Descrição de uma caminhada de crescimento pessoal rumo a um ser melhor com os desabafos e divagações que a acompanham. "Vive a tua vida como um sonho. Se consegues sonhá-lo, consegues concretizá-lo" - Massimo Bottura
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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Porquê escorregar na mesma "casca de banana" duas vezes?!
Sinto-me impotente ou pelo menos muito limitada, não só porque hoje acaba o desafio Butterfly para perder peso até ao Carnaval e eu consegui aumentar 3 quilos e subir o meu peso para um recorde, mas também porque mais uma amiga me pediu ajuda, conselho ou apenas ouvidos e eu gostava de ter boas notícias para ela mas o meu instinto diz que isso poderá muito bem não acontecer. Que m....!
Quanto ao peso eu superarei a desilusão e vou em frente. Quanto à amiga...é mais difícil.
Em tempos idos aprendi a dar "alertas" e não conselhos seguindo a lógica que os alertas estão sempre certos e os conselhos podem não estar. Não sei se dá para perceber a diferença, mas na minha maneira de funcionar, faz toda o sentido. Afinal quem sou eu para apresentar verdades absolutas ou dar conselhos a alguém se às vezes nem para mim sei o suficiente? Ninguém. Sou mais uma caminhante nesta vida, a ser surpreendida a cada passo e a ter dificuldades e dúvidas como toda a gente.
A questão é que apesar de ter amigas que tiveram experiências de relações mais ou menos traumáticas anteriores quando chega a altura de identificar o parceiro certo para si...parece que todas as reticências em excesso e toda a sabedoria aprendida com as experiências anteriores se esfumam no ar e vejo-as a passar por cima de "defeitos" nos seus novos potenciais parceiros como se nada fosse. Fico um bocado sem jeito quando me pedem a opinião pois reconheço sinais de alarme mais ou menos e o meu alarme começa a soar. Mas as coisas saltam tão à vista, como não as vêem elas? Será de ignorar que já haja discussões e razões para acabar mesmo antes de começar? Traições, ocultações (sim, claro que ocultar não é o mesmo que mentir!), ciúmes doentios, amores exacerbados e desproporcionais para o tempo de relação (não acredito em morrer de amores, nem paixões avassaladoras ao primeiro olhar). Como tudo o que dá trabalho e é investimento para a vida, as relações não caem do céu como se de almôndegas se tratasse. Levam tempo a crescer, a conhecer e a identificar. Porque se sentem pessoas cujas relações já t~em factores de discordância acesa e incompatibilidades de racionalização, esperança cega de avançar mais um passo? Querem pôr a relação à prova avançando mais nela na esperança que, como se de um passe de mágica se tratasse, tudo fique perfeito e os problemas já existentes não voltem a ocorrer? E porque não?
Digo eu: Porque não andar um passo atrás e dar tempo a que se conheçam melhor e vejam de facto se são compatíveis? Porque não acabar a relação antes que a coisa piore? Porque não dar hipótese a que, pelo menos, a amizade sobreviva em vez de deixar estragar tudo? Ponderar antes de envolver filhos, família e amigos? Qual a pressa?
Como vêem as dúvidas são mais que as respostas. Também não sou génio na matéria. Mas há coisas que aprendi com o tempo:
1 -A partir de determinada altura as pessoas não mudam muito, principalmente se se espera isso delas.O melhor é sempre não esperar nada e ponderar se se consegue viver com a pessoa no seu estado actual.
2 - As mentiras piedosas para não nos fazer sofrer...são uma treta. São mentiras que acabam por ser descobertas e normalmente com consequências muito mais graves do que se tivessem sido contadas logo no início. Não empatem o meu tempo com a convicção que correspondem aquilo que eu procuro. Prefiro saber logo tudo, doa o que doer;
3- As atitudes, desconfianças e ciúmes injustificados em gente madura...não têm cabimento e só se irão agravar a partir do momento em que as pessoas pensem que nos possuem;
4- Amores avassaladores que geram pedidos de casamento em tempo de crise ou declarações exarcebadas, "trazem água no bico". Ninguém morre de amores, posso garantir. Nem mesmo quando o objecto do nosso amor é merecedor da nossa dedicação e amor. Muito menos quando o objecto do nosso amor não é merecedor;
5 - As relações devem nascer de boas amizades. Se o nosso companheiro não fôr o nosso melhor amigo...algo deve estar a falhar;
6 - Pessoas adultas que vivem e dependem dos papás e não querem libertar-se dessa situação, terão dificuldade em querer assumir responsabilidades sozinhas;
7 - Quando não nos conseguimos imaginar a ter filhos ou a passar a velhice com determinada pessoa por alguma razão...algo deve estar a faltar na relação. Não deve ser "o tal". há que dar mais tempo para conhecer a pessoa melhor ou manter a coisa pela amizade mesmo.
Nota: nunca confundir carência ou "desespero"/medo de não vir a encontrar ninguém melhor com os verdadeiros sentimentos. muitas vezes envolvemo-nos com determinada pessoa num dado momento por razões não tão claras emocionalmente. nuca avançar sem ter a certeza de que realmente encontrámos "a tampa para a nossa panela". Não vale fazer concessões com o medo de ficar "para tia" ou nunca chegar a ter filhos. Isso é batota.
Tudo isto para dizer que gostava tanto que todos nós fossemos felizes e encontrássemos a nossa "cara metade". Mas por vezes os sinais saltam à vista de que não é isso que acontece. Se a relação já nos faz respirar fundo com receio do que nos espera... isso é sinal que a pessoa que era suposto fazer-nos sentir bem está a causar um stress adicional e isso ninguém precisa. Já temos que chegue na nossa vida. Os nossos parceiros são para nos causar bem estar e o sentimento de aconchego e protecção, não o oposto. são o nosso porto de abrigo e as pessoas que despertam em nós as nossas melhores características. É o melhor que há em nós. Não se contentem com menos do que isso e serão felizes porque vão atrair o tipo de pessoas certas. Foi o que aconteceu comigo e acredito piamente nesse princípio. Quando nos contentamos com pouco atraímos "pouco" (em qualidade, não em quantidade) . se somos exigentes e determinadas no que queremos ou não para nós, atraímos as pessoas que a isso correspondem. É assustador com o isto é verdade (sei por experiência comprovada). Os fracos pretendentes reconhecem as suas "vítimas" à légua. Sabem reconhecer pessoas vulneráveis e fases de fragilidade como ninguém e atacam com todo os argumentos certos. É tiro e queda!
O meu desabafo já vai longo e resta-me desejar que sejam felizes pois a vida é demasiado curta para infelicidades ou felicidades "assim-assim". Nós merecemos o pacote completo da felicidade e quem ama...corresponde, sem exigências , nem pedidos. De forma natural e gradual. Dêem-se tempo para reconhecer com quem encontram. Não tropecem na mesma "casca de banana"/situação mais que uma vez.
Beijocas e viva a felicidade só ou acompanhados.
Su
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