O mal-estar docente exprime os problemas que os professores enfrentam na profissão e parece emergir cada vez mais nas nossas escolas..As rápidas mudanças sociais e tecnológicas caracterizam os dias de hoje. Um movimento constante, visando a produtividade e promoção da eficácia e eficiência dos recursos, parece constituir cada vez mais uma ameaça à identidade pessoal. Nos tempos que correm, cada vez se exige mais do indivíduo como pessoa e como profissional. Acompanhando as evoluções sociais e a modificação do ensino em Portugal, principalmente nas últimas décadas, muitas e profundas têm sido as alterações sofridas, a nível da profissão docente. Na escola e de todos os intervenientes no processo educativo, é o professor que assume um papel de relevo e de interveniente directo neste processo de mudança. Numa profissão em contínua evolução, com uma grande parte dos professores do sexo feminino, a definição de uma carreira docente, a valorização, a nível da formação inicial, a possibilidade de formação contínua e especializada, a possibilidade de empenho na vida e gestão da escola, bem como ,promover uma abertura desta à comunidade educativa, serão, entre muitos outros, alguns dos factores a ter impacto não só a nível da estrutura institucional escolar em si, mas também a influenciar a formação e desenvolvimento profissional dos professores. Nos dias que correm, ser professor é algo extremamente complexo. Nesta profissão, cada vez mais parece exigir-se do professor. O seu papel ultrapassa já muito aquilo que dele seria de esperar dentro de uma sala de aula. A já em si árdua tarefa de transmitir conhecimentos e controlar alunos dentro de uma sala fica, hoje em dia, muito aquém daquilo que é ser um professor. Ao professor compete não só a transmissão do "saber", mas o assumir de um papel responsável como profissional na vida na escola.Numa profissão com riscos e frustrações, a motivação terá por certo implicações no comportamento profissional do professor, ou seja, na sua satisfação e realização profissional e no seu descontentamento ou mal-estar docente.O mal-estar pode traduzir um processo de falta de meios por parte do sujeito para fazer face às exigências que lhe são colocadas na profissão. Muitas têm sido as transformações por que tem passado, principalmente, nos últimos tempos, a profissão docente. Ser professor é algo extremamente complexo requer extrema dedicação e empenho. Nas nossas escolas, hoje em dia, para além das aulas é vulgar o professor estar empenhado numa imensidão de tarefas: aulas para preparar, testes, trabalhos e relatórios para ver e corrigir, reuniões sem fim atrás de reuniões, alunos para serem atendidos, encarregados de educação para atender, projectos a desenvolver, direcção de turma, tarefas burocráticas, domínio da legislação quer relativa a alunos quer a professores sempre em mudança, acções de formação necessárias à progressão na carreira, tarefas atribuídas pelos órgãos de gestão da escola, domínio das técnicas informáticas e de comunicação bem como dos meios audiovisuais.
Serão todas estas tarefas causadoras da exaustão professores? Do tão falado, hoje em dia, mal-estar na profissão docente?
As resposta a estas questões serão importantes, se considerarmos a importância do papel do professor, cada vez, mais responsável numa sociedade em constante mudança e inovação.
O conceito de mal-estar docente exprime os problemas que os professores enfrentam na profissão. Esteve (1992) define mal-estar docente como um conceito que pretende traduzir os efeitos negativos que afectam a personalidade do professor como resultado das condições em que ele realiza o seu trabalho, podendo manifestar-se em diversos graus, desde a insatisfação profissional até estados depressivos.No sentido de uma articulação compreensiva dos diversos factores que contribuem para o mal-estar dos professores, vários autores (Esteve, 1989, 1991 e 1992; Gold & Roth, 1993; Jesus, 1998; Jesus & Costa, 1998) têm distinguido dois níveis de análise do problema, sendo um deles referente aos factores organizacionais, que afectam directamente o professor na sua prática de ensino, e o outro relativo a factores mais genéricos, de natureza social, que o afectam indirectamente pelos condicionalismos que criam no contexto do ensino. No primeiro tipo de factores, é de salientar a sobrecarga de trabalho a que o professor é sujeito, a qual é função da discrepância existente entre as múltiplas exigências que lhe são feitas no terreno, como por exemplo, controlar a disciplina dos alunos, atender aos pais ou fazer trabalho administrativo, e a falta de recursos, materiais, institucionais e de tempo de que dispõe. Quanto aos factores sociais, serão de salientar, as profundas alterações verificadas: no estatuto e imagem social do professor, claramente desvalorizados e desprestigiados, pela massificação do sistema de ensino, pelas alterações a nível dos valores sociais e pela "concorrência" de outras fontes de informação muitíssimo mais poderosas e atractivas como a TV e outros mass media; nos papeis atribuídos ao docente, nomeadamente em virtude da transferência de funções educativas da família para a escola; nos objectivos e competências pedagógicas que devem orientar o seu trabalho e que têm vindo a ser reconceptualizados numa perspectiva de dinamização da aprendizagem e de facilitação do desenvolvimento global dos alunos; e nas atitudes que a sociedade lhe reserva, apontando-o geralmente como "bode expiatório" para as deficiências do sistema educativo e negando-lhes a participação na tomada de decisões que condicionam as suas funções bem como as formas de treino e suporte adequadas.
Safira
domingo, 30 de março de 2008
A saída só reside na cultura da revolta
Baptista Bastos. O ranço salazarista
Cada vez mais nos afastamos uns dos outros. Trespassamo-nos sem nos ver. Caminhamos nas ruas com a apática indiferença de sequer sabermos quem somos. Nem interessados estamos em o saber. Os dias deixaram de ser a aventura do imprevisto e a magia do improviso para se transformarem na amarga rotina do viver português e do existir em Portugal. Deixámos cair a cultura da revolta. Não falamos de nós. Enredamo-nos na futilidade das coisas inúteis, como se fossem o atordoamento ou o sedativo das nossas dores. E as nossas dores não são, apenas, d'alma: são, também, dores físicas. Lemos os jornais e não acreditamos. Lemos, é como quem diz – os que lêem. As televisões são a vergonha do pensamento. Os comentadores tocam pela mesma pauta e sopram a mesma música. Há longos anos que a análise dos nossos problemas está entregue a pessoas que não suscitam inquietação em quem os ouve. Uma anestesia geral parece ter sido adicionada ao corpo da nação. Um amigo meu, professor em Lille, envia-me um email. Há muitos anos, deixou Portugal. Esteve, agora, por aqui. Lança-me um apelo veemente e dorido: 'Que se passa com a nossa terra? Parece um país morto. A garra portuguesa foi aparada ou cortada por uma clique, espalhada por todos os sectores da vida nacional e que de tudo tomou conta. Indignem-se em massa, como dizia o Soares.' Nunca é de mais repetir o drama que se abateu sobre a maioria. Enquanto dois milhões de miúdos vivem na miséria, os bancos obtiveram lucros de 7,9 milhões por dia. Há qualquer coisa de podre e de inquietantemente injusto nestes números. Dir-se-á que não há relação de causa e efeito. Há, claro que há. Qualquer economista sério encontrará associações entre os abismos da pobreza e da fome e os cumes ostensivos das riquezas adquiridas muitas vezes não se sabe como. Prepara-se (preparam os 'socialistas modernos' de Sócrates) a privatização de quase tudo, especialmente da saúde, o mais rendível. E o primeiro-ministro, naquela despudorada 'entrevista' à SIC, declama que está a defender o SNS! O desemprego atinge picos elevadíssimos. Sócrates diz exactamente o contrário. A mentira constitui, hoje, um desporto particularmente requintado. É impossível ver qualquer membro deste Governo sem ser assaltado por uma repugnância visceral. O carácter desta gente é inexistente. Nenhum deles vai aos jornais, às Televisões e às Rádios falar verdade, contar a evidência. E a evidência é a fome, a miséria, a tristeza do nosso amargo viver; os nossos velhos a morrer nos jardins, com reformas de não chegam para comer quanto mais para adquirir remédios; os nossos jovens a tentar a sorte no estrangeiro, ou a desafiar a morte nas drogas; a iliteracia, a ignorância, o túnel negro sem fim. Diz-se que, nas próximas eleições, este agrupamento voltará a ganhar. Diz-se que a alternativa é pior. Diz-se que estamos desgraçados. Diz um general que recebe pressões constantes para encabeçar um movimento de indignação. Diz-se que, um dia destes, rebenta uma explosão social com imprevisíveis consequências. Diz a SEDES, com alguns anos de atraso, como, aliás, é seu timbre, que a crise é muito má. Diz-se, diz-se. Bem gostaríamos de saber o que dizem Mário Soares, António Arnaut, Manuel Alegre, Ana Gomes, Ferro Rodrigues (não sei quem mais, porque socialistas, socialistas, poucos há) acerca deste descalabro. Não é só dizer: é fazer, é agir. O facto, meramente circunstancial, de este PS ter conquistado a maioria absoluta não legitima as atrocidades governamentais, que sobem em escalada. O paliativo da substituição do sinistro Correia de Campos pela dr.ª Ana Jorge não passa de isso mesmo: paliativo. Apenas para toldar os olhos de quem ainda deseja ver, porque há outros que não vêem porque não querem. A aceitação acrítica das decisões governamentais está coligada com a cumplicidade. Quando Vieira da Silva expõe um ar compungido, perante os relatórios internacionais sobre a miséria portuguesa, alguém lhe devia dizer para ter vergonha. Não se resolve este magno problema com a distribuição de umas migalhas, que possuem sempre o aspecto da caridadezinha fascista. Um socialista a sério jamais procedia daquele modo. E há soluções adequadas. O acréscimo do desemprego está na base deste atroz retrocesso. Vivemos num país que já nada tem a ver com o País de Abril. Aliás, penso, seriamente, que pouco tem a ver com a democracia. O quero, posso e mando de José Sócrates, o estilo hirto e autoritário, moldado em Cavaco, significa que nem tudo foi extirpado do que de pior existe nos políticos portugueses. Há um ranço salazarista nesta gente. E, com a passagem dos dias, cada vez mais se me acentua a ideia de que a saída só reside na cultura da revolta.
Cada vez mais nos afastamos uns dos outros. Trespassamo-nos sem nos ver. Caminhamos nas ruas com a apática indiferença de sequer sabermos quem somos. Nem interessados estamos em o saber. Os dias deixaram de ser a aventura do imprevisto e a magia do improviso para se transformarem na amarga rotina do viver português e do existir em Portugal. Deixámos cair a cultura da revolta. Não falamos de nós. Enredamo-nos na futilidade das coisas inúteis, como se fossem o atordoamento ou o sedativo das nossas dores. E as nossas dores não são, apenas, d'alma: são, também, dores físicas. Lemos os jornais e não acreditamos. Lemos, é como quem diz – os que lêem. As televisões são a vergonha do pensamento. Os comentadores tocam pela mesma pauta e sopram a mesma música. Há longos anos que a análise dos nossos problemas está entregue a pessoas que não suscitam inquietação em quem os ouve. Uma anestesia geral parece ter sido adicionada ao corpo da nação. Um amigo meu, professor em Lille, envia-me um email. Há muitos anos, deixou Portugal. Esteve, agora, por aqui. Lança-me um apelo veemente e dorido: 'Que se passa com a nossa terra? Parece um país morto. A garra portuguesa foi aparada ou cortada por uma clique, espalhada por todos os sectores da vida nacional e que de tudo tomou conta. Indignem-se em massa, como dizia o Soares.' Nunca é de mais repetir o drama que se abateu sobre a maioria. Enquanto dois milhões de miúdos vivem na miséria, os bancos obtiveram lucros de 7,9 milhões por dia. Há qualquer coisa de podre e de inquietantemente injusto nestes números. Dir-se-á que não há relação de causa e efeito. Há, claro que há. Qualquer economista sério encontrará associações entre os abismos da pobreza e da fome e os cumes ostensivos das riquezas adquiridas muitas vezes não se sabe como. Prepara-se (preparam os 'socialistas modernos' de Sócrates) a privatização de quase tudo, especialmente da saúde, o mais rendível. E o primeiro-ministro, naquela despudorada 'entrevista' à SIC, declama que está a defender o SNS! O desemprego atinge picos elevadíssimos. Sócrates diz exactamente o contrário. A mentira constitui, hoje, um desporto particularmente requintado. É impossível ver qualquer membro deste Governo sem ser assaltado por uma repugnância visceral. O carácter desta gente é inexistente. Nenhum deles vai aos jornais, às Televisões e às Rádios falar verdade, contar a evidência. E a evidência é a fome, a miséria, a tristeza do nosso amargo viver; os nossos velhos a morrer nos jardins, com reformas de não chegam para comer quanto mais para adquirir remédios; os nossos jovens a tentar a sorte no estrangeiro, ou a desafiar a morte nas drogas; a iliteracia, a ignorância, o túnel negro sem fim. Diz-se que, nas próximas eleições, este agrupamento voltará a ganhar. Diz-se que a alternativa é pior. Diz-se que estamos desgraçados. Diz um general que recebe pressões constantes para encabeçar um movimento de indignação. Diz-se que, um dia destes, rebenta uma explosão social com imprevisíveis consequências. Diz a SEDES, com alguns anos de atraso, como, aliás, é seu timbre, que a crise é muito má. Diz-se, diz-se. Bem gostaríamos de saber o que dizem Mário Soares, António Arnaut, Manuel Alegre, Ana Gomes, Ferro Rodrigues (não sei quem mais, porque socialistas, socialistas, poucos há) acerca deste descalabro. Não é só dizer: é fazer, é agir. O facto, meramente circunstancial, de este PS ter conquistado a maioria absoluta não legitima as atrocidades governamentais, que sobem em escalada. O paliativo da substituição do sinistro Correia de Campos pela dr.ª Ana Jorge não passa de isso mesmo: paliativo. Apenas para toldar os olhos de quem ainda deseja ver, porque há outros que não vêem porque não querem. A aceitação acrítica das decisões governamentais está coligada com a cumplicidade. Quando Vieira da Silva expõe um ar compungido, perante os relatórios internacionais sobre a miséria portuguesa, alguém lhe devia dizer para ter vergonha. Não se resolve este magno problema com a distribuição de umas migalhas, que possuem sempre o aspecto da caridadezinha fascista. Um socialista a sério jamais procedia daquele modo. E há soluções adequadas. O acréscimo do desemprego está na base deste atroz retrocesso. Vivemos num país que já nada tem a ver com o País de Abril. Aliás, penso, seriamente, que pouco tem a ver com a democracia. O quero, posso e mando de José Sócrates, o estilo hirto e autoritário, moldado em Cavaco, significa que nem tudo foi extirpado do que de pior existe nos políticos portugueses. Há um ranço salazarista nesta gente. E, com a passagem dos dias, cada vez mais se me acentua a ideia de que a saída só reside na cultura da revolta.
sábado, 29 de março de 2008
Entrevista a José Manuel Silva
Fwd: FW: Entrevista a José Manuel Silva, anterior DREC
sábado, 29 de março de 2008 0:03:11
Para:
Sábado, 1 de Março de 2008<:AtomicElement id=ms__id53098>Entrevista Região de Leiria O jornalista Carlos Almeida, do semanário Região de Leiria,solicitou-me, na passada terça-feira, que lhe respondesse por escritoàs questões seguintes. A revolta dos professores é justificada?Mais do que justificada. Os professores têm sido enxovalhados edesacreditados no que têm de mais sagrado, a sua honorabilidadeprofissional. Há medo nas escolas?Quem o confessa é quem lá trabalha e têm-me chegado ecos dessesentimento através de professores e de gestores escolares. O que está errado em toda esta equação: a reforma, a ministra daEducação ou os professores?O que está errado é pretender-se fazer reformas, necessárias diga-se,sem contar com a colaboração dos professores e mesmo contra osprofessores. É uma ilusão pensar que isto é possível. O que estaequipa do ME, com o apoio expresso do Primeiro-Ministro, anda a fazeré a desestabilizar as escolas convencida de que vai conseguir mudar orumo da educação. Quando a situação se deteriorar completamente vão-seembora e o sistema fica pior do que estava. Maria de Lurdes Rodrigues tem condições para continuar no cargo?Objectivamente tem enquanto o Primeiro-Ministro assim o entender. Masdepois das declarações feitas hoje (terça-feira) pela nova Ministra daSaúde acerca da necessidade de conseguir a colaboração dosprofissionais da saúde para as reformas que quer fazer, pois contraeles não se pode fazer nada, não sei como podem coexistir no seio domesmo governo duas Ministra com pontos de vista antagónicos sobre aforma de gerir os recursos humanos de que dispõem. Identifique a principal virtude e o principal defeito da actualpolítica de educação?Virtude - a capacidade demonstrada no início do mandato para definiros principais problemas estruturais que afectavam/afectam o sistemaeducativo. Defeito - a incapacidade de mobilizar os profissionais daeducação para as reformas pretendidas e com isto desestabilizar asescolas e criar um clima completamente oposto ao que é desejável eminstituições educativas. Na reunião promovida pelo Movimento em Defesa da Escola Pública, emLeiria, alguns docentes denunciaram a existência de grelhas deavaliação que levavam em conta a posição dos professores em relação àpolítica educativa do governo. Como comenta?Trata-se de uma situação absurda e ilustra como se pode ser "maispapista do que o Papa". Infelizmente, Portugal tem uma larga tradiçãode espias e bufos, denunciantes e similares e, pelos vistos, há quemnão queira deixar morrer a tradição. Acredito que essas situaçõesserão corrigidas de imediato.José Manuel Silva,ex-Director Regional de Educação do Centro
sábado, 29 de março de 2008 0:03:11
Para:
Sábado, 1 de Março de 2008<:AtomicElement id=ms__id53098>Entrevista Região de Leiria O jornalista Carlos Almeida, do semanário Região de Leiria,solicitou-me, na passada terça-feira, que lhe respondesse por escritoàs questões seguintes. A revolta dos professores é justificada?Mais do que justificada. Os professores têm sido enxovalhados edesacreditados no que têm de mais sagrado, a sua honorabilidadeprofissional. Há medo nas escolas?Quem o confessa é quem lá trabalha e têm-me chegado ecos dessesentimento através de professores e de gestores escolares. O que está errado em toda esta equação: a reforma, a ministra daEducação ou os professores?O que está errado é pretender-se fazer reformas, necessárias diga-se,sem contar com a colaboração dos professores e mesmo contra osprofessores. É uma ilusão pensar que isto é possível. O que estaequipa do ME, com o apoio expresso do Primeiro-Ministro, anda a fazeré a desestabilizar as escolas convencida de que vai conseguir mudar orumo da educação. Quando a situação se deteriorar completamente vão-seembora e o sistema fica pior do que estava. Maria de Lurdes Rodrigues tem condições para continuar no cargo?Objectivamente tem enquanto o Primeiro-Ministro assim o entender. Masdepois das declarações feitas hoje (terça-feira) pela nova Ministra daSaúde acerca da necessidade de conseguir a colaboração dosprofissionais da saúde para as reformas que quer fazer, pois contraeles não se pode fazer nada, não sei como podem coexistir no seio domesmo governo duas Ministra com pontos de vista antagónicos sobre aforma de gerir os recursos humanos de que dispõem. Identifique a principal virtude e o principal defeito da actualpolítica de educação?Virtude - a capacidade demonstrada no início do mandato para definiros principais problemas estruturais que afectavam/afectam o sistemaeducativo. Defeito - a incapacidade de mobilizar os profissionais daeducação para as reformas pretendidas e com isto desestabilizar asescolas e criar um clima completamente oposto ao que é desejável eminstituições educativas. Na reunião promovida pelo Movimento em Defesa da Escola Pública, emLeiria, alguns docentes denunciaram a existência de grelhas deavaliação que levavam em conta a posição dos professores em relação àpolítica educativa do governo. Como comenta?Trata-se de uma situação absurda e ilustra como se pode ser "maispapista do que o Papa". Infelizmente, Portugal tem uma larga tradiçãode espias e bufos, denunciantes e similares e, pelos vistos, há quemnão queira deixar morrer a tradição. Acredito que essas situaçõesserão corrigidas de imediato.José Manuel Silva,ex-Director Regional de Educação do Centro
O DIREITO À EDUCAÇÃO
O direito à educação e ao ensino é o direito de todos e de cada um ao conhecimento e à criatividade, ao pleno e harmonioso desenvolvimento das suas potencialidades, vocações e consciência cívica. Direito este que deve ser assegurado por uma política que assuma a educação, a ciência e a cultura como vectores estratégicos para o desenvolvimento integrado do nosso país; que atenda à multiplicidade dos processos educativos e formativos contemporâneos e às dimensões a que estes devem dar resposta, desde a competência profissional e a qualificação, à cultura humanista e científico-técnica, à inovação e à criação. Direito à educação que é assegurado por um sistema educativo que valorize o ensino público, democraticamente gerido e dotado de objectivos, estruturas e meios financeiros e humanos que permitam o direito ao ensino e à igualdade de oportunidades de acesso e sucesso educativo a todos os portugueses.
Igualdade de oportunidades que, num contexto nacional de profundas injustiças na distribuição da riqueza nacional, com a grande maioria dos trabalhadores a perder poder de compra, só pode ser garantida com uma correcta política de Acção Social, com um financiamento adequado por parte do Orçamento do Estado, condicionando desta forma ao mérito e não a constrangimentos sócio-económicos, a frequência do ensino. No ensino superior chega a ser dramática a carência em apoios sociais, especialmente para estudantes deslocados da sua residência habitual assim como para os trabalhadores estudantes que são obrigados a actividade profissional prematura para pagar os seus estudos.
As soluções passam, em primeiro lugar, por considerar um investimento na educação não como um investimento considerado na lógica capitalista, mas como um investimento na humanização da vida, um investimento considerado como uma prioridade estratégica no desenvolvimento do país e por isso a prioridade deverá ser investir na escola pública, gratuita e de qualidade para todos.
Não está em causa o direito da iniciativa privada se constituir como alternativa para os cidadãos que por ela, de livre vontade, queiram optar, não podendo, no entanto, ser potenciada pelo constrangimento da rede pública. Embora de acordo com o disposto na Constituição da República Portuguesa no que respeita ao carácter supletivo das respostas privadas em educação, estas deverão desenvolver a sua actividade de acordo com os quadros legais vigentes. O sistema educativo existe, para servir os portugueses, para construir a identidade nacional, pessoal e social, para educar cidadãos livres, solidários e responsáveis, para desenvolver valores e capacidades.
Safira
Igualdade de oportunidades que, num contexto nacional de profundas injustiças na distribuição da riqueza nacional, com a grande maioria dos trabalhadores a perder poder de compra, só pode ser garantida com uma correcta política de Acção Social, com um financiamento adequado por parte do Orçamento do Estado, condicionando desta forma ao mérito e não a constrangimentos sócio-económicos, a frequência do ensino. No ensino superior chega a ser dramática a carência em apoios sociais, especialmente para estudantes deslocados da sua residência habitual assim como para os trabalhadores estudantes que são obrigados a actividade profissional prematura para pagar os seus estudos.
As soluções passam, em primeiro lugar, por considerar um investimento na educação não como um investimento considerado na lógica capitalista, mas como um investimento na humanização da vida, um investimento considerado como uma prioridade estratégica no desenvolvimento do país e por isso a prioridade deverá ser investir na escola pública, gratuita e de qualidade para todos.
Não está em causa o direito da iniciativa privada se constituir como alternativa para os cidadãos que por ela, de livre vontade, queiram optar, não podendo, no entanto, ser potenciada pelo constrangimento da rede pública. Embora de acordo com o disposto na Constituição da República Portuguesa no que respeita ao carácter supletivo das respostas privadas em educação, estas deverão desenvolver a sua actividade de acordo com os quadros legais vigentes. O sistema educativo existe, para servir os portugueses, para construir a identidade nacional, pessoal e social, para educar cidadãos livres, solidários e responsáveis, para desenvolver valores e capacidades.
Safira
Isto é extremamente grave...
Março de 2008 22:48
Anónimo disse...
ISTO É EXTREMAMENTE GRAVE!O nosso país não sabe e não se apercebe, mas a grande maioria dos professores que estão no terreno já sabe que 30 anos após o 25 de Abril, estamos a assistir à destruição do sistema de ensino em Portugal. Os motivos? fácil:- Poupar nos profissionais (professores) para continuar a embolsar para diminuir o défice e encher os bolsos dos amigos que mamam à grande no Estado, desde administradores a gestores e passando pelos privados que recebem favorecimentos cada vez mais inconcebíveis! Até vão poupar nos profissionais que lidam com crianças deficientes (incluido profundas, surdos, mudos, cegos...) fechando os estabelecimentos próprios e colocando-as todas "inseridas" em turmas comuns na escola normal!!! para fazer o quê? com que possivel atenção do professor que tem o dever de dar aulas?- Descredibilizar a Escola Pública para abrir caminho para os negócios privados da Educação que aí vêm! O último grande negócio que lhes faltava!- Criar um país de absolutos ignorantes com um papel passado de frequência da escola que será obrigatória como depósito de pessoas, até ao 12º ano. Nunca terão emprego capaz! Não terão capacidade nem conhecimentos para protestar e deitar abaixo uma minoria de ditadorzinhos e exploradores que se alimentará e viverá em extrema riqueza à custa de todos! Já Salazar sabia o perigo do povo ter instrução: A CULTURA LIBERTA!!! O burro aceita o cabresto!!!- Aparentar na Europa que temos perto de 100% de alfabetização e frequência da escola até ao 12º ano. Uma colossal mentira!Para isto, atacam todos os dias os professores, como se fossem os culpados de tudo o que não corre bem no ensino, pelo caminho os pais (4 milhões de votos...) são promovidos a santos e descartados de toda a responsabilidade na educação dos seus filhos (até aplaudem que no 5º e 6º anos os alunos passem a estar 11 horas por dia na escola!!! não querem filhos? para que os tiveram?) e os alunos são promovidos a semi-deuses, podendo faltar às aulas a gosto, não trabalhando, não tendo disciplina, obrigações nem educação perante outras pessoas e estando garantida a sua passagem seja como for, e se ele não sabe nada a culpa é do professor, claro. De repente, todos os professores que formaram milhões de Portugueses em 30 anos são incompetentes e maus profissionais segundo este governo!Talvez devam começar a pensar que toda a base da nossa sociedade começa na educação e formação do nosso povo, senão seriam todos uns pobres labregos a trabalhar por uma côdea de pão, e são os professores os agentes dessa formação! A base do nosso estilo de vida e da nossa sociedade!Abram os olhos e digam a outros, pois a campanha de intoxicação das televisões por conta do governo tem impedido que as pessoas fora das Escolas saibam do que se passa! PASSEM O MAIL, POIS ISTO É AINDA MUITO MAIS GRAVE DO QUE PARECE!A avaliação do desempenho de professores é uma patranha para escamotear mais uma poupança para combater o défice!
Anónimo disse...
ISTO É EXTREMAMENTE GRAVE!O nosso país não sabe e não se apercebe, mas a grande maioria dos professores que estão no terreno já sabe que 30 anos após o 25 de Abril, estamos a assistir à destruição do sistema de ensino em Portugal. Os motivos? fácil:- Poupar nos profissionais (professores) para continuar a embolsar para diminuir o défice e encher os bolsos dos amigos que mamam à grande no Estado, desde administradores a gestores e passando pelos privados que recebem favorecimentos cada vez mais inconcebíveis! Até vão poupar nos profissionais que lidam com crianças deficientes (incluido profundas, surdos, mudos, cegos...) fechando os estabelecimentos próprios e colocando-as todas "inseridas" em turmas comuns na escola normal!!! para fazer o quê? com que possivel atenção do professor que tem o dever de dar aulas?- Descredibilizar a Escola Pública para abrir caminho para os negócios privados da Educação que aí vêm! O último grande negócio que lhes faltava!- Criar um país de absolutos ignorantes com um papel passado de frequência da escola que será obrigatória como depósito de pessoas, até ao 12º ano. Nunca terão emprego capaz! Não terão capacidade nem conhecimentos para protestar e deitar abaixo uma minoria de ditadorzinhos e exploradores que se alimentará e viverá em extrema riqueza à custa de todos! Já Salazar sabia o perigo do povo ter instrução: A CULTURA LIBERTA!!! O burro aceita o cabresto!!!- Aparentar na Europa que temos perto de 100% de alfabetização e frequência da escola até ao 12º ano. Uma colossal mentira!Para isto, atacam todos os dias os professores, como se fossem os culpados de tudo o que não corre bem no ensino, pelo caminho os pais (4 milhões de votos...) são promovidos a santos e descartados de toda a responsabilidade na educação dos seus filhos (até aplaudem que no 5º e 6º anos os alunos passem a estar 11 horas por dia na escola!!! não querem filhos? para que os tiveram?) e os alunos são promovidos a semi-deuses, podendo faltar às aulas a gosto, não trabalhando, não tendo disciplina, obrigações nem educação perante outras pessoas e estando garantida a sua passagem seja como for, e se ele não sabe nada a culpa é do professor, claro. De repente, todos os professores que formaram milhões de Portugueses em 30 anos são incompetentes e maus profissionais segundo este governo!Talvez devam começar a pensar que toda a base da nossa sociedade começa na educação e formação do nosso povo, senão seriam todos uns pobres labregos a trabalhar por uma côdea de pão, e são os professores os agentes dessa formação! A base do nosso estilo de vida e da nossa sociedade!Abram os olhos e digam a outros, pois a campanha de intoxicação das televisões por conta do governo tem impedido que as pessoas fora das Escolas saibam do que se passa! PASSEM O MAIL, POIS ISTO É AINDA MUITO MAIS GRAVE DO QUE PARECE!A avaliação do desempenho de professores é uma patranha para escamotear mais uma poupança para combater o défice!
PLATAFORMA SINDICAL DOS PROFESSORES PROMOVE...
PLATAFORMA SINDICAL DOS PROFESSORES
Assunto: NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL28/03/2008COMUNICADO PLATAFORMA PROMOVE CONFERÊNCIA DE IMPRENSA E ENTREGA ABAIXO-ASSINADO NO M.E., DIA 31 DE MARÇOESTA INICIATIVA NO PRIMEIRO DIA DE AULAS, CONFIRMA QUE 3º PERÍODO SERÁ DE MUITA LUTA! Durante a última semana de aulas e a interrupção lectiva da Páscoa, a Plataforma Sindical dos Professores pôs a circular um abaixo-assinado em que, no essencial, os professores colocam ao ME as mesmas exigências que já tinham apresentado na Resolução aprovada na Marcha da Indignação.Em pleno período de interrupção, foram recolhidas cerca de 20.000 assinaturas que serão entregues no ME no dia 31 de Março, segunda-feira. Poderia a Plataforma Sindical recolher, agora que o ano recomeçou, muitos milhares de outros subscritores, mas, sufragadas que estão estas posições pelos participantes na Marcha, preferiu aproveitar este abaixo-assinado para, no primeiro dia de aulas do 3º período voltar à rua e lembrar que, perante a intransigência ministerial, a luta dos professores não irá parar! Neste dia 31 de Março a Plataforma Sindical promove uma Conferência de Imprensa, pelas 11.00 horas, no Hotel Marquês de Sá (Av. Miguel Bombarda, no 130), em Lisboa, seguida de uma deslocação para o ME onde será entregue o abaixo-assinado às 12.00 horas. Esta entrega será feita pelos membros das direcções sindicais das diversas organizações. A Plataforma Sindical dos Professores convida os Senhores(as) Jornalistas a acompanharem a Conferência de Imprensa e a deslocação ao ME. A Plataforma Sindical dos Professores
Assunto: NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL28/03/2008COMUNICADO PLATAFORMA PROMOVE CONFERÊNCIA DE IMPRENSA E ENTREGA ABAIXO-ASSINADO NO M.E., DIA 31 DE MARÇOESTA INICIATIVA NO PRIMEIRO DIA DE AULAS, CONFIRMA QUE 3º PERÍODO SERÁ DE MUITA LUTA! Durante a última semana de aulas e a interrupção lectiva da Páscoa, a Plataforma Sindical dos Professores pôs a circular um abaixo-assinado em que, no essencial, os professores colocam ao ME as mesmas exigências que já tinham apresentado na Resolução aprovada na Marcha da Indignação.Em pleno período de interrupção, foram recolhidas cerca de 20.000 assinaturas que serão entregues no ME no dia 31 de Março, segunda-feira. Poderia a Plataforma Sindical recolher, agora que o ano recomeçou, muitos milhares de outros subscritores, mas, sufragadas que estão estas posições pelos participantes na Marcha, preferiu aproveitar este abaixo-assinado para, no primeiro dia de aulas do 3º período voltar à rua e lembrar que, perante a intransigência ministerial, a luta dos professores não irá parar! Neste dia 31 de Março a Plataforma Sindical promove uma Conferência de Imprensa, pelas 11.00 horas, no Hotel Marquês de Sá (Av. Miguel Bombarda, no 130), em Lisboa, seguida de uma deslocação para o ME onde será entregue o abaixo-assinado às 12.00 horas. Esta entrega será feita pelos membros das direcções sindicais das diversas organizações. A Plataforma Sindical dos Professores convida os Senhores(as) Jornalistas a acompanharem a Conferência de Imprensa e a deslocação ao ME. A Plataforma Sindical dos Professores
quinta-feira, 27 de março de 2008
PROPOSTA PARA NOVA MANIFESTAÇÃO EM 25/ABRIL
25 de Abril
Tendo em conta a forma como o governo reagiu à nossa manifestação, temos necessidade de não abrandar a luta. NÃO PODEMOS ABRANDAR A LUTA. Nesse sentido, sugeria nova manifestação dia 25 de Abril (sexta-feira, feriado), em frente à Assembleia da República, onde provavelmente estará reunido o plenário da AR. Acham que é uma ideia viável? Acaso já há alguma movimentação nesse sentido? Acham que, em vez de 100000 conseguiremos reunir 120000 ou mais? E assim mostraremos que não andamos a brincar! PONHO A IDEIA A CORRER, no Blog e nos e-mail? (com o vosso contributo e com mais de um mês de antecedência chegaremos a todos os colegas). (Nota: pensei que talvez, nós os colegas de Lisboa e da zona, nos devêssemos organizar para ajudar a suportar parte das despesas dos colegas de mais longe. Não sei como, mas deverá haver uma forma). QUE ACHAM? Digam qualquer coisa, o mais depressa possível Cumprimentos mobilizadores!Ilídio Trindade
Tendo em conta a forma como o governo reagiu à nossa manifestação, temos necessidade de não abrandar a luta. NÃO PODEMOS ABRANDAR A LUTA. Nesse sentido, sugeria nova manifestação dia 25 de Abril (sexta-feira, feriado), em frente à Assembleia da República, onde provavelmente estará reunido o plenário da AR. Acham que é uma ideia viável? Acaso já há alguma movimentação nesse sentido? Acham que, em vez de 100000 conseguiremos reunir 120000 ou mais? E assim mostraremos que não andamos a brincar! PONHO A IDEIA A CORRER, no Blog e nos e-mail? (com o vosso contributo e com mais de um mês de antecedência chegaremos a todos os colegas). (Nota: pensei que talvez, nós os colegas de Lisboa e da zona, nos devêssemos organizar para ajudar a suportar parte das despesas dos colegas de mais longe. Não sei como, mas deverá haver uma forma). QUE ACHAM? Digam qualquer coisa, o mais depressa possível Cumprimentos mobilizadores!Ilídio Trindade
O QUE ELES DIZEM SOBRE INDISCIPLINA
O que eles dizem sobre a indisciplina e a violência nas escolas:
Lurdes Rodrigues, actual (ainda?) Ministra da Educação“É um oportunismo político estarem a misturar o Estatuto do Aluno, que é um quadro de regras que permite às escolas prevenir e agir, com este caso de indisciplina.”Couto dos Santos, Ministro da Educação (1992-1993)“Lamento que os professores tenham vindo a perder autoridade. O que tem muito a ver com o comportamento dos pais dos alunos, que acham que os filhos têm sempre razão.”Roberto Carneiro, Ministro da Educação (1985-1991)“Os miúdos chegam às escolas sem socialização. A escola não pode fazer o que os pais não fazem em casa. Têm que haver regras e elas têm que ser respeitadas pelos alunos.”Deus Pinheiro, Ministro da Educação (1985-1986)“Hoje em dia, os meninos vivem numa redoma. Tolera-se-lhes tudo. Os meninos têm que aprender a respeitar a escola em todos os sentidos. O mal é o facilitismo que está instalado.”Veiga Simão, Ministro da Educação (1970-1974)“Nos anos 70 os casos de indisciplina eram resolvidos nas escolas. Os professores eram muito respeitados. Eram uma autoridade por si próprios. Há uma crise de autoridade na sociedade.”ConclusõesCom excepção de MLR, todos são de opinião que a sociedade em geral e a família em particular falham redondamente na educação das crianças e dos adolescentes.A ministra, como sempre, branqueia o falhanço dos pais e, cinicamente, atira com as responsabilidades para cima das escolas, depois da desautorização dos professores que obsessivamente tem levado a cabo e da permissividade do estatuto que aprovou para os alunos.Esta senhora pode ser Ministra-do-Que-Quiser mas não é, seguramente, Ministra da Educação. Por este caminho, oxalá não venhamos ainda a designá-la de Ministra da Delinquência Juvenil! Com a obstinação e o autismo de que tem dado mostras, infelizmente, já faltou mais…
Lurdes Rodrigues, actual (ainda?) Ministra da Educação“É um oportunismo político estarem a misturar o Estatuto do Aluno, que é um quadro de regras que permite às escolas prevenir e agir, com este caso de indisciplina.”Couto dos Santos, Ministro da Educação (1992-1993)“Lamento que os professores tenham vindo a perder autoridade. O que tem muito a ver com o comportamento dos pais dos alunos, que acham que os filhos têm sempre razão.”Roberto Carneiro, Ministro da Educação (1985-1991)“Os miúdos chegam às escolas sem socialização. A escola não pode fazer o que os pais não fazem em casa. Têm que haver regras e elas têm que ser respeitadas pelos alunos.”Deus Pinheiro, Ministro da Educação (1985-1986)“Hoje em dia, os meninos vivem numa redoma. Tolera-se-lhes tudo. Os meninos têm que aprender a respeitar a escola em todos os sentidos. O mal é o facilitismo que está instalado.”Veiga Simão, Ministro da Educação (1970-1974)“Nos anos 70 os casos de indisciplina eram resolvidos nas escolas. Os professores eram muito respeitados. Eram uma autoridade por si próprios. Há uma crise de autoridade na sociedade.”ConclusõesCom excepção de MLR, todos são de opinião que a sociedade em geral e a família em particular falham redondamente na educação das crianças e dos adolescentes.A ministra, como sempre, branqueia o falhanço dos pais e, cinicamente, atira com as responsabilidades para cima das escolas, depois da desautorização dos professores que obsessivamente tem levado a cabo e da permissividade do estatuto que aprovou para os alunos.Esta senhora pode ser Ministra-do-Que-Quiser mas não é, seguramente, Ministra da Educação. Por este caminho, oxalá não venhamos ainda a designá-la de Ministra da Delinquência Juvenil! Com a obstinação e o autismo de que tem dado mostras, infelizmente, já faltou mais…
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MUITO GRAVE - LEIA
Recebemos um e-mail, que transcrevemos na íntegra, tal como foi recebido. Desconhecemos o autor, mas que é uma ALERTA, lá isso é!CitarMUITO GRAVE - LEIALEIA ESTAS LINHAS MEU AMIGO! ... mesmo se costuma apagar os meus mails por achar que têm muito para ler e que estes assuntos não lhe interessam ou não o afectarão! Desengane-se! Quanto mais barreiras de resistência cairem, mais depressa chegará a sua vez!!!ISTO É EXTREMAMENTE GRAVE!O nosso país não sabe e não se apercebe, mas a grande maioria dos professores que estão no terreno já sabe que 30 anos após o 25 de Abril, estamos a assistir à destruição do sistema de ensino em Portugal. Os motivos? fácil:- Poupar nos profissionais (professores) para continuar a embolsar para diminuir o défice e encher os bolsos dos amigos que mamam à grande no Estado, desde administradores a gestores e passando pelos privados que recebem favorecimentos cada vez mais inconcebíveis! Até vão poupar nos profissionais que lidam com crianças deficientes (incluido profundas, surdos, mudos, cegos...) fechando os estabelecimentos próprios e colocando-as todas "inseridas" em turmas comuns na escola normal!!! para fazer o quê? com que possivel atenção do professor que tem o dever de dar aulas?- Descredibilizar a Escola Pública para abrir caminho para os negócios privados da Educação que aí vêm! O último grande negócio que lhes faltava!- Criar um país de absolutos ignorantes com um papel passado de frequência da escola que será obrigatória como depósito de pessoas, até ao 12º ano. Nunca terão emprego capaz! Não terão capacidade nem conhecimentos para protestar e deitar abaixo uma minoria de ditadorzinhos e exploradores que se alimentará e viverá em extrema riqueza à custa de todos! Já Salazar sabia o perigo do povo ter instrução: A CULTURA LIBERTA!!! O burro aceita o cabresto!!!- Aparentar na Europa que temos perto de 100% de alfabetização e frequência da escola até ao 12º ano. Uma colossal mentira!Para isto, atacam todos os dias os professores, como se fossem os culpados de tudo o que não corre bem no ensino, pelo caminho os pais (4 milhões de votos...) são promovidos a santos e descartados de toda a responsabilidade na educação dos seus filhos (até aplaudem que no 5º e 6º anos os alunos passem a estar 11 horas por dia na escola!!! não querem filhos? para que os tiveram?) e os alunos são promovidos a semi-deuses, podendo faltar às aulas a gosto, não trabalhando, não tendo disciplina, obrigações nem educação perante outras pessoas e estando garantida a sua passagem seja como for, e se ele não sabe nada a culpa é do professor, claro. De repente, todos os professores que formaram milhões de Portugueses em 30 anos são incompetentes e maus profissionais segundo este governo!Talvez devam começar a pensar que toda a base da nossa sociedade começa na educação e formação do nosso povo, senão seriam todos uns pobres labregos a trabalhar por uma côdea de pão, e são os professores os agentes dessa formação! A base do nosso estilo de vida e da nossa sociedade!Abram os olhos e digam a outros, pois a campanha de intoxicação das televisões por conta do governo tem impedido que as pessoas fora das Escolas saibam do que se passa
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Recebemos um e-mail, que transcrevemos na íntegra, tal como foi recebido. Desconhecemos o autor, mas que é uma ALERTA, lá isso é!CitarMUITO GRAVE - LEIALEIA ESTAS LINHAS MEU AMIGO! ... mesmo se costuma apagar os meus mails por achar que têm muito para ler e que estes assuntos não lhe interessam ou não o afectarão! Desengane-se! Quanto mais barreiras de resistência cairem, mais depressa chegará a sua vez!!!ISTO É EXTREMAMENTE GRAVE!O nosso país não sabe e não se apercebe, mas a grande maioria dos professores que estão no terreno já sabe que 30 anos após o 25 de Abril, estamos a assistir à destruição do sistema de ensino em Portugal. Os motivos? fácil:- Poupar nos profissionais (professores) para continuar a embolsar para diminuir o défice e encher os bolsos dos amigos que mamam à grande no Estado, desde administradores a gestores e passando pelos privados que recebem favorecimentos cada vez mais inconcebíveis! Até vão poupar nos profissionais que lidam com crianças deficientes (incluido profundas, surdos, mudos, cegos...) fechando os estabelecimentos próprios e colocando-as todas "inseridas" em turmas comuns na escola normal!!! para fazer o quê? com que possivel atenção do professor que tem o dever de dar aulas?- Descredibilizar a Escola Pública para abrir caminho para os negócios privados da Educação que aí vêm! O último grande negócio que lhes faltava!- Criar um país de absolutos ignorantes com um papel passado de frequência da escola que será obrigatória como depósito de pessoas, até ao 12º ano. Nunca terão emprego capaz! Não terão capacidade nem conhecimentos para protestar e deitar abaixo uma minoria de ditadorzinhos e exploradores que se alimentará e viverá em extrema riqueza à custa de todos! Já Salazar sabia o perigo do povo ter instrução: A CULTURA LIBERTA!!! O burro aceita o cabresto!!!- Aparentar na Europa que temos perto de 100% de alfabetização e frequência da escola até ao 12º ano. Uma colossal mentira!Para isto, atacam todos os dias os professores, como se fossem os culpados de tudo o que não corre bem no ensino, pelo caminho os pais (4 milhões de votos...) são promovidos a santos e descartados de toda a responsabilidade na educação dos seus filhos (até aplaudem que no 5º e 6º anos os alunos passem a estar 11 horas por dia na escola!!! não querem filhos? para que os tiveram?) e os alunos são promovidos a semi-deuses, podendo faltar às aulas a gosto, não trabalhando, não tendo disciplina, obrigações nem educação perante outras pessoas e estando garantida a sua passagem seja como for, e se ele não sabe nada a culpa é do professor, claro. De repente, todos os professores que formaram milhões de Portugueses em 30 anos são incompetentes e maus profissionais segundo este governo!Talvez devam começar a pensar que toda a base da nossa sociedade começa na educação e formação do nosso povo, senão seriam todos uns pobres labregos a trabalhar por uma côdea de pão, e são os professores os agentes dessa formação! A base do nosso estilo de vida e da nossa sociedade!Abram os olhos e digam a outros, pois a campanha de intoxicação das televisões por conta do governo tem impedido que as pessoas fora das Escolas saibam do que se passa
terça-feira, 25 de março de 2008
FEIOS PORCOS E MAUS
Os „Feios, Porcos e Maus“ do Ensino
Recebido por e-mailQuem são eles, afinal? Os professores, como diz a Ex.ma Sra. Ministra? A Sra. Ministra e os seus Secretários e Adjuntos ? Os alunos? Os pais? Não é fácil responder a esta pergunta. Nós, professores, durante longo tempo, aceitámos , com poucos ou nenhuns protestos, medidas injustas do Ministério. O Ministério, satisfeito com o nosso quase silêncio, cada vez tomou medidas mais a nosso desfavor. Os pais irresponsáveis,protegidos e até acirrados pelo ME, permitem aos filhos, os nossos alunos, comportamentos inaceitáveis. Os alunos, como sempre foi, fazem aquilo que os deixam fazer…. que no momento é tudo! Parece que em Portugal se abriu a “ caça ao professor”! Agora temos o escândalo da aluna do Liceu Carolina Michaëlis que se permite agredir a professora porque esta ( com toda a razão) lhe tirou o telemóvel! Na minha opinião , deveria ser feito um exemplo deste caso – e de outros que não chegaram à opinião pública- com um justo processo posto aos pais da aluna e com a expulsão ou suspensão da mesma, como acontece nos países da Europa em que o Ensino ainda se rege por regras justas e correctas. Tomemos o exemplo da vizinha Espanha, em que no passado dia 22 o Tribunal de Sevilha condenou a mãe de um aluno a pagar uma multa de 14 mil euros por uma agressão praticada pelo seu filho no Instituto de Secundária em que estuda. O tribunal considerou que a “laxitud y tolerancia” da mulher em educar o filho motivaram o comportamento violento do adolescente. Pessoalmente, posso dar os exemplo mais modesto de alunos meus, jovens portugueses na Alemanha e na Suíça, a pedirem-me desculpa por se terem esquecido de desligar os telemóveis antes de entrar na aula, conforme ordenam as regras da escola. Uma ou duas vezes tirei telemóveis a alunos, pelo menos até ao fim da aula. Nunca houve reacções agressivas da parte dos alunos, a única coisa que aconteceu foi estes tomarem mais cuidado no futuro… Mas o que espera a Sra. Ministra atingir, colocando os pais contra os professores? Que os últimos se tornem amas –secas de meninos malcriados?Que os meninos cresçam sem regras de comportamento, e que mais tarde se admirem de ser despedidos do emprego porque estão a navegar na Internet no computador da firma em vez de trabalhar? Será que nessa altura irão os pais agredir o chefe? A situação do ensino em Portugal é perigosa. Perigosa porque se está a pôr em perigo o futuro da presente geração, e possivelmente o da seguinte. Não sei responder,concretamente, à pergunta que pus no início. Mas posso garantir que a política de ensino actualmente seguida é feia, porca e má ! Nuremberga, 25 de Março de 2008
Recebido por e-mailQuem são eles, afinal? Os professores, como diz a Ex.ma Sra. Ministra? A Sra. Ministra e os seus Secretários e Adjuntos ? Os alunos? Os pais? Não é fácil responder a esta pergunta. Nós, professores, durante longo tempo, aceitámos , com poucos ou nenhuns protestos, medidas injustas do Ministério. O Ministério, satisfeito com o nosso quase silêncio, cada vez tomou medidas mais a nosso desfavor. Os pais irresponsáveis,protegidos e até acirrados pelo ME, permitem aos filhos, os nossos alunos, comportamentos inaceitáveis. Os alunos, como sempre foi, fazem aquilo que os deixam fazer…. que no momento é tudo! Parece que em Portugal se abriu a “ caça ao professor”! Agora temos o escândalo da aluna do Liceu Carolina Michaëlis que se permite agredir a professora porque esta ( com toda a razão) lhe tirou o telemóvel! Na minha opinião , deveria ser feito um exemplo deste caso – e de outros que não chegaram à opinião pública- com um justo processo posto aos pais da aluna e com a expulsão ou suspensão da mesma, como acontece nos países da Europa em que o Ensino ainda se rege por regras justas e correctas. Tomemos o exemplo da vizinha Espanha, em que no passado dia 22 o Tribunal de Sevilha condenou a mãe de um aluno a pagar uma multa de 14 mil euros por uma agressão praticada pelo seu filho no Instituto de Secundária em que estuda. O tribunal considerou que a “laxitud y tolerancia” da mulher em educar o filho motivaram o comportamento violento do adolescente. Pessoalmente, posso dar os exemplo mais modesto de alunos meus, jovens portugueses na Alemanha e na Suíça, a pedirem-me desculpa por se terem esquecido de desligar os telemóveis antes de entrar na aula, conforme ordenam as regras da escola. Uma ou duas vezes tirei telemóveis a alunos, pelo menos até ao fim da aula. Nunca houve reacções agressivas da parte dos alunos, a única coisa que aconteceu foi estes tomarem mais cuidado no futuro… Mas o que espera a Sra. Ministra atingir, colocando os pais contra os professores? Que os últimos se tornem amas –secas de meninos malcriados?Que os meninos cresçam sem regras de comportamento, e que mais tarde se admirem de ser despedidos do emprego porque estão a navegar na Internet no computador da firma em vez de trabalhar? Será que nessa altura irão os pais agredir o chefe? A situação do ensino em Portugal é perigosa. Perigosa porque se está a pôr em perigo o futuro da presente geração, e possivelmente o da seguinte. Não sei responder,concretamente, à pergunta que pus no início. Mas posso garantir que a política de ensino actualmente seguida é feia, porca e má ! Nuremberga, 25 de Março de 2008
Porquê tanto ódio contra a figura do Professor?
Porquê tanto ódio, tanto desprezo, tanto ressentimento contra a figura do professor?!...»
«Um sector gritante de extracção de mais valias de biopoder é o da Educação. Pela natureza do trabalho do professor (material e imaterial), é sempre possível fazer crer em que «modernizar» é igual a «gerir bem» igual a «ensinar bem». O que permite retirar o máximo da "modernização" em mais valias materiais e imateriais.Por exemplo, a avaliação dos professores deve ser feita, mas os parâmetros impossíveis impostos pelo ministério, as aberrações nas exigências da assiduidade dos docentes, a quase impossibilidade de obter a nota máxima, as dificuldades extremas em subir na carreira, os estatuto dos avaliadores incompetentes na matéria avaliada, etc. - estão a empurrar os professores para o abandono da profissão e para a reforma antecipada. A Educação sofre um massacre que provoca a fuga dos professores: não é isto um dos objectivos da «contenção», a redução do número dos docentes e dos custos da educação? A racionalidade necessária da avaliação esconde a outra racionalidade imposta pelo défice.
Nisto tudo, uma questão me intriga: porquê tanto ódio, tanto desprezo, tanto ressentimento contra a figura do professor?»
José Gil
«Um sector gritante de extracção de mais valias de biopoder é o da Educação. Pela natureza do trabalho do professor (material e imaterial), é sempre possível fazer crer em que «modernizar» é igual a «gerir bem» igual a «ensinar bem». O que permite retirar o máximo da "modernização" em mais valias materiais e imateriais.Por exemplo, a avaliação dos professores deve ser feita, mas os parâmetros impossíveis impostos pelo ministério, as aberrações nas exigências da assiduidade dos docentes, a quase impossibilidade de obter a nota máxima, as dificuldades extremas em subir na carreira, os estatuto dos avaliadores incompetentes na matéria avaliada, etc. - estão a empurrar os professores para o abandono da profissão e para a reforma antecipada. A Educação sofre um massacre que provoca a fuga dos professores: não é isto um dos objectivos da «contenção», a redução do número dos docentes e dos custos da educação? A racionalidade necessária da avaliação esconde a outra racionalidade imposta pelo défice.
Nisto tudo, uma questão me intriga: porquê tanto ódio, tanto desprezo, tanto ressentimento contra a figura do professor?»
José Gil
segunda-feira, 24 de março de 2008
Tribunal de Coimbra rejeita providência cautelar da Frenprof
Avaliação dos professores
Tribunal de Coimbra rejeita providência cautelar de sindicato da Fenprof
24.03.2008 - 19h02 Lusa
O Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Coimbra rejeitou uma providência cautelar intentada por um sindicato da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) para suspender o processo de avaliação de desempenho dos docentes, divulgou hoje o Ministério da Educação (ME). Contudo, a Fenprof não considera ter sofrido nenhuma derrota já que as providências estão a "cumprir os seus objectivos".Segundo o ME, esta providência, interposta pelo Sindicato dos Professores da Região Centro que integra a FENPROF, visava "a suspensão da eficácia de despachos proferidos pelo secretário de Estado adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, em 24 e 25 de Janeiro último, e pelo secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, em 25 de Janeiro, todos relativos ao regime de avaliação do desempenho de docentes da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário". O ME, que já foi notificado da decisão do TAF de Coimbra, adianta que este tribunal também julgou "improcedente o pedido de declaração de ineficácia" daqueles actos.Esta é a segunda decisão do género, depois de o Tribunal Administrativo de Lisboa ter rejeitado, a semana passada, uma providência cautelar interposta por outro sindicato da Fenprof para suspender o processo de avaliação de desempenho.Na origem desta providência estavam despachos emitidos pela tutela nos dias 24 e 25 de Janeiro relativos ao regime de avaliação dos docentes, nomeadamente sobre a aprovação das fichas de avaliação e auto-avaliação e sobre a delegação de competências do Conselho Científico para a Avaliação de Professores na sua presidente, pelo facto daquele órgão não estar constituído na altura.Confrontado com a decisão hoje divulgada, o secretário-geral da federação, Mário Nogueira, salientou que "ainda há três providências cautelares por decidir" - uma em Lisboa, uma no Porto e outra em Beja -, razão pela qual "nada se altera", já que os actos que decorriam dos despachos em causa "mantêm-se suspensos" enquanto houver uma providência cautelar por julgar.O dirigente considerou que as providências cautelares "estão a cumprir os objectivos", porque, caso não tivessem sido intentadas, o ME teria, até ao passado dia 10, obrigado as escolas a montar um "sistema de avaliação", que a federação sindical reputa de "ilegal". Neste aspecto, a "eficácia (das providências cautelares) está mais do que alcançada", disse. Mário Nogueira explicou ainda que, independentemente do desfecho das providências cautelares, a "causa de fundo" corre os seus trâmites normais num processo principal, que é mais moroso
Tribunal de Coimbra rejeita providência cautelar de sindicato da Fenprof
24.03.2008 - 19h02 Lusa
O Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Coimbra rejeitou uma providência cautelar intentada por um sindicato da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) para suspender o processo de avaliação de desempenho dos docentes, divulgou hoje o Ministério da Educação (ME). Contudo, a Fenprof não considera ter sofrido nenhuma derrota já que as providências estão a "cumprir os seus objectivos".Segundo o ME, esta providência, interposta pelo Sindicato dos Professores da Região Centro que integra a FENPROF, visava "a suspensão da eficácia de despachos proferidos pelo secretário de Estado adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, em 24 e 25 de Janeiro último, e pelo secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, em 25 de Janeiro, todos relativos ao regime de avaliação do desempenho de docentes da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário". O ME, que já foi notificado da decisão do TAF de Coimbra, adianta que este tribunal também julgou "improcedente o pedido de declaração de ineficácia" daqueles actos.Esta é a segunda decisão do género, depois de o Tribunal Administrativo de Lisboa ter rejeitado, a semana passada, uma providência cautelar interposta por outro sindicato da Fenprof para suspender o processo de avaliação de desempenho.Na origem desta providência estavam despachos emitidos pela tutela nos dias 24 e 25 de Janeiro relativos ao regime de avaliação dos docentes, nomeadamente sobre a aprovação das fichas de avaliação e auto-avaliação e sobre a delegação de competências do Conselho Científico para a Avaliação de Professores na sua presidente, pelo facto daquele órgão não estar constituído na altura.Confrontado com a decisão hoje divulgada, o secretário-geral da federação, Mário Nogueira, salientou que "ainda há três providências cautelares por decidir" - uma em Lisboa, uma no Porto e outra em Beja -, razão pela qual "nada se altera", já que os actos que decorriam dos despachos em causa "mantêm-se suspensos" enquanto houver uma providência cautelar por julgar.O dirigente considerou que as providências cautelares "estão a cumprir os objectivos", porque, caso não tivessem sido intentadas, o ME teria, até ao passado dia 10, obrigado as escolas a montar um "sistema de avaliação", que a federação sindical reputa de "ilegal". Neste aspecto, a "eficácia (das providências cautelares) está mais do que alcançada", disse. Mário Nogueira explicou ainda que, independentemente do desfecho das providências cautelares, a "causa de fundo" corre os seus trâmites normais num processo principal, que é mais moroso
"CAROLNA MICHAELIS" TEM ESTA SEMANA PARA CONCLUIR INQUÉRITO
“Carolina Michaelis” tem esta semana para concluir inquérito
Professora foi vítima de agressão por parte de uma aluna A Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) espera que a Escola Secundária Carolina Michaelis (Porto) conclua, ainda esta semana, um inquérito ao caso da alegada agressão duma aluna a uma professora. Em declarações à Lusa, o director adjunto da DREN, António Leite, assegurou que a estrutura desconcentrada do Ministério da Educação vai aguardar, "sem comentários", a conclusão desse inquérito. "Entendemos que, neste caso, o silêncio deve ser levado quase ao limite", sublinhou o director adjunto, considerando que "a pressão é prejudicial" ao trabalho de apuramento dos factos. A Escola Secundária Carolina Michaelis tem cinco dias úteis, contados desde a última quinta-feira, para concluir o inquérito aos acontecimentos, mas, por razões devidamente justificadas, pode pedir a prorrogação do prazo. Apesar do período de férias pascal, e do elevado número de pessoas a ouvir, o director adjunto da DREN, António Leite, crê que os cinco dias úteis serão suficientes. No âmbito do inquérito serão ouvidos os principais protagonistas (professora alegadamente agredida, aluna agressora e aluno que filmou a cena), bem como restantes alunos da turma, que tem um total de 28 educandos. António Leite disse que o que ocorreu "não se resume a um minuto e quarenta segundos [tempo do vídeo sobre o incidente, que passou no Youtube], sendo inquestionável a necessidade de perceber muito bem o antes e o depois, com o testemunho de todos os intervenientes". Nas suas declarações à Lusa, o director adjunto da DREN confirmou que presidiu hoje a uma reunião com outros responsáveis da DREN e com o Conselho Executivo da Carolina Michaelis, e admitiu que o caso da professora alegadamente agredida foi assunto em agenda. "Mas não foi o único", assegurou, enquadrando esta reunião no quadro dos encontros regulares que a DREN mantém com os responsáveis de diversos estabelecimentos de ensino. "Sem desvalorizar a gravidade" do sucedido, António Leite garantiu que o caso da Escola Secundária Carolina Michaelis "não reflecte a realidade escolar na área da DREN", correspondente a 40 por cento do território português. A professora da "Carolina Michaelis" foi vítima de uma cena de violência física e verbal por parte de uma aluna, depois de lhe retirar um telemóvel, cujo uso é proibido durante as aulas. A cena foi gravada por um aluno da mesma turma e o vídeo foi colocado no site YouTube, mostrando a aluna em causa a gritar e a empurrar a professora quando a docente lhe procura tirar o telemóvel. Um professor que seja vítima de uma situação semelhante deve, segundo António Leite, participá-la ao conselho executivo da sua escola, entidade responsável por dar conhecimento da situação ao Gabinete de Segurança da DREN. "Esta participação à DREN faz-se on-line", disse à Lusa uma professora conhecedora dos trâmites legais de situações destas. A par desta participação feita pelo presidente do conselho executivo à DREN, a própria escola abre um inquérito para apurar o que, de facto, se passou e apurar responsabilidades. A mesma fonte adiantou que é sempre nomeado um instrutor que seja "alheio à situação" para coordenar o inquérito. Quando é sugerida a transferência do aluno para outra escola, que é o castigo máximo para uma situação considerada grave e que só pode ser aplicado a estudantes com mais de 10 anos, este é sempre decidido "com conhecimento e autorização" da DREN. Os pais podem sempre recorrer da decisão, após serem notificados pelo conselho executivo da mesma, tendo um prazo de dois dias para o fazer.http://jn.sapo.pt/2008/03/24/ultimas/_Carolina_Michaelis_tem_est.html
Professora foi vítima de agressão por parte de uma aluna A Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) espera que a Escola Secundária Carolina Michaelis (Porto) conclua, ainda esta semana, um inquérito ao caso da alegada agressão duma aluna a uma professora. Em declarações à Lusa, o director adjunto da DREN, António Leite, assegurou que a estrutura desconcentrada do Ministério da Educação vai aguardar, "sem comentários", a conclusão desse inquérito. "Entendemos que, neste caso, o silêncio deve ser levado quase ao limite", sublinhou o director adjunto, considerando que "a pressão é prejudicial" ao trabalho de apuramento dos factos. A Escola Secundária Carolina Michaelis tem cinco dias úteis, contados desde a última quinta-feira, para concluir o inquérito aos acontecimentos, mas, por razões devidamente justificadas, pode pedir a prorrogação do prazo. Apesar do período de férias pascal, e do elevado número de pessoas a ouvir, o director adjunto da DREN, António Leite, crê que os cinco dias úteis serão suficientes. No âmbito do inquérito serão ouvidos os principais protagonistas (professora alegadamente agredida, aluna agressora e aluno que filmou a cena), bem como restantes alunos da turma, que tem um total de 28 educandos. António Leite disse que o que ocorreu "não se resume a um minuto e quarenta segundos [tempo do vídeo sobre o incidente, que passou no Youtube], sendo inquestionável a necessidade de perceber muito bem o antes e o depois, com o testemunho de todos os intervenientes". Nas suas declarações à Lusa, o director adjunto da DREN confirmou que presidiu hoje a uma reunião com outros responsáveis da DREN e com o Conselho Executivo da Carolina Michaelis, e admitiu que o caso da professora alegadamente agredida foi assunto em agenda. "Mas não foi o único", assegurou, enquadrando esta reunião no quadro dos encontros regulares que a DREN mantém com os responsáveis de diversos estabelecimentos de ensino. "Sem desvalorizar a gravidade" do sucedido, António Leite garantiu que o caso da Escola Secundária Carolina Michaelis "não reflecte a realidade escolar na área da DREN", correspondente a 40 por cento do território português. A professora da "Carolina Michaelis" foi vítima de uma cena de violência física e verbal por parte de uma aluna, depois de lhe retirar um telemóvel, cujo uso é proibido durante as aulas. A cena foi gravada por um aluno da mesma turma e o vídeo foi colocado no site YouTube, mostrando a aluna em causa a gritar e a empurrar a professora quando a docente lhe procura tirar o telemóvel. Um professor que seja vítima de uma situação semelhante deve, segundo António Leite, participá-la ao conselho executivo da sua escola, entidade responsável por dar conhecimento da situação ao Gabinete de Segurança da DREN. "Esta participação à DREN faz-se on-line", disse à Lusa uma professora conhecedora dos trâmites legais de situações destas. A par desta participação feita pelo presidente do conselho executivo à DREN, a própria escola abre um inquérito para apurar o que, de facto, se passou e apurar responsabilidades. A mesma fonte adiantou que é sempre nomeado um instrutor que seja "alheio à situação" para coordenar o inquérito. Quando é sugerida a transferência do aluno para outra escola, que é o castigo máximo para uma situação considerada grave e que só pode ser aplicado a estudantes com mais de 10 anos, este é sempre decidido "com conhecimento e autorização" da DREN. Os pais podem sempre recorrer da decisão, após serem notificados pelo conselho executivo da mesma, tendo um prazo de dois dias para o fazer.http://jn.sapo.pt/2008/03/24/ultimas/_Carolina_Michaelis_tem_est.html
TIRA OS ADJECTIVOS E FICA COM OS FACTOS...
Vi há semanas uma excelente encenação do Cândido de Voltaire, no Maria Matos, em Lisboa. Uma das personagens, o filósofo germânico dr. Pangloss, que encontrava sempre um aspecto redentor em praticamente tudo (já que este era o melhor dos mundos possível), ao desembarcar na frente ribeirinha de Lisboa no dia do terramoto de 1755, vê tudo destruído e no meio das ruínas a gentalha a pilhar num saque sanguinário. Questionado por Cândido sobre o que era aquilo, responde "... Isto é o fim do Mundo".PivotBoa noite, uma professora foi agredida na escola Carolina Michaëlis, no Porto. A cena foi registada em vídeo por um telemóvel e divulgada no YouTube.(Segue Vídeo 1' 10")Se o incurável optimista Pangloss tivesse visto o vídeo da aula de Francês no 9.º C, só podia ter comentado que era o fim do Mundo. E foi. O vídeo, a boçalidade dos comentários de quem filmou, os ataques selváticos de quem atacou, a birra criminosa da delinquente a quem tiraram o telemóvel, a indiferença da maioria da turma pelo horror do que se estava a passar mostram o malogro do sistema administrado pelo Ministério da Educação."Ha ha ha...ha...ha""DÁ-ME O TELEMÓVEL!"Há um caso exemplar no historial governativo socialista onde Maria de Lurdes Rodrigues podia ir buscar inspiração. Em Março de 2001, depois da queda da ponte de Entre-os-Rios, o ministro da tutela anunciou que se demitiria com efeitos imediatos. Foi a maneira consciente de mostrar responsabilidade."Sai da frente... sai da frente!"Por favor, façam-me a justiça de não considerar sequer que estou a fazer comparações. A enorme crise que atravessa o sistema educativo em Portugal e a queda de uma ponte cheia de pessoas em cima, com as consequentes fatalidades, são situações de gravidade específica que não toleram comparações. O que digo é que a decisão de Jorge Coelho de se retirar de funções porque a ponte de Entre-os-Rios era responsabilidade de vários departamentos do seu ministério, é o modelo de comportamento governativo."Ó Rui, ó Rui, ó Ruizinho!"Maria de Lurdes Rodrigues tem um tremendo desastre entre mãos e contribuiu directamente para ele com as suas políticas de desrespeito de toda a classe docente e com o incompreensível arrazoado de privilégios estatutários garantísticos aos discentes, que estão a condenar toda uma geração e a comprometer o futuro de todo um país."Ó gorda, ó p (...), sai daí!"Depois de todos termos, finalmente, visto aquilo que realmente se passa nas nossas escolas, nada pode ficar na mesma. A DREN, que já se devia ter ido embora no escândalo do professor Charrua, tem de sair porque aquela gente obviamente não sabe o que está a fazer. O Conselho Directivo da Carolina Michaëlis tem de ser imediatamente substituído por gente capaz de proibir telemóveis e de impor (não tenham medo da palavra), impor, um ambiente de estudo na escola pública. Reparem que durante o desacato e o linchamento da professora nenhum dos alunos abre a porta da sala de aulas e pede ajuda."Sai da frente... sai da frente!"Isso atesta que já não ocorre aos próprios alunos que haja na escola alguém capaz de impor disciplina e restabelecer a ordem."Olha a velha vai cair!"Por isto a Turma do 9.ºC tem de acabar! Por uma questão de exemplo, os alunos têm de ser dispersos por outras turmas e o 9.º C deve ficar com a sala fechada o resto do ano, numa admoestação clara de que este género de comportamento chegou ao fim. Maria de Lurdes Rodrigues não pode ficar à espera de receber outra vez o apoio do primeiro-ministro. Depois disto, é seu dever sair do cargo. E não é, como diz constantemente, a mais fácil das soluções. É a medida necessária para que haja soluções. A saída da ministra é, viu-se agora, uma questão de segurança nacional. É a mensagem necessária para a comunidade escolar, alunos e professores, entenderem que o relaxe, a desordem e o experimentalismo desenfreado chegaram ao fim. Que não há protecção política que os salve já da incompetência do Ministério, da DREN e de tudo o mais que nestes três anos nos trouxe à vergonhosa situação que o vídeo do YouTube mostrou ao país e ao Mundo. Uma questão mais os sindicatos viram as imagens de um crime a ser cometido em público contra uma professora. Façam o que devem. Façam as devidas queixas-crime contra a aluna agressora e contra quem filmou e usou abusiva e ilegalmente da imagem da professora a ser martirizada. O crime foi visto por todos. O Ministério Público tem competência para mover o adequado processo contra esses alunos. Cumpram o vosso dever sem tibiezas palavrosas. Já não se pode perder mais tempo com disparates.Mário Crespo escreve no JN
domingo, 23 de março de 2008
BATEMOS NO FUNDO
Batemos no fundo
Governantes, pais e professores saem muito mal do "filme" da sala de aula do Carolina Michaelis. Um a aluna aos gritos, batendo na professora e tratando-a a por tu, uma turma inteira satisfeita e gozando com a desordem e com a incapacidade da professora - "a velha" - , tudo isto é um retrato mau do estado a que deixamos chegar a situação.Os pais acomodam-se com o recibo da propina que pagam à escola, como se a sua responsabilidade acabasse aí. Os filhos são entregues à escola, onde entram e saem com ligeiras e rápidas passagens por casa, para comer e dormir. Casas onde não se discute problema nenhum e nada se questiona. Casas onde muitas vezes nem tempo há para se falar, conversar.Nas escolas, as regras são o que se sabe. Seriam assim tão maus os tempos em que os alunos se levantavam quando o professor entrava na sala? Seria assim tão penoso o silêncio que se fazia enquanto o professor falava? Seria assim tão pouco natural que um aluno fosse posto fora da aula se estivesse a perturbar os colegas e o professor? Seria assim tão fora do senso comum que um estudante que não tivesse aproveitamento fosse obrigado a repetir o ano?Porque mudaram as leis, porque deixámos as coisas cair neste "deixa andar"?O 25 de Abril, que nos trouxe a liberdade, levou, nos tempos revolucionários, regras que eram boas mas que voaram com o lixo fascista. Os tempos revolucionários passaram, vieram tempos democráticos, ministros de todos os partidos e o edifício escolar nunca se compôs, nunca foi capaz de responder aos desafios da democracia.O filme vergonhoso do Carolina, que infelizmente não é nem caso isolado nem o mais grave, deve encher-nos a todos de tristeza. Pura e simplesmente somos uma sociedade que não sabe educar os seus filhos, que não tem nem valores nem referências para lhes dar. Batemos no fundo. E enquanto não conseguirmos restaurar a autoridade na escola, não sairemos da cepa torta.À letra, José Leite, Pereira
Governantes, pais e professores saem muito mal do "filme" da sala de aula do Carolina Michaelis. Um a aluna aos gritos, batendo na professora e tratando-a a por tu, uma turma inteira satisfeita e gozando com a desordem e com a incapacidade da professora - "a velha" - , tudo isto é um retrato mau do estado a que deixamos chegar a situação.Os pais acomodam-se com o recibo da propina que pagam à escola, como se a sua responsabilidade acabasse aí. Os filhos são entregues à escola, onde entram e saem com ligeiras e rápidas passagens por casa, para comer e dormir. Casas onde não se discute problema nenhum e nada se questiona. Casas onde muitas vezes nem tempo há para se falar, conversar.Nas escolas, as regras são o que se sabe. Seriam assim tão maus os tempos em que os alunos se levantavam quando o professor entrava na sala? Seria assim tão penoso o silêncio que se fazia enquanto o professor falava? Seria assim tão pouco natural que um aluno fosse posto fora da aula se estivesse a perturbar os colegas e o professor? Seria assim tão fora do senso comum que um estudante que não tivesse aproveitamento fosse obrigado a repetir o ano?Porque mudaram as leis, porque deixámos as coisas cair neste "deixa andar"?O 25 de Abril, que nos trouxe a liberdade, levou, nos tempos revolucionários, regras que eram boas mas que voaram com o lixo fascista. Os tempos revolucionários passaram, vieram tempos democráticos, ministros de todos os partidos e o edifício escolar nunca se compôs, nunca foi capaz de responder aos desafios da democracia.O filme vergonhoso do Carolina, que infelizmente não é nem caso isolado nem o mais grave, deve encher-nos a todos de tristeza. Pura e simplesmente somos uma sociedade que não sabe educar os seus filhos, que não tem nem valores nem referências para lhes dar. Batemos no fundo. E enquanto não conseguirmos restaurar a autoridade na escola, não sairemos da cepa torta.À letra, José Leite, Pereira
A DEMOCRACIA DE SOCRATES
EM CONSEQUÊNCIA DA REVOLUÇÃO DE 1974 , criou raízes entre nós a ideiade que qualquer forma de autoridade era fascista. Nem mais, nem menos.Um professor na escola exigia silêncio e cumprimento dos deveres?Fascista! Um engenheiro dava instruções precisas aos trabalhadores noestaleiro? Fascista! Um médico determinava procedimentos específicosno bloco operatório? Fascista! Até os pais que exerciam as suasfunções educativas em casa eram tratados de fascistas.Pode parecer caricatura, mas essas tontices tiveram uma vida longa einspiraram decisões, legislação e comportamentos públicos. Duranteanos, sob a designação de diálogo democrático, a hesitação e oadiamento foram sendo cultivados, enquanto a autoridade ia sendo postaem causa. Na escola, muito especialmente, a autoridade do professorfoi quase totalmente destruída.EM TRAÇO GROSSO, esta moda tinha como princípio a liberdade. Osdenunciadores dos 'fascistas' faziam-no por causa da liberdade. Osdemolidores da autoridade agiam em nome da liberdade. Sabemos que issoera aparência: muitos condenavam a autoridade dos outros, nunca a suaprópria; ou defendiam a sua liberdade, jamais a dos outros. Mas enfim,a liberdade foi o santo e a senha da nova sociedade e das novasculturas. Como é costume com os excessos, toda a gente deixou deprestar atenção aos que, uma vez por outra, apareciam a defender aliberdade ou a denunciar formas abusivas de autoridade. A tal pontoque os candidatos a déspota começaram a sentir que era fácil atentar,aqui e ali, contra a liberdade: a capacidade de reacção da populaçãoestava no mais baixo.POR ISSO SINTO INCÓMODO em vir discutir, em 2008, a questão daliberdade. Mas a verdade é que os últimos tempos têm revelado factos etendências já mais do que simplesmente preocupantes. As causas destaevolução estão, umas, na vida internacional, outras na Europa, mas amaior parte residem no nosso país. Foram tomadas medidas e decisõesque limitam injustificadamente a liberdade dos indivíduos. A expressãode opiniões e de crenças está hoje mais limitada do que há dez anos. Avigilância do Estado sobre os cidadãos é colossal e reforça-se. Aacumulação, nas mãos do Estado, de informações sobre as pessoas e avida privada cresce e organiza-se. O registo e o exame dostelefonemas, da correspondência e da navegação na Internet são legaise ilimitados. Por causa do fisco, do controlo pessoal e das despesascom a saúde, condiciona-se a vida de toda a população e tornam-seobrigatórios padrões de comportamento individual.O CATÁLOGO É ENORME. De fora, chegam ameaças sem conta e que reduzem efectivamente as liberdades e os direitos dos indivíduos. A Al Qaeda, por exemplo, acaba de condicionar a vida de parte do continenteafricano, de uma organização europeia, de milhares de desportistas ede centenas de milhares de adeptos. Por causa das regulações dotráfego aéreo, as viagens de avião transformaram-se em rituais dehumilhação e desconforto atentatórios da dignidade humana. Da UniãoEuropeia chegam, todos os dias, centenas de páginas de novasregulações e directivas que, sob a capa das melhores intenções domundo, interferem com a vida privada e limitam as liberdades. Tambémda Europa nos veio esta extraordinária conspiração dos governos com ofim de evitar os referendos nacionais ao novo tratado da União.MAS NEM É PRECISO IR LÁ FORA. A vida portuguesa oferece exemplos todosos dias. A nova lei de controlo do tráfego telefónico permite escutare guardar os dados técnicos (origem e destino) de todos os telefonemasdurante pelo menos um ano. Os novos modelos de bilhete de identidade ede carta de condução, com acumulação de dados pessoais e registoshistóricos, são meios intrusivos. A vídeovigilância, sem limites desituações, de espaços e de tempo, é um claro abuso. A repressão e asrepresálias exercidas sobre funcionários são já publicamenteconhecidas e geralmente temidas A politização dos serviços deinformação e a sua dependência directa da Presidência do Conselho deMinistros revela as intenções e os apetites do Primeiro-ministro. Ainterdição de partidos com menos de 5.000 militantes inscritos e anecessidade de os partidos enviarem ao Estado a lista nominal dos seusmembros é um acto de prepotência. A pesada mão do governo agiu naCaixa Geral de Depósitos e no Banco Comercial Português com intuitosevidentes de submeter essas empresas e de, através delas, condicionaros capitalistas, obrigando-os a gestos amistosos. A retirada dos nomesdos santos de centenas de escolas (e quem sabe se também, depois, deinstituições, cidades e localidades) é um acto ridículo defundamentalismo intolerante. As interferências do governo nos serviçosde rádio e televisão, públicos ou privados, assim como na 'comunicaçãosocial' em geral, sucedem-se. A legislação sobre a segurança alimentare a actuação da ASAE ultrapassaram todos os limites imagináveis dadecência e do respeito pelas pessoas. A lei contra o tabaco estádestituída de qualquer equilíbrio e reduz a liberdade.NÃO SEI SE SÓCRATES É FASCISTA. Não me parece, mas, sinceramente, nãosei. De qualquer modo, o importante não está aí. O que ele não suportaé a independência dos outros, das pessoas, das organizações, dasempresas ou das instituições. Não tolera ser contrariado, nem admiteque se pense de modo diferente daquele que organizou com as suaspoderosas agências de intoxicação a que chama de comunicação. No seuideal de vida, todos seriam submetidos ao Regime Disciplinar da FunçãoPública, revisto e reforçado pelo seu governo. O Primeiro-ministroJosé Sócrates é a mais séria ameaça contra a liberdade, contraautonomia das iniciativas privadas e contra a independência pessoalque Portugal conheceu nas últimas três décadasTEMOS DE RECONHECER: tão inquietante quanto esta tendência insaciávelpara o despotismo e a concentração de poder é a falta de reacção doscidadãos. A passividade de tanta gente. Será anestesia? Resignação?Acordo? Só se for medo...António Barreto in "Público"
sábado, 22 de março de 2008
Pequenos deuses caseiros...
Pequenos deuses caseiros
que brincais aos temporais,
passam-se os dias, semanas,
os meses e os anos e vós jogais,
jogaiso jogo dos tiranos.
Pequenos deuses caseiros
cantai cantigas macias
tomai vossa morfina,
perdulai vossos dinheiros
derramai a vossa raiva
gozai vossas tiranias,
pequenos deuses caseiros.
Erguei vossos castelose
legei vossos senhoreses
pancai vossos criados,
violai vossas criadas,
e bebei, o vinho dos traidores
servido em taças roubadas.
Dormi em colchões de penas,
dançai dias inteiros,
comprai os que se vendem,
alteai vossas janelas
e trancai as vossas portas,
pequenos deuses caseiros e reforçai,
reforçai as sentinelas.
Sidónio Muralha
que brincais aos temporais,
passam-se os dias, semanas,
os meses e os anos e vós jogais,
jogaiso jogo dos tiranos.
Pequenos deuses caseiros
cantai cantigas macias
tomai vossa morfina,
perdulai vossos dinheiros
derramai a vossa raiva
gozai vossas tiranias,
pequenos deuses caseiros.
Erguei vossos castelose
legei vossos senhoreses
pancai vossos criados,
violai vossas criadas,
e bebei, o vinho dos traidores
servido em taças roubadas.
Dormi em colchões de penas,
dançai dias inteiros,
comprai os que se vendem,
alteai vossas janelas
e trancai as vossas portas,
pequenos deuses caseiros e reforçai,
reforçai as sentinelas.
Sidónio Muralha
sexta-feira, 21 de março de 2008
AVALIAÇÃO DOS PAPÁS??
AVALIAÇÃO DOS PAPÁS? Ferreira Fernandes
O Carolina Michaëlis, que já teve o belo nome de liceu, não serve os miúdos do bairro do Aleixo, no Porto. Não, aquele vídeo (ver págs. 4 e 5) não mostra gente com desculpas fáceis, vindas do piorio. Pela localização daquela escola, quem para lá vai vive às voltas da Boavista e os pais têm jantes de liga leve sem precisar de as gamar. Os pais da miúda histérica que agride a professora de francês estarão nessa média. Os pais do miúdo besta que filma a cena, também. Tudo isso nos remete para a questão tão badalada das avaliações. Claro que não me permito avaliar a citada professora. A essa senhora só posso agradecer a coragem. E pedir-lhe perdão por a mandar para os cornos desses pequenos cobardolas sem lhe dar as condições de preencher a sua nobre profissão. Já avaliar os referidos pais, posso: pelo visto, e apesar das jantes de liga leve, valem pouco. O vídeo mostrou-o. É que se ele foi filmado numa sala de aula, o que mostrou foi a sala de jantar daqueles miúdos.
O Carolina Michaëlis, que já teve o belo nome de liceu, não serve os miúdos do bairro do Aleixo, no Porto. Não, aquele vídeo (ver págs. 4 e 5) não mostra gente com desculpas fáceis, vindas do piorio. Pela localização daquela escola, quem para lá vai vive às voltas da Boavista e os pais têm jantes de liga leve sem precisar de as gamar. Os pais da miúda histérica que agride a professora de francês estarão nessa média. Os pais do miúdo besta que filma a cena, também. Tudo isso nos remete para a questão tão badalada das avaliações. Claro que não me permito avaliar a citada professora. A essa senhora só posso agradecer a coragem. E pedir-lhe perdão por a mandar para os cornos desses pequenos cobardolas sem lhe dar as condições de preencher a sua nobre profissão. Já avaliar os referidos pais, posso: pelo visto, e apesar das jantes de liga leve, valem pouco. O vídeo mostrou-o. É que se ele foi filmado numa sala de aula, o que mostrou foi a sala de jantar daqueles miúdos.
PSD acusa Governo...
PSD acusa Governo de não contribuir para diminuição da violência nas escolas
21.03.2008 - 20h01 Lusa
O PSD manifestou-se hoje "preocupado" com a agressão de uma aluna a uma professora, cujas imagens foram divulgadas na Internet, acusando o Governo de fragilizar a autoridade dos docentes e não contribuir para a diminuição da violência nas escolas.O social-democrata Pedro Duarte afirmou que o partido não quer "cavalgar a onda mediática deste caso", nem "cair na tentação" de atribuir culpas ao Governo, mas salientou que algumas medidas tomadas pelo Ministério da Educação têm aumentado o clima de degradação e instabilidade vivido nos estabelecimentos de ensino."O Governo elegeu os professores como inimigo público, ofendendo a sua dignidade profissional, o que põe em causa a sua autoridade junto dos alunos. As medidas tomadas e a própria atitude do Governo perante o ensino não ajudaram a inverter a tendência para o aumento da violência nas escolas", afirmou o deputado.O novo Estatuto do Aluno, aprovado em Novembro com os votos contra de toda a oposição, é uma das medidas que o PSD aponta como responsáveis pela "diminuição da autoridade dos docentes", nomeadamente por transmitir aos estudantes "uma imagem de facilitismo", permitindo que estes possam passar de ano sem ir às aulas, desde que tenham aproveitamento numa prova de recuperação.Também o regime de avaliação de desempenho dos docentes é alvo de muitas críticas por parte dos sociais-democratas, que alegam que "o diploma passa a imagem de que a progressão na carreira dos professores fica dependente das notas que dão aos alunos, o que ameaça a sua autoridade".As declarações de Pedro Duarte surgem na sequência de um vídeo colocado na Internet e divulgado quinta-feira, que mostra uma aluna do 9º ano da escola secundária Carolina Michaelis, no Porto, a gritar e empurrar uma professora de Francês, em plena sala de aula, por este lhe ter retirado o telemóvel.
21.03.2008 - 20h01 Lusa
O PSD manifestou-se hoje "preocupado" com a agressão de uma aluna a uma professora, cujas imagens foram divulgadas na Internet, acusando o Governo de fragilizar a autoridade dos docentes e não contribuir para a diminuição da violência nas escolas.O social-democrata Pedro Duarte afirmou que o partido não quer "cavalgar a onda mediática deste caso", nem "cair na tentação" de atribuir culpas ao Governo, mas salientou que algumas medidas tomadas pelo Ministério da Educação têm aumentado o clima de degradação e instabilidade vivido nos estabelecimentos de ensino."O Governo elegeu os professores como inimigo público, ofendendo a sua dignidade profissional, o que põe em causa a sua autoridade junto dos alunos. As medidas tomadas e a própria atitude do Governo perante o ensino não ajudaram a inverter a tendência para o aumento da violência nas escolas", afirmou o deputado.O novo Estatuto do Aluno, aprovado em Novembro com os votos contra de toda a oposição, é uma das medidas que o PSD aponta como responsáveis pela "diminuição da autoridade dos docentes", nomeadamente por transmitir aos estudantes "uma imagem de facilitismo", permitindo que estes possam passar de ano sem ir às aulas, desde que tenham aproveitamento numa prova de recuperação.Também o regime de avaliação de desempenho dos docentes é alvo de muitas críticas por parte dos sociais-democratas, que alegam que "o diploma passa a imagem de que a progressão na carreira dos professores fica dependente das notas que dão aos alunos, o que ameaça a sua autoridade".As declarações de Pedro Duarte surgem na sequência de um vídeo colocado na Internet e divulgado quinta-feira, que mostra uma aluna do 9º ano da escola secundária Carolina Michaelis, no Porto, a gritar e empurrar uma professora de Francês, em plena sala de aula, por este lhe ter retirado o telemóvel.
quinta-feira, 20 de março de 2008
Escola de Montemor-o-Velho suspende avaliação...
Docentes aprovam moção a declarar falta de condições para prosseguir com processo
Professores do agrupamento de escolas de Montemor-o-Velho suspendem avaliação de desempenho
20.03.2008 - 18h43 Lusa
Os professores do agrupamento de escolas de Montemor-o-Velho decidiram hoje suspender todas as actividades relacionadas com a avaliação de desempenho, uma deliberação reivindicada por dezenas de outros estabelecimentos de ensino.Francisco Queirós, docente daquele agrupamento, explicou à Lusa que os professores realizaram esta manhã uma reunião geral, convocada pelo conselho executivo, na qual foi aprovada uma moção a declarar que não estão reunidas as condições mínimas para prosseguir com o processo."Estavam presentes 99 professores e 94 aprovaram a moção, declarando a suspensão de todas as actividades relacionadas com a avaliação de desempenho, incluindo a dos professores contratados", afirmou o docente. À semelhança deste agrupamento, dezenas de outros estabelecimentos de ensino consideram não haver condições para pôr em prática a avaliação. Na Internet estão disponíveis documentos aprovados por departamentos curriculares ou conselhos pedagógicos de diversas escolas a suspender o processo até ao próximo ano lectivo ou a pedir ao Ministério da Educação que tome essa decisão."Considerando a importância da autonomia da escola, afirmada pelo Ministério da Educação, decide-se suspender os procedimentos de avaliação dos docentes", deliberaram igualmente os professores da secundária Gafanha da Nazaré, na semana passada. De acordo com a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), "umas escolas suspenderam o processo de avaliação, enquanto outras nunca sequer chegaram a calendarizar qualquer procedimento, nem têm intenção de o fazer, pelo que não precisam de suspender nada". "Na prática, o processo está parado na grande maioria das escolas", afirmou o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira. A Lusa tentou contactar o ministério, o que não foi possível até ao momento.A propósito da avaliação, a Fenprof revelou ainda que há estabelecimentos de ensino que sentem não ter condições para aplicar o processo, mas temem assumir essa decisão perante a tutela. "Para não ficarem com o ónus de suspender, estão a pressionar ilegitimamente os professores contratados para que estes assinem uma declaração a dizer que não querem ser avaliados. Desse modo, os conselhos executivos podem alegar que não é sua a culpa de a avaliação não avançar", relatou Mário Nogueira. Segundo o dirigente sindical, a Fenprof tem ainda conhecimento de casos totalmente inversos: escolas que querem implementar a avaliação, mas têm dúvidas sobre a legalidade do processo, nomeadamente por causa das providências cautelares interpostas para o suspender. Nesses casos, os conselhos executivos estão a pressionar os docentes contratados para que façam um requerimento a solicitar a sua avaliação, para que, em termos legais, esteja mais sustentada a decisão de avançar. Em ambas as situações, a federação sindical afirma ser "absolutamente lamentável e ilegítima esta pressão sobre os professores contratados", considerando que estes são "reféns" de uma estratégia do Ministério da Educação que visa "obrigar as escolas a iniciarem, a qualquer preço, o processo de avaliação ainda este ano lectivo".
Professores do agrupamento de escolas de Montemor-o-Velho suspendem avaliação de desempenho
20.03.2008 - 18h43 Lusa
Os professores do agrupamento de escolas de Montemor-o-Velho decidiram hoje suspender todas as actividades relacionadas com a avaliação de desempenho, uma deliberação reivindicada por dezenas de outros estabelecimentos de ensino.Francisco Queirós, docente daquele agrupamento, explicou à Lusa que os professores realizaram esta manhã uma reunião geral, convocada pelo conselho executivo, na qual foi aprovada uma moção a declarar que não estão reunidas as condições mínimas para prosseguir com o processo."Estavam presentes 99 professores e 94 aprovaram a moção, declarando a suspensão de todas as actividades relacionadas com a avaliação de desempenho, incluindo a dos professores contratados", afirmou o docente. À semelhança deste agrupamento, dezenas de outros estabelecimentos de ensino consideram não haver condições para pôr em prática a avaliação. Na Internet estão disponíveis documentos aprovados por departamentos curriculares ou conselhos pedagógicos de diversas escolas a suspender o processo até ao próximo ano lectivo ou a pedir ao Ministério da Educação que tome essa decisão."Considerando a importância da autonomia da escola, afirmada pelo Ministério da Educação, decide-se suspender os procedimentos de avaliação dos docentes", deliberaram igualmente os professores da secundária Gafanha da Nazaré, na semana passada. De acordo com a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), "umas escolas suspenderam o processo de avaliação, enquanto outras nunca sequer chegaram a calendarizar qualquer procedimento, nem têm intenção de o fazer, pelo que não precisam de suspender nada". "Na prática, o processo está parado na grande maioria das escolas", afirmou o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira. A Lusa tentou contactar o ministério, o que não foi possível até ao momento.A propósito da avaliação, a Fenprof revelou ainda que há estabelecimentos de ensino que sentem não ter condições para aplicar o processo, mas temem assumir essa decisão perante a tutela. "Para não ficarem com o ónus de suspender, estão a pressionar ilegitimamente os professores contratados para que estes assinem uma declaração a dizer que não querem ser avaliados. Desse modo, os conselhos executivos podem alegar que não é sua a culpa de a avaliação não avançar", relatou Mário Nogueira. Segundo o dirigente sindical, a Fenprof tem ainda conhecimento de casos totalmente inversos: escolas que querem implementar a avaliação, mas têm dúvidas sobre a legalidade do processo, nomeadamente por causa das providências cautelares interpostas para o suspender. Nesses casos, os conselhos executivos estão a pressionar os docentes contratados para que façam um requerimento a solicitar a sua avaliação, para que, em termos legais, esteja mais sustentada a decisão de avançar. Em ambas as situações, a federação sindical afirma ser "absolutamente lamentável e ilegítima esta pressão sobre os professores contratados", considerando que estes são "reféns" de uma estratégia do Ministério da Educação que visa "obrigar as escolas a iniciarem, a qualquer preço, o processo de avaliação ainda este ano lectivo".
Tribunal rejeita providência cautelar da Frenprof
Revela Ministério da Educação
Tribunal rejeita providência cautelar de sindicato da Fenprof para suspender avaliação de professores
20.03.2008 - 20h40 Lusa
O Tribunal Administrativo de Lisboa rejeitou uma providência cautelar interposta por um sindicato da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) para suspender o processo de avaliação de desempenho, revelou hoje o Ministério da Educação.Na origem desta providência estavam despachos emitidos pela tutela nos dias 24 e 25 de Janeiro relativos ao regime de avaliação dos docentes, nomeadamente sobre a aprovação das fichas de avaliação e auto-avaliação e sobre a delegação de competências do Conselho Científico para a Avaliação de Professores na sua presidente, pelo facto daquele órgão não estar constituído na altura. Em comunicado, a Fenprof refere que o tribunal indeferiu a providência cautelar por considerar que aqueles despachos, emitidos no site do ministério, "seriam instruções internas" e não actos administrativos, não podendo ser, por isso, objecto de pronunciamento. "Assim, o Tribunal Administrativo e Fiscal não se pronunciou sobre a legalidade ou ilegalidade dos despachos em causa, pertencendo-lhe essa decisão no âmbito da acção especial", adianta a federação. No documento, o secretariado nacional da Fenprof salienta ainda que os procedimentos de avaliação decorrentes daqueles despachos se mantêm suspensos, uma vez que foram interpostas cinco providências cautelares, sendo que quatro permanecem sem decisão dos tribunais. Já o Ministério da Educação sempre reiterou que estas acções não põem em causa a continuidade do processo nas escolas.
comentários
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20.03.2008 - 23h50 - FGonçalves, Ovar
Era o que falatava eu receber lições dum sr. RC qualquer. Saiu-lhe a taluda? Fica feliz com sentenças a esmo? Alguma vez sofreu as conseguências de uma decisão judicial? E ficou convencido? Ou foi mesmo vencido? O que pode merecer espanto é a disparidade de sentenças peerante situações idênticas ou iguais. O juís decidiu, está decidido. Vamos então ao comício!
20.03.2008 - 23h49 - vasco, Vialonga
gostava de saber quando vão ser avaliados os professores do ensino universitário (muitos deles são deputados). Ou esses estão acima de qualquer avaliação? Será que é porque nem sequer têm formação pedagógica? Os professores que se formam agora têm de prestar novas provas depois de já estarem nas escolas. Será que é por falta de qualidade dos professores universitários?
20.03.2008 - 23h30 - Anónimo, pois
quanto au comentador que disse que o telemovel e uma lista telefonica deve conhecer pouco de telemoveis nao sabe que o telemovel tem uma maquine de calcular que e mais que uma tabuada fora muito mais que tem para facilitar no ensino neste caso a professora teve mais que rasao para lhe tirar o telemovel
20.03.2008 - 23h27 - Esperteza , Educalândia
Primeiro desde que o Presidente de República promolgou umas leis desfavoráveis aos juizes, estes agora para agradarem ao Governo, vão fazer tudo para não perderem benesses! Quanto à RIBEIRA DA COSTA, eu se tivesse uma filha que fizesse isto a uma professora, levava como telemóvel nas trombas! Mais Sr Ribeiro Costa, não se esqueça que este exemplo vai permitir oo nosso Presidente da República, nas Comemorações do 25 de Abril, atribuir umas Comendas de Telemóvel e Palma estes mal-educados e que espelham a educação dos pais! A "pseu-aluna" que pode até usar o «telemobel, já!» como vibrador está toda contente, assim como a Ministra da Educação que tem vindo a desenvolver condições para que isto seja o dia a dia na escola! É proibido o uso de telemóvel na sala de aula, (mas eu usá-lo-ia para uma urgência de 118) e tal é também do conhecimento do Encarredado de Educação! A Srª professora merece um pedido de desculpas de todos os Pais, de todos os Portugueses: ela foi mãe, e nunca os seus filhos ( que ela educou e ensinou em casa) fizeram esta barabaridade a qualquer professor bom ou menos bom que os ensinou! As minhas sinceras desculpas à dra e professora de Francês
20.03.2008 - 23h25 - Anónimo, Coimbra
Todos nós somos a favor da avaliação. Não concordamos é com uma politica que visa apenas o aspecto economicista e se esquece que tal como os ordenados dos srs Ministros carecem de aumento os nossos também. A inflação não pára, apenas 5% de nós vão ter direito a progressão porquê?
Tribunal rejeita providência cautelar de sindicato da Fenprof para suspender avaliação de professores
20.03.2008 - 20h40 Lusa
O Tribunal Administrativo de Lisboa rejeitou uma providência cautelar interposta por um sindicato da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) para suspender o processo de avaliação de desempenho, revelou hoje o Ministério da Educação.Na origem desta providência estavam despachos emitidos pela tutela nos dias 24 e 25 de Janeiro relativos ao regime de avaliação dos docentes, nomeadamente sobre a aprovação das fichas de avaliação e auto-avaliação e sobre a delegação de competências do Conselho Científico para a Avaliação de Professores na sua presidente, pelo facto daquele órgão não estar constituído na altura. Em comunicado, a Fenprof refere que o tribunal indeferiu a providência cautelar por considerar que aqueles despachos, emitidos no site do ministério, "seriam instruções internas" e não actos administrativos, não podendo ser, por isso, objecto de pronunciamento. "Assim, o Tribunal Administrativo e Fiscal não se pronunciou sobre a legalidade ou ilegalidade dos despachos em causa, pertencendo-lhe essa decisão no âmbito da acção especial", adianta a federação. No documento, o secretariado nacional da Fenprof salienta ainda que os procedimentos de avaliação decorrentes daqueles despachos se mantêm suspensos, uma vez que foram interpostas cinco providências cautelares, sendo que quatro permanecem sem decisão dos tribunais. Já o Ministério da Educação sempre reiterou que estas acções não põem em causa a continuidade do processo nas escolas.
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20.03.2008 - 23h50 - FGonçalves, Ovar
Era o que falatava eu receber lições dum sr. RC qualquer. Saiu-lhe a taluda? Fica feliz com sentenças a esmo? Alguma vez sofreu as conseguências de uma decisão judicial? E ficou convencido? Ou foi mesmo vencido? O que pode merecer espanto é a disparidade de sentenças peerante situações idênticas ou iguais. O juís decidiu, está decidido. Vamos então ao comício!
20.03.2008 - 23h49 - vasco, Vialonga
gostava de saber quando vão ser avaliados os professores do ensino universitário (muitos deles são deputados). Ou esses estão acima de qualquer avaliação? Será que é porque nem sequer têm formação pedagógica? Os professores que se formam agora têm de prestar novas provas depois de já estarem nas escolas. Será que é por falta de qualidade dos professores universitários?
20.03.2008 - 23h30 - Anónimo, pois
quanto au comentador que disse que o telemovel e uma lista telefonica deve conhecer pouco de telemoveis nao sabe que o telemovel tem uma maquine de calcular que e mais que uma tabuada fora muito mais que tem para facilitar no ensino neste caso a professora teve mais que rasao para lhe tirar o telemovel
20.03.2008 - 23h27 - Esperteza , Educalândia
Primeiro desde que o Presidente de República promolgou umas leis desfavoráveis aos juizes, estes agora para agradarem ao Governo, vão fazer tudo para não perderem benesses! Quanto à RIBEIRA DA COSTA, eu se tivesse uma filha que fizesse isto a uma professora, levava como telemóvel nas trombas! Mais Sr Ribeiro Costa, não se esqueça que este exemplo vai permitir oo nosso Presidente da República, nas Comemorações do 25 de Abril, atribuir umas Comendas de Telemóvel e Palma estes mal-educados e que espelham a educação dos pais! A "pseu-aluna" que pode até usar o «telemobel, já!» como vibrador está toda contente, assim como a Ministra da Educação que tem vindo a desenvolver condições para que isto seja o dia a dia na escola! É proibido o uso de telemóvel na sala de aula, (mas eu usá-lo-ia para uma urgência de 118) e tal é também do conhecimento do Encarredado de Educação! A Srª professora merece um pedido de desculpas de todos os Pais, de todos os Portugueses: ela foi mãe, e nunca os seus filhos ( que ela educou e ensinou em casa) fizeram esta barabaridade a qualquer professor bom ou menos bom que os ensinou! As minhas sinceras desculpas à dra e professora de Francês
20.03.2008 - 23h25 - Anónimo, Coimbra
Todos nós somos a favor da avaliação. Não concordamos é com uma politica que visa apenas o aspecto economicista e se esquece que tal como os ordenados dos srs Ministros carecem de aumento os nossos também. A inflação não pára, apenas 5% de nós vão ter direito a progressão porquê?
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EVT
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Para que não restem dúvidas do absoluto logro que é esta avaliação imposta pelo Governo, aqui deixo ficar dois textos (um assinado outro não) que me chegaram e que acho esclarecedores, mesmo para os teimosos e mentecaptos (colunistas incluídos):
Novo modelo de avaliação de desempenho, que não é feito para avaliar os professores, mas para evitar que eles progridam e criar um sucesso fictício e estatístico para europeu ver. É um sistema injusto e impraticável, por vários factores:1.º Os professores titulares e avaliadores foram escolhidos pelos anos de serviço e não pelo mérito nem pela competência (onde está a preocupação com o mérito e com a excelência?);
2.º Os professores que vão avaliar não têm formação na supervisão de aulas;
3.º Teremos professores de Francês a avaliar aulas de professores de Inglês, e de Educação Tecnológica a avaliar docentes de Educação Física ou vice-versa;
4.º Em muitos casos, os professores avaliados têm muito mais formação do que os avaliadores;
5.º Os professores titulares vão avaliar se os outros recorrem às novas tecnologias e muitos dos avaliadores não sabem enviar um e-mail, ligar um computador ou o que é um powerpoint;
6.º Os titulares vão avaliar o sucesso dos outros, quando, em grande parte dos casos, são eles que têm uma maior percentagem de insucesso;
7.º Os avaliadores vão avaliar professores de níveis de ensino diferentes daqueles que estão habituados a leccionar, sendo o discurso do docente obrigatoriamente distinto;
8.º Os professores perderão autoridade na sala de aula, perante os seus alunos, no dia em que entrar um titular para avaliar o professor;
9.º Só os resultados dos professores de Língua Portuguesa e de Matemática poderão ser confrontados com os dos Exames Nacionais do 3º Ciclo, o que é uma injustiça para os docentes dessas disciplinas;
10.º Os professores só ficarão com as turmas com alunos com mais dificuldades, caso não possam fugir, pois terão famílias para sustentar e empréstimos para pagar;
11.º Um professor que queira ser honesto e exigente será avaliado negativamente e corrido do ensino;
12.º Serão premiados os professores de disciplinas que não dêem testes;
13.º Se um professor tiver o azar de ter um aluno que abandone a escola para emigrar ou que os pais não tenham condições para o manter a estudar, será penalizadíssimo na sua avaliação;
14.º Se um docente tiver o azar de perder um familiar próximo ou a sorte de ter um filho, será gravemente penalizado na sua avaliação, se faltar os dias a que tem direito por lei;
15.º Se acompanhar alunos de algumas turmas numa visita de estudo edeixar outras turmas com substituição, também é considerada falta deassiduidade às actividades lectivas, imagine-se!!!!
16.º Como os avaliadores e os avaliados já leccionam juntos há muito tempo, há colegas de trabalho que não se falam e os titulares podem aproveitar para se vingar e estragar a vida aos avaliados…
17.º Numa primeira fase, os titulares não serão avaliados por ninguém (onde está a excelência?);
18.º Não vale a pena ter “excelente” ou “muito bom”, porque já não haverá vagas para titulares, quando nos for permitido tentar subir na carreira;
19.º Os resultados da avaliação dos alunos serão comparados entre disciplinas com competências totalmente diferentes. Por exemplo, ao comparar-se os resultados de Matemática com os de Educação Física, descobre-se facilmente qual o professor que sairá penalizado e terá de ir para o desemprego, se obtiver duas avaliações “Regulares”;
20.º Os professores serão avaliados pelo recurso às novas tecnologias e as escolas não têm projectores nem telas nas salas, as tomadas não funcionam, a electricidade desliga-se constantemente, nem há extensões suficientes!
21.º Os docentes serão avaliados pelas fichas formativas que forneçam aos alunos e só podem tirar fotocópias de testes de avaliação sumativa e, quando as escolas forem entregues às câmaras, nem a isso terão direito. Estas são algumas situações reais, haverá muitas outras que eu desconheço. Só um louco pode achar isto positivo, a não ser que se queira destruir de vez com o ensino público, enviando todos os professores para o desemprego.
O que se conseguiu até agora com o novo modelo de avaliação:
a) Há um constrangimento entre os professores titulares e os “professorzecos”;
b) Não há diálogo entre os docentes, havendo um “ruidoso” silêncio sepulcral na sala de professores;
c) Não há partilha de materiais por causa da competição, pois as quotas, que ainda não foram publicadas, serão muito reduzidas;
d) Estão todos desmotivados;
e) Os professores estão a entrar na escola às 8 horas e 30 minutos e a saírem depois das 22 horas, sem que ninguém lhes pague horas extraordinárias, a analisar grelhas, indicadores e instrumentos de avaliação, como se estivessem a cavar a sua própria sepultura;
f) Não há tempo para preparar aulas, desenvolver estratégias diferenciadas, elaborar e corrigir testes.
Se nos aspectos que eu referi, houver algo que não seja correcto, agradeço que me provem o contrário pelo e-mail: salvarescola@gmail.com. É evidente que esta avaliação só terá efeitos em 2009, porque as injustiças e os processos em tribunal serão tantos que alguém acordará e mudará tudo outra vez, mas, até lá, seremos umas cobaias de algo que sabemos que foi feito por alguém que não conhece a realidade das escolas.
Sinceramente, digam-me se os professores conscientes não terão direito à indignação.
Gostava de poder explicar estes aspectos ao Primeiro-Ministro e propor um modelo de avaliação mais simples, justo e eficaz, mas ele não me recebe, porque não gosta de ouvir quem está no terreno e porque não sou militante socialista. Sou um reles “professorzeco”, como nos qualificou a Ministra, mas vindo dela só pode ser um elogio
… a melhor arma é a escrita vou escrever tanto até ser ouvido por quem possa salvar a Educação.
Será que ainda há força para lutarmos unidos?
Manuel Dias
—————————————————————————————————————-
O professor JoãoJá com idade para ser meu pai, o João era professor naquela escola há muitos anos. Já se evitava dar-lhe actas para secretariar e quanto menos escrevesse no quadro, melhor, tal era a coisa. O que vale, é que trabalhava sempre em par pedagógico, e a colega sempre conseguia disfarçar o desastre perante os alunos. Nas relações com os outros professores, era bruto que nem um chaparro. Insistia em fumar na sala dos professores, mesmo com colegas grávidas presentes, e quando se lhe pedia educadamente para parar de fumar, respondia com aquele ar de direito absoluto, recusando-se largar o cigarro ou mudar-se. O João era daquele tipo de fulanos que não deveriam ser professores. O sistema de avaliação dos professores da altura, que durou até esta recente diarreia intelectual da ministra e dos seus tenentes, permitia-lhe um satisfaz-chapa-cinco de cada vez, tal como todos os outros. Nos “corredores”, eu costumava reclamar com o sistema, por permitir que gente como ele continuasse a receber a mesma menção que os mais empenhados e competentes. E que continuasse a ser professor.Eu costumava reclamar por um sistema de avaliação que distinguisse os professores, que penalizasse os que não prestam, e que premiasse os que são bons. Infelizmente, a ministra não ouviu as minhas reclamações. Porque, infelizmente, a ministra inventou um sistema de avaliação tão patético, tão idiota, que o João foi promovido a professor titular e agora vai avaliar os outros professores!… Fonte desconhecida
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Para que não restem dúvidas do absoluto logro que é esta avaliação imposta pelo Governo, aqui deixo ficar dois textos (um assinado outro não) que me chegaram e que acho esclarecedores, mesmo para os teimosos e mentecaptos (colunistas incluídos):
Novo modelo de avaliação de desempenho, que não é feito para avaliar os professores, mas para evitar que eles progridam e criar um sucesso fictício e estatístico para europeu ver. É um sistema injusto e impraticável, por vários factores:1.º Os professores titulares e avaliadores foram escolhidos pelos anos de serviço e não pelo mérito nem pela competência (onde está a preocupação com o mérito e com a excelência?);
2.º Os professores que vão avaliar não têm formação na supervisão de aulas;
3.º Teremos professores de Francês a avaliar aulas de professores de Inglês, e de Educação Tecnológica a avaliar docentes de Educação Física ou vice-versa;
4.º Em muitos casos, os professores avaliados têm muito mais formação do que os avaliadores;
5.º Os professores titulares vão avaliar se os outros recorrem às novas tecnologias e muitos dos avaliadores não sabem enviar um e-mail, ligar um computador ou o que é um powerpoint;
6.º Os titulares vão avaliar o sucesso dos outros, quando, em grande parte dos casos, são eles que têm uma maior percentagem de insucesso;
7.º Os avaliadores vão avaliar professores de níveis de ensino diferentes daqueles que estão habituados a leccionar, sendo o discurso do docente obrigatoriamente distinto;
8.º Os professores perderão autoridade na sala de aula, perante os seus alunos, no dia em que entrar um titular para avaliar o professor;
9.º Só os resultados dos professores de Língua Portuguesa e de Matemática poderão ser confrontados com os dos Exames Nacionais do 3º Ciclo, o que é uma injustiça para os docentes dessas disciplinas;
10.º Os professores só ficarão com as turmas com alunos com mais dificuldades, caso não possam fugir, pois terão famílias para sustentar e empréstimos para pagar;
11.º Um professor que queira ser honesto e exigente será avaliado negativamente e corrido do ensino;
12.º Serão premiados os professores de disciplinas que não dêem testes;
13.º Se um professor tiver o azar de ter um aluno que abandone a escola para emigrar ou que os pais não tenham condições para o manter a estudar, será penalizadíssimo na sua avaliação;
14.º Se um docente tiver o azar de perder um familiar próximo ou a sorte de ter um filho, será gravemente penalizado na sua avaliação, se faltar os dias a que tem direito por lei;
15.º Se acompanhar alunos de algumas turmas numa visita de estudo edeixar outras turmas com substituição, também é considerada falta deassiduidade às actividades lectivas, imagine-se!!!!
16.º Como os avaliadores e os avaliados já leccionam juntos há muito tempo, há colegas de trabalho que não se falam e os titulares podem aproveitar para se vingar e estragar a vida aos avaliados…
17.º Numa primeira fase, os titulares não serão avaliados por ninguém (onde está a excelência?);
18.º Não vale a pena ter “excelente” ou “muito bom”, porque já não haverá vagas para titulares, quando nos for permitido tentar subir na carreira;
19.º Os resultados da avaliação dos alunos serão comparados entre disciplinas com competências totalmente diferentes. Por exemplo, ao comparar-se os resultados de Matemática com os de Educação Física, descobre-se facilmente qual o professor que sairá penalizado e terá de ir para o desemprego, se obtiver duas avaliações “Regulares”;
20.º Os professores serão avaliados pelo recurso às novas tecnologias e as escolas não têm projectores nem telas nas salas, as tomadas não funcionam, a electricidade desliga-se constantemente, nem há extensões suficientes!
21.º Os docentes serão avaliados pelas fichas formativas que forneçam aos alunos e só podem tirar fotocópias de testes de avaliação sumativa e, quando as escolas forem entregues às câmaras, nem a isso terão direito. Estas são algumas situações reais, haverá muitas outras que eu desconheço. Só um louco pode achar isto positivo, a não ser que se queira destruir de vez com o ensino público, enviando todos os professores para o desemprego.
O que se conseguiu até agora com o novo modelo de avaliação:
a) Há um constrangimento entre os professores titulares e os “professorzecos”;
b) Não há diálogo entre os docentes, havendo um “ruidoso” silêncio sepulcral na sala de professores;
c) Não há partilha de materiais por causa da competição, pois as quotas, que ainda não foram publicadas, serão muito reduzidas;
d) Estão todos desmotivados;
e) Os professores estão a entrar na escola às 8 horas e 30 minutos e a saírem depois das 22 horas, sem que ninguém lhes pague horas extraordinárias, a analisar grelhas, indicadores e instrumentos de avaliação, como se estivessem a cavar a sua própria sepultura;
f) Não há tempo para preparar aulas, desenvolver estratégias diferenciadas, elaborar e corrigir testes.
Se nos aspectos que eu referi, houver algo que não seja correcto, agradeço que me provem o contrário pelo e-mail: salvarescola@gmail.com. É evidente que esta avaliação só terá efeitos em 2009, porque as injustiças e os processos em tribunal serão tantos que alguém acordará e mudará tudo outra vez, mas, até lá, seremos umas cobaias de algo que sabemos que foi feito por alguém que não conhece a realidade das escolas.
Sinceramente, digam-me se os professores conscientes não terão direito à indignação.
Gostava de poder explicar estes aspectos ao Primeiro-Ministro e propor um modelo de avaliação mais simples, justo e eficaz, mas ele não me recebe, porque não gosta de ouvir quem está no terreno e porque não sou militante socialista. Sou um reles “professorzeco”, como nos qualificou a Ministra, mas vindo dela só pode ser um elogio
… a melhor arma é a escrita vou escrever tanto até ser ouvido por quem possa salvar a Educação.
Será que ainda há força para lutarmos unidos?
Manuel Dias
—————————————————————————————————————-
O professor JoãoJá com idade para ser meu pai, o João era professor naquela escola há muitos anos. Já se evitava dar-lhe actas para secretariar e quanto menos escrevesse no quadro, melhor, tal era a coisa. O que vale, é que trabalhava sempre em par pedagógico, e a colega sempre conseguia disfarçar o desastre perante os alunos. Nas relações com os outros professores, era bruto que nem um chaparro. Insistia em fumar na sala dos professores, mesmo com colegas grávidas presentes, e quando se lhe pedia educadamente para parar de fumar, respondia com aquele ar de direito absoluto, recusando-se largar o cigarro ou mudar-se. O João era daquele tipo de fulanos que não deveriam ser professores. O sistema de avaliação dos professores da altura, que durou até esta recente diarreia intelectual da ministra e dos seus tenentes, permitia-lhe um satisfaz-chapa-cinco de cada vez, tal como todos os outros. Nos “corredores”, eu costumava reclamar com o sistema, por permitir que gente como ele continuasse a receber a mesma menção que os mais empenhados e competentes. E que continuasse a ser professor.Eu costumava reclamar por um sistema de avaliação que distinguisse os professores, que penalizasse os que não prestam, e que premiasse os que são bons. Infelizmente, a ministra não ouviu as minhas reclamações. Porque, infelizmente, a ministra inventou um sistema de avaliação tão patético, tão idiota, que o João foi promovido a professor titular e agora vai avaliar os outros professores!… Fonte desconhecida
quarta-feira, 19 de março de 2008
O Ponto da Situação
O Ponto da Situação
nº 1, 13 de Março de 2008
Em Lisboa, fomos 100 mil a exigir respeito pela nossa dignidade
profissional.
Exigimos uma avaliação justa, repudiámos uma avaliação incompetente.
Nunca tínhamos sido tantos, nunca tínhamos sido tão esmagadores na
manifestação da nossa indignação.
Esta é a força que temos, sempre que a quisermos ter.
Resultado, o Ministério da Educação diz, agora, que haverá mais
flexibilidade.
Começou por dizer, na passada segunda-feira, que a única exigência que
colocava, para este ano lectivo, era que fosse realizada a avaliação dos
professores contratados, acompanhada da chantagem de que sem essa
avaliação era impossível serem renovados os contratos desses colegas.
No dia seguinte, terça-feira, pela voz do Sr. Secretário de Estado, já não era
exigido e já não era impossível. Na quarta-feira, pela voz da Sr.ª Ministra, voltou a
ser exigido. É a famosa firmeza, a firmeza do desnorte!
Neste momento, relativamente à avaliação dos professores do quadro, o
Ministério afirma: cada escola é uma escola. Assim, as escolas que, neste
ano lectivo, não estiverem capacitadas para iniciar o processo de avaliação não
iniciam; iniciam apenas as que estiverem capacitadas para o fazer.
Deste modo, o Ministério da Educação pretende alcançar três objectivos:
primeiro, dar a aparência, para a opinião pública, de que está a ser flexível, mas
sem ceder, porque, dizem os seus porta-vozes, o processo está a avançar em
algumas escolas; segundo, desta forma, validar e credibilizar o incompetente
modelo de avaliação que quer impor; terceiro, insinuar que o problema está nas
escolas incapacitadas, não no modelo de avaliação nem na política do
Ministério.
Se um número significativo de escolas iniciar o processo de avaliação (seja
para todos os professores, seja, apenas, para os professores contratados),
isso constituirá o argumento de que o Ministério necessita para dizer que este
modelo de avaliação é justo e exequível, porque já está a ser praticado.
Incompreensivelmente, ainda que com dignificantes excepções, parece que
alguns presidentes dos Conselhos Executivos estão inebriados com os
ventos que sopram do Ministério da Educação. Não se percebe a razão.
Alguns há que fazem gala em revelar já terem, nas suas escolas, o processo todo
preparado para avançar. Mas é curioso que não ouçamos, da parte deles, um
único argumento que fundamente essa postura de militante acriticismo e de
extremado voluntarismo ou, em alguns casos mesmo, de manifesto apoio ao
Ministério.
O que os faz correr? Vislumbram eles, no modelo de avaliação, méritos,
qualidades e virtudes que mais ninguém vê? Que nenhum daqueles 100 mil
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professores conseguiu ver? Se sim, que nos digam, que divulguem, que nos
dêem a conhecer essas benemerências.
Sabemos que os presidentes dos Conselhos Executivos têm uma posição
delicada neste processo, contudo essa posição não pode justificar
seguidismos acríticos nem o voltar de costas aos colegas que os elegeram.
Se alguns pretendem salvaguardar a sua posição pessoal, podem fazê-lo: os
Conselhos Pedagógicos das escolas têm o poder de decidir avançar com o
processo ou de o deter; o C.P. é um órgão colegial, composto por muitos
professores cujos votos representam (por enquanto...) o que cada departamento
determinar. As decisões dos Conselhos Pedagógicos não vinculam nem
comprometem os presidentes dos Conselhos Executivos. A sua posição pessoal
fica resguardada na eventualidade de se quererem demarcar, firmando uma
posição diferente, da do resto da escola (o mesmo se aplica aos presidentes dos
Conselhos Pedagógicos).
Relativamente àqueles presidentes dos Conselhos Executivos que dizem apoiar o
modelo de avaliação que o ME quer impor, e no momento em que 100 mil de nós
se redobra na fundamentação crítica a esse mesmo modelo, reclamamos o
conhecimento da sustentação teórica e técnica dessa posição.
O desenlace da presente situação depende exclusivamente da vontade dos
professores.
Cada departamento de cada escola deve mandatar o seu coordenador para que
vote favoravelmente, no Conselho Pedagógico, a interrupção imediata do
processo até que haja a reformulação do decreto regulamentar da avaliação de
desempenho.
Os professores contratados merecem o mesmo respeito que os professores do
quadro. Se este modelo de avaliação é incompetente para uns também é
incompetente para os outros. Se na terça-feira era possível que os professores
contratados renovassem os seus contratos sem a avaliação, tem de ser
novamente possível. Não permitiremos que alguém possa ser prejudicado por
causa da incompetência do ministério.
Recusamos que este modelo de avaliação incompetente e injusto possa ser
aplicado a quem quer que seja.
O Marquês de Pombal foi o início de um caminho, não foi o termo de nada.
Assinam os seguintes professores da Escola Secundária de Amora:
Mário Carneiro, Margarida Correia, Jaime Ribeiro, João Pedro Costa, António Torres, Armindo Costa,
Anabela Magalhães, Teresa Matos, José Maia, Delfim Pinto, Isabel Pereira, Rosa Amaral, Fernanda Bucho,
Laura Landeiro, Maria Idalina Bravo, Paulo Ferreira, Jorge Santos, António Landeiro, Maria Leonor Falcato,
Maria dos Anjos Ferrão, José Pedro Mata, Estela Oliveira, José Simão, Cristina Farinha, Filipa Coelho, Elza
Morais, Vítor Esculcas, Maria Adelaide Queijo, Lina Assunção, Adelaide Simões, Rosa Botequilha, Gabriela
Gonçalves, Mariana Lagarto, Fátima Matado, Lígia Sequeira, Vítor Maia, Rute Reis, António Rodrigues, Maria
Ernestina Quintino, Custódia Rebocho, Fernando Palma, Esmeralda Godinho, Fernando Alves, Lúcia
Mendonça, Maria Isabel Chorão, Virgínia Barradas, Isabel Mendes, Ilda Martins, Susana Mesquita, Eugénia
Assunção, Albertina Morgado, Ana Paula Monteiro.
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nº 1, 13 de Março de 2008
Em Lisboa, fomos 100 mil a exigir respeito pela nossa dignidade
profissional.
Exigimos uma avaliação justa, repudiámos uma avaliação incompetente.
Nunca tínhamos sido tantos, nunca tínhamos sido tão esmagadores na
manifestação da nossa indignação.
Esta é a força que temos, sempre que a quisermos ter.
Resultado, o Ministério da Educação diz, agora, que haverá mais
flexibilidade.
Começou por dizer, na passada segunda-feira, que a única exigência que
colocava, para este ano lectivo, era que fosse realizada a avaliação dos
professores contratados, acompanhada da chantagem de que sem essa
avaliação era impossível serem renovados os contratos desses colegas.
No dia seguinte, terça-feira, pela voz do Sr. Secretário de Estado, já não era
exigido e já não era impossível. Na quarta-feira, pela voz da Sr.ª Ministra, voltou a
ser exigido. É a famosa firmeza, a firmeza do desnorte!
Neste momento, relativamente à avaliação dos professores do quadro, o
Ministério afirma: cada escola é uma escola. Assim, as escolas que, neste
ano lectivo, não estiverem capacitadas para iniciar o processo de avaliação não
iniciam; iniciam apenas as que estiverem capacitadas para o fazer.
Deste modo, o Ministério da Educação pretende alcançar três objectivos:
primeiro, dar a aparência, para a opinião pública, de que está a ser flexível, mas
sem ceder, porque, dizem os seus porta-vozes, o processo está a avançar em
algumas escolas; segundo, desta forma, validar e credibilizar o incompetente
modelo de avaliação que quer impor; terceiro, insinuar que o problema está nas
escolas incapacitadas, não no modelo de avaliação nem na política do
Ministério.
Se um número significativo de escolas iniciar o processo de avaliação (seja
para todos os professores, seja, apenas, para os professores contratados),
isso constituirá o argumento de que o Ministério necessita para dizer que este
modelo de avaliação é justo e exequível, porque já está a ser praticado.
Incompreensivelmente, ainda que com dignificantes excepções, parece que
alguns presidentes dos Conselhos Executivos estão inebriados com os
ventos que sopram do Ministério da Educação. Não se percebe a razão.
Alguns há que fazem gala em revelar já terem, nas suas escolas, o processo todo
preparado para avançar. Mas é curioso que não ouçamos, da parte deles, um
único argumento que fundamente essa postura de militante acriticismo e de
extremado voluntarismo ou, em alguns casos mesmo, de manifesto apoio ao
Ministério.
O que os faz correr? Vislumbram eles, no modelo de avaliação, méritos,
qualidades e virtudes que mais ninguém vê? Que nenhum daqueles 100 mil
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professores conseguiu ver? Se sim, que nos digam, que divulguem, que nos
dêem a conhecer essas benemerências.
Sabemos que os presidentes dos Conselhos Executivos têm uma posição
delicada neste processo, contudo essa posição não pode justificar
seguidismos acríticos nem o voltar de costas aos colegas que os elegeram.
Se alguns pretendem salvaguardar a sua posição pessoal, podem fazê-lo: os
Conselhos Pedagógicos das escolas têm o poder de decidir avançar com o
processo ou de o deter; o C.P. é um órgão colegial, composto por muitos
professores cujos votos representam (por enquanto...) o que cada departamento
determinar. As decisões dos Conselhos Pedagógicos não vinculam nem
comprometem os presidentes dos Conselhos Executivos. A sua posição pessoal
fica resguardada na eventualidade de se quererem demarcar, firmando uma
posição diferente, da do resto da escola (o mesmo se aplica aos presidentes dos
Conselhos Pedagógicos).
Relativamente àqueles presidentes dos Conselhos Executivos que dizem apoiar o
modelo de avaliação que o ME quer impor, e no momento em que 100 mil de nós
se redobra na fundamentação crítica a esse mesmo modelo, reclamamos o
conhecimento da sustentação teórica e técnica dessa posição.
O desenlace da presente situação depende exclusivamente da vontade dos
professores.
Cada departamento de cada escola deve mandatar o seu coordenador para que
vote favoravelmente, no Conselho Pedagógico, a interrupção imediata do
processo até que haja a reformulação do decreto regulamentar da avaliação de
desempenho.
Os professores contratados merecem o mesmo respeito que os professores do
quadro. Se este modelo de avaliação é incompetente para uns também é
incompetente para os outros. Se na terça-feira era possível que os professores
contratados renovassem os seus contratos sem a avaliação, tem de ser
novamente possível. Não permitiremos que alguém possa ser prejudicado por
causa da incompetência do ministério.
Recusamos que este modelo de avaliação incompetente e injusto possa ser
aplicado a quem quer que seja.
O Marquês de Pombal foi o início de um caminho, não foi o termo de nada.
Assinam os seguintes professores da Escola Secundária de Amora:
Mário Carneiro, Margarida Correia, Jaime Ribeiro, João Pedro Costa, António Torres, Armindo Costa,
Anabela Magalhães, Teresa Matos, José Maia, Delfim Pinto, Isabel Pereira, Rosa Amaral, Fernanda Bucho,
Laura Landeiro, Maria Idalina Bravo, Paulo Ferreira, Jorge Santos, António Landeiro, Maria Leonor Falcato,
Maria dos Anjos Ferrão, José Pedro Mata, Estela Oliveira, José Simão, Cristina Farinha, Filipa Coelho, Elza
Morais, Vítor Esculcas, Maria Adelaide Queijo, Lina Assunção, Adelaide Simões, Rosa Botequilha, Gabriela
Gonçalves, Mariana Lagarto, Fátima Matado, Lígia Sequeira, Vítor Maia, Rute Reis, António Rodrigues, Maria
Ernestina Quintino, Custódia Rebocho, Fernando Palma, Esmeralda Godinho, Fernando Alves, Lúcia
Mendonça, Maria Isabel Chorão, Virgínia Barradas, Isabel Mendes, Ilda Martins, Susana Mesquita, Eugénia
Assunção, Albertina Morgado, Ana Paula Monteiro.
6
7
Casos de escolas que suspenderam os procedimentos de avaliação
Na Escola Secundária Camilo Castelo Branco, em Carnaxide, foi-me dito que o processo está quase parado, nenhum professor está de acordo com ele e os contratados vão ser classificados pelo CE com critérios definidos pelo próprio CE. Dessa forma, nenhum contratado fica prejudicado. Entretanto, estas movidas permitiram-me perceber um pouco de como se vive toda esta polémica por algumas escolas dispersas pelo país Por exemplo, numa escola de Olhão, um departamento opôs-se em bloco a este modelo de avaliação. Tomaram esta posição conjuntamente e não cedem ... seguem os bons exemplos claro (o Governo também não cede, por que terão os docentes de ceder?!). Numa outra escola, em São Brás de Alportel, o CE tinha tudo preparado para avançar, com aulas marcadas para assistir e tudo mais ... Pois, ao que me disseram tudo ficou suspenso pois um sindicato prontificou-se a comparecer na escola explicando que, caso avançassem, poderiam ter problemas pois estariam a ir contra a ordem de tribunal em suspender o processo avaliativo. Numa outra escola, em Campo Maior, instalou-se o conflito entre os titulares a os apenas professores ... Os primeiros queriam exigir as planificações de todas as aulas e essa exigência não foi bem aceite.
Publicada por rm em 15:21
Etiquetas: Avaliação de desempenho
2 comentários:
Anónimo disse...
O Ministério conseguiu criar a maior confusão em todas as escolas, sem reflectir sobre as consequências desta atitude. Agora fala-se num processo simplificado, que não é o mesmo para todos os intervenientes e que é ilegal dado que nada está legislado. O artigo 44º do CPA dá logo resposta a muitas das nossas questões. Se eu como avaliadora sou interessada nas mesmas menções e nas mesmas quotas dos avaliados isso constitui um impedimento.
19 de Março de 2008 18:14
Anónimo disse...
Também acho que sim.Ramiro
19 de Março de 2008 18:42
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