domingo, fevereiro 27, 2011

NOITE DE OSCARS

Vincent Van Gogh - Starry Night.

Dentro de algumas horas a noite será de estrelas a desfilar pela passadeira de todas as vaidades. Já reservei o meu lugar bem em frente da tv. E agora, é aguardar. Aceitam-se apostas. Espelho meu, espelho meu... quem tem mais razão do que eu?

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

14 DE FEVEREIRO



Roubado a um blog amigo, para homenagear os apaixonados (por alguém, pela vida, pelo planeta, pelos amigos, pela literatura, pelo cinema, pela música, etc, etc.) que visitam este cantinho hoje, Dia de S. Valentim.

domingo, fevereiro 13, 2011

O CISNE NEGRO

Uma mensagem de “anónimo” lembrou-me que há muito que este blog se encontra adormecido. E então, na calma do fim-de-semana, aqui fica um post sobre um tema já um pouco requentado, mas ainda a tempo.

Como qualquer história, a do Capuchinho Vermelho pode ser contada sob diversas perspectivas. Versão 1: é a história de uma sénior que estava recolhida no seu leito, adoentada, quando foi barbaramente devorada por um lobo esfomeado que entrou pela porta dentro. E isto porque a tonta da neta da senhora deu conversa ao primeiro que lhe apareceu pelo caminho e disse que a avó estava de cama e sózinha. Versão 2: é a história de um lobo que acabava de se banquetear com uma lauta refeição já um bocadinho fora do prazo quando um caçador intempestivo, sem querer ouvir argumentos, tipo Jack Bauer, resolveu fazer justiça. Versão 3: é a história de um corajoso caçador que põe fim à agonia de uma indefesa velhinha, libertando-a da barriga de um perigoso assaltante disfarçado de lobo mau. E ainda se arranjavam mais umas versões, mas já chega.

E, após esta introdução, posso passar ao tema deste post. O Cisne Negro.
O Cisne Negro é a história de uma antiga bailarina que abandonou a carreira para ser mãe. Tendo desistido da sua vida, profissional e pessoal, pela filha, cobra desta esse preço, com pesados juros, exigindo que ela seja a melhor, a mais famosa e deslumbrante bailarina de sempre, nem que para tal tenha de sacrificar toda a sua existência, sem concessões nem desfalecimentos. Afinal não foi isso que ela própria fez? Pois então está na altura de a filha a compensar pela vida que ela perdeu. No final, a mais completa felicidade ilumina o rosto da mãe, embriagada pelo estrondoso sucesso, no meio de uma plateia em delírio, mesmo que o preço seja a vida da filha, consagrando a glória a que ela própria se considerava com direito.
História velha como o mundo. No cinema vem já desde Belíssima, obra-prima de Visconti, passando por alguns outros títulos, em diversas cinematografias. Na vida real ela vem aparecendo cada vez mais, fruto dos programas de ídolos e afins. Velha como o mundo, mas, se considerarmos os amores e ódios que o filme provoca, capaz de despertar muitas paixões contraditórias.

Mãe castradora e doentiamente controladora, a antiga bailarina conduz rapidamente a filha a um estado de esquizofrenia grave, com desdobramento de personalidade e instintos auto-mutiladores. (O recurso constante aos espelhos para reforçar esse desdobramento de personalidade é um “cliché”, aqui bem enquadrado pela necessidade dos espelhos como ferramenta de trabalho.) Sempre dentro de casa, no seu luto negro pela vida perdida, ela concentra toda a sua energia em conservar intacto e virginal o casulo em que a filha é impedida de crescer e vigia no seu corpo, nos seus gestos, nas suas alterações de humor, nos seus gostos e apetites qualquer indício que a possa colocar na pista de uma eventual tentativa de fuga da caixinha de música onde ela dança, sem descanso, um eterno Lago dos Cisnes.
Mas, apesar da vigilância apertada, a filha escapa-se. E quando o faz é em explosão total. Incapaz de lidar com um mundo que a mãe tornou tabu, ela vai esbarrar fatalmente contra todos os espelhos que encontra no seu caminho – os de vidro e os humanos –, com consequências dramáticas. A multiplicidade de rostos – rostos com máscaras, rostos auto-mutilados, rostos transfigurados pelas drogas, pelo álcool, pela luxúria – é como uma galeria de fotografias do seu próprio rosto, que ela reconhece para logo de seguida recusar. Justificar completamente
E o que fica, de uma vida destroçada em mil lascas de espelho? A perfeição finalmente atingida. O rosto finalmente iluminado da antiga bailarina, agora liberta da sua rival de toda a vida.
Não é esta a história? Não? É a história de Nina, uma bailarina que...? Sintam-se, então, à vontade para contar a vossa versão.
A mim, o filme deixa-me bastante indiferente. Nem “Mata! Mata!”, nem “Oscar! Oscar!”. Mas é uma simples opinião de espectadora de cinema. Pouco importante. Aos especialistas a tarefa de se pronunciarem sobre aspectos mais específicos.Por mim, este ano os Oscars ficavam para o Acumulado, para o próximo ano.


domingo, novembro 07, 2010

A EVOLUÇÃO SILENCIOSA

Título: La Evolución Silenciosa. Autor: Jason DeCaires Taylor. 400 figuras em tamanho natural. Profundidade: 9m, Cancun / Isla Mujeres, Mexico.




As 400 esculturas, em cimento, foram baseadas em pessoas reais - na maioria mexicanos comuns - que foram transformadas em esculturas submarinas para dar abrigo à vida marinha. A composição química e o acabamento em cimento das esculturas promove a colonização da vida marinha, que com o tempo vai cobrir as esculturas em cores diferentes. Quando isso ocorrer, o artista vai perder o 'controle estético' sobre a sua obra, que ficará a cargo da vida marinha. Os modelos vivos usados por DeCaires vão desde uma freira de 85 anos, até a uma criança de 3 anos.
O Parque Nacional Marítimo e a Associação Náutica de Cancún vão convidar outros artistas para contribuir para o museu submarino que se deverá transformar numa forte atracção turística, desviando o fluxo de visitantes dos bancos de corais que se encontram sujeitos a grande desgaste.

imagens do site do autor

sábado, outubro 30, 2010

CINEECO 2010. O ENCERRAMENTO


Está encerrado o CineEco 2010. Até ao CineEco 2011!

O CineEco homenageia os realizadores portugueses presentes.

Lisandro Nogueira, Director do FICA, de Goiás (Brasil), saúda Seia, cidade geminada com Goiás através dos 2 festivais de cimema de ambiente.

O CineEco saúda os actores portugueses presentes.

CINEECO 2010. O JÚRI INTERNACIONAL


O Júri internacional: Fernando Lopes (Portugal), Io Apoloni (Itália/Portugal), Danae Estrela (Cabo Verde), Peter Vogelaere (Bélgica), Humberto Pinto (Portugal), Cristina Gomes (Portugal), Lisandro Nogueira (Brasil), Claudio Lauria (Espanha), Mucio Banja (Brasil), Paulo Magalhães (Portugal).

Io Apoloni, porta-voz do Júri Internacional.

Sean Walsh recebe o Prémio Valorização de Resíduos, com "Efeito Reciclagem".

Grande Prémio Cineeco 2010 para "Into Eternity", de Michael Madsen (Dinamarca, Finlândia, Suécia e Itália).

CINEECO 2010. OS JÚRIS


Júri da Juventude (Cáudia Almeida, Patrícia Guedes, Diogo Blanco, Teófilo Oliveira, Ana Schefer, Isac Martins e Miguel Ribeiro)

Júri das Extensões do CineEco - CineEco em Movimento (Silvina Pereira, Cristina Andrade Gomes e Carolina Leão).


Júri da Lusofonia (Amândio Silva, João Pereira Bastos, Licínia Girão, Ana Bilbao, Herman Mertens e Cristiano França Lima).

Prémio do Júri da Lusofonia para "Efeito Reciclagem", de Sean Walsh (Brasil).

CINEECO 2010 III


A entrada do CISE - Centro de Interpretação da Serra da Estrela - Seia.


Fernando Lopes, Presidente do Júri - missão cumprida!

Em Seia, o CineEco é bom cinema e bom ambiente.

CINEECO 2010 II


Os júris que aguentaram estoicamente muitas horas de excelente cinema... e garantiram que adoravam repetir a experiência.

Nem só com filmes, mas também com as riquezas vinícolas da região se defende o bom ambiente.

Nicolau Breyner no espectáculo "Nicolau - 50 Anos de Carreira".


sexta-feira, outubro 29, 2010

CINEECO 2010


A sessão de abertura. Lauro António, Director Artístico do CineEco.

Claudio Lauria, Presidente do Festival de Cine e Medio Ambiente de Barcelona e Lauro António.

A sessão de abertura. Concerto Bernardo Sassetti Trio.

Bernardo Sassetti.

terça-feira, setembro 28, 2010

GUSTAVO

Este era o Gustavo. Soube hoje que já não é, a não ser na nossa recordação. Foi muito cá de casa. Depois as coisas da vida levaram a que os nossos caminhos se separassem e já há muito tempo que o não via. Foi um cão abandonado e "adoptado" e ficou sempre reconhecido pelo carinho que lhe dávamos. E nós pelo que ele nos dava. Não consigo deixar de me sentir triste pelo seu desaparecimento. Creio que estava já velhote e debilitado, depois de um atropelamento de que foi vítima. Mas o que se passa com os animais é que os recordamos sempre com saudade. Não há ressentimentos, nem mal-entendidos, nem traições. Com eles, ficamos sempre a ganhar. Eles às vezes é que nem por isso.

sexta-feira, setembro 24, 2010

HOJE NO PORTO

Hoje chovia no Porto. Pelo que vejo, chove um pouco por toda a parte. É o outono. A estação do talvez. Para mim que sou mais ou sim ou não, esta coisa do talvez não dá. Talvez vá chover, leva o chapéu-de-chuva. Talvez esteja fresco, leva um casaco. Mas talvez esteja antes abafado, não leves um casaco quente. Mas acham que uma pessoa não tem mais nada que fazer? Talvez…
Pois o Porto estava um bocado talvez, ora chove ora faz sol, ora refresca, ora abafa. Os hotéis do costume, lotados. Talvez haja no outro, ali ao lado. Não, também não. Mas o que é que se passa nesta cidade? - pergunta o taxista.
Talvez na Albergaria – alvitra o homem, que sabe destas coisas. Um quarto salvador na Albergaria. Perfeito.
Chovisca. Chateia. Está cinzento. Paciência. Não pode ser sempre verão, sempre azul, sempre afável. Não tenho nada contra o inverno. Inverno, franco e honesto! Agora este tempinho talvez, é do mais desonesto que há!
Mas o Porto estava magnífico! Fica-lhe bem o tempo talvez.

terça-feira, setembro 21, 2010

OPÇÕES DE VIDA

Durante a Idade do Gelo, muitos animais morreram por causa do frio. Os porcos-espinhos, apercebendo-se da situação, decidiram unir-se em grupos. Assim, estavam mais quentes e protegidos. O problema é que os espinhos feriam os que se encontravam mais próximos. Portanto, voltaram a afastar-se e começaram a morrer congelados. Tiveram então que decidir: ou aceitavam as feridas provocadas pela proximidade dos companheiros, ou desapareciam da face da terra. Sabiamente, optaram por ficar juntos. Aprenderam então que viver com as feridas provocadas pela relação com quem lhes era mais chegado era melhor do que perder o seu calor e morrer.
Obrigada à mão amiga que me fez chegar esta pérolazinha.

segunda-feira, setembro 20, 2010

PARA QUEM TEM TEMPO LIVRE E GOSTAVA DE SER ÚTIL

Para quem não sabe em que é que há-de ocupar o seu tempo e gostava de se sentir útil, o voluntariado é das melhores sugestões. É gratificante para quem pratica e útil para quem beneficia.
O trabalho voluntário tem-se tornado um importante factor de crescimento das ONG. É graças a ele que, em todo o mundo, muitas ações da sociedade organizada têm suprido o fraco investimento ou a falta de investimento governamental em educação, saúde, lazer etc. Uma forma de trabalho voluntário que ocupa hoje os tempos disponíveis de milhões de pessoas é a computação voluntária, que consiste em instalar sistemas nos PC's próprios, para colaborar em projectos científicos e de utilidade social.O trabalho voluntário, ao contrário do que pode parecer, é exercido de forma séria e muitas vezes necessita de especialização e profissionalismo. Áreas como hospitais, clínicas, escolas, prisões, lares de terceira idade, etc precisam do auxílio de profissionais formados em várias áreas.
Informe-se no site oficial www.voluntariado.pt e faça uma experiência. Poderá encontrar uma nova vocação e um novo estímulo para seguir em frente.

quarta-feira, setembro 15, 2010

CITANDO OS CLÁSSICOS VII

Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inlcusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora da minha própria vida.
Clarice Lispector, in 'Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres'

CITANDO OS CLÁSSICOS VI

Viver é um combate contra fantasmas nas abóbadas do coração e do cérebro. Ibsen

segunda-feira, setembro 06, 2010

ONTEM NA "PÚBLICA"

Domingo, na "Pública", numa antevisão da "moda regresso às aulas", o puto giro e estiloso é mesmo o Mário! O regresso às aulas não terá assim tanto glamour, mas vai ser bom! No meu tempo era mais bibe e soquettes, mas enfim, também não tinhamos o "estatuto do aluno"!


domingo, setembro 05, 2010

O CONSELHO MAIS IMPORTANTE


Hoje, na Pública, algumas figuras de destaque respondem à pergunta "Qual foi o conselho mais importante que recebeu?" Isto fez-me pensar em qual teria sido o conselho mais importante na minha vida e fez-me recuar até à idade de começar a tomar decisões, ou seja, algures na adolescência. Sempre que perguntava ao meu pai se havia de decidir de uma forma ou outra, ele respondia-me: "Se fizeres desta forma, as consequências serão estas; se optares por esta outra, as consequências serão estas outras. Agora vê o que queres e decide." Creio que nunca recebi um conselho que fosse mais sábio, mais duradouro e mais útil. Ficou-me para toda a vida e ainda agora sei que, ao tomar uma decisão, estou a escolher uma determinada consequência. Tem corrido sempre bem? Nem sempre. Mas isso são os riscos inerentes à liberdade.

Se fosse vivo, o meu pai teria feito 97 anos no passado dia 9 de Agosto.

sexta-feira, setembro 03, 2010

POSTAIS DE PORTUGAL - PORTO


Estava bonito, o Porto. A luz começa já a anunciar o Outono, com temperaturas de Verão. Uma combinação agradável.

Tinham-me recomendado o restaurante da Casa da Música. A Time Out, cuja opinião prezo, dizia mesmo que é muito bom. Estava fechado para férias :0( Reabre amanhã. Atravessámos a rua e fomos comer sardinhas (boas!) no Snoopy! Pronto, lá ficará a Casa da Música para a próxima. A simpatia do Snoopy compensou.

sábado, agosto 21, 2010

POSTAIS DE FÉRIAS - CABO VERDE


foto de A.

Nas férias grandes não há quem ponha a vista em cima do Mário. Uma das etapas: Cabo Verde (Tarrafal). E não fica por aí!