A Sinagoga Kahal Shalom, de seu nome completo Kahal Kadosh Shalom (Santa Congregação da Paz), fica situada na Rua Dosiadou, no antigo bairro conhecido por Judiaria. É suposto ser a mais antiga sinagoga da Grécia, e a única sinagoga de Rhodes onde ainda hoje se realizam actividades religiosas. Havia mais três sinagogas no bairro mas já desapareceram.
Crê-se que esta sinagoga foi edificada em 1577, pois numa fonte existente no pátio há uma inscrição datada do mês de Kislev 5338 (1577). A sinagoga deve ter sido construída nessa época.
A comunidade judaica de Rhodes tem uma história de vários séculos e nos anos 1920 tinha uma população de cerca de 4.000 pessoas. Foi constituída sobretudo por judeus que foram obrigados a deixar a Espanha em 1492. Grande número de judeus atravessou o Mediterrâneo em direcção a Rhodes, e também para Salónica, Istanbul e Izmir. Os descendentes dos judeus provenientes de Espanha são conhecidos como Sefarditas, designação derivada do nome hebraico de Espanha: Sefarade.
A comunidade judaica de Rhodes utiliza, como grande parte dos judeus sefarditas instalados no antigo Império Otomano, uma língua semelhante ao espanhol, o Ladino.
O balcão da sala desta sinagoga, construído nos anos 1930, é destinado às mulheres, que anteriormente assistiam ao ofício em salas adjacentes dotadas de janelas gradeadas através das quais podiam ver o santuário.
No começo do século passado um elevado número de judeus abandonou Rhodes em procura de melhor vida. Outros partiram nos anos 1930, devido às leis anti-semitas votadas pelo governo italiano. Finalmente, aquando da ocupação da ilha pelos alemães (1944), uma parte dos membros da comunidade foi enviada para campos de concentração, tendo apenas sobrevivido 151 pessoas. À direita da entrada oeste da sinagoga encontra-se uma placa em memória das famílias das vítimas.
Actualmente, ao lado da sinagoga encontra-se um museu e uma loja para venda de recordações.
O largo próximo da sinagoga é conhecido como Praça dos Mártires Hebreus, também chamada Praça dos Cavalos Marinhos, devido ao monumento existente no local. Num recanto do largo existe um paralelepípedo de mármore negro evocando a deportação dos judeus.
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| Praça dos Mártires Hebreus |
