Quando recebi por e-mail o seguinte texto HOLANDA vai mudar em relação aos MUÇULMANOS, http://aquitailandia.blogspot.pt/2014/10/holanda-vai-mudar-em-relacao-aos.html recordei a sabedoria popular dos meus tempos de jovem «Na terra onde fores viver, faz como vires fazer se não quiseres aborrecer».
Os tempos mudaram, os transportes facilitam os movimentos e a globalização,tudo criou uma aldeia global em que tal sabedoria deixou de ser respeitada. A pretensão dos holandeses gerou muitos comentários, dos quais transcrevo o seguinte, do amigo AMF.
«Julgo que a Europa enfrenta um enorme desafio, para conciliar os seus princípios e valores morais e a avalanche de refugiados que invadem as suas fronteiras em busca de paz e melhores condições de vida, para além daqueles que já vivem no seu interior e que até têm já cidadania europeia.
Considero que a "integração" (quiçá, mesmo assimilação cultural) de uns e outros requer um plano de acção bem estruturado que permita salvaguardar aqueles princípios e valores sem prejuízo da segurança e defesa dos países europeus, mas também sem atentar contra os usos e costumes dos povos acolhidos no seu seio.
Tenho para mim que a simples proibição do uso de roupas, como o véu, burca, hijab, etc., não serve como solução eficaz e eficiente, pois só vai servir, antes, como motivo de revolta por parte daqueles povos, os quais desejam que as suas tradições sejam respeitadas. Se acaso eu tivesse necessidade de ser acolhido num país islâmico, não quereria nem desejaria que me obrigassem a vestir à moda deles.»
É importante que não se percam as boas tradições e o culto pelos valores tradicionais e históricos. Se assim não for seremos todos emigrantes mesmo dentro do próprio país de nascimento.
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
HOLANDA PRETENDE DEFENDER AS TRADIÇÕES NACIONAIS
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Etiquetas: costumes, emigrantes, história, tradições
quinta-feira, 15 de março de 2012
Otelo em sintonia com Gaspar !!!
Surgem notícias menos esperadas mas que demonstram que os cidadãos não estão tão adormecidos como em geral se afirma, antes, pelo contrário, estão atentos e bebem o essencial das palavras dos governantes, principalmente quando estes, mais descontraídos, saem das frases tácticas programadas pelo marketing.
No princípio de Março Vítor Gaspar disse publicamente, em discurso solene, em Manteigas, que "não temos pressa e a história garante que venceremos a crise". Estas palavras foram aqui alvo objecto do seguinte reparo «realmente Portugal ultrapassou muitas crises ao longo da sua história, mas a maior parte delas terminaram com a força das armas e dos paus de marmeleiro, correndo com políticos que deram lugar a outros mas causando sofrimento e perdas de vidas a pessoas inocentes e destruindo haveres e património público e privado.»
A condizer com este reparo e, em perfeita sintonia com a expressão de Vítor Gaspar, surge agora a notícia de que Otelo defende actuação das forças armadas em nome do povo face a perda de soberania.
Otelo mostra não ser tão insensato como muitos dizem, pois parece ter compreendido a ideia do ministro e não querer alinhar com a pieguice, nem com as queixinhas, nem com as deslealdades históricas, nem com o protelamento da crise (não temos pressa) que nos pode arrastar para a total perda de soberania.
Mas será bom que Otelo não pense numa intervenção com resultados semelhantes aos do 25 de Abril em que foram destruídas muitas estruturas úteis e eficientes que não foram substituídas por incompetência e falta de dedicação ao bem público por parte de governantes que nos mendigaram o voto. Talvez chegue á conclusão que serão menos traumáticas para o interesse nacional soluções cirúrgicas do género John Kennedy, Anwar Sadat, Indira Gandhi ou Ollof Palm.
Mas, pondo de lado a ironia e as conjecturas, as notícias deste género devem ser ponto de partida para profundas reflexões pelos políticos actuais a fim de serem tomadas as medidas mais necessárias e convenientes para se sair da crise e instalar a justiça social e equidade na repartição dos sacrifícios, e arrancar com o desenvolvimento económico para bem de todos os portugueses e da harmonia social.
Imagem de arquivo
Publicada por A. João Soares à(s) 10:40 2 comentários
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
A trapeira do Job
Com a merecida vénia, transcrevo uma descrição, muito interessante e agradável de ler, da evolução da nossa sociedade desde há um século até ao desaguar na actual crise social, económica e financeira, escrita pelo conceituado advogado José António Barreiros.
Isto que eu vou dizer vai parecer ridículo a muita gente.
Mas houve um tempo em que as pessoas se lembravam, ainda, da época da infância, da primeira caneta de tinta-permanente, da primeira bicicleta, da idade adulta, das vezes em que se comia fora, do primeiro frigorífico e do primeiro televisor, do primeiro rádio, de quando tinham ido ao estrangeiro.
Houve um tempo em que, nos lares, se aproveitava para a refeição seguinte o sobejante da refeição anterior, em que, com ovos mexidos e a carne ou peixe restante, se fazia "roupa velha". Tempos em que as camisas iam a mudar o colarinho e os punhos do avesso, assim como os casacos, e se tingia a roupa usada, tempos em que se punham meias-solas com protectores. Tempos em que ao mudar-se de sala se apagava a luz, tempos em que se guardava o "fatinho de ver a Deus e à sua Joana".
E não era só no Portugal da mesquinhez salazarista. Na Inglaterra dos Lordes, na França dos Luíses, a regra era esta. Em 1945 passava-se fome na Europa, a guerra matara milhões e arrasara tudo quanto a selvajaria humana pode arrasar.
Houve tempos em que se produzia o que se comia e se exportava. Em que o País tinha uma frota de marinha mercante, fábricas, vinhas, searas.
Veio depois o admirável mundo novo do crédito. Os novos pais tinham como filhos uns pivetes tiranos, exigindo malcriadamente o último modelo de mil e um gadgets e seus consumíveis, porque os filhos dos outros também tinham. Pais que se enforcavam por carrões de brutal cilindrada para os encravarem no lodo do trânsito e mostrarem que tinham aquela extensão motorizada da sua potência genital. Passou a ser tempo de gente em que era questão de pedigree viver no condomínio fechado, e sobretudo dizê-lo, em que luxuosas revistas instigavam em couché os feios a serem bonitos, à conta de spas e de marcas, assim se visse a etiqueta, em que a beautiful people era o símbolo de status como a língua nos cães para a sua raça.
Foram anos em que o Campo se tornou num imenso resort de Turismo de Habitação, as cidades uma festa permanente, entre o coktail party e a rave. Houve quem pensasse até que um dia os Serviços seriam o único emprego futuro ou com futuro.
O país que produzia o que comíamos ficou para os labregos dos pais e primos parolos, de quem os citadinos se envergonhavam, salvo quando regressavam à cidade dos fins de semana com a mala do carro atulhada do que não lhes custara a cavar e às vezes nem obrigado.
O país que produzia o que se podia transaccionar, esse, ficou com o operariado da ferrugem, empacotados como gado em dormitórios, e que os víamos chegar mortos de sono logo à hora de acordarem, as casas verdadeiras bombas-relógio de raiva contida, descarregada nos cônjuges, nos filhos, na idiotização que a TV tornou negócio.
Sob o oásis dos edifícios em vidro, miragem de cristal, vivia o mundo subterrâneo de quantos aguentaram isto enquanto puderam, a sub-gente. Os intelectuais burgueses teorizavam, ganzados de alucinação, que o conceito de classes sociais tinha desaparecido. A teoria geral dos sistemas supunha que o real era apenas uma noção, a teoria da informação substituía os cavalos-força da maquinaria pelos megabytes de RAM da computação universal. Um dia os computadores tudo fariam, o Ser-Humano tornava-se um acidente no barro de um oleiro velho e tresloucado que, caído do Céu, morrera pregado a dois paus, e que julgava chamar-se Deus, confundindo-se com o seu filho e mais uma trinitária pomba.
Às tantas, os da cidade começaram a notar que não havia portugueses a servir à mesa, porque estávamos a importar brasileiros, que não havia portugueses nas obras, porque estávamos a importar negros e eslavos.
A chegada das lojas-dos-trezentos já era alarme de que se estava a viver de pexibeque, mas a folia continuava. A essas sucedeu a vaga das lojas chinesas, porque já só havia para comprar «balato». Mas o festim prosseguia e à sexta-feira as filas de trânsito em Lisboa eram o caos e até ao dia quinze os táxis não tinham mãos a medir.
Fora disto, os ricos, os muito ricos, viram chegar os novos ricos. O ganhão alentejano viu sumir o velho latifundário absentista pelo novo turista absentista com o mesmo monte mais a piscina e seus amigos, intelectuais, claro, e sempre pela reforma agrária, e vai um uísque de malte, sempre ao lado do povo, e já leu o New Yorker?
A agiotagem financeira, essa, ululava. Viviam do tempo, exploravam o tempo, do tempo que só ao tal Deus pertencia, mas, esse, Nietzsche encontrara-o morto em Auschwitz. Veio o crédito ao consumo, a Conta-Ordenado, veio tudo quanto pudesse ser o ter sem pagar. Porque nenhum Banco quer que lhe devolvam o capital mutuado, quer é esticar ao máximo o lucro que esse capital rende.
Aguilhoando pela publicidade enganosa os bois que somos nós todos, os Bancos instigavam à compra, ao leasing, ao renting, ao seja como for desde que tenha e já, ao cartão, ao descoberto-autorizado.
Tudo quanto era vedeta deu a cara, sendo actor, as pernas, sendo futebolista, ou o que vocês sabem, sendo o que vocês adivinham, para aconselhar-nos a ir àquele Balcão bancário buscar dinheiro, vendermos-nos ao dinheiro, enforcarmos-nos na figueira infernal do dinheiro. Satanás ria. O Inferno começava na terra.
Claro que os da política do poder, que vivem no pau de sebo perpétuo do fazer arrear, puxando-os pelos fundilhos, quantos treparam para o poder, querem a canalha contente. E o circo do consumo, a palhaçada do crédito servia-os. Com isso comprávamos os plasmas mamutes onde eles vendiam à noite propaganda governamental e, nos intervalos, imbelicidades e telefofocadas, que entre a oligofrenia e a debilidade mental a diferença é nula. E, contentes, cretinamente contentinhos, os portugueses tinham como tema de conversa a telenovela da noite, o jogo de futebol do dia e da noite e os comentários políticos dos "analistas" que poupavam os nossos miolos de pensarem, pensando por nós.
Estamos nisto.
Este fim-de-semana a Grécia pode cair. Com ela a Europa.
Que interessa? O Império Romano já caiu também e o mundo não acabou. Nessa altura, em Bizâncio, discutia-se o sexo dos anjos. Talvez porque Deus se tivesse distraído com a questão teológica, talvez porque o Diabo tenha ganho aos dados a alma do pobre Job na sua trapeira. O Job que somos grande parte de nós.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
O Cortejo Histórico de Lisboa em 1947 (CML)
Lamento ter de informar os visitantes que este vídeo que constituía um documento histórico interessante do pós-guerra, foi retirado da Internet, sem qualquer explicação.
O seu endereço era:
http://vimeo.com/7764090
Fica aqui o seu espaço.
NOTA: Por informação de comentador, a quem agradeço, este vídeo pode ser visto em
http://pam-patrimonioartesemuseus.com/video/o-cortejo-historico-de-lisboa-1947
O Cortejo Histórico de Lisboa em 1947 (CML) from Goncalo Ramos Ferreira on Vimeo.
Recebido por e-mail, com a seguinte nota:
Será possível que os nossos pais e avós tenham assistido a isto!?
É inacreditável, a mudança de tempos e costumes!
Em 1947, pouco depois do fim da segunda Guerra Mundial, estávamos no rescaldo da vitória dos aliados e na derrota dos nazis e fascistas.
Salazar, em dificuldades, responde à sua maneira.
Lopes Ribeiro e Leitão de Barros, intelectuais do regime, desenharam, com rigor, o sentido último do regime.
O cortejo histórico de Lisboa, 1947 - 1º filme a cores da câmara municipal
de Lisboa
Na tribuna, além de Carmona (PR) e Salazar(PM) estava Eva Peron
Publicada por A. João Soares à(s) 10:28 2 comentários
Etiquetas: história
domingo, 27 de novembro de 2011
Herança Imperial Portuguesa
Marcos da presença no Mundo de um povo pequeno que foi grande e foi precursor da actual «Globalização», estabelecendo laços de comunicação entre os diversos povos do Planeta.
Publicada por A. João Soares à(s) 09:13 0 comentários
Etiquetas: história
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Crise, história e mudança
Aproveito, com alguns retoques, um comentário colocado aqui há dias num artigo que faz pensar na actual situação da Europa, que muitos dizem estar em decadência. Realmente, na vida real do Planeta, tudo tem evoluído de forma sinusoidal, com subidas e descidas, conforma a Natureza e a sucessão das quatro estações do ano. Neste momento estamos em baixo e, para tentar recuperar, será necessário não cometer erros na defesa do futuro do Continente. Mas não se vislumbram políticos com competência e dedicação à causa colectiva em grau que garanta um futuro saudável para os europeus. Vários pensadores o têm afirmado de entre os quais se pode citar o ex-PR Mário Soares.
No princípio da história o poder estava na Ásia, com a China, e o seu Império do Meio a ditar as modas. Mas este império que deixou muitos sinais do elevado grau da sua cultura e ciência perdeu poder, apesar da Grande Muralha construída na dinastia Quin (221-207aC), esteve dominado pela Mongólia nos séculos XIII e XIV, sofreu mais tarde a guerra do ópio e, recentemente, foi invadida pelo Japão, estando agora, depois de poucas décadas de acentuado progresso, a recuperar o seu poder de antanho.
Entretanto, na Europa, os gregos e os romanos atingiram um grau de cultura que impulsionou toda a Europa, mesmo depois da queda do Império Romano. Há seis séculos a Europa, seguindo os descobrimentos dos portugueses, iniciou a primeira globalização, embora com o aspecto negativo dado à colonização que, em vez da prometida difusão da cultura e da religião, se dedicou mais à exploração das riquezas locais (especiarias, ouro e outras).
Na Europa houve um acontecimento, a Revolução Francesa, que embora prometedor, não ocorreu com a maior eficiência e coerência e pecou por erros graves e com más implicações no futuro. Do seu lema de três palavras, uma a Fraternidade, é incontestável e decalcada na mensagem de Cristo, mas as outras , Liberdade e Igualdade, eram contraditórias e mutuamente adversas. Se há liberdade cada um gere a sua vida segundo os seus genes e a sua formação ética e cultural, não podendo daí resultar Igualdade. Para que esta exista, tem que haver autoridade que a imponha, disciplina militar com uniforme, ou moda imposta, o que não deixa lugar para liberdade. Pode dizer-se que se pretendia «igualdade de oportunidades», mas um lema, uma palavra de ordem, não pode exigir um manual do utilizador e este não é lido. E, por isso falhou. A liberdade foi para a libertinagem. E a Igualdade levou a que a guilhotina acabasse com os diferentes. Na mesma altura e com troca de experiências entre os contemporâneos, houve a revolução Americana que não usou o mesmo lema mas valorizou a pessoa e a iniciativa individual, como fonte de inovação, criatividade e via para o progresso. Os resultados diferentes viram-se nos séculos seguintes.
Da colonização nascida da expansão da Europa pela mão dos descobrimentos portugueses nasceu no fim do século XVIII na América aquele Estado que viria a tornar-se a maior potência económica e militar do Mundo. Por seu lado, a Europa iniciou o seu declínio, que não soube gerir de forma a recuperar a grandeza de outrora, e que pecou com as desmedidas ambições napoleónicas e mais tarde com duas guerras mundiais fruto de ambições e rivalidades entre a Alemanha e a França e, por outro lado, a hostilidade insular da Grã-Bretanha.
Terminada a II GM, houve na Europa quem pensasse e bem que a união seria a forma de evitar o colapso, mas não houve aberta adesão e comunhão numa estratégia de futuro, e o mais grave é que não surgiu uma estratégia definida com inteligência que fizesse convergir todas as energias e recursos para um futuro comum de desenvolvimento e bem-estar para os europeus. Não houve o devido respeito por todos que se sobrepusesse às ambições paroquiais de domínio que já tinham mostrado ser nefastas. Os políticos continuaram a olhar para o seu umbigo e a tentar explorar os mais pequenos em beneficio imediato dos grandes. A decadência tem continuado por falta de uma política coerente com um objectivo bem definido e aceite por todos.
Entretanto, depois de muitos abusos em que exauriu os seus recursos, também a América está perante a sua queda, ao mesmo tempo que se levantam os Estados Emergentes em que a China, a Índia e o Brasil se preparam para desempenhar os principais papéis.
Nestas condições, a Europa tem que gerir com muita prudência e determinação a sua marcha pela sobrevivência, definindo claramente e com realismo aquilo que pretende ser na nova ambiência internacional, sem complexos de qualquer espécie, mas com a preocupação de acertar em todas as suas decisões e gerir com prudência as suas relações com os gestores multinacionais do sistema financeiro, tendo sempre presente os próprios interesses de longo prazo. Há que parar de olhar para o próprio umbigo com arrogância e ambição despropositadas. Há que aproveitar as realidades internacionais actuais e controlar o barco da forma mais adequada para evitar um grande naufrágio e conseguir um futuro adequado.
Para isso, precisamos de políticos dedicados à causa pública que usem de competência e boa intenção e sem obedecerem à partidocracia que, erradamente, sucedeu á Democracia.
Imagem do Google
Publicada por A. João Soares à(s) 08:01 0 comentários
Etiquetas: crise, evolução, história, recuperação
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
A ocultação da história
Há já alguns anos, assisti ao lançamento de um livro no Palácio Galveias em Lisboa em que foi orador o professor Borges Macedo. O livro relatava casos concretos vividos na guerra de África e o apresentador iniciou a sua oração referindo o respeito que deve haver em relação à história, para o que foi estimulado pelo facto de no jardim haver uma colecção de retratos em azulejos dos reis de Portugal, excepto os três Filipes. Criticou essa falha porque eles também foram reis de Portugal, por mais que isso nos posa causar desgosto. Quer se queira ou não é um facto histórico a que não podemos fugir, e que nada adianta ocultar.
Vem isto a propósito de dois artigos de jornal que me chegaram às mãos, segundo os quais a União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP) entrega hoje no Parlamento uma petição com 16 mil assinaturas, pedindo aos deputados que travem a criação de um museu dedicado a Salazar, em Santa Comba Dão. A URAP pretende assim contrariar a intenção de construir no Vimieiro (terra natal de Salazar) o "Centro Documental Museu e Parque Temático do Estado Novo". Para isso, a autarquia conta já com parte do espólio de Oliveira Salazar - um terço dos bens imóveis da herança da família, que recebeu por doação de um sobrinho-neto.
Quanto a esta polémica, o autarca de Santa Comba, João Lourenço, diz que o "Centro Documental" é sobre "a história dos 48 anos do Estado Novo". E se o antigo ditador é a figura central do projecto, é porque "foi ele que fundou o Estado Novo". A garantia é de que os mentores da obra não querem "uma homenagem" a Salazar. "Nunca ninguém falou nisso. Pelo contrário, a fazer uma homenagem, é a quem lutou contra o fascismo! Não queremos lições de democracia!"
Publicada por A. João Soares à(s) 21:56 2 comentários
Etiquetas: história