Tudo começou com um sonho numa tarde de Inverno de 2004. Como todos os sonhos, este também tem sido feito de persistencia, teimosia e muito querer! "Quem Não Tem Cão..." caça com um gato, foi o que fizemos! e o melhor...? o melhor ainda está para vir! RG
28.9.09
"Rosa Esperança" de malas feitas a caminho de Faro. Ajudem-nos a encher os 786 lugares do Teatro das Figuras!
Rosa Esperança - 1 ano depois!
Foi nesse fim de tarde, a 27 de Setembro, que o Rui Germano apareceu e um tanto a medo, nos lançou o repto de participarmos num laboratório de teatro.
O tema era, inevitavelmente, o Cancro da Mama. Na altura todas ficamos um pouco baralhadas sem saber o que responder. As desculpas eram as mais variadas, para não dizermos declaradamente que não.
Por parte do Rui tudo o que nós objectávamos, não tinha importância, contrapunha sempre, arranjava solução e como gerir a situação.
No final, umas mais e outras menos entusiasmadas, ou se quisermos crentes da proposta feita, lá acabámos por aceitar com mil e umas condicionantes.
Como Outubro é o mês do Cancro da Mama, duas semanas depois do desafio lançado, começaram os encontros ao domingo à tarde, no Cine Teatro Casimiros, a sede do "Quem Não Tem Cão". As mulheres foram aparecendo semana após semana, foram contando as suas histórias de luta contra o Cancro e a peça escrita começou a ganhar forma.
Com o avançar do tempo, algumas foram desistindo, até ficar o grupo final que hoje trás a Ovar as suas histórias de vida e de luta, ao longo destes últimos anos.
São SETE MULHERES, todas elas com a sua profissão, não são actrizes, não têm pretensão a isso, mas querem mostrar a todas as pessoas que as queiram ver e ouvir, que o Cancro da Mama tem cura, quando detectado a tempo e não fugir à realidade quando nos bater à porta.
Hoje, sinto uma felicidade muito grande, por poder receber este grupo maravilhoso, na cidade onde resido.
Não somos apenas sete. Somos dezenas de homens e mulheres, que em conjunto, damos vida e corpo a este projecto que queremos levar por este País fora.
Ovar é a primeira cidade a receber a digressão de "Rosa Esperança".
Lotação esgotada."
25.9.09
Depois da "Lusa" a "Visão" ... "Açoriano Oriental"... "O Expresso"...
A peça aborda os casos reais vividos pelas protagonistas, que, não sendo actrizes profissionais, participam agora na digressão nacional com que a oficina de artistas "Quem Não Tem Cão" se propõe levar a todo o país "numa mensagem de esperança e sobrevivência".
Cancro da mama: Mulheres que sobreviveram à doença sobem ao palco para partilhar experiências
Ovar, 25 Set (Lusa) - Mulheres que sobreviveram ao cancro da mama sobem ao palco do Centro de Artes de Ovar, sábado à noite, para partilhar as suas experiências no espectáculo de teatro “Rosa, Esperança”.
A peça aborda os casos reais vividos pelas protagonistas, que, não sendo actrizes profissionais, participam agora na digressão nacional com que a oficina de artistas “Quem não tem cão” se propõe levar a todo o país “numa mensagem de esperança e sobrevivência”.
Rui Germano, autor do texto e encenador de “Rosa, Esperança”, disse hoje à Lusa que “a peça de teatro é parte de um projecto maior, que começou com os encontros de mulheres vítimas de cancro e que agora, graças à blogosfera, se tem revelado um espaço de apoio para essas pessoas”.
O primeiro encontro realizou-se em Fátima, em Junho de 2008, e foram as experiências pessoais aí recolhidas que depois serviram de base à produção de “Rosa, Esperança”.
“Na peça contamos toda a história do cancro, desde que o momento em que se descobre um nódulo ao fazer a palpação do peito, até à fase do pós-operatório e da quimioterapia”, revela Rui Germano.
“Falamos do que uma mulher sente em todo este processo”, acrescenta. “De como se decide ir ao médico, como é que conta ao marido, como é que os familiares e amigos lidam com a doença”.
Para Rui Germano, o que importa assinalar é que “todas as mulheres em palco são sobreviventes”. A peça constitui, por isso, “um projecto de verdade, porque todas as protagonistas tiveram cancro da mama e são um exemplo de sobrevivência”.
A produção de “Rosa, Esperança” envolve cerca de 40 pessoas e conta com a colaboração da actriz Simone de Oliveira, que, como recorda o encenador, “também teve cancro da mama e acabou por associar-se ao projecto como voz-off da peça”.
O espectáculo conta ainda com o apoio de diversos costureiros portugueses, pelo que o guarda-roupa do quadro final é assinado por Augustus, João Rolo, Luis Buchinho, Nuno Gama, Fátima Lopes, Rafael Freitas e Cristina Lopes.
Em Ovar, “Rosa, Esperança” está em cena sábado, às 21:30, sendo os únicos contactos disponíveis para reservas os da Divisão de Cultura da autarquia local: o telefone 256.581.300 e o e-mail caovar@cm-ovar.pt.
O espectáculo segue depois para Faro, a 3 de Outubro, Santiago do Cacém, a 10, Viana do Castelo, a 24, Guimarães, a 31, Benavente, a 7 de Novembro e Leiria, a 5 de Dezembro.
“Não é uma agenda muito cheia”, admite Rui Germano, “mas é complicado gerir a disponibilidade das protagonistas, porque nenhuma delas é actriz profissional e todas têm a sua vida própria, fora disto”.
24.9.09
Ultima Hora
Rosa Esperança - Digressão.
23.9.09
INFORMAÇÃO ULTIMA HORA:
17.9.09
14.9.09
11.9.09
10.9.09
Fechado Para Obras!
Eu já tinha dito aqui que para continuar nesta familia do Cão, a partir de Setembro alguma coisa tinha de mudar! "Quem Não Tem Cão" tinha de iniciar uma nova fase! Uma forma nova desta associação se organizar e posicionar perante si e perante os que dela fazem parte.
O dificil não é criticar apontar ou reconhecer situações menos boas. A maior dificuldade está em fazer acontecer "coisas" quando se parte do nada!
A dificuldade perante os problemas que surgem está em encontrar as soluções e quando elas não existem... o melhor é, em vez de baixar os braços, inventa-las!
Das dificuldades fazer vantagens sempre foi o nosso lema desde a altura em que - ingenuamente - nos apresentamos pela 1ª vez num teatro improvisado com 70 cadeiras instalado numa loja. A loja da Rua das finanças que nos ensinou como é bom ser livre e não depender de ninguem para podermos fazer aquilo em que realmente acreditamos! Foram momentos únicos de crescimento interior os que se viveram ali.
Desde essa altura, "Quem Não Tem Cão" já deu provas da sua capacidade de pensar, produzir e realizar projectos! Da sua capacidade de revelar o que de melhor existe em cada um de nós e de receber com amizade aqueles que se vão aproximando de nós!
Quem Não Tem Cão aos poucos foi conquistando um lugar especial nas nossas vidas e por isso hoje podemos dizer que somos uma grande familia. Uma familia feliz!
Para muitos dos que pertencemos a esta familia não há dúvidas: Hoje as nossas vidas são mais ricas e já não seria a mesma coisa viver sem a presença do Cão. "Primeiro estranha-se mas depois... entranha-se" e é dificil vermo-nos livres destes afectos e amizades novas que aqui se criam.
Mas para continuar com este "sonho" de proporcionar momentos de felicidade a todos os que de nós se aproximarem, "Quem Não Tem Cão" tem de continuar a crescer, definir metas e de se propor cumprir determinados objectivos. Só assim conseguirá sobreviver! Só assim conseguirá evitar o que alguns apontam como o caminho certo e outros até - secretamente - desejam. O seu desmembramento e afastamento dos elementos que dele fazem parte.
Nós não queremos isso. Eu não quero isso! Chegou a altura de arriscar mais! Acreditar mais em nós e na nossa generosidade! Quem me conhece sabe que eu gosto de arriscar... e quando acredito numa coisa... Quando acredito na sua verdade... quando entendo a sua essencia... ganho uma motivação especial! Aquela motivação que outros apelidam de "Mau Feitio" será??
Estamos em Setembro e algumas das prometidas mudanças já foram reveladas, outras - apesar de continuar a trabalhar nelas - ainda continuam por revelar!
Mas... a novidade que quero partilhar hoje aqui é algo que pode desencadear uma importante transformação na vida do Cão. A nossa casa está em obras e vamos passar a ter uma sala/estúdio que permitirá desenvolver muitas actividades como workshop's; cursos; aulas; formações; reuniões etc. e tudo com a grande vantagem de o podermos fazer com conforto e sem aquele frio - que quase nos cortava a respiração - que se fazia sentir na sala principal do palco.
Eu estou feliz com a nossa capacidade de realizar mais estas obras e de continuarmos a ver mais longe! Tudo isto porque sei que o melhor... O melhor ainda está para vir!
PS: Ainda está aberta a campanha da tinta! Todos podem participar... basta querer ajudar! ;o)
RG