segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
MENEZES COM SENSATEZ DESARMA RIO
Embora não tendo especial consideração pelos políticos, em geral, exceptuando eventuais excepções, aprecio atitudes interessantes, independentemente das pessoas a que se referem. Neste momento admiro a forma, muito correcta como Menezes reagiu ao que sobre ele foi dito por Rui Rio.
Rui Rio demarcou-se da decisão do PSD em apoiar Luís Filipe Menezes à Câmara do Porto, dizendo que, se ganhar a Câmara, Menezes vai destruir tudo o que foi feito.
Afirmou que seria «hipócrita», se apoiasse Menezes, e «oportunista», se ficasse calado só para não afrontar o PSD. «Tenho a obrigação ética de me demarcar muito claramente daquilo que sei que vai destruir tudo o que foi feito [no Porto]. É lamentável que durante 12 anos o PSD tenha dito à população para votar num projecto como o meu e a meio do meu mandato venha dizer 'votem no seu contrário'. Isto descredibiliza os partidos».
Provavelmente, Rio poderá considerar-se com razão para assim falar, mas Menezes foi brilhante, dissociou-se da podridão dos hábitos políticos referida por Rui Machete e mostrou coerência com a sensatez e as palavras do Papa Francisco, ao reagir ao seu camarada de partido.
Luís Menezes afirmou não lhe ter "ódio", mas "respeito", e garantiu que tudo fará "para que termine o mandato com dignidade".
E disse: "Eu, na política, nunca me movimentei pelo ódio pessoal. O ódio cega-nos, torna-nos insensatos, faz-nos mentir, torna-nos por vezes até ridículos. Eu, em relação ao senhor presidente da Câmara do Porto e em relação a qualquer outro político português, não tenho ódio, tenho respeito".
Esta serenidade e auto-controlo arrefece qualquer tipo de hostilidade. É um apelo à paz e à recusa de conflitos, uma lição para as relações entre partidos, entre rivais em campanhas e entre Estados no âmbito internacional.
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Publicada por A. João Soares à(s) 11:13 3 comentários
Etiquetas: autárquicas, Francisco, Menezes, podridão, Rio, sensatez
segunda-feira, 29 de julho de 2013
PAPA FRANCISCO ENSINA
Preceitos do Papa Francisco, no Brasil, retirados de notícias da Comunicação Social
Diálogo
"Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo. O diálogo entre as gerações, o diálogo com o povo, a capacidade de dar e receber, permanecendo abertos à verdade".
Sentido ético
Aos presentes (responsáveis políticos, culturais, económicos, sociais e líderes e de outras religiões), o Papa pediu que fossem “firmes sobre os valores éticos”. "O futuro hoje exige reabilitar a política. O sentido ético é um desafio sem precedentes".
"É impossível imaginar um futuro para a sociedade, sem uma vigorosa contribuição das energias morais numa democracia que evite o risco de ficar fechada na pura lógica da representação dos interesses constituídos".
Justiça social
“Queria lançar um apelo a todos que possuem mais recursos, às autoridades públicas e a todas as pessoas de boa vontade comprometidas com a justiça social: não se cansem de trabalhar para um mundo mais justo e solidário. Não é a cultura do egoísmo, do individualismo aquela que constrói e conduz a um mundo mais habitável, mas sim a cultura da solidariedade.”
“Nenhum esforço de pacificação será duradouro, não haverá harmonia e felicidade para uma sociedade que ignora, que deixa à margem, que abandona na periferia parte de si mesma.” Sublinha: “Porque somos irmãos, ninguém é descartável.”
"Eles vendem o justo por dinheiro, o indigente, por um par de sandálias; esmagam a cabeça dos fracos no pó da terra e tornam a vida dos oprimidos impossível". "Os gritos por justiça continuam ainda hoje",
Jesus junta-se ao silêncio das vítimas da violência que não podem gritar, sobretudo aos inocentes e àqueles que estão desamparados”, referiu, acrescentando: “Jesus une-se às famílias que estão em dificuldades, que choram a morte dos seus filhos ou que sofrem, vendo-os presos em paraísos artificiais, como a droga”.
“Jesus une-se também a todas as pessoas que sofrem de fome num mundo que a cada dia joga no lixo toneladas de comida”, afirmou.
“Jesus une-se àqueles que são perseguidos pela sua religião, pelas suas ideias, ou simplesmente pela cor da sua pele”.
Corrupção
Jesus “se une aos numerosos jovens que não confiam nas instituições políticas, porque vêm egoísmo e corrupção”.
Recado para os jovens que “muitas vezes se desiludem com notícias que falam de corrupção”: “não percam a confiança” porque “a realidade pode mudar, o homem pode mudar”.
Papel dos jovens
“Transmitir aos nossos jovens os valores que farão deles construtores de um país e de um mundo mais justo, solidário e fraterno”.
A juventude é “um motor potente para a Igreja e para a sociedade”.
“Por favor, não deixem que outros sejam os protagonistas da mudança, vocês são os que têm o futuro, através de vocês entra o futuro no mundo".
"Peço-lhes que sejam construtores do futuro e se envolvam no trabalho por um mundo melhor". Essa mudança tem de começar por cada pessoa.
Animou por isso os jovens católicos para que continuem a “superar a apatia” e lutem pela mudança nos seus países.
Os jovens “querem ser um terreno bom, cristãos a sério, não querem ser cristãos pela metade, nem ‘engomadinhos’" nem "cristãos de fachada, mas sim autênticos”.
As novas gerações sejam "protagonistas da história" e "construam um mundo melhor, um mundo de irmãos".
“Os jovens nas ruas querem ser actores de mudança. Por favor, não deixem que sejam os outros os actores da mudança. Não fiquem à margem da vida, não foi [à margem] que Jesus permaneceu. Ele comprometeu-se. Comprometam-se tal como fez Jesus!”
“O vosso jovem coração quer construir um mundo melhor. Sigo as notícias do mundo e vejo tantos jovens que saem à rua para exprimir o seu desejo de uma civilização mais justa e fraterna”.
Os jovens devem combater a “apatia e oferecer uma resposta cristã às inquietudes sociais e políticas que surgem nas diferentes partes do mundo”. “Peço-vos que sejam os construtores do futuro.”
Ídolos efémeros.
“É verdade que hoje as pessoas experimentam o fascínio de tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar esperança: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer”. “Frequentemente, uma sensação de solidão e vazio conduz à busca dessas compensações, esses ídolos passageiros”. “Mas tenhamos uma visão positiva sobre a realidade”.
“Sei que vocês não querem viver na ilusão de uma liberdade que se deixe arrastar pelas modas e as conveniências do momento. Sei que apostam em algo grande, em decisões definitivas que dêm pleno sentido”.
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Publicada por A. João Soares à(s) 18:21 0 comentários
Etiquetas: Corrupção, diálogo, ética, Francisco, ídolos efémeros, jovens. futuro, justiça social