Se deixasse um post simplesmente em branco, alguns achariam que eu estava louca, outros entenderiam na perfeição...
Mas se um blog é feito de palavras, e se eu delas tenho andado um pouco arredada, hoje, noite de Lua Cheia, Noite da Lua do Castor (ou do porco, consoante as interpretações), depois de ter facilitado uma viagem Xamânica muito recentemente, é altura de falar sobre o assunto de forma séria, mas simples.
[Não esquecendo que nas noites de Lua cheia - o que acontece uma vez por mês - a Lua reflecte sobre a Terra, toda a luz que recebe do Sol, numa generosa e potente oferenda como não existe em mais nenhum momento do ano... por isso a inspiração, as emoções podem andar ao rubro ;)]
Em todo o meu discurso o que posso apenas apresentar é o resultado da minha prática, das minhas pesquisas, das minhas experiências; No fundo, do que posso falar é, simplesmente, da minha opinião;
Contudo, como a opinião dos outros nunca me chegou, encorajo sempre quem procura respostas a ler, experimentar e nunca por nunca a aceitar como "doutrina" seja que opinião for, até ter a sua própria formada.
Há muitos estudiosos sobre o assunto. Mircea Eliade, é um nome incontornável; Michael Harner, Carlos Castañeda, Sandra Ingerman, Gilberto Lascariz, etc etc etc.
O Xamanismo é tão antigo como o Homem. Existem traços dele em todas as escolas de auto-conhecimento, religiosas, exotéricas, esotéricas...; O Xamanismo existe no yoga, existe na oração, na meditação, existe do dikr, na viagem e na projecção astral, na música, nas imagens, nos cheiros, em todos nós... Tudo é Xamanismo.
Se aceitarmos que o Xamanismo é a entrada em osmose com o Universo, com o coração telúrico e celeste (o da terra e o nosso, porque o que está em cima é igual ao que está em baixo), podemos aceitar que qualquer que seja a Via para entrar num estado alterado de consciência é uma via Xamânica. Qualquer viagem que façamos que nos transporte para uma realidade paralela é uma viagem Xamânica.
A que eu previlegio neste campo, sendo menos abstracta, é, claro, o Xamanismo essencial, onde simplesmente pelo som circular da percussão conseguimos conectarmo-nos com outras realidades, com os espíritos do Universo e (re)conectarmo-nos connosco próprios. Assim se mantenham puras as intenções de praticar o Bem Maior!
Mas reconheço os traços e o fim em todas as outras correntes...
Sim, já sei, os puristas dirão que há regras, preceitos, tradições, especificidades...
Aos puristas, respondo só que vários são os trilhos para o mesmo Caminho...
Aos outros, digo que experimentem (re)ligar-se e tirem as suas próprias conclusões ;)
Num dia de Sol, à última hora de sol