‘Je ne suis pas maîtresse de ma foi, mais je le suis de ma volonté ‘*
Jean-Jacques Rousseau, Les Confessions
Jean-Jacques Rousseau, Les Confessions
Lá nas Meditações Metafísicas, René Descartes que provar a existência de Deus! Um dos argumentos que ele articula para fazê-lo, e que constitui uma das “provas” a posteriori, é afirmar que existe uma faculdade infinita tanto em Deus quanto no homem: essa faculdade é a vontade!
Muuuitos séculos depois Freud retoma a questão da vontade pelo viés da satisfação dos prazeres (O mal estar na civilização, Totem e Tabu), ou seja, a vontade continua infinita, na perspectiva do psicanalista, mas ela se expressa na satisfação dos nossos impulsos sexuais que, cada indivíduo organiza de maneira idiossincrática. Uns transam o tempo inteiro mesmo, outros equilibram o sexo com outras atividades, outros nunca transam (mas estes são doentes, não precisa nem ser médico pra sacar, neh!?)
Ah! Não poderia esquecer que antes também teve Schopenhauer, cujo tema – a vontade- rendeu um livro, cuja versão em português é colossal. Este livro se chama O mundo como vontade e representação.
Agora cada um sabe do que eu estou falando, mesmo antes de pensar nisso, aliás, antes de pensar em qualquer coisa, nós já estamos com vontade. Eu acordo e quero dormir mais, se resolvo levantar, dá vontade de comer e tomar banho, aí vem aquela vontadinha que não sair de casa, mas saio....Aí da vontade de ver o ônibus assim que chego no ponto. Dependendo do dia a vontade é que o dia acabe logo! Ou pior, como dizia o rei tupiniquim**, “que tudo mais vá pra o inferno!”.
Agora cada um sabe do que eu estou falando, mesmo antes de pensar nisso, aliás, antes de pensar em qualquer coisa, nós já estamos com vontade. Eu acordo e quero dormir mais, se resolvo levantar, dá vontade de comer e tomar banho, aí vem aquela vontadinha que não sair de casa, mas saio....Aí da vontade de ver o ônibus assim que chego no ponto. Dependendo do dia a vontade é que o dia acabe logo! Ou pior, como dizia o rei tupiniquim**, “que tudo mais vá pra o inferno!”.
Eu tenho vontade de viver assim, tergiversando, vagando pelo pensamento ocidental, só porque aprender o mandarim arcaico deve dar um trabalho incomensuravelmente árduo. Mas não dá não...Só agora me lembrei que o assunto deste post não tinha praticamente nada a ver com este tema! Mas se já está aí, fazer o quê? Não cansarei mais meus caros leitores, mas volto a semana que vem! Abraços!
* ”Não sou mestre de minha fé, mas o sou de minha vontade”.
** Para os mais jovens: trata-se de Roberto Carlos.
** Para os mais jovens: trata-se de Roberto Carlos.