Feito ovelhas nuvensOs sonhos parecem faz de contaQuando sonhados acordadoPoesia soma a fantasiaTudo se torna possívelEm breve instante inconstanteNo qual me deslumbroEntre o real e o imaginárioO desalento pode ser isentoDesdobrado sem contentamentoA alegria só pode ser soproQue chega para ir.
08/12/2011
Ovelha Nuvem
05/12/2011
Palavras
Os versos pulam do papel
Para um infinito
Da boca do poeta
Soltam letras destorcidas
Acabando em poemas voadores
Planando onde teu coração mandar
Sem caminho em pleno vento
Voam depressa
Em voltas, perto de você.
Para um infinito
Da boca do poeta
Soltam letras destorcidas
Acabando em poemas voadores
Planando onde teu coração mandar
Sem caminho em pleno vento
Voam depressa
Em voltas, perto de você.
14/09/2011
Poesia
Ao se despertar notou-se
Que não era mais poesia
Os duros dias a viver
Os versos antes doces
Viraram simples notas
Ao correr atrás dos ponteiros
Passam horas e dias
Sem a poesia
Antes tão viva
Adormecida no esquecimento
As flores vermelhas de antes
Viraram algumas joias talvez
O romantismo tornou se obsoleto
E raro muito raro
A poesia se esvaíra entre os dedos
No conturbado cotidiano
Não há tempo para fantasias
02/06/2011
(Resíduo)
(...) Pois de tudo fica um pouco.
Fica um pouco de teu queixo
no queixo de tua filha.
De teu áspero silêncio
um pouco ficou, um pouco
nos muros zangados,
nas folhas, mudas, que sobem.
Ficou um pouco de tudo
no pires de porcelana,
dragão partido, flor branca,
ficou um pouco
de ruga na vossa testa,
retrato.
(...) E de tudo fica um pouco.
Oh abre os vidros de loção
e abafa
o insuportável mau cheiro da memória.
(Resíduo)
Carlos Drummond de Andrade
Fica um pouco de teu queixo
no queixo de tua filha.
De teu áspero silêncio
um pouco ficou, um pouco
nos muros zangados,
nas folhas, mudas, que sobem.
Ficou um pouco de tudo
no pires de porcelana,
dragão partido, flor branca,
ficou um pouco
de ruga na vossa testa,
retrato.
(...) E de tudo fica um pouco.
Oh abre os vidros de loção
e abafa
o insuportável mau cheiro da memória.
(Resíduo)
Carlos Drummond de Andrade
01/06/2011
09/05/2011
Sopro
A vida é um curto sobro
Em cantos de dor e alegria
Em todo flagelo
Um caminho a felicidade
É o apreender mais que o ensinar
Ganhar o eterno
Sem vitoriar o efêmero
É simples o complexo
Branco e leves são nossos bens
Arrastam-se alguns farrapos por ai
Um incontentamento com reféns
Se compreendêssemos o meio
De tudo reformularíamos
Das horas do puro amargo
Extrair-se-ia doce lição.
26/04/2011
02/02/2011
olhos d'alma

Cerre os olhos
Enxergue com a alma
Saia de si mesmo
Esqueça-se das interpretações humanizadas
Veja pelo lado de fora
Observe de todos ângulos
Sem preconceitos, conceitos, teorias.
Tão-só absorvendo o meio
Abstraia o amor falsificado
Olhe tudo com igualdade
Vejam os inimigos
A eles restam compaixão
Eles se destroem por si
Não se perturbe
Por pequenos desacertos
Apague de seus arquivos
Toda tristeza, lamentações.
Olhe o verde
Magnetizando a vida
Veja o mundo com os olhos de crianças.
25/01/2011
misteriosa a vida
Sentimentos são matérias
Que vagam entre dimensões
Inferior, superior
Cada um com sua afinidade
De uma haste espinhosa
Brota rosa formosa
Um embrião, hoje homem maduro
Perambulando procurando um rumo
Sensíveis, procurando abrigo
Ocupando um vaso
Que um dia quebrara .
A vida segue...
sempre misteriosa...
16/01/2011
Vida
De célula em célula
Molécula a Molécula
Umas requerem outras liberam
A Energia da vida
A vida é assim
Colisão, união
Das células um ser
Que transborda vida
Uns usam a vida
Outros a deixam na gaveta
E tem aqueles que sentam
Vendo os dias no calendário
Alguns a tem branquinha
Farta de bons momentos
Tantos outros a pintam de escuro
E se escondem da verdade da vida
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