(Public em DIABO nº 2391 de 28-1o-2022, pág 16, por António João Soares)
Vivemos todos num mesmo planeta com múltiplas relações directas ou indirectas que nos condicionam a vida quando são violentas ou mesmo conflituosas. Devemos todos, através dos governantes, procurar conviver harmoniosamente com diálogos de amizade a fim de a vida decorrer melhor. Os ambiciosos e sedentos de poder e obtenção de fortuna por qualquer forma, devem ser ensinados a resolver os seus problemas sem faltar ao respeito e às boas regras de civismo, segundo a boa ética.
Felizmente, já tem havido casos em que Estados que têm vivido a sofrer dificuldades com grupos menos civilizados, mas que já conseguiram mostrar vontade de passar a viver pacificamente, dialogando como pessoas civilizadas e geridas com boa ética.
Por exemplo, Israel acordou com o Líbano eliminar o conflito com o Hezbollah. Este acordo vai gerar estabilidade e prosperidade à região, dando mais segurança e progresso aos habitantes locais. A União Europeia saudou o «espírito construtivo» que levou a este acordo.
Em Moçambique, segundo notícia recente, mais de 800 guerrilheiros da Renamo serão desmobilizados graças a acordo.
Quanto à guerra Rússia-Ucrânia, a China que tem mantido boas relações com a Rússia, embora ou por isso, diz-se preocupada e insiste no apelo ao diálogo, para respeito dos interesses dos Estados afectados e a procura de uma solução aceite por todos, a fim de se criarem condições para um futuro harmonioso com base no diálogo.
O líder da Junta militar, do Tchade, general Mahamat Idriss Déby, na África Central, está a esforçar-se por conseguir um governo de unidade nacional para breve. Recentemente, o conflito de Darfur no Sudão atravessou a fronteira e gerou o conflito entre Chade e Sudão, com milhares de refugiados a viver em acampamentos no leste do país. Atualmente, o Chade é um dos países mais pobres e com maior índice de corrupção no mundo. A maioria de sua população vive abaixo da linha de pobreza.
A União Africana pede que os envolvidos no conflito etíope se comprometam com a paz. Guterres, líder da ONU, não se cansa de aconselhar o diálogo e a negociação a fim de se manter a harmonia dentro dos estados e entre eles. Tem enviado funcionários para aconselharem os governos ao culto da paz, da convivência e da cooperação entre os povos. Será bom que possam trocar opiniões construtivas e coerentes focadas num futuro harmonioso, sem intolerância nem conflitos. Não há paz sem respeito pelos direitos humanos. Isto aplica-se dentro dos Estados e entre eles. A guerra tem custos muito elevados que ultrapassam as «vantagens» que os vencedores possam obter. O artigo «Guerra e crise económica criam mais de quatro milhões de crianças pobres» não aparece por acaso e merece ser lido pelos governos que tanto investem em armamento e outros materiais bélicos.
O dinheiro não dá felicidade embora possa contribuir para ela. Quando se morre não se leva e pode ser deixado a quem não lhe saiba dar o emprego mais conveniente. Há casos raros de gente que sabe dar-lhe destino destacável como diz a notícia «Família Besos doa 710 milhões a centro de investigação contra o cancro». Mostra muita generosidade e vontade de contribuir para a pior doença que tira muitas vidas. Porém, isto pode não trazer tanto benefício como aparenta, porque a saúde está sendo um pretexto para o aumento de lucros de farmacêuticos e de médicos que, em vez de terem como objectivo a cura de doenças, procuram manter os clientes reduzindo-lhes o sofrimento mas sem eliminar a doença. Os medicamentos que curavam rapidamente pequenos males foram retirados do mercado e substituídos por outros que atenuam as dores mas tornam permanente o mal que reaparece quando o tratamento é interrompido.