Grândola, Vila Morena
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
José Afonso
terça-feira, abril 24, 2007
sexta-feira, abril 20, 2007
caminhando
...por estas fráguas penso na Maria Manuel - minha mulher, companheira, melhor amiga, confidente, amante, namorada sempre - em como gostaria de estar a fazer estas caminhadas sem horas nem definições.
E depois sorrio e falo.
Falo para mim, para ela, para o vento que passa e leva as vozes a todas as dimensões pelo que sei que ela me ouvirá.
- "mas que digo eu? que gostarias? esqueço que já não tens o limite da matéria....que sei eu...? talvez caminhes comigo...ou talvez estejas sentada no topo do Everest a olhar e a pensar que um dia me levarás lá, pois sabes que sempre o quis fazer...."
E rio.
Estes solilóquios, lançados ao vento, às pedras, às altaneiras àrvores e ao vento não me deixam nenhum amargo de boca, nem sinal de tristeza.
E, de volta, recebo o murmúrio das águas, das folhas agitadas pelos ventos, dos pássaros agora em frenética azáfama e dos insectos que começam a murmurar ao longo dos dias....
Ouço ainda o som da planta que rompe a terra e sobe.
Sempre em direcção da luz - ao invés do homem, da humanidade que cada vez mais se afunda nas trevas, nas sombras....
Sinto a falta de Maria Manuel (conheci-a no final do Liceu, namorámos e só a morte nos separou), mas é uma saudade mansa, alicerçada na certeza da imortalidade da alma (ou o que lhe quiserem chamar. Afinal, de cada um de nós, na sua essência.) e caldeada por muitos anos de felicidade, crescimento comum e partilhas, muitas parilhas boas.
Mesmo nos piores momentos a genuidade e a força da nossa relação eliminava tudo o resto.
Que afinal era transitório, supérfluo....
E por estas brenhas caminho sentindo a força da Pimavera, afinal da VIDA, brotar da mãe
Terra/GAIA.
E depois sorrio e falo.
Falo para mim, para ela, para o vento que passa e leva as vozes a todas as dimensões pelo que sei que ela me ouvirá.
- "mas que digo eu? que gostarias? esqueço que já não tens o limite da matéria....que sei eu...? talvez caminhes comigo...ou talvez estejas sentada no topo do Everest a olhar e a pensar que um dia me levarás lá, pois sabes que sempre o quis fazer...."
E rio.
Estes solilóquios, lançados ao vento, às pedras, às altaneiras àrvores e ao vento não me deixam nenhum amargo de boca, nem sinal de tristeza.
E, de volta, recebo o murmúrio das águas, das folhas agitadas pelos ventos, dos pássaros agora em frenética azáfama e dos insectos que começam a murmurar ao longo dos dias....
Ouço ainda o som da planta que rompe a terra e sobe.
Sempre em direcção da luz - ao invés do homem, da humanidade que cada vez mais se afunda nas trevas, nas sombras....
Sinto a falta de Maria Manuel (conheci-a no final do Liceu, namorámos e só a morte nos separou), mas é uma saudade mansa, alicerçada na certeza da imortalidade da alma (ou o que lhe quiserem chamar. Afinal, de cada um de nós, na sua essência.) e caldeada por muitos anos de felicidade, crescimento comum e partilhas, muitas parilhas boas.
Mesmo nos piores momentos a genuidade e a força da nossa relação eliminava tudo o resto.
Que afinal era transitório, supérfluo....
E por estas brenhas caminho sentindo a força da Pimavera, afinal da VIDA, brotar da mãe
Terra/GAIA.
domingo, abril 01, 2007
ainda a propósito da atenção que damos ao outro
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