sexta-feira, 29 de outubro de 2021

DONOS DO CAPITAL CONTROLAM O PODER

(Public em DIABO nº 2339 de 29-10-2021 pág 16 por António João Soares

Li, há dias que, apesar de ter havido muitas promessas de ser limitado ou mesmo eliminado o abuso da corrupção e do enriquecimento ilícito não têm sido vistos os resultados desejados por tais boas intenções. E a própria Justiça parece demasiado complacente com esses actos imorais e lesivos do respeito que deve existir pelos cidadãos mais afastados do poder financeiro. O dinheiro que é depositado num paraíso fiscal saiu, directa ou indirectamente, do bolso dos cidadãos mais desprezados pelo Poder e, por isso, contribui para agravar a injustiça social.

Houve almas bem formadas mas ingénuas que defenderam que o Governo devia tomar medidas rigorosas contra os indivíduos detectados em tais actividades ilegítimas. Mas logo apareceram pessoas esclarecidas a afirmar que os governantes não possuem a devida capacidade para lutar contra os donos do dinheiro que são todo-poderosos e têm artes de travar tais iniciativas da parte do governo. Por vezes, não dão liberdade aos políticos para meterem na ordem esses poderosos porque inclusivamente, de uma maneira ou de outra, já os comprometeram num aspecto ou outro de forma que perderam perante eles a liberdade de actuar. Há países em que ex-governantes já foram condenados por tais crimes, mas só depois de saírem do âmbito em que estavam sob controlo dos «donos» e deixarem de ter interesse para as manigâncias do poder legal.

Tal estratégia de poder pode ser visualizada na área dos actos de terrorismo. Também as pessoas bem intencionadas defendem que o terrorismo deve ser abolido, mas logo dados a demonstrar que esse terrorismo é financiado por grandes poderes que se sobrepõem a chefes de governo e até têm interesses em fábricas de armamento e outro material de violência ajustada a tal actividade que torna ineficaz forças militares e se lhes sobrepõe, por pressão da parte dos «donos». Repare-se que os militares americanos, a maior potência estratégica, já saíram de forma pouco garbosa, do Vietname, da Somália, do Iraque e agora do Afeganistão. Outros valores mais altos se levantaram.

E perante tais pressões, há estados que misturam conforme as áreas em jogo, os valores em vista, como recentemente o Quénia que pediu à Etiópia a cessação das hostilidades com o Tigray a fim de facilitar a entrega de ajuda humanitária à população desta área que está com grave carência alimentar. Mas, simultaneamente, recusa a decisão do Tribunal Internacional de Justiça sobre o litígio da fronteira marítima com a Somália por a considerar favorável a este país do Corno de África.

Por seu lado, a Somália deseja que o seu vizinho respeite a supremacia do direito internacional e dos tratados e aceite a decisão do tribunal e procure não intervir nos assuntos internos do vizinho. Parece que o Quénia não está a aproveitar esta oportunidade de reforçar as relações entre os dois estados e povos, com melhor tom conciliatório e procurando uma coexistência pacífica e cooperação de vizinhança à semelhança daquilo que parece pretender com a Etiópia.

As realidades factuais acabam por mostrar a prioridade dada aos interesses materiais sobrepondo-os aos valores da harmonia humanitária e da paz. Há interesses de exploração de petróleo e gás e, perante estes interesses, um centímetro de território pode levar a extremos de agressividade.

Teoricamente, a eliminação de muitos factos indesejáveis parece relativamente fácil, mas a ambiência a que se subordinam os políticos no meio de tanta complexidade, torna-lhes difícil a decisão, não vá ela prejudicar a quantidade de votos nas eleições seguintes ou a melhoria que desejam na sua vivência, pois não lhes é fácil conciliar todos os interesses. A escolha exige, muitas vezes, grande coragem e capacidade de correr riscos e nem todos os riscos se coadunam com as ambições pessoais que muitas vezes se sobrepõem aos interesses nacionais.


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sexta-feira, 22 de outubro de 2021

EM MANADA HÁ CONVERGÊNCIA TOTAL

(Public em DIABO nº 2338  de 22-10-2021, pág 16. Por António João Soares)

Os animais dão boas lições aos humanos. Costumo referir-me a eles como «ditos irracionais», porque os seres humanos de há muitos séculos, pelo facto de não saberem comunicar com eles, consideraram-se a si próprios racionais e a eles irracionais. Porém, sob muitos aspectos, eles dão-nos lições de muita racionalidade na sua forma de viver e no seu relacionamento familiar e social.

Vi há pouco uma frase de Winston Churchill que me veio confirmar isto. Diz que: «A diferença entre os humanos e os animais é que os últimos nunca permitem que um estúpido lidere a manada».

Realmente todos vídeos que tenho visto de deslocações no terreno, entre regiões distantes durante migrações, para a água ou para procura de pastagem, seguem sempre de forma disciplinada e numa espécie de formatura militar. Nas suas relações familiares e de amizade, tratam-se como se fossem da mesma espécie e da mesma família, no carinho com as crias menos independentes e no socorro a feridos e deficientes, mostram respeito e ternura.

Entre os humanos, o relacionamento entre os elementos de um grupo, clube desportivo ou partido político, constatamos que o egoísmo e a ambição são quase sempre a primeira prioridade, colocada acima do interesse colectivo. E a colaboração nem sempre prima pela verdade, a franqueza e a total abertura que facilite a convergência necessária para a total harmonia de acções orientadas para um objectivo colectivo. Temos muito que aprender com os animais.

Encontrei há poucas horas uma notícia que referia que o líder de um partido estava inteiramente às escuras acerca dos equívocos entre o PR e o Governo sobre a substituição do CEMA, enquanto o seu porta-voz para a Defesa estava dentro dos pormenores e que tinha articulado informação com o próprio ministro socialista, mas nunca tinha transmitido qualquer informação ao chefe de quem, teoricamente, é porta-voz.

Dessa falha de leal colaboração com verdade, lealdade e espírito de convergência, resultou que o porta-voz prestou declarações públicas e comentou o caso na televisão (TVI) em moldes contraditórios com o que o representante do grupo parlamentar do seu partido defendeu noutra estação de televisão (SIC) precisamente sobre o mesmo assunto. Enfim, um grupo em que não há transparência e partilha de informação, muito longe do espírito que Winston Churchill atribui a uma «manada». Como pode um partido ter esperança de vir a governar o País se entre os seus elementos com mais responsabilidade não existe abertura total acerca do que sabem sobre um assunto que se transformou numa crise nacional muito falada? É claro e lógico que o líder do partido, quando teve conhecimento da realidade, entrou em rota de colisão com o seu porta-voz para a Defesa por este nunca o ter informado sobre o assunto com o qual estava a par do que vinha a passar-se. Um membro de uma equipa não deve ter uma agenda paralela ao Chefe, mantendo este na ignorância das realidades de que deve estar informado.

Segundo Winston Churchill, O Chefe deve ser dotado de boa inteligência e isto aplica-se aos chefes das pirâmides subordinadas da estrutura do grupo que ao serem escolhidos pelo chefe da «manada» devem ser bem seleccionados segundo as suas capacidades para que haja segura garantia de que merecem ser empossados.

Em conclusão, devemos evitar a prepotência de menosprezar os animais ditos irracionais e observar bem as suas virtudes de ética social e extrair delas ensinamentos que, bem aplicados às nossas realidades, nos podem ser muito úteis. Mas quando chegarmos a essas conclusões, não basta recitá-las, pois a vantagem só se obtém pelo comportamento mais adequado.

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sexta-feira, 15 de outubro de 2021

MUDANÇA CONSCIENTE E PRUDENTE

(Public em DIABO nº 2337 de 15-10-2021 pág 16 por António João Soares)

Depois da pandemia e de tantos erros devidos a imprudência na tomada de decisões, sem respeito pelas leis nem pelos legais direitos das pessoas, convém que os altos responsáveis parem para pensar antes de se atirarem às cegas com soluções de capricho ou movidas por interesses não essenciais.

Já aqui inseri algumas reflexões sobre a tomada de decisões, sendo a primeira em «preparar a decisão» publicada em O DIABO de 27-09-2016 (quem desejar consultar pode pesquisar no Blog  http://domirante.blogspot.pt, onde são arquivados todos os artigos que aqui publico).

 Para não repetir o que já escrevi, recordo que perante uma situação difícil e inesperada, é preciso manter a serenidade, analisar as suas causas, os factores que a condicionam e a forma como podemos controlar cada uma dessas origens do problema e, nesse trabalho, convém obter a colaboração, mesmo que apenas opinativa das pessoas que têm mais contacto com o assunto e, principalmente, com as que lhe sentiram os efeitos. A colaboração de especialistas independentes e experientes é muito útil para a escolha da melhor solução de entre todas as que forem possíveis. Pode haver variadas soluções todas diferentes e é fundamental que a escolha conte com os efeitos de cada uma antes de se optar pela que pareça mais adequada à realidade que se enfrenta.

É imperioso que se evite uma escolha por palpite ou impressão de ser a melhor e, pelo contrário, assentar em argumentos seguros que conduzam a uma decisão consciente e prudente. O ditado «errar é humano» não deve ser tomado como desculpa, pois devemos fazer o máximo esforço para evitar erros. Por exemplo, para premiar o óptimo trabalho do Vice-Almirante Gouveia e Melo, não convém prejudicar os direitos legítimos de camaradas a quem cabe mais cedo a promoção. As Forças Armadas têm regras que devem ser cumpridas e os donos do Poder devem recordar-se que foram os militares que levaram a cabo o 25 de Abril, cujos resultados não foram muito benéficos para os portugueses que não fazem parte da malta que se tem apoderado do nosso esforço criando milionários, corruptos, etc e o controlo anti democrático da comunicação social, o aumento da dívida pública e a perda de prestígio da Justiça. Sempre que se decide fazer uma despesa deve pensar-se no dia de amanhã e as dívidas feitas hoje terão de ser pagas pelos nossos descendentes. O mesmo se passa com os erros de decisão, que serão suportados posteriormente.

Li, recentemente, um estudo sobre a «tolerância zero» aplicada ao ambiente que, sem ser autoritária, apela ao adequado comportamento de todas as pessoas. Realmente, exemplos de como o de uma escola primária em que os jovens, enquadrados por professoras e auxiliares, munidos de uma vasilha em que colocavam coisas espalhadas numa praia extensa, deixaram esta completamente limpa de lixo. Perante uma boa quantidade de bons exemplos este se contribuirá para conseguir uma sociedade limpa e rigorosamente cumpridora e se conseguirá expandir esta perfeição em todo o país tornando as populações mais limpas e ordenadas, respeitadoras das leis e dos códigos básicos da convivência social.

O lixo recolhido nas vasilhas dos jovens deve ser queimado em incineradores adequados, porque, se for para um vulgar contentor de lixo, pode acabar por ir parar ao oceano que já está mundialmente poluído por toneladas de plásticos que têm causado a morte de muita fauna marítima, intoxicada por falsos alimentos que não são digeríveis. Se os lixos recolhidos pelas autarquias passar a ser incinerado em queimadores apropriados além de evitar a poluição do ambiente, produzirá energia que pode ser muito útil para reforçar a electricidade disponível para o consumo doméstico e para a indústria.

As autarquias, que vivem mais próximas das realidades, devem procurar informação sobre este e outros aspectos da qualidade do ambiente e da qualidade de vida e preparar um futuro mais seguro em todos os factores, indo além da Comunicação Social que, infelizmente, pouco contribui para a formação do saber das pessoas, perdendo o tempo com futebóis e outros assuntos de interesse secundário para a preparação de mudanças conscientes e prudentes para um amanhã mais feliz.

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sexta-feira, 8 de outubro de 2021

BOM COMPORTAMENTO SOCIAL

(Public em DIABO nº 2236 de 211008, pág16 por António João Soares)

Tenho visto muitas imagens em vídeo de animais ditos irracionais a darem bons exemplos de comportamento social que os seres humanos deviam seguir quer na vida familiar quer com vizinhos, amigos e outros. Os próprios governantes, em geral não olham para as pessoas mas sim para o dinheiro ou para os resultados dos amiguismos para votos, para a imagem, a fama e outros benefícios por vezes contrários à moral e à ética.

Recentemente, o eleito Presidenta da Câmara Municipal de Lisboa, num dos dias seguintes às eleições, foi almoçar com os serventes dos serviços municipais de recolha do lixo, como lhes tinha prometido quando em campanha eleitoral. Na sua nova função deve focar o olhar nas pessoas que dependem das suas decisões. Os problemas mais agudos devem ser decididos depois de boa observação, de atento estudo, procurando conhecer os sentimentos das pessoas por eles afectadas. Os legítimos interesses das pessoas abrangidas pelos efeitos da situação devem ser tidos na devida consideração.

Uma campanha eleitoral deve ser utilizada para apresentar um programa a cumprir, com verdade e rigor, durante o desempenho da função para que se deseja ser eleito. Infelizmente tem servido para insultos e ameaças aos opositores, sem uma finalidade digna. Com a propaganda ilusionista evitam ter de mostrar a incompetência para apresentar soluções para os problemas existentes e prováveis.

Nascemos sem nada e quando morrermos, deixamos cá ficar tudo aquilo que adquirimos com mais ou menos ambição. A felicidade não depende tanto do dinheiro e do património que amontoamos, mas mais do sentimento do dever cumprido e dos afectos que fomos trocando em redor e do bem social para que fomos contribuindo na sociedade e na humanidade. Na vida social, o respeito e a amizade são valores essenciais como defendi no artigo de 11 de Junho passado. Respeito pelos interesses nacionais, pelas leis, pelas pessoas em geral, principalmente pelas mais carentes e necessitadas.

Há poucos dias depois das tensões no Afeganistão e na Líbia, têm surgido opiniões a defender que as dificuldades internas dos Estados e as internacionais se resolvem melhor com ajudas para a procura de soluções através de sugestões para o bom entendimento e a harmonia do que com milhares de militares que ocupam o território, cuja presença instiga a actos violentos com perdas de vidas e destruição de património e incita a mais ódios e desejos de vinganças.  Isso tem demonstrado que o «bom comportamento social» é imprescindível não somente entre as simples pessoas, mas principalmente entre os poderes políticos que, muitas vezes, por interesses financeiros das suas grandes empresas nacionais, colocam em perigo as vidas de pessoas e a destruição do património, porque as guerras são aventuras demasiado custosas em despesas e em perdas de vidas.

Seria bom que nos países se fomentasse a função educativa não apenas para a formação cultural e científica, mas também na preparação do respeito pelos direitos das pessoas e também pelas leis, pelas regras de trânsito, etc, etc. E, também, a nível mundial as instituições internacionais criassem formas adequadas para melhorar a paz e a harmonia social, a todos os níveis e em todo o planeta.

No dia 18 de Junho expus uma sugestão que mostra o poder da Igreja no esclarecimento dos crentes sobre o significado dos textos de muitas orações. Por exemplo, na segunda parte do «Pai Nosso», que todos papagueiam sem pensar no significado do texto, consta «“Perdoai-me as ofensas assim como perdoei a quem me tem ofendido” que pode ser aplicado com o respeito pelos outros, a amizade, a compreensão, a tolerância, a solidariedade, etc. Com esta lição e “amai os outros como a vós mesmos”, deixaria de haver violências, terrorismo, guerras.» E o mundo passaria a viver em Paz e harmonia sem ódios, vinganças e guerras.


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sexta-feira, 1 de outubro de 2021

A REACÇÃO AOS FOGOS FLORESTAIS

(Public em DIABO nº 2335 de 01-10-2021, pág 16. Por António João Soares) 

Estamos a findar a época estival de fogos florestais ou rurais que são sempre uma calamidade para os nossos campos e o clima. Já aqui escrevi várias sugestões para a prevenção deste perigo. Em vão. Parece haver factores inatacáveis devido a muitos interesses em jogo. E o dinheiro constitui uma droga demasiado perigosa quando colocado acima do respeito pelas pessoas e pela Natureza.

Mas depois de ocorrerem é muito conveniente que se procure recuperar as qualidades e potencialidades dos terrenos que lhes serviram de palco. Embora a agricultura já não se serve tanto dos matos para alimento dos animais, que são mais reduzidos do que noutros tempos, nem para adubo das terras que que dependem mais de produtos químicos (outro negócio), a vegetação das matas tem vantagens para o clima, para madeira para lenha (pouco utilizada). Mas a Natureza deve ser respeitada e os terrenos queimados devem ser recuperados.

Se um terreno queimado não for devidamente trabalhado, pode transformar-se num espaço selvagem, totalmente diferente do seu aspecto tradicional e com inconvenientes para a qualidade agrícola dos espaços vizinhos. 

Existem áreas de floresta estatal que estão sem a beleza que as tornou interessantes. Por exemplo, uma das encostas da Serra de Sintra que era coberta de pinheiros e muito apreciada e visitada por turistas, passou a estar coberta por mato selvagem, eucaliptos e outras espécies parasitas que secaram o solo e afastaram outras plantas mais simpáticas.

As autarquias zelosas do aspecto e da utilidade do seu espaço natural, devem procurar que a sai população se interesse pela Natureza em que vive. Além da utilidade dos ramos das árvores e da sua madeira, há o aproveitamento da vegetação rasteira para a extracção da biomassa. Claro que não se pode voltar aos cuidados antigos de que resultavam bons aproveitamentos da riqueza vegetal, mas algumas vantagens se podem extrair para economia actual e para a prevenção de incêndios devastadores.

Já aqui referi os meados do século passado em que os pinhais eram roçados anualmente para se obter material para a cama do gado e estrume, depois de devidamente curtido, para o cultivo agrícola. Os trabalhos eram absolutamente seguros sem receio de incêndio, porque, nada era deixado ao abandono espalhado pelo solo. E as fogueiras para aquecer as refeições não alastravam por não haver lenha espalhada. Hoje, esse trabalho não interessa aos agricultores, por utilizarem novos produtos criados pelas novas tecnologias, mas tais materiais resultantes de limpeza e tratamento das matas podem ser utilizados para o fabrico da biomassa. 

É certo que a população produtiva é demasiado reduzida e a maior parte já não tem idade para se preocupar com a actuação nem para inovar soluções úteis e práticas. Mas há que estimular os jovens do interior a conhecer o território e a procurar soluções que até podem ser úteis para a sua ocupação de tempos livres. O desconhecimento destes problemas impede que para eles possam ser procuradas soluções.

E, na sequência de tal estímulo, aparecerá o gosto pela prevenção de incêndios e a aplicação de medidas práticas e eficientes que os evitem sem necessidade de grandes investimentos.

O problema tem que ser resolvido localmente porque a ajuda do poder central não surgirá com características de solução lógica prática e eficiente, porque o Governo central está formado por pessoas que ignoram o país real e não estão motivados para perder tempo com tais «ninharias», por se interessarem apenas em votos e em benefícios financeiros para si, os seus familiares e amigos. E, entretanto, vão aparecendo na comunicação social com promessas balofas que raramente resolvem algo com interesse para as pessoas, na melhoria da sua qualidade de vida segurança e felicidade. Por isso, cada qual na sua área de residência deve procurar aquilo que considerar mais favorável para a sua qualidade de vida e a dos seus vizinhos e amigos e, com isso contribuir para um futuro melhor para Portugal.


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