E, de uma assentada, aproveitando uma inacreditável promoção da editora, consegui os 2º, 3º e 4º volumes da saga (que normalmente custariam um total de 49, 44€) por 23 euros e trocos, já com portes... Só acreditei quando os livros chegaram às minhas mãos...
Li o primeiro volume há já algum tempo e escrevi a minha opinião
aqui...
Inicialmente, vi-me um pouco perdida, tentando retomar o fio à meada e relembrar quem era quem na história. Como a cada volume da versão original correspondem dois volumes em português, o ideal é que se leiam aos pares (o 1 e o 2; o 3 e o 4)... e agora mal posso esperar por ver o 5º e 6º volumes...
Presságios de Inverno
O segundo volume. Sendo o primeiro tão claramente introdutório, escrito naquela fórmula quase cinematográfica de uma existência idílica, uma família feliz, mas um passado e uma herança sórdidos que ameaçam irromper à superfície... e irrompem mesmo... É neste ponto que o 1º volume nos deixa, num caos em que a família invasora amaldiçoada há tantas gerações regressa para usurpar o trono. O Rei Akaran é morto e os seus quatro filhos separados e levados para pontos distantes do Reino para tentarem sobreviver escondidos até estarem prontos a regressar.
"Presságios de Inverno" vai reencontrar os nossos desafortunados herdeiros nove anos depois da fuga e é maravilhoso ver de que forma tão inesperada e surpreendente eles cresceram e se revelam na sua nova existência. Agora, jovens adultos, sentem o apelo de se reunirem e tentarem recuperar o domínio de Acácia, vingando o Pai. É um volume intenso, de guerras e intrigas crescentes e um final surpreendente.
Outras Terras
O terceiro volume. Após o desfecho algo inesperado da guerra travada no volume anterior, temos Acácia de novo sob o poder da família Akaran. No entanto, a existência está longe de ser pacífica ou idílica, como era anteriormente. A nova jovem rainha, endurecida pelas circunstâncias, enfrenta as perigosas intrigas da corte, enquanto os irmãos, ambos destroçados pela recente guerra, a ajudam na manutenção da paz e recuperação do território destruído.
Surge um novo e perigoso desafio que é a necessidade de conhecer melhor e reforçar alianças com o desconhecido povo que habita as "Outras Terras", para lá das fronteiras do Mundo Conhecido. Há acções muito diversas, passadas em palcos muito distintos, mas todas elas ligadas entre si. É de grande habilidade conseguir narrar desta forma sem confundir o leitor. A trama adensa-se, aparecem muitas novas personagems e é quase hipnotizante ir absorvendo as revelações que dão a conhecer melhor os pormenores deste mundo imaginado.
O Povo das Crianças Divinas
Este volume lê-se de um fôlego, porque é pura acção, descoberta, terror e fascínio do princípio ao fim. Se o volume anterior é a viagem para um novo continente, neste temos a chegada e confrontação com algo totalmente inesperado. O que se temia é afinal pior, e o que se desconhecia é maravilhoso.
Desde o primeiro volume sabemos que a paz no Império de Acácia se mantém graças a uma droga que o povo consome e o mantém dócil e anestesiado. Essa droga, Bruma, é produzida nas Outras Terras, vendida ao Mundo Conhecido em troca de uma Quota: crianças que são retiradas dos pais e enviadas para esse continente para fins obscuros. Este volume mostra o destino dessas crianças, algumas delas tornadas Crianças Divinas...
É um óptimo desvendar do mistério que se alimentou nos 3 volumes anteriores.
Há traições até dizer chega, magia e feitiços com os quais não se deveria brincar, e aproxima-se uma nova guerra. A maior de sempre. Só faltam dois volumes!