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sexta-feira, 1 de abril de 2016

Dei-te

Resultado de imagem para dei-teDei-te o meu corpo
Para que nele lesses
A minha poesia,
Para que eu te hipnotiza-se
Com os meus versos,
Quadras e tercetos
Noite e dia.

Dei-te o dom
De me observares,
Para que com esses
Teus olhos agrestes,
Espelhasses em mim,
O melhor que existia
Em ti.

Dei-te o meu toque
Para que tu,
Cego de sete amores
Por mim,
Te pudesses orientar,
Dei-te os meus sete sentidos,
E partilhei contigo
O meu dom de amar.

Dei-te o meu paladar
Que me tinhas roubado
Num beijo,
Agora, sou corvo branco,
Presa ao teu único
Desejo,
De me teres,
Protegeres,
De me reencarnares,
De me reinventares,
Mas nunca largares.

Dei-te tudo o que tinha,
E também criei,
És o explorador apaixonado,
Que eu amei.

A carta de regresso

Resultado de imagem para a carta de regressoVoltei,
Sim, sou eu.
Pensavas que me ia
Só porque me doeu?
Enganaste,
E aqui estou,
E não, não me vou
Como pensavas,
Agora mudei, voltei,
Já não sou aquela
Que magoavas,
Insultavas,
Mas depois pedias
Desculpas distorcidas,
E voltavas,
No fundo retornavas,
Mas acabou,
Tudo mudou,
Já cá estou.

Voltei ao ringue
E não tenciono dar
A luta por acabada,
Agora, serás tu,
A figura derrubada,
E eu a aplaudida,
Chama-me o que quiseres,
Esta, é a lei da vida.

Foi o regresso merecido,
Foste derrotado,
Assume que venci
A luta, querido!