"Meu mundo caiu". Há três anos eu perdi o rumo. Minha escrita desandou. Parece que as frases concatenadas e espontâneas escorrem pelo meio-fio daquela avenida por onde eu caminhei sem saber para onde.
"Meu mundo caiu". Eu não fazia planos, tudo o que ia por dentro era esse meu jeito infantil de acreditar em contos de fadas. E foi por isso que eu desmoronei quando você me apresentou seu roteiro de filme de terror (pelo menos para mim).
"Meu mundo caiu" e toda vez que chega esse maldito 22 de agosto eu choro por todas as sílabas que não escrevi sobre nós.
Eu não queria ficar lembrando; não queria tocar nesse assunto desagradável e pesado, mas as lembranças... sabe como são essas coisas... a ferida parece até que vai sangrar... nunca cicatriza.
"Meu mundo caiu" e nossa canção nunca mais me acordou com as interrogações costumeiras. E independentemente do dia, eu me pego sempre cantando para você o refrão que destaquei para resumir nossas semelhanças. Nossas coincidências simbióticas.
"Meu mundo caiu" quando eu estava longe e você me deu a notícia sem a menor cerimônia. Penso que talvez eu não resistisse se perto. E pela primeira vez, nestes anos que seguiram desde o anúncio, estou perto.
"Meu mundo caiu". Eu não sei o que falar.