segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O de número 2010...


E a menina estava indócil

subia e descia no banquinho

para olhar pela janela

Quando chegaria o ano novo?

O que ele traria pra ela?

Quem era ele?

E nada...

E nada...

Todos os dias eram uma eternidade

Brincava, cantava e olhava para fora

Até que em uma noite

um pouquinho antes de adormecer

ela espiou pela frestinha da janela

já meio desacreditada de tudo

e viu um cortejo de Anjos

de asas de todos os tamanhos

descendo dos céus

e cada um carregava no coração

um Anjinho bem pequenino

que começou a ser entregue

a cada pessoa que por eles cruzavam

Ela ficou encantada com o que viu

e mais ainda ao escutar

a música que chegava do Alto

onde uma harpa suave era dedilhada

pelo Anjo-mor, que sentado

em cima de maior e mais linda

nuvem branca

que ela jamais tinha visto

abria-lhe um sorriso que

carregava todo o amor do mundo!

Na mesma hora um Anjo

aproximou-se dela

e lhe entregou seu Anjinho pequeno

dizendo: este é o teu Ano Novo!

O Anjinho de número 2010

que te entrego para tomares conta

cuida dele com todo carinho

que puderes, pois ele saberá

retribuir-te regiamente

Multiplica todo o amor

Que ganharás dele,

Pois quanto mais repartires

mais receberás de volta

Pega ele pela mão

bem firme e não solta

que nunca errarás o caminho!

Vai, agora segue com ele...


(Wania)


Música: Harpist Anne Von Schothors in A bird come flying

Imagem: retirada da Net, autoria desconhecida





terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Menino-Semente...


Que os Homens se façam Terra

Que a Esperança se faça Sol

Que as Lágrimas se façam Chuva

E que o Amor fertilize tudo

A espera do Menino/Semente

Que chega sorridente

E faz tudo

Florir novamente

[Não existe mais belo presente]



(Wania)

Música: Jesus, Joy of Man’s Desiring

Bach/ Cantata BWV 147



Blogstória...


Continuando a história da Selena do “Possibilidades”...

Flávio sentou-se no banco da praça, e por alguns minutos perdeu-se nos seus pensamentos. Colocou a mão no bolso e retirou a chave ainda suja de sangue. Limpou-a na barra do casaco e a observou atentamente. Notou que havia uma pequena inscrição nela, aproximou-a para que pudesse ler melhor e não conseguiu, guardou-a no bolso e seguiu a passos largos de volta para casa. Nem reparou que a neve caía mais forte ainda...

Entrou em casa ligeiro e foi direto ao seu escritório, abriu a primeira gaveta e retirou uma pequena lupa, aproximou-a da chave e só, então, pode ler: Sofia - National Gallery, Sala dos Espelhos/ M836.

Não acreditou no que leu... Seria Sofia, a mesma mulher que o conquistara no passado e de quem hoje só tinha dela o que pode guardar na sua memória? Seria ela que o ajudaria a solucionar todo este mistério? Um arrepio lhe percorreu a espinha, sentiu-se entre o prazer e o medo.

As peças deste quebra-cabeça começavam a fazer um certo sentido para ele, mas tudo ainda estava muito nebuloso. Ele precisava dormir, precisava serenar os pensamentos, precisava ir a Londres o quanto antes, mas isso ele resolveria amanhã, quando acordasse...

E a história continua AQUI... com a Mari do “Brincando coma Rima”