As noites fazem-se frias,
Mas nunca mais frias
Do que o meu peito
Após a tua partida,
E por mais que dê voltas
Á casa,
Nunca encontro uma saída.
O teu voo deixou rasto,
E vazio neste espaço
Onde agora me deito
E pergunto vezes sem conta
Onde tu estás.
Eu pedi, pedi muitas vezes,
(Não te vás!)
Mas tu foste,
A tua hora estava marcada,
Eu é que nunca ligo
Ás horas
E agora fiquei só e desamparada.
Ainda voltas?
Ainda me vens buscar?
Não sei,
Mas ainda acredito
Que venhas e me leves
Para onde quer que queiras ir,
Só te peço,
Leva-me contigo,
Segura-me,
E não me deixes mais cair.
Leva-me na tua asa.