não deveria ter vindo a essa festa, que deveria ter ficado em casa com meus filmes melosos, um pote de sorvete e meu lamento por só ter cavalos em minha vida.
Estou com um copo de tequila na mão, finjo que bebo, finjo que estou me divertindo. Dou risada das piadas e escuto com atenção as minhas amigas falando de sua vida sexual tão ativa. Fico quieta, porque se tem uma coisa desativada é a minha vida sexual. Qual foi a última vez mesmo que fiz sexo?
Cruzo as pernas, solto meus cachos, dou um trago na tequila e olho a volta procurando uma vítima. Louca pra achar mais um cavalo, louca pra dar em cima dele só pra dar risada. Me insinuar e na hora que ele pensar que vai me levar pra cama eu cair fora rindo igual louca no meu salto agulha.
Dou uma volta pelo apartamento, paro na varanda olhando pro céu, lá embaixo a Avenida Paulista ainda é movimentada, mesmo depois das 4 da manhã. Me apoio no peitoril e acendo um cigarro (eu não fumo, mas na situação de hoje um cigarro me fará muito bem), contemplo de novo o céu, dou risada, na verdade gargalhadas, pensando se existe uma pessoa mais solitária que eu. Me viro, tragando meu cigarro e bebendo uma dose de tequila, dou mais risada ao perceber que você está na porta, me olhando sério. Pergunto "O que foi nunca me viu?" Uso o tom sexy, pra ver se saio dessa abstinência sexual e a gente vai ao banheiro dar uma boa trepada. Você sorri e todo o seu rosto se ilumina. Fico sem graça e quase derrubo o copo de tequila. Em determinado momento mato a esperança que cresce dentro de mim e digo que não encontramos príncipes em festa, só cavalos.
Você chega perto, de fininho, tira o copo de tequila da minha mão e segura minha cintura, me aperta contra o peitoril. Dou uma risada sarcástica evitando o beijo, mas no fundo estou louca pra você ser o príncipe que tanto peço a Deus. Me olhando, pergunta: "Não quer?" Minha vontade é responder que preciso disso, preciso te querer, aliás, acho que você ficaria lindo na minha cama, com seu peitoral a mostra, bagunçando meus lençóis e deixando seu cheiro no meu travesseiro. Mas, só respiro fundo e digo: "Chega de cavalos que só querem sexo!" e saio andando, sorrindo por dentro por ser tão má às vezes. Dou um beijinho na Paula, digo que foi a melhor festa de todos os tempos, tiro meu salto agulha vermelho, coloco meu fone com The Beatles tocando "don't you know I mean boys" e vou quase dançando terminar minha noite perambulando pela Avenida Paulista. Vai que numa esquina dessas eu me deparo com o tal príncipe.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Não esqueceu.


Lição do dia:
"se você escreve um texto gigante só para dizer que esqueceu dele, na verdade você não esqueceu." 

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Portada de tanta verdade, a escrita me ensinou:
"Se você escreve um texto gigante, dotado de poesia e romantismo, só pra deixar claro que esqueceu dele, sinto muito em dizer, mas você não esqueceu coisíssima nenhuma. Se tivesse nem daria-se trabalho de gastar dedos, palavras e tempo escrevendo para alguém que você diz não significar nada. Significa tudo.
(In)felizmente a escrita está ligado aos sentimentos. Só coloca-se no papel aquilo que não cabe mais no coração, aquele sentimento sufocador. Perceba,  nas entrelinhas dos seus textos você diz que precisa ser salva, diz pra ele voltar, porque tem um lado da cama frio, porque você ainda acredita haver um "nós" no meio dessa confusão de sentimentos. Não adianta escrever que esqueceu, porque na verdade você ama ainda mais que do antes, e alimenta esse sentimento com poesia e romantismo, acreditando que quando ele ler suas súplicas implícitas tenha o minimo de sensibilidade de voltar para seu acalento, de voltar pra te salvar, de ser seu herói, de vim concertar o coração que ele deixou no chão todo quebrado. Acredita ainda mais que ele voltará para te proteger de toda tempestade e trará consigo a paz. Você ainda acredita que vale a pena lutar por esse amor." 






Amor não é um lugar
Para ir e vir quando quisermos
É uma casa que entramos
E nos comprometemos a nunca partir.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Difícil dizer adeus sabendo que o coração soluça dentro da gente.


A noite parecia ter sido a mais incrível de todas, despertando, passou a mão pela cama e não a encontrou. Sabia que Valentina tinha ido embora, mas ainda sim levantou-se e procurou, só achou uma carta, em cima da mesa, com o lenço que ela usava quando chegou ao seu apartamento às 3 horas da manhã:

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   Para o meu eternamente P.,    
         Ás vezes, querido, a gente tem que partir em busca de novos caminhos, novas trilhas. 
        Sinto muito, e quando digo isso, é porque dentro desse pequenino coração existem muitos sentimentos despertados por você e para você. Estou partindo! Hoje pela manhã, vi amanhecer com a chuva caindo pela janela, você dormia de um sono gostoso e confortante, te olhei por horas enquanto o cheirinho de chuva incentiva seu quarto. Percebi que nossos caminhos são muitos diferentes, que nossos objetivos diferem um do outro. 
        É hora de partir em busca daquilo que perdi há algum tempo, é hora de partir e deixar você ir atrás daquilo que você perdeu há muito tempo por ter cruzado meu caminho.    
        Não estou partindo porque te amo menos do que antes. Pelo contrário, te amo ainda mais. Porém é muito sentimento aqui dentro e não quero te sufocar. Quando amamos uma pessoa, dessa forma que eu te amo, só queremos a ela total felicidade.Só queremos que ela encontre um caminho, ainda que esse não seja o mesmo que o seu. A minha decisão não se faz fácil, mas se faz necessária. Um dia você irá entender, eu espero.  
        Escutarei nossas músicas preferidas quando a saudade apertar, porque você sempre está nelas. Vou ler, reler, treler as 365 cartas de amor que você me escreveu quando fizemos um ano de amor. Não lavarei a fronha do meu travesseiro porque ainda tem seu cheiro. E quando te necessitar, ligarei para sua casa afim de escutar sua voz na secretária eletrônica.
     Lembre-se disso: não tenha medo de amar de novo. Ainda há muito o que ser escrito em sua história, não estrague o livro por causa do único capítulo na qual faço parte, ainda virão muitos outros. Outros mais felizes, eu te prometo. 
        Eu  tenho que partir, e deixá-lo encontrar seu caminho. Guarde o melhor de mim. Saiba, eu te amo muito. 
       Adeus olhos castanhos que sempre posaram em mim de forma delicada, me dizendo lindas palavras só com o olhas. Adeus meu amor.
        Da sua,
V.




(...) é triste saber que falta alguma coisa
e saber que não dá pra comprar, substituir, esquecer, implorar.
Mas amor, você sabe, amor não se pede.
(Tati Bernardi)

Quem não viu a primeira postagem sobre Pedro e Valentina, aqui.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Quem, além de você?

" Deixa eu te proteger do mal, dos medos e da chuva." (Chico Buarque)
Você me falou que acreditava no amor porque era a unica coisa ousada e original que restou no mundo. Foi a partir desse momento que, sem ter nem pra quê, comecei acreditar que o sentimento despertado dentro de mim todas as vezes que eu estava perto de você não era outra coisa, senão amor. E fato, nosso amor é ousado, original e meu, completamente meu. E não adianta falar que sou possessiva e que não tem meu nome em você. Se você não percebeu, meu nome pode não estar exposto para todos ver, mas está em você sim, está marcado no seu coração. Escrito bem assim mesmo: "Sou-completamente-dela" e ela sou eu.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Há 63 anos nascia.

"Nasceu para salvar essas almas perdidas por aí."



Caio Fernando Abreu - 12.09.1948


             O biógrafo das emoções se põe a me traduzir. Eis múltiplo e intenso. É um sobrevivente do tempo, que se eternizou por meio das emoções, que escreveu para ser amado. E fato, ando acompanhada de música, solidão e madrugada - assim como você andou - te amando incondicionalmente pelo que escreveu. Qualquer que seja tua frase, quando a leio, toca lá no fundo de minha alma, num lugar tão fundo e secreto que nem imaginava que existia. Biógrafo das emoções para Lygia Telles, para mim o guia das almas perdidas. Tenho sentimentos inacreditavelmente ternos despertados por você. Deixo-te falar por mim com esse seu jeito tão seu de me cativar. 

Na Playlist - Cazuza - Bete Balanço, tudo que me lembra Caio <3

 (...) acordo com a voz safada de Cazuza repetindo em minha orelha fria: "Quem tem um sonho não dança, meu amor." 



sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Stay with me, forever.

Inevitável.
Você sofre por amor, por aquele que não te merece.
E quando, finalmente, o sofrimento encontra uma maneira de ir embora você fica repetindo na frente do espelho: "e-quem-disse-que-eu-gostava-dele?", "não-era-amor".
Incansavelmente você se convence que tinha que ser assim, e que agora vai se manter alerta. 
Você vai comprar sapatos porque eles são mais previsíveis, e sempre que tiver uma crise existencial irá ao shopping ou beberá um copo de tequila para ficar tudo bem.
Promete ao seu coração que a não vai mais vacilar e que agora vai ficar atenta para não sofrer de novo.


Mas aí, BUM: acontece de novo.
Outra vez fica esperando a ligação, relendo os torpedos mil vezes só para ter o prazer de sorrir de novo. Vai ao shopping escolher a melhor roupa e o melhor sapato, não para se curar de uma crise, é porque agora você tem uma encontro com ele - um alguém que chegou num momento inesperado - , e com certeza está ansiosa pra isso.  
Todas músicas que antes eram melancólicas e falavam de coração quebrado, agora fala sobre você e ele. 
E de novo, e de novo, voltou tudo a acontecer.
Mas, você prometeu ficar alerta, prometeu ao seu coração que não ia esperar mais nada de ninguém, que tinha amadurecimento, que tinha crescido, que tinha mudado. 
O que você não esperava é que quando se trata de amor nunca conseguimos ficar alerta, você sempre estará vulnerável. 
Sempre esperará pelo torpedo da madrugada, torcerá que a rádio toque a música favorita dele e que sábado chegue para que possa assistir os filmes mais bestas da "sessão da tarde" mas, que ficam lindos quando compartilhados com esse alguém tão inesperado.