quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

O desplante é total

Acabei de ler na revista "Sábado" que José Raul dos Santos, um deputado deste país, autarca (ou ex-autarca?) de Ourique, chocou contra um carro e, para evitar soprar no balão, mostrou o seu artão do Parlamento. Ao ver que a polícia não se deixava convencer com os seus "argumentos de bom senso", este deputado da nação fez o quê? Fugiu. Sim, leram bem, fugiu.
Quando os cidadãos de um país elegem, de livre e espontânea vontade, como seus representantes "Fátimas Felgueiras", "Valentins Loureiros", "Josés R. dos Santos", e outros que tais, é difícil ter alguma esperança quanto ao futuro.
A falta de vergonha, de decência, de responsabilidade, de verticalidade, de justiça, de honestidade, está, se dúvidas existissem, definitivamente instalada neste país. É o salve-se quem puder e como puder.

O lago dos cisnes

Composto por Tchaikovsky em 1876, por encomenda do Teatro Bolchoi de Moscovo, O Lago dos Cisnes, notabilizou-se pela beleza da música. Inspirado numa antiga lenda alemã, em que o mundo tridimensional se cruza com um mundo mágico e místico, O Lago dos Cisnes conta a história de Odette, uma princesa transformada em cisne pela acção perversa de um feiticeiro. Após uma difícil luta entre o poderoso e cruel Von Rothbart, e o Príncipe Siegfried, Odette é finalmente resgatada pelo amor do príncipe.Uma história em que prevalece o poder do amor, sobre a ambição e a traição.

Ontem, na reposição da versão coreografada pelo ex-director artístico da Companhia, Mehmet Balkan (segundo Marius Petipa), que conta com música de P. I. Tchaikovski, cenografia e figurinos de António Lagarto e desenho de luz de Vítor José, os papeis de Odette/Odile e Príncipe Siegfried estiveram a cargo de Barbora Hruskova e Carlos Pinillos que foram, como sempre, superlativos.

Apesar de o corpo de baile ainda apresentar problemas de técnica e alguma descoordenação, é um prazer ver a CNB, no seu conjunto, tão saudável em palco e a transportar-nos, a mim pelo menos, para um universo onírico e, quase, imponderável.

Pena é que este ano a música seja gravada e não ao vivo pois retira sempre um pouco da magia decorrente da cumplicidade entre os bailarinos e maestro/orquestra. Espero que não seja também uma consequência desta duvidosa, to say the least, entidade cultural OPART.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Do you believe it?????

Recebi esta pérola e não sei se estão a gozar comigo ou a falar verdade:


"Quem viu o mapa de Portugal no Finantial Times de 13 de Outubro de 2007? (...) .Segundo o mapa, repetido em duas páginas, não há Portugal: ha quatro cidades numa região que se chama Algarve (Praia da Luz, Lagos, Albufeira e Faro).Para cima, fica Espanha.(...)"

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Ao que isto chegou

ANF quer introduzir junto dos clientes das farmácias um cartão de crédito que permite acumulação de pontos pelos medicamentos que compram trocando-os por produtos de catálogo, que se vai "traduzir em vendas mais agressivas" pelos estabelecimentos.

1 mês de imensa saudade

sábado, 8 de dezembro de 2007

Papá

O meu pai era um homem bonito. Muito bonito. Alto, magro, elegante, distinto. Olhar carinhoso, por vezes triste, profundo. Tinha umas mãos lindas, eu adorava as suas mãos. Esguias, elegantes, suaves.

O meu pai era um homem bom. Tímido na sua bondade, por vezes inibia-se na demonstração dos seus afectos e emoções, mas tinha um coração grande, um coração imenso.

O meu pai era um homem honesto. E, muitas vezes, por isso, sofreu em silêncio com a desonestidade daqueles que o decepcionaram profundamente.

O meu pai era um homem justo. E nem sempre o seu sentido de justiça foi compreendido e aceite por quem se regia por valores menos nobres.

O meu pai era um homem cumpridor. Com uma consciência profunda dos seus deveres e obrigações.

O meu pai era um homem com sentido de humor. Com o seu sentido de humor.

O meu pai era um homem tímido.

O meu pai era um homem calado. Guardava para si aquilo que o fazia sofrer e o que o entristecia.

O meu pai era o meu pai. O meu querido pai.

Há quase um mês que o meu pai partiu. Sem aviso, serenamente.Deixou-nos a saudade imensa, esta ausência dolorosa. Ficou a memória doce, a ternura, o amor, o carinho, o sorriso, a cumplicidade, os valores, o orgulho de sermos quem somos.

O meu pai partiu mas estará sempre comigo.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Ausência

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Saudades

Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades…

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei…

Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser…

Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro…

Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser…

Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!

Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!

Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!

Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.

Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências…

Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!

Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!

Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,

Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que…
não sei onde…
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi…

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês…
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.

Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados…
para contar dinheiro… fazer amor…
declarar sentimentos fortes…
seja lá em que lugar do mundo estejamos.

Eu acredito que um simples“I miss you”
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.

Talvez não exprima correctamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.

E é por isso que eu tenho mais saudades…
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência…

Clarice Lispector

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Saudade é...

Quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

AUSÊNCIA

Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua
Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.

Sophia de Mello Breyner Andresen

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

O meu Pai

O OFICIAL

Diplomata da palavra
Porte de aristocrata:
Alto como uma torre,
O Zé Dias confundia
Com quem com ele convivia
Nos terrenos da Egitânia.
Oficial garboso,
Sempre fardado a rigor.
Incapaz de uma ofensa
Era o modelo da elegância
Da brincadeira e da prudência.
Admirava-o como a um deus.
Passaram mais de quarenta anos
Sem o voltar a encontrar.
E no encontro que tivemos
Não nos reconhecemos:
O meu deus encolhera no tempo,
Eu envelhecera na idade.
Da juventude ficou a semente:
O Zé Dias ficou como referência,
Como modelo de sã camaradagem.
E na minha viagem pelo tempo
Serviu-me de luz e de contenção.
O Zé Dias foi na Guarda
O grande amigo,
Um exemplo, a melhor lição.

Cunha Simões in

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Saudades do Futuro

Eu tenho andado tão sozinho ultimamente
Que nem vejo em minha frente
Nada que me dê prazer
Sinto cada vez mais longe a felicidade
Vendo em minha mocidade
Tanto sonho perecer
Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde prá plantar e prá colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela para ver o sol nascer
Às vezes saio a caminhar pela cidade
Procura de amizades
Vou seguindo a multidão
Mas eu me retraio olhando em cada rosto
Cada um tem seu mistério
Seu sofrer, sua ilusão

Estados d'alma

Lembra de mim!
Dos beijos que escrevi
Nos muros a giz
Os mais bonitos
Continuam por lá
Documentando
Que alguém foi feliz...

Lembra de mim!
Nós dois nas ruas
Provocando os casais
Amando mais
Do que o amor é capaz
Perto daqui
Há tempos atrás...

Lembra de mim!
A gente sempre
Se casava ao luar
Depois jogava
Os nossos corpos no mar
Tão naufragados
E exaustos de amar...

Lembra de mim!
Se existe um pouco
De prazer em sofrer
Querer te ver
Talvez eu fosse capaz
Perto daqui
Ou tarde demais...

Lembra de mim!...

Lembra de mim!
A gente sempre
Se casava ao luar
Depois jogava
Os nossos corpos no mar
Tão naufragados
E exaustos de amar...

Lembra de mim!
Se existe um pouco
De prazer em sofrer
Querer te ver
Talvez eu fosse capaz
Perto daqui
Ou tarde demais...

Lembra de mim!...

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Cafeína melhora evolução nos prematuros

A terapêutica com cafeína pode alterar de forma radical a probabilidade de sobrevivência sem sequelas de maior quando administrada a bebés muito prematuros. Uma nova investigação, publicada no New England Journal of Medicine, revela que doses altas de cafeína administradas a bebés com uma média de gestação de 27 semanas reduziu o risco de incapacidades graves, incluindo paralisia cerebral. Os autores sublinham que esta é a primeira terapêutica a mostrar de forma tão clara a redução das taxas de incapacidades nestes bebés.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Personagens que escapam à minha compreensão

Sintonizei a SIC Notícias e eis que aparece esta criatura, para mim aberrante, chamada Rui Santos a discorrer sobre um jogo qualquer. Alguém aguenta?

Não resisto a evocar novamente Eça




As grandes novidades no debate do Orçamento de Estado foram na Saúde

42 MILHÕES PARA VACINA, CHEQUES-DENTÁRIOS E PMA
As jovens vão receber vacinas gratuitas contra o cancro do colo do útero. Os casais inférteis, consultas e tratamentos para terem filhos. As crianças, grávidas e idosos, cheques-dentários para prevenir a cárie. Depois do discurso de contenção nas contas, o Ministério da Saúde aposta agora no discurso do alargamento dos cuidados. No caso da vacina, sem esperar pelos pareceres técnicos. E nas outras medidas, recorrendo aos serviços disponíveis no privado (!!!). Ao todo, estas três decisões ontem anunciadas no Parlamento pelo primeiro-ministro José Sócrates vão custar ao Estado 42 milhões de euros em 2008 e 57 milhões em 2009."Visam colmatar três problemas importantes do Serviço Nacional de Saúde e só foram possíveis agora porque temos a contas em dia (????) e recebemos uma dotação orçamental de mais 225 milhões para o Serviço Nacional de Saúde", afirmou ontem o ministro Correia de Campos.

As mulheres de meu pai



Confesso que sou uma admiradora (quase) incondicional do escritor José Eduardo Agualusa que nos brinda sempre com uma das mais "belas expressões contemporâneas da língua portuguesa".

"As Mulheres do Meu Pai", o seu novo livro (que ADOREI!) conta a história de Laurentina, cineasta moçambicana há muito residente em Portugal, que descobre que seu pai verdadeiro não era o pacato burocrata lusitano que imaginava, e sim um músico angolano, famoso pelo talento e por ter quase 20 filhos com diversas esposas, namoradas e companheiras. À procura das suas raízes, ela realiza uma viagem pelos países que o seu pai percorreu: Angola, Namíbia, África do Sul e Moçambique.

Segundo Agualusa o romance surgiu a partir de uma viagem que fez em finais de 2005 com a cineasta Karen Boswall. "A história verdadeira da viagem vai alimentando a ficção do romance", segundo o escritor. A história nasceu como roteiro para um filme, mas o vício da literatura impôs-se dando forma ao romance. Este segue dois fios paralelos: a viagem de Laurentina e uma espécie de “making of” do livro, no qual Agualusa narra seus esforços para produzir um documentário sobre a música na África Austral. Aliás, o roteiro já está feito (Sílvia Godinho) e foi apresentado no Fórum das Letras em Ouro Preto (Brasil). Segundo FJV, no A Origem das Espécies: “vimos uma espécie de diaporama do road-movie, no mínimo comovente, com música fantástica de um quarteto de cordas do Soweto."

As personagens, fascinantes, são pessoas divididas entre a busca de raízes e/ou da memória histórica e o desejo de esquecer, de romper barreiras e fronteiras e (re)inventar a própria identidade. As mais interessantes são as que se redesenham diversas vezes, mudando de nacionalidade, profissão, ideais políticos. Tudo o que parece sólido desmancha-se no ar e a vida parece "gozar" sempre com os que acham que a podem domesticar com verdades irrefutáveis.
A escrita é fantástica, poética, bem-humorada, colorida, surpreendente, fascinante. “De quantas verdades se faz uma mentira?”- é a interrogação inicial.

Para além de tudo o mais, Agualusa aguça, como sempre, o meu apetite por visitar África, e Angola em particular (“Se fosse uma ave, Luanda seria uma imensa arara, bêbada de abismo e de azul…”), e confirmar esse imaginário do princípio de tudo, da imensidão sem fim, de lembranças, sonhos, esperanças e também de frustrações.

“- Leve os sonhos a sério – sussurrou. – Nada é tão verdadeiro que não mereça ser inventado.”

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Lembram-se?

Novamente Os Tibetanos

Porque voltei a jantar no Os Tibetanos (quem diria que em pleno Novembro seria possível jantar na esplanada?) deixo-vos um pensamento de Buda:

A verdadeira vida só pode encontrar-se no momento presente mas o nosso espírito raramente reside nele. Em vez disso, lembramo-nos do passado e ansiamos pelo futuro. Temos uma ideia sobre nós próprios mas raramente estamos em contacto connosco. O nosso espírito está demasiado ocupado pelas recordações do passado e os planos para o futuro. A única maneira de entrar em contacto com a vida é voltando ao momento presente. Quando souberes residir no momento presente serás um iluminado e terás encontrado a tua verdadeira casa.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

A Outra Margem

"Frequentemente nós colocamo-nos numa margem que entendemos que é a margem correcta, e excluímos os outros para a outra margem, onde nós achamos que estão os seres humanos incorrectos".
É sempre uma enorme satisfação quando vejo um filme português que me convença. Que me convença pela credibilidade do argumento, dos diálogos, dos personagens, dos cenários. E, o filme A Outra Margem , de Luís Filipe Rocha, convenceu-me. Um fantástico Filipe Duarte num papel de assombroso realismo. Eduardo Silva num papel que se lhe cola à pele. Sara Graça num retrato fidelíssimo. E, claro, last but not least, Tomás Almeida que "enche" o écran e nos "agarra" e comove com a sua ternura e autenticidade. E aqui, não posso deixar de parabenizar (como dizem os brasileiros) a Crinabel pelo seu excelente trabalho no apoio a crianças com deficiência.
E depois, há também Amarante que nos proporciona imagens belíssimas e que me fizeram ter vontade de lá voltar breve, breve.
Definitivamente, um filme a não perder.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Os Tibetanos

Acabei de degustar um belíssimo flan de tofu com agriões e algas acompanhado de cous-cous no Os Tibetanos e, ao som de um mantra, voei no tempo e regressei a Junho do ano passado, regressei ao Tibete.

As minhas viagens de sonho vão todas, ou quase todas, parar à América do Sul. Tenho fascínio pelo Chile, atracção pela Argentina e, claro, amor, ou será paixão?, pelo Brasil. E o Peru. E um bocadinho mais acima, a Guatemala.

O ano passado um querido grande amigo "deitou-me a mão" e desafiou-me a acompanhá-lo à China e ao Tibete. Não tendo sido nunca destinos sonhados foi , no entanto, uma decisão, por motivos vários, rápida. Sim. E assim parti, pela primeira vez, para a Ásia.

China. Adorei. Diferente de tudo o que já conhecia.

Mas o Tibete, o Tibete foi uma experiência especial. As pessoas, os cheiros, a fé, as cores, a energia. Inesquecível. Lavou-me a alma e o coração. E hoje, ao jantar, senti essa tranquilidade e paz enquanto "viajava" novamente por essas paragens.

Mas, porque nem tudo são rosas, quero também manifestar o meu total repudio pela ocupação do Tibete pela China e expressar o meu desejo por um Tibete livre.



Memórias felizes da infância III

Memórias felizes da infância II

Como eu suspirava pelo Jean-Luc...

Memórias felizes da infância I


segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Sabem onde posso encontrar?






Georgia O'Keeffe - uma das minhas pintoras favoritas

"Nobody sees a flower, really, it is so small. We haven't time - and to see takes time like to have a friend takes time. If I could paint the flower exactly as I see it no one would see what I see because I would paint it small like the flower is small. So I said to myself - I'll paint what I see - what the flower is to me but I'll paint it big and they will be surprised into taking time to look at it - I will make even busy New Yorkers take time to see what I see of flowers. ...Well, I made you take time to look at what I saw and when you took time to really notice my flower you hung all your own associations with flowers on my flower and you write about my flower as if I think and see what you think and see of the flower - and I don't. "
- Georgia O'Keeffe





domingo, 28 de outubro de 2007

Ao Anoitecer

Filme de Lajos Koltai com Meryl Streep, Vaness Redgrave, Toni Collette, Claire Danes, Glenn Close,...
Filme bonito, de certa forma onírico, mas que, apesar do elenco de luxo e correspondente interpretação, não me conseguiu "agarrar".
Mas há um momento, o do encontro final de M. Streep com V. Redgrave, absolutamente perfeito, de partilha total, de Amor pleno entre duas amigas. Não são as palavras, é a linguagem do corpo, o olhar, o gesto. Sublime.

Horário de Inverno



Adoro esta sensação de ter podido dormir "mais uma hora", de poder prolongar o estado de preguiça e ritmo domingueiro por mais tempo.



Mas ( quase sempre há um mas) depois vem o pior: o anoitecer cedo, os dias progressivamente mais pequenos, aquela sensação de se acabar um dia de trabalho e já não ter luz para gozar, para "respirar", enfim, a aproximação do Inverno.



quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Cancro da Mama



Não se assustem que eu não vou só falar de doenças nem tão pouco estou obcecada pelo assunto. Acontece que estou envolvida nalguns projectos de I&D nestas áreas e também me parece que fazemos muito tabu sobre elas o que só cria ideias erradas e , muitas vezes, medos irracionais.

Vai acontecer no dia 11 de Novembro, no Parque das Nações, a corrida Sempre Mulher. Encontramo-nos lá?

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Stop TB

Eis um assunto que me preocupa verdadeiramente e para o qual acredito que nunca é demais chamar a atenção, até porque ainda está envolto em muita ignorância e preconceito, uma dupla fatal:
Tuberculose
Como infelizmente vem sendo habitual, naquilo que é mau Portugal ocupa "honrosamente" posições destacadas no ranking internacional: A prevalência da tuberculose em Portugal é de 33,7 casos por cem mil habitantes, o que corresponde praticamente ao triplo da média da Europa Ocidental.
A OMS declarou a tuberculose como uma emergência global, com nove milhões de casos anuais (1,7 milhões de mortes por ano).
Sendo a tuberculose uma das doenças infecciosas mais mortíferas e causadoras de sofrimento, a OMS lançou o Plano Global «STOP TB 2006-2015», que visa a redução para metade da prevalência da TB e da mortalidade causada por esta doença.
O Dr Jorge Sampaio, o enviado especial do secretário geral da ONU para a tuberculose, foi o orador principal na Forum Ministerial Europeu ‘"All Against Tuberculosis" que decorreu hoje em Berlim. Estiveram presentes ministros de 49 países que formularam a Declaração de Berlim sobre Tuberculose que "constata com preocupação que a TB re-emergiu como um ameaça crescente de saúde na região europeia da OMS" e "reconhece que uma abordagem europeia será a chave para o controlo e eventual eliminação da TB". A declaração também prevê a adopção da estratégia Stop TB em todas a suas vertentes.
Porque este assunto é demasiada grave (não nos esqueçamos da nova forma resistente "virtualmente incurável", baptizada de tuberculose XDR, que, no nosso caso "importámos" do leste europeu) espero que não fiquemos apenas pelas intenções e que, efectivamente, se implemente um plano "à séria" para combater este verdadeiro flagelo.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Restaurante Poço das Fontaínhas


Agora que se aproxima a hora do almoço, lembrei-me do delicioso bicho do mar escaladinho acompanhado de sangria e de excelente companhia (obrigada F., J. e E.), não esquecendo a sobremesa "super-light" ;), que degustei no sábado em Setúbal neste, para mim novo, restaurante que passará a fazer parte da minha lista de "A repetir muitas vezes".



E, falando em coisas boas "relacionadas" com Setúbal (para bom entendedor uma imagem basta):


domingo, 21 de outubro de 2007

Juan Y Graciana

Julio y Veronique

Tango Quattro

Arrebatador. Amei.
O quinteto argentino Tango Quattro foi acompanhado pelos pares de bailarinos Juan Capriotti & Graciana Romeo (que já foram meus professores e, espero, voltem ser breve, breve) e Julio Luque & Veronique Guide (absolutamente apaixonantes).
Quem diz que não gosta de tango, ou que o tango não é actual, não sabe do que fala.

sábado, 20 de outubro de 2007

Aula Magna

E porque a vida tem coisas boas, vou agora ter com S. para irmos ver, mais logo, Tango Argentino, Tango Quattro. As expectativas são boas, amanhã confirmarei (espero).

40%

Um relatório recente mostra que, sem ajuda do estado, 40% dos nossos conterrâneos seriam considerados pobres. Mostra que a classe média se evapora.
O sinal de alarme está aí.
Nuno Rogeiro, in Sábado.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Fados

Fui ver o filme "Fados" de Carlos Saura. Gostei. Não me chocou a dança, não me choca a fusão. Teria preferido ver mais fadistas (Celeste Rodrigues, Cátia Guerreiro, Jorge Fernando, Ana Moura, Cristina Branco, ...) e menos variações, mas adorei a dupla Mariza/Miguel Poveda , adorei conhecer Lura, Lila Downs, Toni Garrido. Contudo,
Faltou mais Amália. Pelo FADO que foi, é e será.


Senti falta de Hermínia Silva.


E o fado de Coimbra?

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Salsa

Hoje foi dia de Salsa, modalidade onde fui parar por mero acaso. Antes de me ter iniciado neste vício, há uns bons anos, nunca tinha tinho nenhum fascínio especial por esta dança. Acresce dizer que adoro dançar. Desde muito pequena que danço, desde ballet clássico & Espanhol, com a fantástica D. Célia, até folclore (é verdade, até eu tenho dificuldade em acreditar!), nos tempo fantástico da faculdade.
Mas, já estou a divagar, apesar do objectivo deste blog ser mesmo esse.
Bom, para os "pés-de-chumbo" que queiram mudar de vida, acontece este fim de semana (19, 20 e 21) mais um Congresso Mundial de Salsa em Lisboa. É uma óptima oportunidade de frequentar alguns workshops com os maiores especialistas mundiais de salsa e aproveitar para dar um pézinho de dança "all night long".

Cancro do colo do útero: Portugal lidera número de casos da UE


Portugal é o país da Europa onde existe a maior prevalência de cancro do colo do útero (17 em cada 100 mil mulheres), doença que mata uma mulher por dia (!) no nosso país. Este cancro é causado por um vírus, o Papilomavírus Humano. Certos tipos deste vírus são capazes de transformar as células do colo do útero, provocando lesões, que em alguns casos progridem para lesões cancerosas. Esta progressão acontece apenas num número reduzido de casos e desenvolve-se ao longo de vários anos. O rastreio, através do exame de Papanicolau, é essencial porque detecta alterações nas células numa fase precoce, permitindo que se evite a progressão para lesões cancerosas e evitando muitas mortes. No entanto, não protege contra a infecção por Papilomavírus nem contra as alterações nas células. Todas as mulheres portuguesas podem, e devem, exigir fazer o rastreio, que é totalmente gratuito: "Só não faz quem não quer".
Estudos recentes sugerem que a utilização das novas vacinas poderão causar uma redução de 70%, ou mais, no número de casos de cancro do colo do útero. Não nos esqueçamos, porém, que a verdadeira prevenção está no acompanhamento e nos comportamentos que, como infelizmente sabemos, são falhas crónicas no nosso país.

Música, linguagem universal

Recebi agora da B (merci B.) esta fantástica performance rítmica.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

domingo, 14 de outubro de 2007

Vinicius

A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo,o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se,o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflecte. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o património de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.

Paulo Autran, adeus

A última vez que tive a imensa sorte de ver, ao vivo, o actor brasileiro Paulo Autran foi na peça "Visitando Mr. Green". A sua postura, a sua voz voz em palco, materializaram-se na encarnação plena da personagem Mr. Green, transportando-nos, a nós público, para aquele quarto e fazendo-nos viver as suas emoções. Uma experiência inesquecível.
Soube agora que morreu.
Adeus Paulo Autran.

sábado, 13 de outubro de 2007

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Sophia

De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua,
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.

Foi tão bom


Um piscar de olhos às minhas primeiras comentadoras ;)

My turn

Pois é, tive vontade de também divagar um pouco neste universo da blogosfera. Apeteceu-me. O que vai sair daqui não sei mas serão, certamente, divagações dos 40.

E querem mais divagação que roupinhas-desejo (vi no Oficina de Estilo) de cerâmica? Barnaby Barford (artista e designer londrino que cruza e mistura as fronteiras entre arte, ofício e design) foi convidado pela Wallpaper para recriar o look de marcas muitoooo desejadas em CERÂMICA. E o resultado é simplesmente delicioso. Quem nunca sonhou em ter um LV?