quarta-feira, 30 de junho de 2010

ARREBOL

A bruma
sobre o mar,
o arrebol
do céu escurecido
e o mar morno
com aroma de verbena
batendo na ilha
no o final do poente.
Me vem à mente
os teus poemas
e a eufonia
e neste instante,
eu levito em
cima do mundo!

Tossan
http://klictossan.blogspot.com/

terça-feira, 29 de junho de 2010

O MAR

Ouvi os segredos do mar
Chorados gemidos de dor
Baladas, sorrisos de amor
Que na areia se vinham deitar
E muito devagarinho
As rochas vinham lavar.


O mar chamava por mim
Num canto de embalar
Nem sei se o canto era canto
Se era o mar a chorar
Ou se era eu que de espanto
Já via um mar sem ter fim


O mar balança na ondas
Fazendo um longo queixume
As águas formam correntes
E os peixes fazem cardume
E todos passamos a vida
Tão tristes como contentes
 
Luíscoelho
http://luisrcoelhohotmailcom.blogspot.com/ 
 

segunda-feira, 28 de junho de 2010

ASA NO ESPAÇO

Clique nas fotos para ver no tamanho real


Asa no espaço, vai, pensamento!
Na noite azul, minha alma, flutua!
Quero voar nos braços do vento,
quero vogar nos braços da Lua!

Vai, minha alma, branco veleiro,
vai sem destino, a bússola tonta...
Por oceanos de nevoeiro
corre o impossível, de ponta a ponta.

Quebra a gaiola, pássaro louco!
Não mais fronteiras, foge de mim,
que a terra é curta, que o mar é pouco,
que tudo é perto, princípio e fim.

Castelos fluidos, jardins de espuma,
ilhas de gelo, névoas, cristais,
palácios de ondas, terras de bruma,
... Asa, mais alto, mais alto, mais!


Fernanda de Castro

AMANHECEU

Clique nas fotos para ver no tamanho real


Hoje o dia amanheceu mais florido,
porque mais amor tenho por você.

Hoje amanheci mais feliz,
porque sei que estarás
constantemente ao meu lado.

Hoje amanheci te querendo
mais do que a própria vida.

Amo e farei tudo
o que tu quiseres
para estar
sempre e eternamente
ao teu lado.

Amália de Alarcão Ribeiro Martins

Hoje a Lagoa amanheceu assim, linda . . .

sábado, 26 de junho de 2010

POENTE !

Clique nas fotos para ver no tamanho real


Eram horas...
A tarde já se debruçava no horizonte,
E o faroleiro já caminhava para o farol,
A noite já sorria do outro lado,
Acompanhada de um cordel de estrelas,
Eram horas...
A lua se enchia cada vez mais,
A cotovia já dera seu primeiro piado,
O mar já silenciara sua fúria,
E a preocupação tomava conta de meu ser,
Eram horas...
Marcáramos ali perto das dunas,
Na areia branca tal e qual a pele tua,
E tu não vinhas já fazia alguns minutos,
Em meu coração parecia eternidade,
Eram horas...
E tu chegastes feito garça no banhado,
Vestido brando e sorriso ensolarado,
Cabelos soltos só para me atiçar mais,
Abraço quente e beijo com frescor de noite,
Eram horas...
Fizemos ninho e nos amamos loucamente,
A galope, vagarinho ao sol nascente,
Repetindo e dividindo nossas sementes,
Como se fora a ultima hora desse poente.


Santaroza

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A ONDA DO MAR

Clique nas fotos para ver no tamanho real


Caminho dentro da praia
uma onda beija o meu corpo
então estremeço-me todo
a onda levanta sua saia
tão branca e feita de espuma
me oferta um gemido de sal
cego de amor enlouqueço
a brisa me sopra um sinal
de repente na tarde marinha
a onda verde caminha
sem que eu a possa apanhar
tão tolo pensei fosse minha
não lembrei que o seu dono é o mar

júlio

quarta-feira, 23 de junho de 2010

FORÇA DE ATRAÇÃO!!!

De repente
eu me vejo
navegando
pelo mar azul...

Indo em direção
ao sol poente,
movido pela força de atração,
que me faz navegar.

Não demora muito
desperto do sonho...
E lá estou
mergulhado no teu olhar!



MAURICIO FREYESLEBEN
 

terça-feira, 22 de junho de 2010

DEVANEIOS DA INSÔNIA

O que faz eterno o instante
em que você ressurge da noite
coroada a face de sorrisos
é o que me diz o amanhecer
dos lírios de como já nasci
de braços abertos.

Já falei a você das folhas que caíram
e do sofrimento levado pelo outono
deixado em cada sombra de seu rosto.

Já mostrei como do fruto renovado
o renascimento da vida é infinito
como o cio das cigarras é o destino
que se cumpre no silêncio da resina.

Você consome o canto e os sonhos
e os mistérios a esmo desvendados
e deixa esse sinal de impenetrável
ausência nas minhas mãos vazias...

Mas onde houver a paz dos rios
tangidos pelos caminhos bebidos
de minha boca, eu irei beirando
as margens inventariadas no rol
dos padecimentos...

Só me resta esperar que esta noite
você volte a embalar com beijos
meu sono perdido...


A. Estebanez
 

domingo, 20 de junho de 2010

LUZ INTERIOR

Clique nas fotos para ver no tamanho real


Não deixe que tua luz se apague sem fazer nada
Alimente-a com poesias,bondade e coisas belas
Perceba que esta luz que ilumina a tua estrada
por menor que seja é como uma linda estrela

Um farol a te guiar pela noite insone e escura
Não a deixe finar-se num momento de tristeza
Ela é perene e brilha até mesmo na amargura
Ou em estágios de dor onde grita a incerteza.

Deves cuidar que não se afaste de tua alma:
O poder da Fé,do amor e da justiça inabalada.
O ideal e a vontade que não carecem de calma

Esta chama interior que em teus olhos viceja
Nunca a destrua pois só a ti foi destinada.
E cabe a ti cuidar que permaneça acesa.

-Helena Frontini-

sábado, 19 de junho de 2010

AMOR ENTRE ALMAS . . .

Clique nas fotos para ver no tamanho real


Amor entre almas...
Não se procura,
não se pede,
não se exige...
Simplesmente acontece
quando menos se espera.

Amor entre Almas
É amor doação
sinceridade, fidelidade,
dedicação, ternura,
prazer, emoção.
Não importa a distância.

Amor entre almas
é um resgate de vidas
que chega ao fim no
sublime ato do reencontro
com sua alma gêmea
tão amada ontem,
tão vivenciada no hoje.

Amor entre almas
não é só desejo e sexo.
É querer e sentir
a presença do ser amado
dentro do coração.
É precisar um do outro
como a borboleta e
a abelha precisam da flor.

Amor entre almas
É tão intenso,
tão sentido por nós...
que ninguém,
nem mesmo o tempo
consegue apagar
de nossas vidas.

Marilene Laurelli Cypriano

sexta-feira, 18 de junho de 2010

AS DUAS FLORES


Clique nas fotos para ver no tamanho real


São duas flores unidas,
São duas rosas nascidas
Talvez do mesmo arrebol,
Vivendo no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.

Unidas, bem como as penas
Das duas asas pequenas
De um passarinho do céu...
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.

Unidas, bom como os prantos,
Que em parelha descem tantos
Das profundezas do olhar...
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.

Unidas... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rodas da vida,
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!

(Castro Alves)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

DECLARAÇÃO"

Clique nas fotos para ver no tamanho real


Hoje, busco teu afago, teu carinho,
Quero sentir teu calor, te abraçar,
Provar teus lábios como doce vinho,
Neste cálice me saciar!

Quero poesias de amor recitar,
Quando esta paixão nos envolver,
Rosas vermelhas te ofertar,
Quando teu coração me acolher!

Quero uma doce brisa a nos beijar,
Milhões de estrelas neste anoitecer,
E uma linda lua a nos espreitar!

Amar-te e em teu corpo me perder,
Sentir teu bálsamo, me embriagar,
E nunca mais te esquecer!!!!

Poeta Cigano

quarta-feira, 16 de junho de 2010

SE TU VIESSES VER- ME . . .

Clique nas fotos para ver no tamanho real


Nenhum dia se vai
Sem que eu lembre teu nome
Sem que eu te pertença infinitas vezes
Sem que eu me afunde em teu amor.
Cada dia é cheio dessa espera
De que eu abra meus olhos
E te encontre perto de algum céu
Onde eu possa colorir teus lábios
Com beijos feitos de canção
Onde eu possa me prender ao teu corpo
Com laços vermelhos invisíveis de paixão
Sim, meu Amor nenhum dia se vai
Sem esse céu que invento,
Sem que eu perceba
Que a única forma de te tocar
É através das poesias
Que ao entardecer te escrevo...

Càh Morandi

terça-feira, 15 de junho de 2010

COMO UM RIO

Clique nas fotos para ver no tamanho real


Ser capaz, como um rio que leva sozinho
a canoa que se cansa, de servir de
caminho para a esperança.
E de lavar do límpido a mágoa da mancha,
como o rio que leva, e lava.

Crescer para entregar na distância calada
um poder de canção, como o rio
decifra o segredo do chão.

Se tempo é de descer, reter o dom da
força sem deixar de seguir.
E até mesmo sumir, para, subterrâneo,
aprender a voltar e cumprir, no seu curso,
o ofício de amar.

Como um rio, aceitar essas súbitas ondas
de águas impuras que afloram a escondida
verdade nas funduras.

Como um rio, que nasce de outros, saber seguir,
junto com outros sendo e noutros se prolongando
e construir o encontro com as águas
grandes do oceano sem fim.

Mudar em movimento, mas sem deixar de ser
o mesmo ser que muda.
Como um rio.

(Thiago de Mello)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

AMO-TE...

Clique nas fotos para ver no tamanho real


"AMO-TE...como a planta que não floriu
e tem dentro de si,
escondida, a luz das flores,
e, graças ao teu amor,
vive obscuro em meu corpo
o denso aroma que subiu da terra.

Amo-te sem saber como,
nem quando, nem onde,
amo-te diretamente
sem problemas nem orgulho:
amo-te assim porque não sei amar
de outra maneira

a não ser deste modo
em que nem eu sou nem tu és,
tão perto que a tua mão
no meu peito é minha,
tão perto que os teus olhos
se fecham com meu sono."


(Pablo Neruda)

domingo, 13 de junho de 2010

TE PEÇO APENAS!

Clique nas fotos para ver no tamanho real



Que me deixes toar canções
e cantar com meus encantos
e desencantos a tua distante
ausência!
Que me deixes embalar
teu sono e nas minhas
fantasias estar sempre
contigo sem que tua imagem
ao amanhecer desapareça com as
estrelas!
Que me deixes sonhar contigo
e neste sonho realizar o que sinto
viver o imaginado
sem qualquer dor e
medo de acordar!
Que me deixes amar-te
calada...quieta
para que eu possa chorar
os meus dias tão frios
e tristes sem ti!
Te peço apenas
que sejas o meu espelho
para que eu possa refletir
em ti esta febre de minh'alma
dizer-te o que nem imaginas...
e nem te importas!

(celina vasques)

sexta-feira, 11 de junho de 2010

quinta-feira, 10 de junho de 2010

NÃO DIGA NADA


Clique nas fotos para ver no tamanho real


Deixe que a noite brumosa
Envolva docemente nossos
Corações
Porque palavras já não explicam
E brevemente a primavera trará cor
Aos dias que o inverno desbotou
Não diga nada!
Ouça apenas o sussurro da alma
Quebrando o silencio das horas caladas
Entregue ao vento o sal de todas as
Lágrimas
E sinta apenas o aroma das verbenas
Perfumarem nossa madrugada
Porque sinto vivamente os vestígios
De felicidade calando no peito o grito
Que arde!


Simplesmente Teresa