Porto carago, não carago...

Ai o meu Porto... que reviver de um lugar maravilhoso!

Soube tão bem ir arranjar-me, soube tão bem o cafézinho e o barrilzinho, soube tão bem as compras, soube tão bem ver H&M, H&M, H&M & H&M, soube tão bem conduzir outra vez, soube tão bem ver as luzes do meu Porto, soube tão bem a vista do Bacalhoeiro, soube tão bem ir ao D. Gancho (ainda que o molho das francesinhas viesse frio), soube tão bem ir ao cinema, soube tão bem comer bacalhau, aletria, rabanadas e leite-creme, soube tão bem ver o livro do meu pai, soube tão bem poder oferecer as minhas recordações, soube tão bem ouvir a minha afilhada a tocar piano, soube tão bem estar com a minha família...

Soube mesmo bem estar outra vez na melhor cidade do mundo: Viva o PORTO!!!

Não vou falar da viagem para o Porto

Não vou falar da viagem de Bucareste até ao Porto, não vou falar no minúsculo aeroporto de Baneasa, não vou falar dos atrasos (parece) habituais das companhias aéreas naquelas bandas, não vou falar do ground force que nos disse ser proibido tirar fotos no aeroporto, não vou falar do taxista italiano que nos levou a uma velocidade tão baixa que fiz a viagem toda a pensar "ai que saudades de segurança num carro", não vou falar do bunker de dormidas montado no aeroporto de Bergamo que tinha o chão frio, não vou falar dos atrasados do nosso voo da Ryanair que ainda reclamavam porque é que não deixavam sentá-los com as crianças ao lado (porque é que é que tinha de ser naquele lugar e não no que te ofereceram onde poderias ficar com as tuas crianças, enfim, italianos!), não vou falar das vezes em que os hospedeiros de bordo nos contaram (deviam estar a contar em italiano, inglês, português, francês, alemão, chinês, romeno, linguagem gestual, hieróglifos...), não vou falar das fussas da hospedeira que nos cabia que cada vez mais se acentuavam, não vou falar do comandante a dizer que, por causa de um passageiro ficámos em terra mais uma hora (porque ele tinha passado a porta de embarque, mas não tinha entrado no avião e poderia estar perdido ali nas pistas... ou a meter alguma bomba por ali), não vou falar do pessoal do aeroporto de Bergamo a ir nos contar outra vez (agora devia ser em língua de aeroporto, ou então língua aérea, ou ainda... um carneirinho, dois carneirinhos, três carneirinhos...), não vou falar do comandante a mandar-nos ir lá fora identificar as nossas bagagens, que estavam todas cá fora ao frio, não vou falar do director do aeroporto que deu parabéns à forma como a Ryanair tinha tratado aquela situação de risco de segurança, não vou falar do comandante que dizia que o director da Ryanair em Dublin também tinha sido contactado, não vou falar dos portugueses e italianos que se revoltavam por causa do passageiro em falta, não vou falar das 4 horas que chegámos atrasados ao Porto...

E também não vou falar do erro do gajo do check-in... pôr 2 malas de 1 pessoa como sendo de 2 pessoas diferentes... fazendo nós temer por uma ameaça terrorista... oh pá, o 1 de Abril era só dali a mais de 3 meses e o Pai Natal não ia gostar desta brincadeira, ah pois não... nem os mais de 170 passageiros do avião, eu incluída... alguém tem a morada deste gajo para nós lhe darmos a nossa prenda de Natal, com bastão incluído?... Grrrr!!!... Fo/%$&#%#%$#"%$"%$"#$

Orgulho de ser Critical Material

UE/Presidência: Tecnologia portuguesa permite livre circulação de pessoas e bens aos novos países da UE

Lisboa, 19 Dez (Lusa) - Quando passar um minuto da meia noite de 21 de Dezembro, o espaço Schengen de livre circulação de pessoas e bens vai ser oficialmente alargado a leste da "Cortina de Ferro", graças a uma solução tecnológica portuguesa.

"Portugal foi pai de uma iniciativa que permitiu que largos milhões de pessoas, a partir de dia 21, se possam movimentar livremente", afirma Filipe Freitas, da empresa Critical Software, que desenvolveu o programa informático SISone4ALL.

O SISone4ALL adaptou o Sistema de Informações Schengen (SIS), a base de dados que liga os países deste espaço de livre-circulação, permitindo a abertura das fronteiras terrestres e marítimas da Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia e República Checa, ainda em 2007, de acordo com o que tinha sido prometido a estes Estados-membros.

Esta solução informática, fruto de uma parceria entre a Critical Software e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), foi encomendada pelo governo português como uma alternativa temporária face ao atraso no Sistema de Informação Schengen de segunda geração (SIS II), que vai incorporar dados biométricos na informação trocada entre os vários Estados-membros.
Caso o sistema tecnológico português não tivesse sido "clonado" e oferecido aos novos Estados-membros, a abertura de fronteiras só seria possível a partir de 2009, data em que, oficialmente, se prevê que o SIS II esteja pronto.

"Esta é a demonstração que empresas portuguesas, se bem orientadas à tecnologia, com competências específicas bem fundamentadas, com experiência internacional, podem ombrear no mercado global" com qualquer outra empresa, argumenta Filipe Freitas, Gestor de Área de Negócio para Administração Pública da Critical Software.

O SISone4ALL, cujo desenvolvimento durou apenas cinco meses pela empresa de software baseada em Coimbra, funciona em rede e está conectado com um sistema central, instalado em Estrasburgo e gerido pela França.

"O SISone4ALL é uma solução moderna. Torna-se, assim, muito mais fácil para o SEF responder tanto aos requisitos europeus como aos nacionais", afirmou o gabinete de relações públicas do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, à Agência Lusa.

"O SEF está muito satisfeito com esta solução", afirmaram os responsáveis do organismo, acrescentando que "a solução implementada do SISone4ALL é muito estável e apresenta elevada performance.

O desenvolvimento do software começou a 18 de Outubro de 2006 e, menos de um ano depois, a 31 de Agosto de 2007, a solução informática estava operacional em todos os Estados-membros.

"No final tudo correu bem e foi cumprido", congratula-se Filipe Freitas, sublinhando que o alargamento de Schengen "é um valor acrescentado extraordinário em termos do sentimento que estes cidadãos têm da sua plena cidadania da União Europeia".

A 21 de Dezembro, o primeiro-ministro português e presidente em exercício da União Europeia, José Sócrates, vai marcar oficialmente o último grande momento da presidência portuguesa da UE com uma deslocação a alguma das fronteiras físicas que vão ser abolidas.

A cerimónia de abertura de fronteiras conta também com a presença do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e do comissário europeu da Liberdade, Segurança e Justiça, Franco Fratinni, numa comemoração local, dia 21, de manhã, na zona fronteiriça entre a Alemanha, Polónia e República Checa.

Mais tarde, os três representantes da União Europeia dirigem-se ao Porto de Tallin, Estónia, onde o primeiro-ministro da Finlândia chegará de barco, para assinalar a abolição das fronteiras marítimas (as aéreas só serão suprimidas em Março 2008).

No dia 22 de Dezembro, Sócrates, Barroso e Fratinni vão marcar o alargamento de Schengen numa cerimónia em Hegyeshalom, zona fronteiriça entre a Áustria, Hungria e a Eslováquia, de manhã.

Mais tarde, por volta das 15:00, os três representantes da UE chegam à zona fronteiriça entre Itália e Eslovénia.

A solução tecnológica portuguesa, que resolveu o impasse causado pelo atraso do SIS II, vai proporcionar a mobilidade a cerca de mais 73,6 milhões de pessoas, que antes não beneficiavam da livre-circulação no espaço interno europeu.

"O SISone4ALL está desenhado de uma maneira em que o polícia no terreno tem uma resposta mais rápida do que anteriormente, o que permite uma acção mais rápida, que se pode traduzir numa melhoria de segurança", segundo o SEF.

O SIS II, encomendado pela Comissão Europeia, está já a ser desenvolvido em cada um dos Estado-membro devido às necessidades de segurança cada vez maiores, a que o terrorismo não é indiferente, estando o sistema de 2ª geração português a ser implementado pela empresa espanhola Indra.

"Portugal está na linha da frente, conjuntamente com cerca de seis países, a fazer os primeiros testes deste novo sistema", refere o gabinete de relações públicas do SEF, no seguimento da parceria entre a Indra e o SEF.

Contudo, até 2009, meta oficial, o SISone4ALL vai ser garante da eficácia portuguesa na Europa, permitindo o desaparecimento dos últimos vestígios da Cortina de Ferro, que separou leste e oeste no pós-guerra mundial.

Caso o SIS II, devido à complexidade que envolve, se atrase mais do que a meta prevista, Filipe Freitas garante que o software que a sua empresa criou está apto a ser usado por mais anos, com garantia de eficácia e segurança.

"O sistema actual, em particular com esta solução temporária do SISone4ALL, é garante de que as coisas como estão funcionam", sublinha Freitas.

MZF/SRS.

© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.2007-12-19 07:35:04

Também se trabalha!

Pois é, e porque não é boa-vida, hoje ficou-se no escritório até às 21h30... a ouvir o nosso CEO a dizer que a Critical Software atingiu os 16 milhões de lucros e cresceu 86% em número de empregados só em 2007.

Palavras para quê?

E o que será que reservará 2008?

http://www.criticalsoftware.com/

Despedidas

Este weekend foi dedicado à nossa c10 já quase romenita, que se preparava para sentir outra vez o cheirinho a pastéis de belém e o solzinho de Lisboa na cara...

Em compensação, íamos deixar de ter a nossa sábia romena ali ao lado, a quem se perguntava o que dizer ao romeno, que restaurante escolher, o que agradecer ao empregado, os sítios a visitar, onde eram os shoppings e os mercados para fazer compras, as lembranças a levar...

Foi um fim-de-semana cheio de comida, música, noite, neve, árvore Millennium, batalhas, comida, cházinhos, Unirii, Moşilor, feira, jantar... e neve... e neve...
Espero que tenhas gostado de toda a tua estadia aqui em Bucareste!

Foarte Felicitǎri!...

Por tudo e mais alguma coisa, um MUITO OBRIGADA ANA!!! Mulţumesc!

Revivalismo de outros tempos

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...SNOW FALLS!!!

Ginásio em casa... ah que luxo!

Pois é... já estava com saudades de fazer exercício físico em casa... Não é que o destino me fez ver o catálogo do Carrefour daqui e... ora nem mais... uma bicicleta indoor por cerca de 40€... humm... um ginásio minimamente bom, o que quer dizer com aulas de localizada, custa cerca de 20€ por mês... pois é, bicicleta paga em 2 meses... nem hesitei. Fui ao Carrefour de Grozavesti, comprei a bicicleta e ainda tive direito a ir ao local onde a garantia é carimbada, que fica nas traseiras da loja e onde estão 3 funcionários quase sem fazerem nada... tenho 48h para ver se a bicicleta está boa...
Ainda pensei: apanho táxi? mas a minha mania de carregar coisas levou-me para o metro... e para o desgaste dos meus bíceps até casa... acho que realmente precisava de mais uns pesos para esta zona... mas eis que tenho o meu ginásio em casa quentinha!... Só faltava o meu colchão de ginástica... próxima compra...

1ª Visita oficial: Sighisoara

Finalmente conhecer um pouco mais da Roménia que não seja Bucareste...

Tudo começou era muito cedo, tivémos de apanhar o metro lá para as 5h30... e nós a pensar que o metro iria vazio... pois, esquecemo-nos que em Bucareste existem mais uns milhares de jovens a pensar em ir para a neve... e assim estávamos de pé no metro às 5h30 da matina.

Chegámos à bilheteira e a mulher, embora não sabendo nada de inglês, já devia estar tão habituada a estrangeiros, que mostrava tudo direitinho num papel, com o preço... impecável!

E lá fomos para o comboio a correr porque já era horas... mas, como sempre, o comboio só partiu uns 10 minutos atrasados e nós sem sabermos onde eram os nossos lugares... mas lá descobrimos uns belos sofás para nos sentarmos...

Observação do comboio: toda a gente envergava calças de esqui e comiam mcdonald's (típicos romenos!), juntamente com respectivas pranchas de snowboard e esquis...

1ª Stop: Ploiesti! Vimos muita gente a movimentar-se a ir lá para fora, mas descobrimos que afinal era para ir fumar...

2ª Stop: Sinaia! Não sei porquê, mas notou-se assim uma brisa... porque será que teriam saído nesta paragem? humm... será por ser a estância de esqui de Sinaia?

3ª Stop: Predeal! Mais gente a sair... humm... outra estância de esqui?

4ª Stop: Brasov! Agora o comboio ficara vazio! Devia ser a última estância de esqui...



Finalmente, ao fim de mais algumas stops e 2 horas (no total cerca de 5 horas), chegámos a Sighisoara.

A primeira coisa a fazer foi deixar as mochilas na casa onde iríamos dormir. Depois, era tempo de ir comer alguma coisa. E encontrar um café que sirva bebidas E comida? Foi tamanho trabalho que acabámos de comer algo na padaria da zona (por sinal, bastante boa) e depois fomos beber um cházinho ou um chocolate quente para aquecer.

Acabámos de fazer isto e fomos á descoberta de Sighisoara. Vimos a Torre do Relógio, andámos pelas ruas em paralelos, fomos ao museu minúsculo de armas... e fomos almoçar num requintado restaurante, que mais parecida uma das nossas tascas remodeladas e com bom aspecto. E não é que o pessoal só olhava para nós?

E por fim encontrámos a Ana, a Patrícia, o Pedro e o Elson, completando o gang português. Subimos as escadas cobertas, fomos ao cume da montanha, mas não deu para visitar o cemitério alemão, já passava da hora... mais umas fotos ao Drácula e à sua casa da infãncia, onde acabámos por jantar. Humm... porque será que havia muita carne vermelha no menu? Não sei... aquilo prometia...

No fim, fomos ao clube da zona que se chamava Club B... Será que na próxima cidadela que visitaríamos iríamos ter o Club C? Pois é, o Club B era mesmo o cafézinho da zona, com umas cores meias escuras, os bilhares, os matrecos que não tinham bolas para jogar e a pistazinha de dança, onde ninguém se atrevia a estar. Era a música (que até não estava má) a oscilar entre o nível de audição razoável para o impossível, para o depois bom e impossível... E acabou assim o dia...

Porque seria que, quando eu menos espero, acontece sempre algo?... No dia seguinte, tinha lábio bem inchado... mas Fo/$#E&%#&% para o raio do beliche. Tinha batido nele no meio da escuridão.

Saí de casa para, e quem me conhece compreende, fazer compras e tirar mais fotos.
Depois foi o tomar pequeno-almoço reforçado e ir para o comboio. Depois de mais de meia hora à frente da bilheteira, por causa de não termos feito reserva, tivémos direito a bilhetes... sem reserva de lugar... o que quer dizer de PÉ!!! 5 horas de PÉ!!! Bem, lá tinha de ser...

Entre o trocar de lugar, dormir nos lugares entretanto deixados vagos, ser expulsos de uma maneira insultuosa dos devidos donos e de, mesmo assim, estar encurralada no pequeníssimo corredor da carruagem, entre os outros passageiros sem direito a lugar... bem, digo-vos... ai que bom ver a minha caminha à frente!...

Quanto às fotos, prometo que as colocarei aqui mais tarde...

Madalina

Gostei mesmo muito do Rendez-vous... vai ser um sítio onde vou passar alguns fins de tarde... um salão de chá como deve ser...
Gostei também imenso do nosso encontro, comigo a falar português e tu espanhol e a ensinares-me ao mesmo tempo algum romeno... foi uma loucura! Mas foi fixe para praticar... Obrigada Luz por nos apresentares...
A não esquecer a continuação das nossas lições... :-)

Chocolat outra vez... Humm...

Pois é, nós não conseguimos ficar longe de bons restaurantes... e hoje jantámos no Chocolat que, como os doces, também não deixa ficar atrás... a única coisa em que peca: a quantidade! Parece que mandam sempre a mais pequena porção... ora pois bem, como se remedia isto... humm... que tal um docinho?...

Calea Victoriei

Segunda-feira saímos a horas decentes e fomos conhecer a Calea Victoriei e mais os seus edifícios... descemos desde a Piata Victoriei até à Strada Stavropoleos, onde desembocámos no Chocolat... nome sugestivo não? Os doces também não desiludiram... humm... humm...

Paragem obrigatória a quem vier cá, desde já aviso...

Chegámos a casa e a Gisela, coitada, encontrava-se a remediar a situação da nossa net em casa. Finalmente conseguiu!... e Vivas para a Gisela!... agora já podia tákátákátáká no meu quarto... Viva!

Maldita Árvore de Natal...

No fim da visita ao Parlamento, fomos visitar o Castelo privado do nosso rei Rudi. A comer salada, sementes de girassol viciantes, queijo Rochefort com bolachinhas e tostinhas... nem dávamos pelo tempo a passar... Às 19h, chegámos à Piata Unirii mesmo a tempo de ver o fogo-de-artifício que o Millennium Bank (o nosso Millennium BCP mais chique) havia preparado para também inaugurar a maior Árvore de Natal, igual à do Porto (os romenos, pouco tempo depois foram de propósito medir e rectificaram que a de Bucareste tinha menos 6 metros... manhosos estes romenitos...). Eu só pensava... ah, então foi por isto que vim para Bucareste... como não posso ficar longe do meu Porto, eles até fazem a interligação com Árvores de Natal...
Após uma primeira impressão de que havia pouca gente a ver o espectáculo, porque vínhamos da parte mais chique da cidade, encaminhámo-nos para a estação do metro, como mais umas milhares de pessoas... bem, e eu a pensar que já tinha sido bem apertada no São João ou no metro aqui em Bucareste... Estava totalmente enganada... descobri o que era ser sardinha em lata, com o equivalente às quantidades de 3 latas enfiadas numa... fui empurrada, entalada, pisada, levada, conduzida, tudo e mais alguma coisa... e quase que caía porque, no meio disto tudo, ainda tive de recuar passos na entrada do metro sem ter controlo... lá ia eu magoar outra vez pessoas... Mas resolveu-se a situação, com o mais inacreditável: uma mulher sentiu-se mal e, ao abrir espaço para ela (até fiquei parva com a prontidão dos romenos...), o pessoal começou a dispersar e saímos daquela bagunça...

Conseguimos atingir a Piata Universitatii ao fim de uma hora, quando o concerto já estava na recta final (que pena!), mas ainda demos um passito de dança com o Saúl da Roménia...

Escusado será dizer que tínhamos de descomprirmir desta situação... e lá fomos para a noite! Ainda entrámos no Club A, mas a música não puxava... e assim encalhámos no Twice, onde a música variava entre rock romeno e estrangeiro, reggae, ligeira e alguns clássicos pelo meio...

1º de Dezembro: Feriado Nacional na Roménia e um dos poucos feriados que existem

Dia 1 de Dezembro é pois o feriado nacional da Roménia, sendo que se festeja o dia da Grande União de 1 de Dezembro de 1918, quando a Transilvânia se reúne com a Roménia antiga, com posterior união da Bessarábia e da Bucovina. Tenho já a dizer que a História da Roménia faz-me uma confusão terrível na cabeça e ainda não percebi como tudo se desenrolou... mas foi isto que encontrei na net.

A verdade é que aqui, sendo um dos poucos feriados que existem, é festejado com toda a pompa e circunstância.

Primeiro, temos a parada militar logo de manhã, a começar pelas 10h. Claro que nós, como boas portuguesas que somos, eram umas 11h e ainda estávamos a sair de casa, mas ainda conseguimos apanhar um tanque do exército, o carro dos bombeiros e a fanfarra da zona... isto tudo no meio da multidão, porque aqui não são só os velhotes a verem estas cenas, como em Portugal. Aqui encontrava-se a famelga toda, avós, filhos e netos, com também os grupos de adolescentes (deviam ir à procura da comida que dizem que davam de graça) e ainda os estrangeiros, turistas ou como nós, pois ouviam-se uns sotaques de british ou um alemãzinho ali em meio.

Depois ainda por cima esta enorme parada militar (para ter começado às 10h e só acabar lá quase às 12h) passou por baixo do Arco do Triunfo. Ah, pois é, não é só Paris que tem um, aqui também existe e até bem bonito. Só para vos aguçar o apetite para a História, Bucareste já foi chamada a "Paris do Leste"...

Em seguida, ainda houve tempo para observar como os romenos tinham lata de pedir para tirar fotografias com os soldados (e os próprios soldados também queriam fotos... ou seriam abraços a meninas perdidas... hummm) e uma estrela romena, uma cantora ou apresentadora qualquer, chamada Elena ou Helena qualquer coisa... ainda hei-de descobrir... e todos, mais uma vez, era a tirar fotos... mas, desta vez, eram só homens...

Ainda tivémos tempo de passar um pouco pelo Parque Herastrau, que deve ser muito interessante e fresquinho no Verão, mas hoje não estava lá para isso virado. Tirámos umas fotozinhas e ficámos com o gostinho (que havemos de explorar quando estiver um tempinho quente)...

Almoçámos em casa e eu e a Luísa saímos para a rua, para dar um passeio ali pelo centro. Chegando à Piata Universitatii, vimos um check-sound de um concerto. Era de música clássica e instrumental romena da qual gostámos bastante. Tínhamos de passar por lá mais tarde.

Entretanto, recebemos mensagem do Rudi a dizer que o Palácio do Parlamento estava aberto ao público, grátis, até às 17h. Grátis? Grátis, diz o Rudi... palavras de ouro... Lá fomos nós a andar contra o tempo, pois já eram 16h e ainda estávamos longe. Chegando lá, vimos a imensidão do mármore branco trazido da Transilvânia... lindo, lindo, lindo... mas depois lembro-me do quanto custou aos romenos aquela grandiosidade e fico menos entusiasmada. Fui à varanda tirar mais umas fotos, passei pelas muitas salas de conferências, imprensa, de reuniões... já começava a fartar-me... depois uma pequena exposição da História política da Roménia mas, oh que surpresa! (e aqui estou a ser muito sarcástica...) nada sobre o Ceausescu...

Sinceramente e mesmo muito sinceramente... a única coisa que realmente gostei naquele edifício foi a cor interior (o branco é mesmo lindo), mas, para mim, o edifício até não é nada de especial... pode ser o segundo maior edifício do mundo mas é-lo em superfície. E até agora o que mais me impressionou foi a Universidade Estatal de Moscovo. Impressiona e até dá vontade de estudar lá... Ora comparem lá...

Palácio do Parlamento

Universidade de Moscovo

Semana seguinte: anos da Patrícia!

Fez-se compras no Plus, viu-se o filme dos Simpsons (saudades da minha FOX), foi-se conhecer o sítio da contabilidade e andar para o carago, conheci 3 portugueses em Eramus, os de línguas: o Elson, o Santiago e o David (prometo colocar aqui as fotos), mais um jantar no Dominium e outro jantar na Pizza Hut, fui conhecer o AICEP da Roménia, finalmente comemos no casino... humm... sempre a conhecer...

Mas claro que os anos da Patrícia não podiam ter sido deixados de fora: jantar como deve ser aqui em casa, com posterior saída à noite à qual não compareci porque no dia seguinte tinha mesmo trabalho... mas mais pormenores, vejam no blog da Tisha.

1º Almoço em Casa

O 1º almoço em casa é sempre um grande acontecimento: muita loiça para lavar e arrumar, poder comer descansada, não pagar a conta no final, comer comida que conheço e não sandes... humm... ai que saudades... foi tão bom...

Depois fui descobrir os supermercados Billa e Kaufland. Não sei se já perceberam, mas esta tem sido a minha missão em Bucareste: conhecer todos os tipos de mercados para os comparar com os que conheço pelo mundo (Portugal e Finlândia).

Pois bem, o Billa é um típico supermercado, com certas coisas baratas, mas nada de especial.
Já o Kaufland, que é propriedade do grupo Lidl e que esperava ser igual ao próprio Lidl, foi uma surpresa. É grande, considero mesmo um hipermercado, embora não seja tão grande como um Carrefour normal. Mas tem todas as secções de um hipermercado, mesmo a automóvel, cd's, dvd's e livros e, para além disso, é barato. Humm... não sei porquê mas acho que vou passar aqui muitas vezes...

Dia de compras e La Mamma

E assim chegámos ao dia em que tivémos de pôr ordem nas nossas vidas: levantámo-nos cedo (10h é muito cedo!) e pusémo-nos a andar, carregadas de mochilas, sacos e trolleys e apanhámos o autocarro para Baneasa... IKEA, here we go!
E assim adquirimos edredões (finalmente!) e suas capas, resguardos, tachos, frigideiras, um wok gigantesco, pratos, canecas, malgas, copos, garfos, facas, colheres, bases, colheres de pau, mais talheres, luvas de forno, tupperwares, mesa para a sala, mesinha de cabeceira para a Patrícia... carrinho cheio!
E agora? Como fazemos? Temos de comprar coisas para comer!? E ir ao Carrefour ali ao lado? Mas como fazemos com estas compras? Solução: arrumar o carrinho com as nossas coisas ali num cantinho do IKEA, antes de passar a caixa, e bora para o Carrefour! Depois vínhamos buscar as cenas!
Chegadas ao Carrefour, cansadas de tanto movimento, fomos comprando cenas necessárias (detergente para lavar a roupa, detergente para a loiça, gel duche, esfregões, panos, comida...)... mas quem disse que em Portugal os hipermercados estão cheios ao sábado à tarde? Desafio todos os portugueses a provarem do que é bom aqui na Roménia: cheirinho a sovaco, umas meiguices nos ombros dos donos dos outros carrinhos, umas sacudidelas dadas pelo nosso próprio carro... só pensava em QUERO SAIR DAQUI PARA FORA!
Finalmente, eu e a Luísa comprámos as coisas do Carrefour e a Gisela e a Patrícia as do IKEA. Nós ainda apanhámos um táxi logo ali no parque do Carrefour, simpático, sabendo algum inglês e italianoo, mas não percebendo o que nós pedíamos... ainda bem que percebeu a nossa morada. Porque entretanto a Gisela e a Patrícia não achavam táxis para o IKEA e pediram-nos para pedir ao nosso taxista para pedir um carro para lá, mas ele não compreendeu essa parte ou fez que não percebeu. Mas elas lá se arranjaram... e tiveram a viagem da vida delas... pelo menos, pela mensagem que recebi da Patrícia "Socorro! Vamos morrer hoje! Prazer em conhecer-vos!"

Chegávamos ao fim do dia e hoje, além de compras, também era dia de um jantar de portugueses no La Mamma, restaurante típico de comida típica romena. Vá lá que era ali ao nosso lado, mas mesmo assim, chegámos atrasadas. Fomos nós as quatro, a Ana, o Cristóvão e a Dina, a Patrícia, o André e a Ruxandra e mais 3 amigos dele... já agora, comi um frigarui (espetada) de vários tipos de carne... bastante bom!

Entretanto, e atenção! Eis que chega o nosso rei... Rudi, Rudi, Rudi! Mal ouviu em sair à noite, foi levar as malas e voltou logo... humm... porque será? :=)

E depois seguimos para o "Cool Cat" que é cool mas umas horitas antes, quando ainda tens lugar vago no chão, vulgo a tua almofada, e ainda existe lugar para o fumo se esbater... Foi engraçado estar num bar alternativo... mas madrinha e Lux, nada como o nosso bar gay :-) lol

Sexta-feira é que é...

E finalmente era SEXTA!!!
Fim-de-semana olé olé, fim-de-semana olé olé!


Descobri o supermercado Plus, que fica a uns 10 minutos do meu escritório e tem o mesmo molde que existe em Portugal. Foi o que me disseram porque nunca tinha ido a um. Parece que as minhas estadias fora me proporcionam os primeiros contactos sempre com supermercados: na Finlândia foi o Lidl, aqui o Plus, o que será que me reservará a próxima estadia?...


Já em casa, perguntámo-nos... hum... onde haverá internet e comida farta assim espalhada?... humm... Claro, na casa da Ana! E lá fomos todas tákátákátáká, cada uma com seu computador, para a salinha da Ana... coitada...

No fim, estava eu bastante cansada, decidi vir sozinha no último metro para casa (Obor ficava a uma estação de casa). Entrei na estação, toda lampeira, ouvindo gritar algo lá longe. Bem, mas eu lá sabia o que diziam... de repente, a mulherzinha que vende os bilhetes apareceu-me ao lado a resmungar que já tinha passado o último metro. Mas como podia ser? Eram apenas 23h20 e o metro fechava às 23h30!? Deveria faltar passar o último por aquelas horas... E a mulher a responder que já tinha passado o último às 23h10.
Pois é, parece que numas coisas os romenos estão atrasados, mas noutras gostam de ser bastante adiantados... bem, ENTENDAM-SE POR FAVOR! Uma pessoa não chega lá assim...

E prontos, lá tive eu de vir sozinha o caminho todo... no início ainda estava receosa, mas depois lá fui, apreciando a zona... e as lojas... lol...

Os dias seguintes...

No dia seguinte e finalmente, tivémos o nosso castelo. Yupiii! E também foi o dia em que a Patrícia chegou. As princesas estavam todas em Bucareste! O nosso rei só chegava no sábado à noite...




Depois na quinta-feira...

...foi o tentar ir ao IKEA na carrinha grátis que existe por cá mas que ninguém sabe por anda (mistério!)...
...foi o entrar num táxi, dizermos que queríamos ir para Baneasa e sermos literalmente escorraçadas do táxi... só porque Baneasa é um sítio desprezível em que os táxis perdem imenso tempo no trânsito...
...foi o comprar as almofadas no mercado do Obor, uma espécie de Feira de Espinho coberta...
...foi o instalar-me no meu novo quarto suite, com o meu quarto de banho repartido...

...foi a primeira noite sem edredão, aconchegada no meu casaco de esqui (ai que saudades da minha capa de traje), mas ao menos tinha aquecimento em casa...

...foi a primeira noite a ver "estrelas no céu a doirar o meu caminho", ou melhor, a ver uma luz encadeante logo pela manhãzinha a dizer "vai trabalhar ó dorminhoca"...

Uma nota para o Tio Fernando: que alegres os Céus como alegraste a nossa vida durante todo este tempo. Foste para mim um exemplo, a forma como davas sem esperares nada em troca, o interesse que tinhas no que fazíamos, o estares sempre pronto a animar o pessoal, o modo como lutaste contra todos os teus problemas de saúde e outros, o nunca teres deixado de seres tu... Irás sempre viver no meu coração!

Terça, o dia dos azares...

Pois é, e eu fisgada em como tinha deixado os meus azares em Portugal... mas não... hoje foi o pior dia de azar que tive até à data... (ver as 3 versões de Azares e azares e azares...)Começou logo de manhã: tinha ido tomar banho quando, ao apertar a torneira com o habitual cordão para não pingar (onde tinha de fazer força para fechar bem), fico com a manete na mão!?! Sim, tinha partido a torneira da banheira (a mais cara)... e na casa do meu chefe!... F/%"/$#$#&%$&%! Mau, muito mau... o resto do dia foi passado com uma sensação desconfortável...
Era também nesse dia que teríamos de pagar os 3 meses de renda mais a comissão da agência (50%)... levantar 1050 euros num mesmo dia achei estranho... mas como me diziam ser possível... saí do trabalho e fui levantar o dinheiro. F/%/&$/$/, não consigo levantar o dinheiro com o multibanco! Bem, graças a Deus tinha o meu cartão de crédito (e eu só pensava nas taxas...). E lá fui eu, com aquele dinheiro todo para nos encontrarmos com o nosso futuro senhorio, agência imobiliária e a Dina (a nossa fabulosa intermediária). Bem, a verdade é que ainda não tínhamos o dinheiro todo naquela altura, o que foi um péssimo exemplo para os romenos... Lição a reter: antecipar eventuais problemas com dinheiro! Logo, teve de ficar para o próximo dia a nossa mudança.
Quando chegámos a casa da Dina, o Cristóvão tinha fechado a água para a torneira da banheira não pingar. Bem, a verdade é que nós as duas não conseguimos abrir a àgua, o que fez com que ficássemos ainda uma hora e tal à espera do Cristóvão para vir abrir com as suas mãos mágicas a água para cozinharmos (estávamos cheias de fome!)...
Só posso dizer, que raio de dia! Apenas uma única coisa boa neste dia: a Luísa estava em Bucareste! Já éramos 3 princesas!...

Engano no metro...

Eu e os enganos, eu e os enganos... pois é, ainda não me tinha acontecido... mas lá fui eu apanhar um dos últimos metros para a Gara de Nord, quando queria ir para o centro. Mudei na Gara, esperando mais uns minutos pelo metro, e eu a ver a chegar as 23h30 depressa, parecia que não ia apanhar o últimos metro da linha azul.
Saí na Victoriei, corri para a outra plataforma... pelo número de pessoas (mínimo) parecia que ainda ia apanhar o último metro... e aí que vem ele, acalmando meu coração sobressaltado com tanta emoção... e depois, o safado, para gozar comigo, ainda parava imenso tempo em todas as estações... estava a ver que nunca mais chegava a Eroii Revolutiei... era meia-noite e eu passava em frente ao Cemitério de Belu, um dos maiores de Bucareste... parecia que os vampiros estavam adormecidos... ou então a minha carne era insossa... humm... ainda bem para mim!

Conhecer um belo restaurante...

Neste dia conheci o Las Taifas... um restaurante lindo, perto da Calea e Piata Victoriei. Tem um estilo meio árabe, onde comemos no chão mas muito confortáveis. Em vez de usarem cadeiras, fizeram uma espécie de escadas onde nos sentamos. E depois, como não podia deixar de ser, tem o azul como fundo... mas é mesmo lindo... Ainda por cima, têm uma espécie de sala reservada, onde podemos ficar na boa sem receio de incomodar os outros clientes... O melhor, têm comida tradicional romena muito boa... Comi tochitura que é uma espécie de estufado misto de carnes... hummm...

Lembrem-me de vos levar ao Las Taifas quando vierem cá...

1º fim-de-semana em Bucareste

No sábado...

Fui ao Bucuresti Mall conhecer o Colombo da zona......

entre o meio da chuva, sem mapa, saindo numa estação de metro quase desconhecida para um subúrbio completamente desconhecido, com a chuva sempre a cair... Conseguir chegar ao shopping apenas pela visualização do mapa pela memória foi muito bom... melhor foi sair de lá e ir ter à Piata Unirii pelo lado contrário ao de chegada ao shopping. E viva o meu sentido de orientação...

Foi igualmente o dia do jantar em casa da Ana, onde conheci mais 3 portugueses, o Pedro, a Patrícia e o André que cá trabalham.

No domingo...

No dia seguinte, conheci a pizzaria Dominium, humm... humm... e tomei um cházinho no Market Café... que pena o Chocolat não estar livre... sim, porque aqui, na maior parte dos salões de chás e restaurantes é necessário marcar mesa, senão não podemos comer... é bom ficar com os cartõezinhos dos sítios e tal...

Antes disso, fui descobrir o Carrefour da Unirii, o chamado Carrefour Expresso, porque tem apenas metade (ou menos) da área de um normal e muito menos coisas. Foi bom sentir-me em casa, com uma marca conhecida...

First night in Bucharest City!!!

Night in Bucharest!!!...
Nós bem tentámos ir ao casino comer com os Erasmus portugueses, mas já íamos tarde... entre ir ver o castelo, ir a casa mudar de roupa e deixar computador e ir ter à casa da Ana, já eram umas 23h e tal...
Mas lá nos encontrámos no Mcdonald's da Piata Romana com eles. Dos 18 (?) estudantes portugueses que estão por Bucareste, 13 são da FEP (Quando se fala muito em javardice... FEP! FEP! FEP! Faculdade de Economia!). E lá fomos pela Magheru, conhecer Bucareste by night, saber onde era o famoso casino onde jantas gastando apenas 10 lei (3 euros e tal) ou até podes receber para comer :-), perceber o que eram os Fornetti (franchising de pastéis de massa folhada que eles comem como pequeno-almoço, almoço, lanche, jantar e sei lá mais o quê...
Fomos ao "Mes amis" provar o vinho quente deles e culminámos no "Espirat" onde recebemos um carimbo pela entrada no nosso pulso... Humm... digamos que as caves dos prédios aqui são bem aproveitadas...

Eu, Gisela e Jacinta

Nós e os Erasmus

Castelo!!!

Sexta-feira, belo dia... Ainda por cima a primeira em Bucareste :-)
Durante o dia, há que trabalhar. No final do dia, eu, a Gisela, a Ana e a Dina fomos ver um potencial castelo para nós as quatro (Eu, Gisela, Patrícia e Luísa). A casa pareceu um presente vindo dos céus, no meio de prédios cinzentos e condições horríveis... Claro que nem se pôs alguma questão... Só tivémos de dizer que iríamos pensar durante o fim-de-semana porque as pessoas de cá são manhosas... e desconfiança acima de tudo (principalmente com tão boas condições).
É o último piso de uma vivenda de 3 andares. Os nosso vizinhos são uma família, no primeiro andar a filha, em cima a mãe (miúdos e homens ainda não vi... humm...), muito simpáticas. O apartamento não tem elevador, mas tem central térmica própria (sim, porque aqui é muito usual a central ser partilhada e todos pagarem o mesmo, consumindo pouco ou muito). Temos 4 quartos, 1 sala, 2 quartos de banho (ou como eu digo, 3 quartos de banho: um normal, um só com sanita e o terceiro com tudo menos a sanita!) e uma cozinha grandinha e toda renovada. Até temos despensa!... E ar condicionado!
O meu quarto tem os dois quartos de banho esquisitos, ou seja, a sanita e o quarto de banho sem sanita (?!). Ah, pois é... tenho direito a suite!... Claro que só não houve discussão sobre eu ter a suite por causa de algo que, por acaso, gosto bué... clarabóias no tecto. Vejo as estrelas (ou o fumo dos carros!) ou a neve branquinha... E viva a luz e o não ter de me levantar para ligar as luzes!...

Primeiro dia de trabalho

E porque a vida não é só descansar e viajar, hoje tive de ir trabalhar, ou melhor, conhecer o escritório. A primeira vez que utilizei o metro. Abonamento lunar = passe mensal = 22 lei, ou melhor, 7 euros e tal. What?!?!? Só?!?!? Entras, podes andar por todas as linhas e estações com esse bilhete. Mas cuidado que a banda não é lá muito boa... vê-se muita gente a saltar as cancelas autorizadas pelo segurança... Também com este preço o que podíamos pedir mais? E a concessão do metro é privada. Seguranças a toda a hora (ou quase!) em todas as linhas (leiam-se: linha azul do centro)...
Então, logo pelas 8h30 da manhã (é logo de manhãzinha para acordar bem dispostinha) entro na estação Eroii Revolutiei e saio na Aparatorii Patriei. Ainda bem que ia contra o trânsito de pessoas que, em sentido contrário, ia cheio. Mas fui bem sentadinha até ao meu destino.
Saindo, bem... confesso... fiquei um pouco chocada... estrada muito suja (já tinha visto mas não tanto), deparei logo com uma carroça e o seu burro, coitado... 10 minutos depois chego ao escritório, que tem como entrada o concessionário Ford (até aqui me persegues!... como estará o meu Fordzinho??).
O escritório provisório da Critical Software (CSW) Roménia tem 3 salas, é novinho, possui cozinha partilhada e é completamente novo. Veja-se que nem existe no Google Earth...



De tarde, saio para ir ter com a Gisela, que havia chegado no meio da noite de ontem/hoje, e conhecer a Ana, c10 que ainda se encontrava em Bucareste. Encontramo-nos na Piata Unirii, mesmo no centro do Bucareste. Fomos almoçar a uma pastelaria francesa (existem imensas por aqui) uma quiche e tomámos um cafézinho (blughh... que saudades de um cafézinho Buondi ou Delta!... hummm...). Fui conhecer o futuro escritório da Gisela, num edifício velho mas em pleno centro.
Próxima tarefa a que nos proporcionamos (e urgente!): comprar o número de telefone romeno. É incrível como aqui existem imensas coisas já taxadas em euros. O telemóvel é o mais estranho. Compra-se e carrega-se um valor em euros que se paga em lei à taxa de câmbio definida pelas operadoras. E a taxa utilizada por eles é no mínimo 4 lei por cada euro, quando anda em 3,5 lei... resumindo... ladrões! Fo%#$%!

1º Dia em Bucareste

Ah, pois é, logo no primeiro dia, dormir até às 12h e ficar sozinha em casa... havia que descansar para os próximos dias. Fui almoçar ao shopping e mais uma vez, desastrada como sou, deito um copo de Pepsi todo no chão... Vi montras e os preços não me pareceram tão caros como me diziam. Algumas pareceriam as Sacoor e Massimo Dutti do sítio, vi uma acessível ao preço, a Spriders, mas não ao tamanho... hum... porque será?...

Fui ao mercado e qual foi a primeira coisa que comprei? Fanta, claro está! Ainda por cima, laranja em romeno é Portocale! Fez-me logo lembrar as nossas caves de Vinho do Porto. Ligeiramente com sabor a sumo bom da loja dos 300 (ou 1,5€), mas fica na mesma atrás da nossa em Portugal e da Suécia. Ai que saudades que vou ter de uma Fantinha à portuguesa!
Ah, e já para se prepararem, a água típica que se bebe é com gás, como acontece em toda esta zona da europa, mas é fácil encontrar água sem gás. Peçam uma apa plata (desculpem, mas este teclado não tem os acentos típicos romenos). Algo que quase me ia esquecendo de dizer: viva a múcia actual! Na ProFM ouvi a última da Nelly Furtado e fiquei tão contente! Bem diferente da Finlândia e dos seus hits italianos dos anos 80... lol...

Tram Vain

City Mall (chama-se mesmo assim!)

À porta da casa da Dina e do Cristóvão

Arrival in Bucharest

Estávamos no dia 13 de Novembro. Dia da minha partida para Bucareste!

Consegui trazer apenas 3 malas! Depois na Finlândia ter levado comigo 4 malas e enviado por correio outras duas, isto está a ficar mais conciso :-)
Passada uma hora depois de me ter despedido dos meus queridos pais... e de sobrevoar a minha mui bela cidade, o meu Poooorrrtoooo!, carago não, carago!, cheguei com uns 15 minutos de atraso a Madrid. Ora bem, eu não conhecia este aeroporto e eis que me deparo com andar de metro entre terminais, mudança de portas de embarque 3 vezes e à última da hora, fazendo-me andar de um lado para o outro... Bem que valeu a Tarom, companhia aérea que me levaria para Bucareste, se ter atrasado... ou deve ter sido por isso que isto tudo aconteceu... humm... típico latino... e lá senti eu saudades do meu aeroportozinho do Porto...
Eram 17h20 quando o piloto anuncia que faltam 20 minutos (mentira, faltavam 40!) para aterrar. O pôr-do-sol ria-se para mim, deixando entreaver um belo início... humm... problema: não há fotos porque fiquei nas cadeiras do meio...
No aeroporto internacional Otopeni, que era pequeníssimo para ser o maior da Roménia (acho que me vou assustar com o Baneasa), avistei a Dina que me tinha ido buscar. Foi uma querida!...
Entrámos num táxi e rumámos directamente para casa dela.
Pois é, ainda não tínhamos andado 200 metros e a minha primeira impressão estava feita: trânsito, trânsito e mais trânsito...
E os táxis...hummm... como hei-de dizer... ai que falta de cinto de segurança!... Alguns sustos, mas lá tive a minha primeira experiência de rally urbano. Depois de uma hora e meia no trânsito, chegámos a casa. Conheci o Mircea e a Alina e fomos jantar ao City Mall que existe ali perto. Tive o meu primeiro contacto com a moeda e a comida romena. Comi uns papanasi, profiteroles de queijo enormes, demasiado enjoativos depois de uma boa pizza... bons para uma próxima vez... E depois, foi caminha!

Estágio em Coimbra

As minhas duas semanas foram passadas em Coimbra, cidade dos estudantes. Sempre em companhia de outros contacteantes...

Humm... Jardim das Sereias... humm...

A moda da fruta nas empresas dá tanto jeito para os lanchinhos...

O que me saiu na rifa...

E eis que no sábado dia 20 soube que o meu destino era Southampton... mas afinal, como o meu destino gosta de me pregar partidas, fui parar a Bucareste, a capital da Roménia...País da Paris do Leste, do segundo maior edifício do mundo (em superfície), dos milhares de casinos, da Transilvânia, do Drácula... e de mais um milhão de coisas a descobrir...

Empresa de destino: Critical Software


www.criticalsoftware.com


Para mais pormenores, contactem-me... lol...

Inov Contacto C11: espectacular!!

14 a 20 de Outubro de 2007

Foi em Braga, mais precisamente no Hotel Falperra, que nos conhecemos a todos. 88 pessoas que nos próximos 9 meses e tal iriam passar por várias aventuras e experiências que só a "nata da nata" é que sabe do que é que estou a falar...
Foi uma semana espectacular! E mais não digo...E quem descobre os dois desaparecidos? Aceitam-se apostas... na piscina ao ar livre, no jacuzzi, no campo de futebol, na sala de conferências a dormir, no restaurante a manjar, no quarto a fazer sei lá o quê...

A selecção para o Inov Contacto

Este ano decidi outra vez candidatar-me ao programa de estágios internacionais Inov Contacto. Foi no dia 18 de Setembro que me mandaram o e-mail a comunicar a selecção para efectuar o processo de recrutamento. Justamente no dia de férias a que me tinha dado para no dia seguinte começar à procura de trabalho. Decidira na semana passada sair da minha anterior empresa para poder embarcar na aventura da descoberta de um enorme mundo... Parecia que o destino me tinha dado um sinal...
Entretanto, entre três propostas de várias empresas, duas em Lisboa e uma na Polónia, recusadas, recebo um telefonema da AICEP a dizer "Foi seleccionada para o Inov Contacto"... Yupiii!!... Foi a minha reacção imediata. Quem me conhece deve imaginar os pulos de alegria que dei... Ainda por cima porque estava em casa sozinha e acabara de recusar a oferta na Polónia uma hora antes...
E num mês a minha vida virou do avesso...

Bichinho irrequieto...

Tudo começou há muito tempo. Sempre quis conhecer mais… O Erasmus na Finlândia deixou-me com o bichinho de tentar a sorte internacionalmente. A sorte não me proporcionou essa aventura imediatamente após o fim do curso. No entanto, o bichinho tornou-se demasiado impaciente e fiz aquilo que ninguém me aconselhou mas que eu sentia há muito por dentro. Tomei as rédeas do meu destino e parti à aventura. E este é exactamente o conselho a que dou a todos os que sentem que falta algo na sua vida: arrisquem! A sorte proteje os audazes! E quanto mais trabalharem para essa reviravolta na vida, mais os nossos desejos parecem concretizar-se… Sou totalmente adepta dos sentimentos e dos pensamentos do positivismo (leiam “O Segredo”, de Rhonda Byrne), que me proporcionou várias oportunidades quando arrisquei, levando ao alcance do meu maior desejo: ir para o estrangeiro.

Como me ensinaram na AIESEC: Grab your Opportunity!

A minha primeira vez...

Há sempre uma... e escrever um blog já fazia parte dos meus planos há muito tempo, mas nunca houve uma razão tão forte. Criei este blog para a minha família e para todos os meus amigos! Considerem-no como o meu convite formal para uma super viagem à Roménia, país onde vou viver, respirar, descobrir, e outras coisas :-)

Espero-vos num cantinho do Leste...