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domingo, 14 de março de 2010

Uso de plantas medicinais fica mais seguro e médicos ensinam forma certa de preparo


A alcachofra faz parte da lista de drogas vegetais?foto: Arquivo - O Globo

RIO - A decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de criar normas rígidas para a produção e o uso de plantas medicinais teve boa repercussão, mostra a reportagem de Antônio Marinho, publicada na edição deste domingo do GLOBO. Apesar de seguras na maioria dos casos, elas podem causar danos graves à saúde, quando usadas em folha, casca, raiz ou flor, de forma errada. Para especialistas, quanto mais cuidado melhor. Estudos já mostraram que a qualidade das plantas medicinais no Brasil - principalmente na forma de chás e no comércio menos formal - é ruim.

Veja a fotogaleria com algumas plantas medicinais e suas indicações

Diferentemente dos fitoterápicos - medicamentos obtidos de plantas e fabricados em cápsulas, xaropes e comprimidos - só agora as chamadas drogas vegetais ganharam resolução própria, o que deve aumentar a segurança dos consumidores, segundo especialistas.

E mesmo sendo dirigida à indústria, a resolução, publicada na última quinta-feira, traz informações essenciais para as pessoas que consomem plantas medicinais. O anexo no site da Anvisa lista as 65 espécies mais usadas no país (a maioria brasileira). São dados de nomenclatura, posologia e modo de usar, contra-indicações, efeitos adversos, etc.

O guaraná é estimulante e combate a fadiga/Foto: Arquivo - O globo

Segundo Ana Cecília Bezerra Carvalho, coordenadora de fitoterápicos da Anvisa, as recomendações sobre as plantas medicinais foram feitas após as análises de estudos e revisões bibliográficas com participação de pesquisadores em universidades e ainda por consulta popular.

Para selecionar as plantas, foram levados em conta a citação de eficácia das espécies em livros e publicações científicas (pelo menos três), inclusive de prefeituras e institutos (como a Fundação Oswaldo Cruz), que mantêm hortas comunitárias e farmácias vivas. E ainda material da biblioteca da própria Anvisa. Nenhuma das plantas relacionadas foi testada em laboratório.

Crianças só podem tomar a partir dos 3 anos

Uma preocupação da Anvisa é a posologia. A agência explica, por exemplo, como a droga vegetal deve ser consumida, se criança pode tomar. É preciso ficar atento porque as plantas só devem ser usadas a partir de 3 anos. Inexistem estudos em crianças abaixo desta faixa etária.

- O grupo de 3 anos a 7 anos só pode usar 25% da dose de um adulto. A faixa de 7 anos a 12 anos pode tomar a metade da dose indicada aos adultos; o mesmo vale para idosos acima de 75 anos. Muitos consumidores desconhecem isso e abusam. Há mães que oferecem uma mamadeira inteira de chás - diz Cecília.

A Anvisa chama a atenção ainda para as plantas com histórico de complicações, quando mal usadas, como a quebra-pedra. E reforça que as espécies citadas servem apenas de auxílio contra males sem gravidade.

" Grande parte das plantas medicinais de uso corrente e que está nessa nova lista da Anvisa tem um nível de segurança muito bom. A toxicidade é baixa, inferior a de medicamentos de venda livre como analgésicos em geral. "

O médico Alex Botsaris, diretor do Instituto Brasileiro de Plantas Medicinais (IBPM) e da equipe do Programa Estadual de Plantas Medicinais (SES/RJ), aprova a resolução. Ele cita um estudo da década de 90, feito pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz), mostrando que, de cada dez amostras de chás e plantas medicinais no comércio, sete apresentavam algum problema sério de qualidade. Os principais foram: fezes de animais, ovos de vermes, pedaços de insetos, contaminação por bactérias e fungos e troca da espécie vegetal (o que era vendido não correspondia ao rótulo).

Num outro estudo com espinheira-santa (Maytenus ilicifolia), mais de 65% das amostras coletadas no comércio eram de outra espécie. A maioria era Sorocea bomplandi, planta com toxicidade significativa que pode causar hepatite.

- Grande parte das plantas medicinais de uso corrente e que está nessa nova lista da Anvisa tem um nível de segurança muito bom. A toxicidade é baixa, inferior a de medicamentos de venda livre como analgésicos em geral. Entretanto, se não houver ética, técnica adequada e cuidados no preparo, os riscos aparecem - alerta Botsaris.

Por exemplo, o guaco (Mikania glomerata) é excelente para bronquite e seria seguro até em bebês, segundo Botsaris. Porém, se a pessoa deixa o guaco se contaminar com fungos, eles causam reação na molécula cumarina, formando dicumarol, um potente anticoagulante. E há casos de crianças que tomaram produtos de guaco feitos com a erva contaminada e tiveram sangramento espontâneo pelo nariz e por vias digestivas.

- Esse problema ainda ocorre. Com a nova resolução da Anvisa, é possível que comece a acabar - afirma. - É um primeiro passo para buscarmos produtos com maior qualidade e segurança.

Risco é baixo, mas podem ocorrer sérios danos

Botsaris afirma ainda que as pessoas pensam que planta medicinal não faz mal. Isso ocorre porque na maioria dos casos elas têm segurança boa, ou seja, a quantidade tóxica é muito superior à dose terapêutica. Para ilustrar, a dose tóxica da carqueja é cerca de 40 vezes superior à terapêutica, e mesmo assim ela vai causar apenas náuseas, vômitos e diarreia. E se o mesmo acontecer com fármaco convencional, isso provavelmente será fatal.

Mas nem sempre as plantas medicinais possuem esse nível de segurança, alerta o médico. O confrei (Simphytum officinale) - muito conhecido - contém alcalóides tóxicos. É aplicada como cicatrizante, e um dia alguém inventou que ela também cicatrizava as artérias, prevenindo assim doença cardíaca. O uso indiscriminado para proteger o coração provocou vários casos de doença no fígado:

- Até o Ministério da Saúde proibiu o uso interno de confrei, mas até hoje há pessoas que a utilizam dessa forma - Outro problema é que os médicos possuem um nível baixo de informação sobre os fitoterápicos e não estudam as plantas medicinais na faculdade, como devia ser.

Ministério da Saúde reconhece o uso de ervas medicinais

Sabe aqueles chazinhos de folhas, casca ou raízes de ervas que sua avó aprendeu a fazer com a avó dela? A Anvisa reconheceu o valor dessas drogas vegetais e divulgou a receita de cada uma delas.

Tamanho da letra

Quem nunca fez um chazinho para dormir melhor, ajudar a digestão, curar um resfriado?

“Eu coloco o limão pra cozinhar, pico o alho um pouquinho de açúcar e boto pra ferver”, fala Cleide Lima, doméstica.

Mas a ciência comprovou que, nem sempre, o jeito mais tradicional de preparar chás de plantas medicinais é o que tem os melhores efeitos para tratamento.

Por isso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária decidiu publicar a maneira mais correta de fazer isso e tem novidades.

Lúcia, que acredita que os chás podem curar quase tudo, quis logo saber se os que ela faz para a família estão certos. O Jornal Hoje levou a coordenadora da Anvisa Ana Cecília carvalho pra explicar.

Primeira dúvida: qual a melhor forma de preparar o chá de alho, expectorante e bom para baixar o colesterol?

Cecília – Melhor prepará-lo com água fria. Em vez de ferver a água, a senhora pega o alho, coloca numa quantidade menor de água, num cálice e deixar na água fria. Ele pode ser amassado ou partido, cobrir e esperar por uma hora e tomar.

O capim-santo, também chamado de capim limão, é o que Lúcia usa pra dormir melhor. Ele serve também para cólicas. Mas não pode ser fervido.

Cecília-Sempre que são folhas elas não devem ser cozidas dentro da água. A senhora cozinha a água, põe as folhas no copo, mais ou menos de duas a três gramas e aí põe a água em cima. Espera 15 minutos, coa e pode tomar também.

Para os netos, Lúcia tem sempre em casa o eucalipto, que ajuda no tratamento da asma e bronquite e para aliviar sintomas de gripe e resfriados.

Cecília-A melhor situação é fazer inalação, e não a ingestão oral, engolir pela boca.

“Não vou fazer mais errado. Já acertei”, diz Lúcia Andrade, dona de casa


CLIQUE AQUI PARA BAIXAR A TABELA DA ANVISA

Para melhor compreensão da tabela, confira as legendas abaixo:

A – Adulto
I – Infantil
L – Litro
mg – miligrama
g – grama
mL – mililitro
col – colher
xíc – xícara
x – vezes



quinta-feira, 11 de março de 2010

Sites Relacionados

Ciência

http://designdemoveis.blogspot.com

http://juliapetit.com.br/home/miu-miu/

Encanto

Sei que já estamos bem monotemáticas com a história toda do lançamento de “Alice no País das Maravilhas” e de seus filhinhos licenciados, mas essa não dava para deixar de mostrar pra vocês. A parceria da empresária Ana Strumpf com a ONG Orienta Vida, com licença da Disney, gerou uma linha de produtos incríveis. São almofadas, malas, cadernos, cadernetas, aventais, camisetas, bolsas entre outras loucurinhas. Dá vontade de ter tudo.
aliceaninha

Se você também se apaixonou por cada ítem dessa galeria, saiba que tudo estará à venda a partir de quinta que vem (18/03) , através do site da Orienta Vida. A-R-R-A-S-A.

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Fotos: Divulgação
Postado por: Mari Rossi


Pele lisa

Cera quente, cera fria, roll on, lâminas de barbear, aparelhos de depilação, laser ou creme: qual é a tua escolha na hora da depilação? Em uma rápida conversa com alguns médicos, descobrimos que cada um tem uma preferência: a Dra. Carla Vidal, é adepta incondicional da lâmina de barbear no sentido dos pelos. Segundo ela, a cera não é amiga da mulher porque estimula a flacidez da pele. O Dr. Aldo Toschi indica a depilação definitiva com laser. Ele prefere esta técnica pois a depilação a cera enfraquece os pelos e faz com que encravem com facilidade. Já o Dr. Mauricio dos Santos, indica a depilação com cera quente, já que acredita que a cera fria e o roll on podem estimular os vasinhos nas pernas. A nossa manicure Rosângela (e também depiladora) disse que também já ouviu as mais diversas opiniões. Mas, com a experiência do trabalho adotou a fórmula cera quente nas pernas e virilhas, e roll on nas axilas e buço. Aqui na redação também não há um padrão definido: Mari Lemos e Adriane variam entre a cera quente e a lâmina (Mari tentará nos próximos dias a cera fria comprada em farmácia). Mari In que tem dificuldade em encontrar um bom lugar em Luxemburgo faz tudo sozinha: compra um potinho de cera, esquenta no microondas e manda ver! Já a Mari Rossi investiu na depilação a laser e só precisa cuidar de uma leve manutenção. A Carol não abre mão do aparelho de depilação para as pernas e axilas. Ela disse que dói um pouquinho mais, mas já está acostumada com o processo. A sortuda da história é a Tati Nascimento: ela nos contou que como tem origem indígena na família, não precisa se preocupar com esse assunto (que inveja!). E o curioso é que apesar de nós brasileiras sermos tão associadas as técnicas (basta lembrar que a depilação de virilha nos Estados Unidos leva o nome “brazilian wax”), a origem da depilação com cera quente vem do Egito! Vocês sabiam que o primeiro registro da técnica levam à Cleópatra?
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E você? Como deixa a pele lisinha?
Foto: Reprodução.