Joan Didion (foto: Neville Elder) “Quando comecei a escrever estas páginas, pensei que seu tema fosse filhos, os que temos e os que gostaríamos de ter, a maneira como dependemos de que nossos filhos dependam de nós, a maneira como os estimulamos a continuarem crianças, a maneira como eles permanecem mais desconhecidos para nós do que para seus conhecidos mais casuais; a maneira como permanecemos igualmente opacos para eles. (...) A maneira como nossos investimentos uns nos outros permanecem sobrecarregados a ponto de não conseguirmos enxergar o outro claramente. (...) A maneira como nem nós nem eles podemos conceber a morte ou a doença ou mesmo o envelhecimento do outro.” “(...) O envelhecimento e seus sinais continuam sendo os eventos mais previsíveis da vida, contudo também continuam sendo questões que preferimos deixar intocadas, inexploradas: já vi lágrimas inundarem os olhos de mulheres adultas, mulheres amadas, mulheres de talentos e conquistas, porque uma criancinha na sala, qua...
O lampião e a peneira do mestiço