My name is Bonner, William Bonner – 007.
I see poor people – O Sexto Sentido.
Corra, Forrest, corra – Forrest Gump, o Contador de Histórias (a cinco minutos do fechamento).
Write it again, Sam (Reescreva esta porra, Sam) – Casablanca.
Bota na conta do foca – Tropa de Jornalistas de Elite.
Mim repórter de redação, você assessor de imprensa – Tarzan.
Que pauta! – O Bem-dotado Repórter de Itu.
Hasta la vista, baby – O Exterminador de Empregos 2.
Eles podem tirar nossa vida social, mas nunca poderão tirar nossa boca-livre – Coração de Repórter Valente.
Editor, we have a problem – Redação Apollo 13.
Notinha é o caralho, meu nome é matéria especial – Vaidade de Deus.
Buono plantone, principessa – A Vida de Jornalista é Bela?
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quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Frases inesquecíveis do cinema para jornalistas
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segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Filmes sobre jornalismo
Uma pauta que cai
Os anos em que meus pais jornalistas não saíram de férias
Pauteiro neurótico, repórter nervosa
Corra, motorista, corra
Jornalista não veste Prada
Sexta-feira de pescoção 13
Quem nunca vai ser um milionário?
Focas desempregados à beira de um ataque de nervos
O dia em que a rotativa parou
O nada fabuloso dissídio de Amélie Poulain
A lenda do repórter anti-Serra sem cabeça
Que controle público de imprensa é esse, companheiro?
2001 (toques): uma matéria sem espaço
Matou o plantão e foi ao cinema
Duro de editar
E o Esso levou
As redações bárbaras
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Jornalismo e cinema - parte 2
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O dia em que a rotativa parou
O nada fabuloso dissídio de Amélie Poulain
A lenda do repórter anti-Serra sem cabeça
Que controle público de imprensa é esse, companheiro?
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Duro de editar
E o Esso levou
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segunda-feira, 10 de maio de 2010
O crítico de cinema
Com o jornal do dia nas mãos, o jovem cineasta entra no café e senta-se a uma mesa ao fundo. Pega logo o caderno de Cultura. Quer ler a crítica de seu filme que acabou de estrear. O que aquele crítico escreve faz toda a diferença. Pode tanto arruinar uma carreira como levar um jovem cineasta como ele à condição de grande revelação do ano.
“É um filme de grandes pretensões, e merecedor de elogios por se tratar de um diretor e também roteirista que está apenas começando sua carreira. Sua ousadia deu muito certo. O resultado é um filme denso, instigante e que não foge de temas polêmicos. Engana-se quem acredita que as cenas de sexo têm apenas o objetivo de chocar. É o sexo metafórico, que busca discutir grandes questões filosóficas de forma crua, por vezes árida, mas também tocante (...) O apreciador do cinema vai logo perceber que a cena em que a protagonista faz sexo com três policiais ao mesmo tempo em uma praça pública não tem nada de machista e humilhante. Pelo contrário. É, na verdade, simbologia sem pudor da libertação feminina, uma forma que o diretor encontrou, com seu olhar subjetivo, de mostrar que a mulher de hoje faz o que lhe dá prazer, sem se preocupar em ser julgada pela sociedade conservadora. Outra cena emblemática é quando a velhinha que vende cachorro-quente na rua pergunta ao garoto de programa que trabalha ali perto se ele toparia ir à sua casa naquela noite, uma bem-sucedida arma do diretor de evidenciar que o ser humano é livre para amar em qualquer idade e sob qualquer circunstância. Corajoso e inquietante, o filme deve projetar o diretor à grande revelação do ano”.
O jovem cineasta termina a leitura e dobra o jornal. Sorri, balança a cabeça, sorri de novo. Está naturalmente feliz com a crítica positiva, mas, ao mesmo tempo, surpreso.
Sexo metafórico? Simbologia sem pudor da libertação feminina? Questões filosóficas? Nada a ver o que esse cara escreveu! Viajou total! Eu só fiz um filme de sacanagem, assim, simples, um filme de sacanagem. Não quis discutir porra nenhuma. Mas uma coisa eu não posso negar: esse jornalista escreve bonito pra caralho...
- Amigo, um café, por favor. Puro.
“É um filme de grandes pretensões, e merecedor de elogios por se tratar de um diretor e também roteirista que está apenas começando sua carreira. Sua ousadia deu muito certo. O resultado é um filme denso, instigante e que não foge de temas polêmicos. Engana-se quem acredita que as cenas de sexo têm apenas o objetivo de chocar. É o sexo metafórico, que busca discutir grandes questões filosóficas de forma crua, por vezes árida, mas também tocante (...) O apreciador do cinema vai logo perceber que a cena em que a protagonista faz sexo com três policiais ao mesmo tempo em uma praça pública não tem nada de machista e humilhante. Pelo contrário. É, na verdade, simbologia sem pudor da libertação feminina, uma forma que o diretor encontrou, com seu olhar subjetivo, de mostrar que a mulher de hoje faz o que lhe dá prazer, sem se preocupar em ser julgada pela sociedade conservadora. Outra cena emblemática é quando a velhinha que vende cachorro-quente na rua pergunta ao garoto de programa que trabalha ali perto se ele toparia ir à sua casa naquela noite, uma bem-sucedida arma do diretor de evidenciar que o ser humano é livre para amar em qualquer idade e sob qualquer circunstância. Corajoso e inquietante, o filme deve projetar o diretor à grande revelação do ano”.
O jovem cineasta termina a leitura e dobra o jornal. Sorri, balança a cabeça, sorri de novo. Está naturalmente feliz com a crítica positiva, mas, ao mesmo tempo, surpreso.
Sexo metafórico? Simbologia sem pudor da libertação feminina? Questões filosóficas? Nada a ver o que esse cara escreveu! Viajou total! Eu só fiz um filme de sacanagem, assim, simples, um filme de sacanagem. Não quis discutir porra nenhuma. Mas uma coisa eu não posso negar: esse jornalista escreve bonito pra caralho...
- Amigo, um café, por favor. Puro.
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sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Jornalismo e cinema – parte 2
Como comentei no post anterior, outro filme de minha lista de preferidos é Lula e Mainardi na Terra Sem Sol, que mostra a saga e os conflitos internos de um humilde sertanejo.
No começo do filme, de inspiração glauberiana, Manuel estupra a cabrita de um poderoso coronel do sertão e, para não ser capado, foge para São Paulo, a Terra da Garoa e das enchentes nas Marginais. Ao chegar à Rodoviária do Tietê, acha um exemplar da Veja esquecido no banheiro. Com a ajuda de um faxineiro, que lê a revista para ele, Manuel conhece o jornalista Diogo Mainardi e seu ódio contra o presidente Lula, nordestino como ele.
Como pode este jornalista insultar alguém tão generoso como o Lula?, pensa Manuel. O sertanejo tem o presidente como um verdadeiro líder messiânico, o homem que operou o milagre do Bolsa Família nos rincões mais pobres do Nordeste. Manuel passa a odiar Mainardi e os demais jornalistas, esse povo do mal.
A grande mudança na história ocorre tempos depois, quando Manuel, ao andar sem rumo pelas ruas de São Paulo, se depara com uma manifestação de jornalistas por salários mais dignos. Percebe que os jornalistas são pessoas tão sofridas e miseráveis quanto a sua gente do sertão. Um detalhe interessante é que, para filmar esta cena, a responsável pelo elenco optou por jornalistas verdadeiros e não atores profissionais. Os “atores sociais”, como ela explicou no making of, têm uma cara de desgraça que funciona melhor no cinema.
Manuel vê que nem todos os jornalistas são arrogantes como imaginava ao conhecer Mainardi. Fica confuso e não entende quem, afinal de contas, representa o Bem e quem representa o Mal neste mundo. No fundo, Manuel quer ser apenas um homem livre, sem tanta gente poderosa a perturbá-lo. Quer viver em paz, com sua rapadura e com Geni, sua cabritinha de estimação.
No começo do filme, de inspiração glauberiana, Manuel estupra a cabrita de um poderoso coronel do sertão e, para não ser capado, foge para São Paulo, a Terra da Garoa e das enchentes nas Marginais. Ao chegar à Rodoviária do Tietê, acha um exemplar da Veja esquecido no banheiro. Com a ajuda de um faxineiro, que lê a revista para ele, Manuel conhece o jornalista Diogo Mainardi e seu ódio contra o presidente Lula, nordestino como ele.
Como pode este jornalista insultar alguém tão generoso como o Lula?, pensa Manuel. O sertanejo tem o presidente como um verdadeiro líder messiânico, o homem que operou o milagre do Bolsa Família nos rincões mais pobres do Nordeste. Manuel passa a odiar Mainardi e os demais jornalistas, esse povo do mal.
A grande mudança na história ocorre tempos depois, quando Manuel, ao andar sem rumo pelas ruas de São Paulo, se depara com uma manifestação de jornalistas por salários mais dignos. Percebe que os jornalistas são pessoas tão sofridas e miseráveis quanto a sua gente do sertão. Um detalhe interessante é que, para filmar esta cena, a responsável pelo elenco optou por jornalistas verdadeiros e não atores profissionais. Os “atores sociais”, como ela explicou no making of, têm uma cara de desgraça que funciona melhor no cinema.
Manuel vê que nem todos os jornalistas são arrogantes como imaginava ao conhecer Mainardi. Fica confuso e não entende quem, afinal de contas, representa o Bem e quem representa o Mal neste mundo. No fundo, Manuel quer ser apenas um homem livre, sem tanta gente poderosa a perturbá-lo. Quer viver em paz, com sua rapadura e com Geni, sua cabritinha de estimação.
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quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Jornalismo e cinema
Existem certas obras do cinema a que todo jornalista deveria assistir, como Todos os Homens do Presidente, O Quarto Poder, entre muitas outras. Elas dispensam comentários. Há ainda filmes que, embora não tão famosos quanto os citados, estão na minha lista de preferidos. Um dos mais marcantes é, sem dúvida alguma, Corra que o Passaralho Vem Aí 3, um filme de suspense, com toques de drama.
O filme tem a assinatura de um antigo crítico de cinema que sonhava ser diretor. Após muito tentar, conseguiu. No fundo, todo crítico é um cineasta frustrado. Ele fez uma obra ousada, mas de baixo orçamento, toda ela filmada no corredor de uma redação de jornal. Os personagens interagem basicamente entre si e com uma máquina de café.
O passaralho, para quem não sabe, é o anúncio de corte de empregos. A chegada do passaralho cria um clima natural de tensão. Em meio ao desespero dos jornalistas que caminham para a lama surgem histórias pessoais belíssimas. A seguir, destaco uma das cenas que mais gosto do filme, a terceira, em que três jornalistas conversam ao lado da máquina de café. A partir deste momento toda uma história de angústia começa a se desenvolver.
CENA 3
Jornalista 1 (sujeito em pânico) encontra o jornalista 2 (mais calmo) ao lado da máquina de café. Eles conversam ao mesmo tempo em que preparam o café.
Jornalista 1: Você já está sabendo da última péssima notícia?
Jornalista 2: Cassaram nossa folga de fim de semana?
J-1: Antes fosse isso. Vão cassar os nossos empregos! Ouvi dizer que tem um passaralho novo vindo aí.
J-2: Pois é, eu também ouvi, mas parece que só vão mandar embora os jornalistas que ganham muito bem.
J-1: Pera aí: tem alguém que ganha muito bem nesta redação?
J-2: Ah, deve ter. Sabe os articulistas que ficam o dia inteiro sem fazer porra nenhuma interessante? Devem ganhar uma fortuna!
J-1: Será? Eu tô muito preocupado. Não posso perder meu emprego. Tô cheio de dívidas. Acabei de comprar um carro 1.0 em 72 vezes. (ele coloca um sachê de adoçante no café)
J-2: Café com adoçante? Você só come porcaria, tá gordo pra caralho e acha que este adoçante vai salvar a sua vida? Você já tá condenado, meu amigo. (sorriso sacana)
J-1: Acho que prefiro perder a vida ao emprego. (semblante ainda mais preocupado)
Neste momento, o jornalista 3 (sujeito alarmista) aproxima-se da máquina de café.
Jornalista 3: Caraca, fiquei sabendo que vão mandar 150 jornalistas embora aqui da redação!
J-2: Mas como vão mandar 150 se aqui só há 90 jornalistas?
J-3: Sei lá, é o que estão dizendo por aí...
J-1: Se estão dizendo, é melhor a gente ficar esperto! Ai, acho que tô com taquicardia...
É um filme realmente sensível e emocionante!
No post de sexta-feira, falarei de um outro filme da minha lista de preferidos: Lula e Mainardi na Terra Sem Sol, uma obra de inspiração glauberiana. Extremamente sutil e poético, o filme conta a história de Manuel, um retirante nordestino que chega a São Paulo após cometer um crime no sertão e, por acaso, passa a acompanhar o duelo entre um jornalista reacionário e um presidente populista. Trata-se naturalmente da velha metáfora da luta entre o Bem e o Mal, mas, neste caso, Bem e Mal se misturam, fazendo uma confusão da mulesta na cabeça do pobre sertanejo.
O filme tem a assinatura de um antigo crítico de cinema que sonhava ser diretor. Após muito tentar, conseguiu. No fundo, todo crítico é um cineasta frustrado. Ele fez uma obra ousada, mas de baixo orçamento, toda ela filmada no corredor de uma redação de jornal. Os personagens interagem basicamente entre si e com uma máquina de café.
O passaralho, para quem não sabe, é o anúncio de corte de empregos. A chegada do passaralho cria um clima natural de tensão. Em meio ao desespero dos jornalistas que caminham para a lama surgem histórias pessoais belíssimas. A seguir, destaco uma das cenas que mais gosto do filme, a terceira, em que três jornalistas conversam ao lado da máquina de café. A partir deste momento toda uma história de angústia começa a se desenvolver.
CENA 3
Jornalista 1 (sujeito em pânico) encontra o jornalista 2 (mais calmo) ao lado da máquina de café. Eles conversam ao mesmo tempo em que preparam o café.
Jornalista 1: Você já está sabendo da última péssima notícia?
Jornalista 2: Cassaram nossa folga de fim de semana?
J-1: Antes fosse isso. Vão cassar os nossos empregos! Ouvi dizer que tem um passaralho novo vindo aí.
J-2: Pois é, eu também ouvi, mas parece que só vão mandar embora os jornalistas que ganham muito bem.
J-1: Pera aí: tem alguém que ganha muito bem nesta redação?
J-2: Ah, deve ter. Sabe os articulistas que ficam o dia inteiro sem fazer porra nenhuma interessante? Devem ganhar uma fortuna!
J-1: Será? Eu tô muito preocupado. Não posso perder meu emprego. Tô cheio de dívidas. Acabei de comprar um carro 1.0 em 72 vezes. (ele coloca um sachê de adoçante no café)
J-2: Café com adoçante? Você só come porcaria, tá gordo pra caralho e acha que este adoçante vai salvar a sua vida? Você já tá condenado, meu amigo. (sorriso sacana)
J-1: Acho que prefiro perder a vida ao emprego. (semblante ainda mais preocupado)
Neste momento, o jornalista 3 (sujeito alarmista) aproxima-se da máquina de café.
Jornalista 3: Caraca, fiquei sabendo que vão mandar 150 jornalistas embora aqui da redação!
J-2: Mas como vão mandar 150 se aqui só há 90 jornalistas?
J-3: Sei lá, é o que estão dizendo por aí...
J-1: Se estão dizendo, é melhor a gente ficar esperto! Ai, acho que tô com taquicardia...
É um filme realmente sensível e emocionante!
No post de sexta-feira, falarei de um outro filme da minha lista de preferidos: Lula e Mainardi na Terra Sem Sol, uma obra de inspiração glauberiana. Extremamente sutil e poético, o filme conta a história de Manuel, um retirante nordestino que chega a São Paulo após cometer um crime no sertão e, por acaso, passa a acompanhar o duelo entre um jornalista reacionário e um presidente populista. Trata-se naturalmente da velha metáfora da luta entre o Bem e o Mal, mas, neste caso, Bem e Mal se misturam, fazendo uma confusão da mulesta na cabeça do pobre sertanejo.
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