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terça-feira, 20 de março de 2018

ONU SEM PODER NEM CREDIBILIDADE

ONU sem poder nem credibilidade
(Publicado no semanário O DIABO em 20-03-2018)

O Secretário-geral da ONU, profundamente triste com o sofrimento da população civil em Ghouta Oriental", pediu a "suspensão imediata" de "todas as atividades de guerra" na região.

Em 18 de Fevereiro, o Conselho de Segurança da ONU, por votação unânime, aprovou a interrupção de combates. Em 26 as Nações Unidas denunciaram "matadouros de seres humanos".

Em 28 de Fevereiro, apesar da anunciada trégua humanitária, ainda não saíram civis de Ghouta oriental. E foram relatados confrontos. E como, agora, na Síria estão em confronto interesses de duas grandes potências, de forma mais ou menos visível, com assento permanente no Conselho de Segurança e com poder de veto, a situação, por pequeno atrito, pode agravar-se e acabar por levar o Mundo a nova grande guerra.

Este facto demonstra a incapacidade e a inutilidade da ONU, sem poder nem credibilidade, para impor a paz onde ela é urgentemente necessária. Quando há fortes interesses em jogo, a sua actuação tem sido um fracasso. Não impediu as duas invasões do Iraque, tendo a segunda sido feita por motivos inexistentes pois não foram encontradas as armas de destruição maciça que lhe serviram de pretexto e o Presidente foi morto e o país ficou em guerra que ainda não cessou completamente, com inúmeros mortos e a destruição de património histórico mundial. Também não impediu a destruição da Líbia que ainda não está recuperada do abalo que lhe matou o Presidente.

Isto é consequência de a ONU sofrer de uma doença congénita, pois, quando substituiu a Sociedade das Nações, tomou a forma de uma ditadura sem credibilidade e sem merecer o respeito dos países, ao criar o Conselho de Segurança com autoritarismo ditatorial, na mão de cinco membros permanentes e com direito a veto. Isso tem sido notado, nomeadamente, no facto de a não disseminação nuclear não ter sido respeitada porque nenhum desses cinco estados poderosos tem moral para evitar que um pequeno país se dê ao luxo de criar uma arma nuclear, como está a acontecer com a Coreia do Norte e já aconteceu com outros Estados. Deviam ter sido esses cinco a dar o exemplo, destruindo as que possuíam. Se o tivessem feito, comprovadamente e com a merecida publicidade, a partir daí, ficavam com poder moral para impedir a disseminação. Como não o fizeram, a ameaça de violência não pára, e que, a maior parte dos casos, tem o apoio visível ou dissimulado de um ou mais desses cinco poderosos. Com as novas armas em experiência, usando a inovação oferecida pelas modernas tecnologias, talvez decidam desmontar as armas nucleares e de produtos químicos, mas não deixarão de proibir aos outros Estados a posse de novas armas. A propósito, os nano-drones vão ser menos espectaculares e ruidosos, mas dispõem de poderosa capacidade de destruição selectiva, As próximas gerações terão problemas mais terríveis e complexos do que a nossa. E nada pode evitar asneiras de quem muito pode!

A Síria tem dado oportunidade para as potências se provocarem, porque o autoritarismo de Assad concretizado em Março de 2011 com forte repressão em massa e cercos militares contra manifestantes pró-rebeldes que se levantaram contra ele e o seu governo, aproveitando a Primavera Árabe,, originou uma grave guerra civil, que criou grande perturbação e, pelos vistos, ainda está longe da pacificação.

É estranho que os outros Estados se submetam obedientemente aos caprichos dos cinco e não exijam uma reforma da estrutura da ONU ou lhe dêem o destino que foi dado à Sociedade das Nações. Têm oportunidade para isso na Assembleia Geral a não ser que vão lá apenas para se mostrarem ou para fazer turismo.

Para terminar, aconselho a leitura do artigo do prof doutor Miguel Monjardino, "Tréguas na Síria baseiam-se num equívoco", publicado em 28 de fevereiro no Diário de Notícias.

António João Soares
13 de Março de 2018

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

ONU NÃO TOLERA PROVOCAÇÃO NORTE COREANA



QUAIS OS «SÓCIOS» DA ONU QUE TOMAM PARTE NA REUNIÃO DE EMERGÊNCIA contra a «provocação» coreana? Apenas os que possuem armas nucleares? Ou todos os Estados do Globo?

Será que perto de duzentos participantes se comportam como ovelhas dóceis aos caprichos das potências nucleares que querem manter-se uma excepção com o direito exclusivo à posse de tais armas?

Parece que será uma boa oportunidade para serem eliminadas todas as armas nucleares e tal acção ser rigorosamente fiscalizada pela ONU. A partir daí, sim, haverá autoridade para proibir qualquer Estado de construir, testar ou utilizar tal tipo de armamento.

Os Estados devem ter iguais deveres e direitos, naquilo que se traduz nas relações internacionais e meios de segurança de defesa.

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sábado, 28 de setembro de 2013

CS DA ONU «MERECE FINALMENTE O SEU NOME»


Apesar de se manter a mania de resolver os conflitos internacionais, e mesmo internos, pelo uso de armas, cada vez mais potentes e destruidoras, houve estadias com elevados dotes de humanidade que procuraram a resolução dos conflitos através de diálogo e negociação, por forma a evitar os efeitos catastróficos e dramáticos de uma guerra.

Com essa ideia, após a I Guerra Mundial, em 28 de Junho de 1919, foi criada a Sociedade das Nações ou Liga das Nações que, por não ter conseguido evitar a II Guerra Mundial, foi extinta em 20 de Abril de 1946, depois de a Organização das Nações Unidas ter entrado em vigorem 24 de Outubro de 1945, após a ratificação da «Carta das Nações Unidas». 

Além do Conselho de Segurança com a tarefa de «Manutenção da paz e da segurança», a ONU dispõe de organismos dedicados aos «Direitos humanos e assistência humanitária» e ao «Desenvolvimento social e económico». De todos os organismos, o que tem sido alvo de maiores reparos é o CS cuja menor eficiência é vulgarmente atribuída ao facto de nele terem assento 5 membro permanentes com direito a veto.

Recordam-se estes breves tópicos para compreender a notícia que diz: «O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius, defendeu, esta sexta-feira, que o Conselho de Segurança da ONU "merece finalmente o seu nome", depois da adopção de uma resolução que força Damasco a destruir o seu arsenal químico.»

E digo mais: até que enfim alguém qualificado afirma isto no lugar próprio, pois têm aqui sido publicados alguns alertas sobre a necessidade de a ONU, pelo seu Conselho de Segurança, prestar mais atenção à «manutenção da paz e da segurança». Eis alguns títulos:

Inoperância do CS da Onu
ONU observa a Síria da bancada
ONU sem estratégia de acção
ONU perde credibilidade...
ONU. Qual o seu papel nas Coreias?
Portugal no Conselho de Segurança
ONU Paz e Justiça Social global
Justiça Social ou vida privada?

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sábado, 24 de agosto de 2013

INOPERÂNCIA DO CS DA ONU


Na notícia Londres diz que regime sírio foi responsável por ataque químico consta que «o chefe da diplomacia britânica, William Hague, pediu à ONU que envie especialistas à Síria para investigar o ataque com gás que matou centenas de pessoas naquele país na quarta-feira. "Nós acreditámos que se tratou de um ataque em larga escala com armas químicas do regime de Assad, mas gostaríamos que a ONU verificasse no terreno", afirmou.».

No entanto, Moscovo, membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, um dos últimos apoiantes do regime de Damasco, ao qual vende armas, .considera "inaceitáveis" os apelos na Europa e a pressão sobre a ONU a favor do uso da força contra o regime do presidente Bashar Al-Assad e bloqueia todas as resoluções.

Admira como, após mais de meio século, o Conselho de Segurança da ONU continue com uma constituição que deixou de ser adequada ao mundo actual. Se os Estados mundiais devem ser considerados todos iguais perante a «lei» geral que regula o relacionamento internacional, não se vê motivo lógico para a existência de membros permanentes com poderes de bloqueio, do seu agrado, contra as opiniões da maioria dos outros «sujeitos de direito internacional».. A ditadura mundial partilhada desta forma pode gerar conflitos dramáticos para pessoas inocentes como os que ultimamente têm ocorrido em várias partes do planeta, principalmente em África e Ásia, perante o imobilismo do CS/ONU.

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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

EGIPTO DESDE HOSNI MUBARAK


Transcrição de artigo que refere a sequência da vida do País das pirâmides e dos Faraós desde há dois anos e meio, quando foi iniciado o movimento para depor Hosni Murak, até agora que parece estar à porta da guerra civil.Seq«gue-de-lhe NOTA:

E agora a guerra civil no Egipto ?
Publicado às 00.01. Por Alfredo Leite

Fazer uma revolução, sabem-no algumas gerações de portugueses, não é tarefa fácil. Mantê-la no rumo certo e fugir à tentação de mimetizar o poder que se derruba é trabalho ainda mais árduo. A matança de mais de 500 pessoas no Cairo (e o brutal número pode ainda crescer) prova a troco de sangue que o poder fantoche comandado pelo exército egípcio está mais perto de atirar o país para um devastador conflito civil do que para a pacificação em que tantos acreditavam.

Talvez seja boa ideia recuar dois anos e meio para entender o caos em que mergulhou o grande Egito. Foi em janeiro de 2011 que a população tomou a emblemática Praça Tahir (Libertação, em árabe) para exigir a saída de Hosni Mubarak, no poder há três décadas. O ditador não resistiu à imensa massa de protestos - e violência - e renunciou no mês seguinte. Foi a vez de uma Junta Militar tomar as rédeas do país até às eleições de junho de 2012 ganhas pelos radicais islamitas da Irmandade Muçulmana. Uma vez instalados no Cairo, os 'irmãos' aceleraram a alteração à Constituição conferindo-lhe poderes autoritários que fariam corar de inveja Mubarak, entretanto atirado para uma cadeia egípcia. A população revoltou-se e saiu à rua numa tentativa de pôr cobro à arbitrariedade radical tendo o Islão como bandeira de um governo que também foi incapaz de inverter a grave crise económica que afeta o país dos faraós.

O exército entra em cena de novo em junho, mas desta vez para derrubar a Irmandade e o seu líder Mohamed Morsi. A saída às ruas dos fiéis - e fanáticos - apoiantes de Morsi era uma questão de tempo. Ocuparam praças e desafiaram o poder do governo transitório que até incorporou, como vice-presidente, o Nobel da Paz, Mohamed ElBaradei. O confronto tornou-se uma evidência aos olhos de todos. Era uma questão de tempo.

Como bem referiu o diário espanhol "El País", quem pensava que os partidários da Irmandade Muçulmana se iriam retirar sem resistência da cena política (ou mesmo da rua) ignorava a sua capacidade de resiliência. A prova chegou ontem. O banho de sangue nas ruas do Cairo estava escrito. A radicalização da sociedade intensifica-se. Grupos moderados que se uniram contra Mubarak estão hoje a digladiar-se como não há memória. E não será o decretar do estado de emergência ou do recolher obrigatório, agora em vigor no país, que vai mudar o que quer que seja. É tempo da comunidade internacional agir. Talvez a começar pelo Conselho de Segurança da ONU, como já sugeriu a Turquia. Até porque a Irmandade Muçulmana já anunciou que vai desafiar as limitações à manifestação pública em vigor. É, de resto, uma estratégia que lhe convém. A vitimização tende a transformar os partidários de Morsi em mártires e isso, já se sabe, rende votos e seguidores.

Sem a pressão internacional e, em especial, dos por vezes eficazes mecanismos de sanções dos Estados Unidos, o exército - que respaldou a matança no Cairo - não vai ser capaz de sair do labirinto onde entrou. Uma encruzilhada que é bem capaz de arrastar o Egito para uma guerra civil de proporções inimagináveis.

NOTA:

Apesar de se falar em Democracia, muitas vezes sem fundamentos válidos, verifica-se que o povo não tem tanto poder como o desejável, por não ter capacidade de organização e de logística, independente de poderes estranhos e por estes exercerem pressões cada qual em seu interesse, do que resulta o país, que esperava reconstrução e estabilização, ser transformado em campo de batalha de estranhos que não se compadecem com perdas de vidas e de património, por vezes de insubstituível valor histórico e arqueológico.

As atitudes de apoio a uma e a outra parte por potências internacionais reforçam o ideia de que há interesses mundiais no estabelecimento de um totalitarismo global centralizado em estilo Bilderberg. Essa teoria é sintonizada com o espírito da Carta das Nações Unidas que concede direitos inalienáveis de membros permanentes do Conselho de Segurança por motivos que poderiam ter sido impostos compreensivelmente há 68 anos e que hoje se mantêm por imposição do respectivo poder militar.

E a instabilidade que reina em várias partes do globo demonstra a pouca eficácia do CS para evitar convulsões que tanto prejudicam a humanidade. Parece não haver dúvidas sobre a necessidade de uma reforma do CS, quanto à sua organização, atribuições e funcionamento prático.


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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

NEGOCIAÇÃO E DIÁLOGO EM VEZ DE GUERRA



Passaram 78 anos após o lançamento da primeira arma nuclear, sobre Hiroxima.

Olhando agora para o passado, embora lamentando a trágica morte de tantos milhares de pessoas durante a guerra e neste acto final, a forma brutal como ela terminou, verifica-se que o bom-senso dos homens fez que fosse extraída uma lição, embora ainda imperfeita, da catástrofe. E quando um desastre serve de lição pode dizer-se que ele não foi inútil, pois ainda não voltou a haver uma guerra tão mortífera como a II Guerra Mundial que tinha sido precedida por outra também muito dura. O que é lamentável é que ela não tivesse sido evitada.

Há males que trazem o benefício de melhorar a mente humana e oxalá esta lição perdure e evite que apareça outra guerra, agora com armas mais letais e, portanto mais trágicas. Mas, infelizmente, embora com incidência geográfica mais limitada, o mundo ainda não pode gabar-se de viver em paz.

Como seria bom que as pessoas, principalmente os governantes, se habituassem a resolver os pequenos conflitos pelo diálogo e a negociação em vez de usarem a selvajaria da guerra. E para isso a prevenção deve agir ao menor desentendimento antes que ele inche e ecluda. Se a negociação directa entre os implicados nem sempre é possível, deve recorrer-se a mediadores e, para isso nada mais apropriado do que as Nações Unidas Estou esperançado que o Papa Francisco consiga dar uma volta à humanidade através de uma Revolução Social Global, que desperte as consciências das pessoas com mais poder na Humanidade.

Sobre este tema sugiro a leitura de:

- Dia Internacional da Paz
- Ausência de autoridade internacional. ONU ineficaz
- A crise deve ser estímulo para nova etapa de civilização
- ONU. Qual o seu papel nas Coreias?
- Médio Oriente e ajuda humanitária !!! 
- Qualquer guerra é uma tragédia evitável
- Pela paz, todo o esforço é útil
- O Quarto Reich. A guerra pode ter já recomeçado
- A paz do mundo sujeita a irresponsáveis
- EUA preferem a diplomacia à guerra com o Irão
- ONU Paz e Justiça Social global
- A guerra do futuro ???
- Vulnerabilidades da ONU 
- Paz. Ocidente. Continentes. Futuro
- Negociação em vez de guerra
- Conflitos evitáveis
- Terceira Guerra Mundial? A quem interessa?
- A hipótese de guerra nuclear não desapareceu
- A Paz pelas conversações
- A Paz como valor supremo
- Guerra a pior forma de resolver conflitos
- Relações internacionais mais pacíficas?
- Diálogo em vez de guerra
- O Mundo pela Paz
- A Paz é possível
- A guerra do futuro ???
- Coreia pode ser detonador
- Próxima Guerra Mundial. Sinais de perigo
- Excesso de confiança pode matar
- Eliminação das armas nucleares
- Qualquer guerra é uma tragédia evitável
- ONU, crise e paz internacional
- A Paz no Mundo será possível?
- Paz pela negociação
- Conversações em vez de Confronto

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sábado, 25 de agosto de 2012

ONU observa a Síria da bancada

A ONU (Organização das Nações Unidas) foi fundada em 24 de outubro de 1945, na cidade de São Francisco (Califórnia – Estados Unidos), sendo uma organização constituída por governos da maioria dos países do mundo. É a maior organização internacional, cujo objetivo principal é criar e colocar em prática mecanismos que possibilitem a segurança internacional, desenvolvimento econômico, definição de leis internacionais, respeito aos direitos humanos e o progresso social.

A ONU, em conformidade com o seu objectivo principal não deve ficar sentada como um «treinador de bancada» a confirmar o «aumento dramático» da crise síria. É seu papel evitar as guerras, mas isso não significa, antes pelo contrário, ficar sentada a observar. Deve criar capacidade para fomentar conversações, negociações, com os intervenientes e entre eles, por forma a encontrar solução que evite o sacrifício estúpido de tão grande quantidade de população inocente. Se a solução é a substituição do Chefe de Estado, haja coragem para a pôr em prática. Qual é afinal o poder da ONU que tão cara fica aos contribuintes?

Aplica-se aqui a frase do Mahatma Gandhi: «Quando não se possa escolher senão entre a cobardia e a violência, aconselharei a violência». Mas aqui parece que há soluções entre estes dois extremos.

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terça-feira, 26 de julho de 2011

Jovens são os responsáveis de amanhã

«É preciso investir na juventude» para estimular a formação dos futuros dirigentes da humanidade. Já aqui foram referidas várias notícias de que se indicam os links, após a transcrição do seguinte artigo do Diário de Notícias.

JUVENTUDE. Ban Ki-Moon apela a investimento na 'geração Facebook'
Diário de Notícias. 25-07-2011. por Lusa

O secretário-geral das Nações Unidas apelou hoje aos governos para que invistam na juventude, lembrando que a 'geração Facebook' é constituída pelos líderes do futuro.

Ban Ki-Moon considerou que a crise económica mundial e as medidas de austeridade "restringem as oportunidades" dos mais jovens e recordou aos governos que "não investir na juventude é criar uma falsa economia", noticia a Efe. A comunidade internacional "deve trabalhar para alargar o horizonte de oportunidade dos mais jovens e responder às suas legítimas pretensões de um trabalho digno e decente", afirmou o responsável da ONU, durante um encontro de alto nível a propósito do Ano Internacional da Juventude.

Ban Ki-Moon aludiu ainda à capacidade de liderar a mudança mostrada pela 'geração Facebook', como apelidou os jovens, pelo uso das redes sociais para conseguir alterações mobilizar massas e conquistar alterações sociais. "A geração Facebook está a mostrar uma determinação crescente para mudar o nosso mundo e uma capacidade para fazer com que as coisas se modifiquem", sublinhou. Acrescentou que os jovens são quem tem a "energia e coragem" necessárias para que o mundo enfrente "os assuntos mais complicados que tem pela frente".

O secretário-geral da ONU recordou que os jovens estiveram no centro da mudança que ocorreu desde o norte de África ao Médio Oriente. Centenas de jovens, representantes governamentais e de organizações juvenis estão reunidos a partir de hoje nas Nações Unidas para o encontro "Juventude: Diálogo e Entendimento Mútuo". O encontro de hoje na sede da ONU iniciou-se com um minuto de silêncio em memória pelas vítimas do duplo atentado terrorista na Noruega.

Sobre o mesmo tema:

Físico Nuno Peres vence prémio Ciência
Ricardo Bak Gordon vence Prémio Ibérico de Arquitectura 2011
Olimpíadas da Física: "Não esperava ganhar"
Cientistas portuguesas recebem incentivo
Matemática dá ouro a Portugal
Músico português na Orquestra do Youtube
"Jovens tremendamente abertos ao voluntariado"
Jovens preenchem tempos livres a ajudar em associações
ONU alerta para consequências da crise económica e apela a "atenção especial" aos jovens
Ministro da Educação recebe aluno premiado nas Olimpíadas de Matemática

NOTA: Há valores entre os jovens. Há motivo de esperança no futuro. É necessário que os dirigentes de hoje saibam estimular os jovens para se tornarem obreiros válidos do mundo em que terão que viver.

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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Somália, seca, fome e pirataria

O caso da Somália constitui um exemplo de que, em geoestratégia, não há um factor que, só por si, garanta supremacia ou posição desafogada. É indispensável uma interacção bem equilibrada entre os diversos factores, de forma a que os mais fortes possam compensar os mais fracos. Na Somália, a posição geoestratégica, controlando a passagem do mar Vermelho para o oceano Índico é, sem dúvida, uma valia de alta importância mas carece do suporte de outros factores para dela serem tirados dividendos.

As realidades mostram fracos recursos naturais, excepto o incenso que a fez conhecer como a «terra dos aromas», terreno sem vocação para a agricultura nem para a pecuária, fizeram que vivesse à base do comércio explorado por colonizadores iemenitas, abexins, etíopes e, mais tarde, italianos.

Depois da independência (1 de Junho de 1960), ainda não viveu em paz por período aceitável, um pouco por más relações com países próximos, mas principalmente por difícil relacionamento entre as facções que desejam o poder.

Para agravar a situação, os seus habitantes aventuram-se, desde há alguns anos, à pirataria, o que tem gerado animosidade em todo o mundo. A ONU, para garantir a navegação segura de petroleiros, cargueiros e navios de cruzeiro, tem empenhado volumosos meios navais de todo o mundo para fazer face à pirataria. Olhando para a acção da ONU, fica-se com a dúvida de se teria sido mais eficaz desviar o investimento nesses meios, dirigindo-o ao combate às causas do problema, isto é, ao apoio à população, a um governo forte que estabelecesse a ordem interna e, dessa forma, criasse condições para iniciar a produção possível de meios de vida e de exportação (animais vivos, produtos de pesca, bananas, etc.).

Mas a ONU carece de ideias iluminadas para encarar com racionalidade os problemas de países que não têm petróleo ou não têm utilidade directa para os membros permanentes do Conselho de Segurança. Mas, depois de terem deixado chegar o povo deste país ao estado em que se encontra, aparecem notícias de que Secretário-geral da ONU pede ajuda urgente para a Somália e de que Dezenas de milhares estão "em risco de morte" na Somália. Ora os Direitos Humanos e as acções humanitárias não devem circunscrever-se a actos isolados e espectaculares, mas revestir-se de uma atenção constante para agir preventivamente antes de se atingirem situações dramáticas como mostram as imagens seguintes.





Imagem do Google. As imagens do álbum são de ROBERTO SCHMIDT/AFP

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domingo, 19 de junho de 2011

NATO erra alvo na Líbia

Depois do artigo ONU criou na Líbia um precedente grave, houve mais sinais acerca da decisão de duvidosa legalidade e coerência de actuar militarmente num país soberano, sob pretexto que não passava de ingerência nos seus assuntos internos. Outros casos semelhantes têm ocorrido noutros estados que ou foram ignorados ou deram lugar a acções diplomáticas discretas.

Para cúmulo do azar da ONU e da NATO, esta acaba por admitir ter havido ataque acidental na Líbia. Pelas estatísticas e cálculos de probabilidade seria de recear que ao fim de tantas acções pudessem ocorrer actos falhados, erros de alvo ou efeitos laterais, hipótese que quem ordenou as acções militares não devia ter menosprezado ao preparar a decisão. Isto é grave porque o argumento mais agitado foi o da Defesa dos Direitos Humanos. E o que é que foi interpretado como Direitos Humanos? Será dar prioridade a matar a fome ou a matar o faminto?

Afinal qual a principal finalidade que levou à decidida agressão à Líbia? Qual a real razão desta ingerência nos assuntos internos de um Estado soberano? E, quando se pensa nisto, as reflexões mostram que não devemos esquecer o alerta de Dwight David "Ike" Eisenhower acerca do perigo do «complexo industrial militar» criado para a II Guerra Mundial e que, depois de terminada esta, iria pressionar os governos a não pararem com as guerras a fim de as fábricas de armamento não terem de ser encerradas. No Afeganistão têm sido aperfeiçoados os drones, aviões sem piloto comandados dum deserto nos EUA (a guerra tende a deixar de ser actividade de heróis), e quais serão os novos equipamentos que estão a ser criados e melhorados neste treino operacional a decorrer na Líbia, escolhida como campo de experiência e treinos para novas armas? E porquê a Líbia e não outro Estado?

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quinta-feira, 26 de maio de 2011

ONU sem estratégia de acção

Quando se fala da ONU, a primeira sensação é a de que se trata de um poder superior aos de todas as nações do mundo, servida por pessoas superiormente dotadas, a decidir, de forma imparcial, na busca dos melhores objectivos em busca da paz universal, seguindo valores e princípios acima de qualquer dúvida ou controvérsia.

Mas na realidade, os seus funcionários não são super-homens e não diferem dos políticos que agem nos diversos Estados. E, assim, continuam por ser cumpridas as promessas de referendos na Caxemira e no Saraui, não foi visível a actuação para evitar as guerras no Iraque e no Afeganistão, tal como no Kosovo e Sérvia, nem nas recentes dificuldades entre as duas Coreias.

Porém, inexplicavelmente, decidiu a ingerência nos assuntos internos da Líbia, ordenando bombardeamentos contra objectivos de segurança, destruindo património, o que, só por milagre, não causaria baixas em cidadãos líbios. Criou assim um precedente grave e aumentou a sua perda de credibilidade porque não reagiu de forma parecida em muitos casos semelhantes ocorridos em vários Estados.

Depois, sucederam-se as notícias de medidas repressivas, policiais e militares, para restabelecer a ordem em outros países como a Síria e o Iémen, sem que tivesse havido intervenção da ONU, ao ponto de que, agora, mais de 200 organizações pedem fim do silêncio da ONU sobre a Síria. Fica a dúvida: Como irá agir o Conselho de Segurança da ONU? Intervir como fez na Líbia? Ou pedir desculpa e indemnizar Kadafi pelo erro cometido e prometer não mais voltar a errar dessa forma? Qualquer destas alternativas é inconveniente por desprestigiar uma Organização que deve procurar recuperar o respeito do Mundo. Nestas decisões com incidência na vida internacional global é de boa regra sempre pensar antes de decidir.

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domingo, 1 de maio de 2011

ONU perde credibilidade...

Para quem gosta de observar o mundo a partir da estratosfera para ser independente, imparcial, sem sofrer as pressões dos intervenientes nos diversos conflitos, é impressionante a notícia Ataque da NATO a Tripoli mata filho e três netos de Muammar Khadafi, mesmo que não se dê muito crédito à notícia de que Khadafi oferece negociações de paz à NATO.

Se o pretexto desta intervenção continuada na Líbia foi a defesa dos direitos humanos, fica provado que esse foi um falso e mau motivo, pois além destas inocentes vítimas, tem havido muitas outras não individualizadas por não serem da elite política, mas sem por isso deixarem de ser seres humanos.

A ONU com os vários erros do Conselho de Segurança perde credibilidade e está a desafiar a que ocorram novas tragédias como a das «Torres Gémeas», ou casos semelhantes contra a Torre Eiffel, Eliseu, Arco do Triunfo, Buckingam ou outro local de estimação.

Na sequência do que ficou dito em ONU criou na Líbia um precedente grave parece que o Mundo está dominado por loucos, incipientes e inconscientes aprendizes de Hitler que fazem as piores atrocidades sob capas diversas como Al-Qaeda ou CS/ONU. Ficamos sem saber qual destas capas será a menos criminosa.

O que ocorrerá na Síria, que está com um problema semelhante? Há países sensatos que já estão a opor-se a semelhante asneira. Por outro lado, ali não está em jogo o petróleo! Vários pesos, várias medidas!

Com o que se tem passado, desde a sua criação (Caxemira, Saraui, Myanmar, etc), a ONU perde credibilidade e o respeito que devia merecer.

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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ONU. Qual o seu papel nas Coreias?

Agora que chegam notícias de mais brincadeiras perigosas entre as Coreias do Norte e do Sul, surge mais uma vez a interrogação acerca da finalidade da ONU e qual a forma como desempenha o seu papel estatutário.

Segundo a wikipedia, «A Organização das Nações Unidas (ONU), ou simplesmente Nações Unidas (NU), é uma organização internacional cujo objectivo declarado é facilitar a cooperação em matéria de direito internacional, segurança internacional, desenvolvimento económico, progresso social, direitos humanos e a realização da paz mundial. A ONU foi fundada em 1945 após a Segunda Guerra Mundial para substituir a Liga das Nações, com o objectivo de deter guerras entre países e para fornecer uma plataforma para o diálogo. Ela contém várias organizações subsidiárias para realizar suas missões.».

Esta interrogação já aqui foi referida por várias vezes, como se vê põe estes links:

- ONU Paz e Justiça Social global
- Apelo à ONU !
- ONU muito eficaz e rápida!!!
- ONU, crise e paz internacional
- Caxemira, um caso pendente
- Myanmar, China e a ONU
- Vulnerabilidades da ONU

Imagem da Net

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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Portugal no Conselho de Segurança

Os portugueses estamos de parabéns por Portugal ter sido eleito para o Conselho de Segurança da ONU, o que representa um êxito da diplomacia, uma honra, uma oportunidade e uma responsabilidade de contribuir para o futuro da humanidade.
Esperemos que no principal areópago mundial os nossos compatriotas actuem de forma mais sensata do que têm feito dentro de portas.
Se for bem aproveitada, pode ser a oportunidade de restaurar o prestígio do canto mais ocidental do Velho Continente.

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quinta-feira, 29 de julho de 2010

ONU Paz e Justiça Social global

São graves os sinais de desorientação da humanidade, em diversos aspectos e não é visível a acção coordenada dos Estados para inverter a corrida para o abismo.

Aliás, apesar de se falar de ânimo leve em Democracia, deparamo-nos com um regime global de império ou ditadura dos mais poderosos e ricos, com total desprezo pelos mais pequenos e mais pobres. A ONU tem sido manipulada e usada como ferramenta dos mais poderosos, deixando que estes usem e abusem da imunidade do Poder financeiro e militar.

Embora a ONU se tenha responsabilizado por resolver certos problemas como o da Caxemira e o do Sara Ocidental, os anos têm passado sem haver solução. Há outros casos que exigem acção de um nível superior e que não beneficiaram dela, como Myanmar, Pirataria na Somália, Darfur/Sudão, Zimbabwe, etc. A ONU não conseguiu evitar a guerra Sérvia/Kosovo, a invasão do Iraque e a invasão do Afeganistão, chagas vergonhosas, com elevados custos em recursos e em vidas de inocentes de que a história há-de acusar a geração actual.

O mundo está á Mercê do Conselho de Segurança onde imperam os vencedores da II Guerra Mundial (há mais de meio século), do G8 e do G20, constituídos pelos detentores de mais poder económico e financeiro. Ninguém destes detém sensibilidade para os problemas que afligem os países mais pobres, as populações mais exploradas e desprezadas.

Há cerca de um ano, a OMS massacrou o mundo de forma a criar pânico, com o fantasma da gripe suína, tendo acabado por se concluir que não passou de uma propaganda desonesta a favor do fabricante do «Tamiflu» e que a produção e a facturação deste foi de tal maneira volumosa que em muitos países houve necessidade de queimarem enormes quantidades de vacinas por não terem sido consumidas e terem perdido a validade. Para maior gravidade, aparece agora o alerta para o vírus do Nilo em que as pessoas têm dificuldade em acreditar e, se for um perigo real pode ocasionar muitas baixas.

Para sentir a gravidade dos problemas que afligem os povos mais pobres, haveria conveniência em criar um Conselho para a Paz e Justiça Social Global, ou com outro nome parecido, que fosse constituído por 10 a 20 elementos eleitos pelos 50 países menos populosos e com menor PIB/capita.

Com a intervenção de um tal Conselho, a ONU passaria a poder agir de forma mais humana, sem estar manietada pelos dominadores da economia mundial, sem olhar a meios.

Alguns posts referentes à ONU e geopolítica:

Apelo à ONU !
Ausência de autoridade internacional. ONU ineficaz
Caxemira, um caso pendente
Myanmar, China e a ONU
Pirataria no Corno de África e inacção da ONU
Vulnerabilidades da ONU
ONU desrespeitada
Sara Ocidental, Polisário
Petróleo. Tragédia Mundial à vista
A China em fase de evolução rápida
Transformações no Mundo

Imagem da Net.

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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Guterres possível representante da ONU no Afeganistão

Kai Eide, actual chefe das Nações Unidas em Cabul termina o seu mandato em Março e não quer ser reconduzido. António Guterres que foi primeiro-ministro português entre 1995 e 2002 e é chefe do ACNUR (Alto Comissariado da ONU para os Refugiados) desde 2005, faz parte da curta lista de cinco nomes em apreciação.

Amado, MNE, disse que se a opção sobre Guterres se confirmar, esta significará “o reconhecimento do mérito indiscutível que o engenheiro António Guterres tem assumido à frente de uma das agências mais importantes da ONU”.

Quanto ao enviado da ONU agora cessante, Kai Eide, os EUA criticaram a sua actuação em várias ocasiões, tendo havido um debate sobre o seu perfil: os norte-americanos queriam alguém que “mandasse”, que coordenasse os esforços do Governo com os das forças militares da NATO e dos embaixadores dos países importantes, mas outros temeram que essa figura anulasse Karzai.

O cargo não é fácil, mas Guterres é perito no diálogo e paciente para esperar resultados a seu tempo. A experiência no ACNUR tem-lhe dado traquejo nos contactos com gentes diferentes dos ocidentais, o que constitui um trunfo e uma garantia de bom desempenho nas suas funções.

Portugal beneficia com a nomeação por ser mais um cartaz bem visível da nossa existência e dos valores de que dispomos.

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domingo, 30 de agosto de 2009

ONU muito eficaz e rápida!!!

Tendo sido criada há quase 64 anos, em 24 de Outubro de 1945, a ONU reparou agora que na Austrália não se respeitam devidamente os aborígenes e fez o 'adequado' pedido!

Cartoon Bandeira, do Diário de Notícias de 090830
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quarta-feira, 8 de julho de 2009

ONU, crise e paz internacional

O Papa Bento XVI divulgou hoje a sua primeira encíclica social, “Caritas in veritate”, com 150 páginas onde aborda as grandes questões que se colocam actualmente à sociedade. Ali defende a criação de uma “autoridade política mundial” para “sanear as economias afectadas pela crise” e considera urgente uma reforma da Organização das Nações Unidas. (ver artigo do Público).

Segundo o Papa, “para governar a economia mundial, sanear as economias afectadas pela crise, prevenir o seu agravamento e maiores desequilíbrios,” é “urgente que seja criada uma verdadeira ‘autoridade política mundial’”.

Se a ONU funcionasse com a desejada eficiência e fosse respeitada por todos os Estados, a humanidade seria feliz e , por não consumir tão grande parte dos recursos em armamento e guerras, teria um elevado grau de desenvolvimento e de comodidade e, certamente, maior justiça social sem tanta diferença entre os mais ricos e os mais pobres.

Se os amigos leitores pedirem neste blogue uma pesquisa com a simples sigla ONU, encontrarão quatro dezenas (40) de posts referindo a ONU e a sua necessidade de reforma, dos quais retiro os seguintes

Ausência de autoridade internacional. ONU ineficaz
Caxemira, um caso pendente
Myanmar, China e a ONU
Pirataria no Corno de África e inacção da ONU
Vulnerabilidades da ONU
ONU desrespeitada
Sara Ocidental, Polisário
Ausência de autoridade internacional. ONU ineficaz

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terça-feira, 19 de agosto de 2008

Incerteza do futuro global

No artigo do Diário de Notícias, «A segurança global» o professor universitário Adriano Moreira, referindo a ONU e a NATO e os complexos problemas que lhes são inerentes na segurança internacional, diz a certa altura, com pouco optimismo, que é difícil estas instituições conseguirem «libertar-se de conceitos directores ultrapassados, em termos de assumir as mudanças da conjuntura que se sucedem em tempo acelerado».

A queda do muro de Berlim não permitiu prever o desenvolvimento da estratégia «da NATO com a sua circunstância definitivamente globalista, e que incita a interrogações levadas ao limite da sua pressentida extinção».

Com essa ocorrência, a NATO dilatou a sua área de interesse e de influência muito para além da sua missão inicial de «libertar a Europa do Atlântico aos Urais»; com o fim da guerra-fria deixou de existir a «ameaça por um inimigo identificado e visível» e criou-se um novo factor constituído pela incerteza na elaboração de prospectivas. A necessidade de enfrentar o terrorismo global reforçou a supremacia do unilateralismo «sobre a solidariedade do interesse colectivo», mostrando a «eficácia do desafio do forte ao fraco».

A unidade da estratégia colectiva da Organização cindiu-se em tendências, e ocorreu a esmagadora intervenção militar com resultados desastrosos no Iraque. Por outro lado a Europa, defensora da prioridade da diplomacia, tarda na sua definição e em obter «um peso específico na vida internacional». Recentemente, foi notório que a UE tem deslizado do seu objectivo euromundo político para a prioritária sobrevivência perante a «debilidade resultante da carência de matérias-primas, de energia e de reserva estratégica alimentar».

A NATO e, por arrastamento a UE, têm de dar urgência ao aprofundamento de análises «sobre a evolução da relação dos ocidentais com a sua circunstância mundial», «também da relação interna transatlântica», de «avaliações de pontos críticos já identificados» e a identificar e, perante tais estudos, concluir pela melhor solução para reformular a «definição de segurança que a NATO concretizou, e a resposta desregulada ao globalismo que a debilitou».

De tudo isto, «entre todas as manifestações de dúvidas, de quase certezas, e de fundamentalismos laicos e confessionais», parece estar a «consolidar-se a perspectiva de que a incerteza é a variável mais inquietante».

A quantidade de queixas do resto do mundo contra a passada regência política euromundista não está completamente apaziguada, e falta à Europa uma visão global da «casa comum que é a Terra», conceito que deve estar sempre bem presente a fim de ser possível «enfrentar ameaças que não são militares e a rodeiam sem distinção de povos».

E como o mundo está em mudança acelerada, sem esta capacidade de reduzir o grau de incerteza de todos os factores de conjuntura, será muito difícil enfrentar a «urgência de segurança global» por forma a evitar «o aprofundamento do desastre». Por tudo isto, pesa nos ombros dos governantes ocidentais enorme responsabilidade quanto ao futuro da humanidade, e, por conseguinte, não é menor a responsabilidade dos eleitores elegerem pessoas capazes de fazer face às necessidades de decisões de enorme importância para as gerações futuras.

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segunda-feira, 19 de maio de 2008

Myanmar, China e a ONU

Em Myanmar (ex-Birmânia), depois do ciclone que fez imensas destruições e vitimou milhares de seres humanos, continuam a morrer diariamente centenas de pessoas principalmente crianças, porque a junta militar não permite o acesso de auxílio internacional. Uma tragédia indescritível, um povo inteiro à mercê de generais sem rosto, mandantes que não hesitam em atirar sobre monges pacíficos e de manter prisioneira Daw Aung San Suu Kyi, a eleita para governar o País nas eleições de Maio de 1990, por 75% dos votos.

O chefe da junta só passados muitos dias visitou os locais afectados pela tempestade, mas entretanto tinha mandado distribuir material de socorro recebido do estrangeiro, depois de colocar na embalagem a etiqueta da junta.

Pelo contrário, a China de que muita gente não gosta, mas que, após a era de Mao, tem orientado a sua acção em benefício das populações, de forma progressiva e persistente, deu agora, todo o apoio às pessoas lesadas pelo grande sismo, abriu o acesso a todo o apoio que veio do estrangeiro, deu liberdade de circulação a jornalistas de todo o mundo e, curiosamente, recebeu auxílio de Taiwan, apesar do diferendo existente.

Perante esta atitude ditatorial desumana e aberrante da junta de Myanmar, pergunta-se qual é o papel da ONU? O que entendem por direito de ingerência em defesa dos direitos humanos? Que significado dão aos objectivos constantes na Carta das Nações Unidas, de entre os quais, cito os seguintes: Manter a paz mundial; Proteger os Direitos Humanos; Promover o desenvolvimento económico e social das nações; Reforçar os laços entre todos os estados soberanos.

De que esperam os países mais representativos, como os Estados Unidos, a Grã-Bretanha, Moscovo e a China para chamarem á ordem essa junta que mancha o bom nome que devem ter os representantes dos Estados normais. Aqueles que intervieram no Afeganistão, nos Balcãs, no Iraque, de que estão à espera para normalizarem a vida dos birmaneses? Qual é o papel do Conselho de Segurança?

Para avivar a memória, transcreve-se o seguinte apontamento retirado da Wikipedia:
A Organização das Nações Unidas (ONU) foi fundada oficialmente a 24 de Outubro de 1945 em São Francisco, Califórnia, por 51 países, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. A primeira Assembleia Geral celebrou-se a 10 de Janeiro de 1946 (em Westminster Central Hall, localizada em Londres). A sua sede actual é na cidade de Nova Iorque.

A precursora das Nações Unidas foi a Sociedade de Nações (também conhecida como "Liga das Nações"), organização concebida em circunstâncias similares durante a Primeira Guerra Mundial e estabelecida em 1919, em conformidade com o Tratado de Versalhes, "para promover a cooperação internacional e conseguir a paz e a segurança". Em 2006 a ONU tem representação de 192 Estados-Membros - cada um dos países soberanos internacionalmente reconhecidos, excepto a Santa Sé, que tem qualidade de observadora, e países sem reconhecimento pleno (como Taiwan, que é território reclamado pela China, mas de reconhecimento soberano por outros países).
Um dos feitos mais destacáveis da ONU é a proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948.

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