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A mostrar mensagens de novembro, 2009

A MINHA MUSICA

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tenho nas cordas suspensas dedos perdidos dos passos incertos cantam poemas mas nem sempre os sinto nem sempre sou sincero por me perder em ti, esqueço-me não me lembras o calor nem tão pouco o frio lembro-te apenas indiferente lembro-te melodia fugidia lembro-te palavra sussurrada contra o vento vadio esgueira-se pela brecha aberta teu tempo teu ser em teu corpo suado mantenho nas mão cerradas o meu sopro caricia fado interno neste morno lume vou ardendo inquieto ser de ninguem é ser teu em ti renascido. abraço do vale(já sem febre) imagem tirada de diariopoetico.weblog.com.pt

FÚRIA DE NADA QUERER

UM BATER DE PORTAS ECOA DEBAIXO DOS MEUS PUNHOS ENRAIVECIDOS... SUICIDO O HORIZONTE, RASGANDO À DENTADA A CARNE PROMETIDA. NUM FUMEGANTE BAHAUS ARDEM OS MAIS DESPIDOS SONHOS FLAGELAM O TRIGO, NUM NEGAR CONSTANTE DE PÃO CATAPULTO MEU CORPO ESQUECENDO DE QUE ALMA SOU FEITO CRENÇAS E MITOLOGIAS ESPELHAM-SE EM VÍS METAIS SEMI CERRO OS DENTES ,APELANDO AO DIABO OU A DEUS OU À PUTA QUE NOS HÁ DE PARIR, SIM... MAS MORTOS! DA CIVILIZAÇÃO RESTA A IGNORANCIA DO HOMINIDEO NEM ÁRVORES HÃO-DE SOBRAR JÁ QUE NA CINZA , JAZ NINHOS ESVENTRADOS, ORFÃOS DE AMOR. ESTOU AUSENTE, NESTA PRESENÇA QUE ME QUER VIVO FEBRIL ,ESCAMOTEIO EM RENDILHADOS ,A RAZÃO ... DO SUPER EGO RESTA A ANTITESE DE SER. no vale há um abraço

A TI

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o palco chora este vazio que o fere como um cair de pano em sala muda ecoa inundado por uma vida eterna em memórias de quem quer transformar o mundo. não me cruzei contigo mas ficou gravada A menina Júlia Obra levada aos meus sentidos ávidos por uma visão de quem pode, Transportar mensagens, Abalar consciências, despertar ciências... sabe-me , agora, a pouco... resta-me a sensação de que serás sempre UM HOMEM cuja obra ultrapassa as escassas notícias de perda. Pois assim seja! que nada perdemos contigo! apenas apreendemos que ganhar é ser recordado... Um Bem-Hajas Mario. abraço do vale

era uma vez

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Era uma vez um menino, que tinha nascido ,num ninho de folhas e ramagem.... muito perto da copa das árvores. A pelugem não era a suficiente, nem a destreza do baloiçar de ramo em ramo, era de alguma forma comparável, com aquela que os seus irmãos mais velhos ,usavam nos seus voos. lactea era a primeira via de sustento, pouco a pouco vieram frutos e outras iguarias, que o sol na sua eterna bondade, a água na sua paciente queda e a terra na sua sossegada mutação, produziam no seu paraíso verde de azul e cinza coberto. Já caminhava. No chão de folhas secas e formigas indiferentes ao seu olhar faminto, descobrira um brinquedo... Era ,sem sabê-lo, um osso que podia até ser ,de um dos seus irmãos mais velhos. Mas indiferente (porque inconsciente), brincava até sentir a fome ou o sono chamá-lo para a calmaria das copas, onde se juntava à sua velha mãe e a um céu de estrelas ... que o impeliam para o sonho . Mais tarde apreendera o voo. Com o pelo já rijo, cortava o ar , desafiando aves . Enva...