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domingo, 26 de outubro de 2008

É a vida...


Já lá vai tanto tempo... sim, bem sei. Dei-te a minha mão pequenina, confiante. Devagarinho, levaste-me por entre as brumas que deixavam entrever a terra, ao longo do cais. À nossa frente, erguiam-se rochedos, elevações secas e arenosas. Olhei para cima, para ti. Mais além, a terra mostrava-se acima das nuvens. Em baixo, já dominando a atmosfera, o ruidoso bulício, transbordante de confusão e alegria. As pessoas diferentes, as vozes estranhas de tão cantantes. E as cores... na sua mistura com tudo. As vestes com os seus tecidos estampados, brilhantes e esfusiantes... era todo um mundo de alegre descoberta! Um primeiro passo que dei contigo para a consciência da multiculturalidade. Foi então que iniciei o longo abraço da igualdade na diferença.
O mundo é cinzento e colorido. Mas parece que há tanto para aprender com as névoas cinzentas, como com a mais exaltante coloração.



Quis hoje recordar. Recordar-te. Dizer-te, onde quer que estejas, que não é possível esquecer. Que o tempo passa, mas tudo fica na nossa memória porque connosco se transportou. Porque nos moldou e nos deu uma raíz. Ainda que sempre flutuante e transitória na sua permanente viagem. Disseminada no confronto com o horizonte largo do mundo.

E o mar. Imenso como a saudade feita da mais genuína alegria. Porque se viveu...





Imagens: Navio Amélia de Mello, têxteis africanos e mar - pesquisa do Google


Regresso ao futuro

Muitas vezes, diz-se: nunca regresses a um lugar onde já foste feliz. Mas como não procurar todos os lugares que nos parecem compatíveis com...