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domingo, 17 de novembro de 2013

Oh mãe, o que é uma viagem Xamânica?

Pode dizer-se tudo e nada sobre o Xamanismo.

Se deixasse um post simplesmente em branco, alguns achariam que eu estava louca, outros entenderiam na perfeição...

Mas se um blog é feito de palavras, e se eu delas tenho andado um pouco arredada, hoje, noite de Lua Cheia, Noite da Lua do Castor (ou do porco, consoante as interpretações), depois de ter facilitado uma viagem Xamânica muito recentemente, é altura de falar sobre o assunto de forma séria, mas simples.

[Não esquecendo que nas noites de Lua cheia - o que acontece uma vez por mês - a Lua reflecte sobre a Terra, toda a luz que recebe do Sol, numa generosa e potente oferenda como não existe em mais nenhum momento do ano... por isso a inspiração, as emoções podem andar ao rubro ;)]


 Em todo o meu discurso o que posso apenas apresentar é o resultado da minha prática, das minhas pesquisas, das minhas experiências; No fundo, do que posso falar é, simplesmente, da minha opinião;
Contudo, como a opinião dos outros nunca me chegou, encorajo sempre quem procura respostas a ler, experimentar e nunca por nunca a aceitar como "doutrina" seja que opinião for, até ter a sua própria formada.
Há muitos estudiosos sobre o assunto. Mircea Eliade, é um nome incontornável; Michael Harner, Carlos Castañeda, Sandra Ingerman, Gilberto Lascariz, etc etc etc.

O Xamanismo é tão antigo como o Homem. Existem traços dele em todas as  escolas de auto-conhecimento, religiosas, exotéricas, esotéricas...; O Xamanismo existe no yoga, existe na oração, na meditação, existe do dikr, na viagem e na projecção astral, na música, nas imagens, nos cheiros, em todos nós... Tudo é Xamanismo.

Se aceitarmos que o Xamanismo é a entrada em osmose com o Universo, com o coração telúrico e celeste (o da terra e o nosso, porque o que está em cima é igual ao que está em baixo), podemos aceitar que qualquer que seja a Via para entrar num estado alterado de consciência é uma via Xamânica. Qualquer viagem que façamos que nos transporte para uma realidade paralela é uma viagem Xamânica.

A que eu previlegio neste campo, sendo menos abstracta, é, claro, o Xamanismo essencial, onde simplesmente pelo som circular da percussão conseguimos conectarmo-nos com outras realidades, com os espíritos do Universo e (re)conectarmo-nos connosco próprios. Assim se mantenham puras as intenções de praticar o Bem Maior!

Mas reconheço os traços e o fim em todas as outras correntes...
Sim, já sei, os puristas dirão que há regras, preceitos, tradições, especificidades...
Aos puristas, respondo só que vários são os trilhos para o mesmo Caminho...

Aos outros, digo que experimentem (re)ligar-se e tirem as suas próprias conclusões ;)

Num dia de Sol, à última hora de sol

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Oh mãe o que é a Alquimia?



Ora pois que se esta semana é dedicada à Alquimia vamos lá tentar perceber que raio de palavrão é este!

Para falar de Alquimia, poderíamos começar por citar nomes (muitos), pomposos e estratosféricos, contudo, se a Alquimia é o Caminho para a Simplicidade ficamo-nos com dois nomes fundamentais nesta matéria e, claro, Portugueses.
José Medeiros é uma espécie de autoridade no assunto e dos seus livros tenho retirado preciosos ensinamentos…
No seu “Manual de Espagíria”  refere que um dos princípios fundamentais da Alquimia diz que é a vida que cria a matéria e, através da sua evolução, as energias da vida manifestadas pelas energias astrológicas e regidas pelas suas próprias leis; são estas leis que permitem agir sobre a matéria. Portanto, a Alquimia será o estudo da química e da vida, a Astrologia será o estudo da astronomia e da vida e a Cabala será o estudo da física e da vida.

Um pouco mais atrás, e para Fernando Pessoa (esse grande maluco!), a colaboração na experiência alquímica implica, em todos quantos colaboram, o seguinte estado de espírito: a intenção preocupada e tanto quanto possível firme de que a experiência dê resultado; a colocação do espírito em estado de receptividade abstracta, para que o resultado, a dar-se, não encontre obstáculos para se manifestar no espírito; e a abstenção completa de esperar resultados materiais, sejam lucros directos ou benefícios externos de qualquer espécie do resultado das experiências.
… Tampouco pode esperar que o resultado destas experiências, em vez de beneficiar o espírito, o beneficie, por exemplo, na sua vida social (como o acto de magia pode fazer).

Ora o que é que se pode daqui retirar?

 Numa primeira e levíssima abordagem sobre este assunto diremos apenas que a Alquimia, o trabalho para conseguir chegar à Pedra Filosofal é um processo externo, sim, implica “fazer” algo, contudo o seu resultado é interno, o “apurar” do ser, o aperfeiçoar do espírito...

Na verdade, para mim, é um pouco parecido com o Karma-Yoga de que se fala na Bhagavad-Gita,  "Canção do Senhor". Fazer sem olhar aos frutos da acção, fazer sem QUERER os “frutos” da acção… 

E, no fundo, concluir que (sempre na lógica da transversalidade da “religião” no seu sentido mais profundo), a afamada Guerra Santa (Jihad) não é mais do que este Caminho que tem de ser feito, mas dentro de nós; 

 Várias são as Vias para a Obra!

[Temos aqui, portanto, pano para mangas (ou seja, temas que davam para um blog inteiro), mas aos poucos contamos ir levantando o Véu].


            Num dia de Marte, à primeira hora de Marte


sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Oh mãe.... O que é meditação?

Quando o meu filho crescer e se algum dia tiver a curiosidade de me fazer esta pergunta, não sei bem o que lhe responder...
Talvez comece por dizer que a meditação não é uma coisa que se faz, mas um exercício diário de aperfeiçoamento, de limpeza... É, no fundo, como lavar os dentes... Quanto mais vezes se praticar melhor!!

Como as respostas são inúmeras, e as possibilidades também, vou citar quem sabe da matéria, mais do que eu, para ajudar.


“Meditation is not a means to an end; there is no end, no arrival; it is a movement in time and out of time.  Every system, method, binds thought to time, but choiceless awareness of every thought and feeling, understanding of their motives, their mechanism, allowing them to blossom, is the beginning of meditation.
When thought and feeling flourish and die, meditation is the movement beyond time.  In this movement there is ecstasy; in complete emptiness there is love, and with love there is destruction and creation.”

 J. Krishnamurti


Num dia de Lua à 2ª hora de Júpiter
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