domingo, 30 de abril de 2017

A TRADIÇÃO DAS MAIAS


 
É uma tradição primaveril cujas origens se perdem no tempo.

Historicamente, o ritual das Maias acontece na noite de 30 de abril para 1 de maio.

Manda a tradição que se enfeitem portas, janelas e outros locais com flores e giestas amarelas e com bonecas de palha enfeitadas.

Presente em várias regiões do País, a tradição revela aspetos diferentes em cada uma, mas um denominador comum: as Maias floridas.

 

RITOS ANCESTRAIS Na região de Trás-os-Montes e nas Beiras, as Maias surgem associadas às castanhas, como atesta o provérbio «Quem não come castanhas no 1º de Maio, monta o burro».

Segundo a tradição, maio é o mês dos burros e o ritual tem como objetivo esconjurar os maus espíritos.

(O Maio o Carrapato ou o Burro).

 

Em Trás-os-Montes este ritual, coexiste com o do Maio-Moço:

As raparigas novas, enfeitam um menino (O Maio-Moço), que levam a passear pela rua, em grande algazarra, com danças e cantorias em redor dele.

MAIA, QUEM ÉS TU?

Há várias explicações para a origem desta tradição.

Uma diz que a Maia seria uma boneca de palha de centeio à roda da qual era costume dançar durante toda a noite no primeiro de maio.

Outra possibilidade está ligada à origem do nome do mês de maio, surgido a partir de Maia, Mãe de Mercúrio.

 

Na região da Estremadura, a Maia é uma menina enfeitada com flores que percorre as ruas da povoação com as suas companheiras.

 

No Alentejo, em especial em Beja, as Maias são meninas vestidas de branco, com uma coroa de flores na cabeça, que se sentam numa cadeira à porta de casa, na esquina de uma rua ou na praça.

Enquanto isso, as amigas, pedem a quem passa um tostãozinho para a maia”.

 

No Algarve, é costume colocar à porta de casa os bonecos de palha de centeio vestidos de trapos e enfeitados.

Em Lagos a tradição regressa todos os anos, com a eleição da Maia mais bonita da cidade.

A iniciativa conta com a participação da população que expõe, por toda a localidade, bonecas de trapos, elaboradas artesanalmente, vestidas com trajes típicos e enfeitadas com flores, retratando em alguns casos quadros quotidianos.

Os trabalhos a concurso são expostos nas janelas, portas, varandas, pátios de habitações e ruas, na cidade e em várias povoações do concelho.

 

Em algumas terras alega-se, que esta tradição remonta ao tempo de Jesus, aquando da sua fuga para o Egito, devida à perseguição de Herodes, que ordenara a procura e morte do menino Jesus.

Segundo a lenda, tendo sido identificada a casa onde a sagrada família pernoitava, um denunciador teria colocado um ramo de giesta na porta daquela casa, para que os soldados de Herodes, depois de avisados, facilmente a identificassem e o levassem.

Por milagre, quando os soldados se dirigiram à cidade, depararam com todas as portas enfeitadas com ramos de giesta florida.

Assim, os soldados não puderam cumprir a ordem de matarem o menino.

 

Noutras terras, as maias recordam o caminho da sagrada família para o Egito: Maria, para se poder orientar no regresso, terá colocado giestas no seu caminho.

 

Não esqueça, ponha hoje as Maias!

 

DIOGO_MAR

terça-feira, 25 de abril de 2017

VINTE CINCO DE ABRIL


 
Olá, passei só para vos dizer, que eu orgulhosamente pertenço a geração do 25 de Abril de 1974, os que tiveram de fazer pela vida, os que souberam aceitar privações de vária ordem, mas ao mesmo tempo, os que nunca desistiram porque sempre tiveram objetivos na vida.

Foi de veras fudido?

Foi sim, mas foi há custa dessas adversidades que nos fizemos homens e mulheres resistentes e com capacidade de luta e sofrimento.

Os que pariram esta nova geração. Amorfa, inócua, sem rumo, anarca e sem princípios.

A geração que se limita ao culto do belo, sexo, álcool e veneram o materialismo, mas carater, personalidade, conhecimento, cultura é algo que lhes passa ao lado.

A geração que tem tudo, e ao mesmo tempo não tem nada!

Mas reclamam e voltam a reclamar. Querem, e voltam a querer!

A geração que acha que só deve ter direitos, ignorando os deveres.

A geração, dos NEMNEM...

Erramos em presenteá-los de maneira faminta, tentando colmatar o que não tivemos, erradamente optamos por um caminho pantanoso: o facilitismo.

Quisemos dar tudo o que não tivemos!

Erramos?

Sim erramos.

As dificuldades para vencer os obstáculos no trilho da vida, só nos engrandece e faz-nos mais maduros e determinados.

Só vos quero pedir um favor:

Saibam honrar os vossos Avós e vossos Pais.


Amem o 25 DE ABRIL, os seus ideais e valores.
 

 

DIOGO_MAR

sábado, 15 de abril de 2017

PÁSCOA


 
Para todos os que comigo partilham a blogosfera, deixo os votos de uma FELIZ E SANTA PÁSCOA!

 

Permite que a cada dia, aconteça a ressurreição do melhor do teu âmago.

 

Desnuda-te do materialismo, preconceito, ódio, banalidade, egoísmo e futilidade.

Só assim se faz PÁSCOA!!!

 

DIOGO_MAR

sábado, 1 de abril de 2017

A VERDADE DO ENGANO


 
Não vejo necessidade em haver um dia dos enganos, já que a nossa vida é um verdadeiro engano.

Desde que nascemos, alguns por engano, até ao fim desta travessia terrena, somos obrigados quer de forma activa ou passiva, a enganarmos e ser enganados.

Desempenhamos um papel, de atores no palco da vida, no qual não nos revemos em larga percentagem.

Asfixiamos de engano, vivemos frustrados de engano.

O engano tem tanto de balsâmico, como castrador, no entanto temos que fazer um exercício aturado esmiuçando onde acaba o engano, e onde começa a mentira, que em muitas vezes se diluem, em indivíduos de personalidade e carácter pantanosos.

O engano institucionalizou-se, disseminou-se feito praga de forma avulsa.

Não faltam por aí vendedores de sonhos enganados.

Damos carta branca a mentira, para de seguida dizer: olha, foi engano!

Acreditamos por engano, sofremos por engano, somos felizes enganando-nos.

Vamos à exaustão para destrinçarmos o engano da mentira, depois, de forma infrutífera, acabamos resignados nas redes do ópio do engano.

Há muita ambiguidade e premeditação no engano para desculpabilizar palavras e actos condenáveis, mas que ficam sob a capa de protecção de ter sido engano.

Não sei se me enganei a escrever estas linhas, mas sempre vos digo:

Desculpem:

Não foi de todo engano!!!

 

DIOGO_MAR