O roubo de armas não pode ser encarado com a simplicidade de um roubo de pão para enganar a fome. Não constituem uma primeira necessidade de pessoas vulgares. Pela sua perigosidade, são normalmente guardadas a sete chaves sob a responsabilidade de pessoal de garantida confiança. Por isso, é indispensável analisar todo o fenómeno desde a sua génese, desde as causas sociais que se entrosaram e desenvolveram até chegar ao roubo e, depois deste, até às prováveis consequências finais.
Agora é a notícia de seis armas roubadas da base da Marinha no Alfeite, em condições e data não divulgadas. Há pouco mais de sete meses foram roubadas dez armas de guerra nos Comandos na Carregueira. Concelho de Sintra. Quantas terão entretanto desaparecido em outros locais? Quem as roubou? Para quê?
Dada a tensão social, o Governo, mais do que a obsessão pelos euros, deve meditar sobre a população, o seu descontentamento, os seus sacrifícios que só esmagam os mais carenciados, porque o exemplo da Noruega, do Reino Unido e de outros locais do mundo, aconselham muita prudência e apontam que as prioridades devem ser dadas às pessoas e não ao dinheiro acumulado por ricos e desbaratado pelo Poder. Alem dos economistas e contabilistas, os governantes devem aconselhar-se junto de sociólogos e psicólogos, para evitar graves situações de descontentamento e para tomar medidas oportunas e eficazes perante tensões sociais, antes que se tornem dramáticas.
Por exemplo, é urgente que se tomem medidas visíveis e convincentes para a redução das despesas públicas e que se evite asfixiar os mais pobres com excesso de impostos crescentes, alguns sem escalões. Não basta deixar de usar gravata !!!
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