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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

1..2..3.. Gaitán fez de Messi em três toques



Um golo tipicamente à Messi, com 3 simples mas geniais toques, Nicolás Gaitán fez um golaço ao mais puro estilo do astro Lionel. E com esse golo atingiu algo que nem Messi conseguiu (ainda): marcar nas primeiras 3 jornadas da fase de grupos da Champions League.

Domingo na Luz queremos a vitória no derby. Contamos com o nosso Messi e com todos os benfiquistas.

domingo, 16 de agosto de 2015

Nelsinho e mais 10

Ok, estou a exagerar um pouco porque houve mais gente com nota positiva: Júlio César, Talisca e Vitor Andrade, por exemplo. Mas não exageraria se o título deste post fosse Estrelinha de Campeão na 1ª jornada.

Ganhámos 4-0 (quatro golos no último quarto de hora) mas a história do jogo é muito mais que isso. O Estoril entrou muito forte e a pressionar alto, dispôs mesmo das melhores oportunidades da primeira parte. Valeu um enorme Júlio César, que já no segundo tempo fez uma defesa impossível que negou o 0-1 e provavelmente mais um resultado negativo para nós face ao que se vira até ali.

Tenho dúvidas em 2 lances de penalidade para o Estoril (com 0-0) mas pareceram-me ambos bem julgados: contactos leves e consequente queda desproporcionada. Já no penalty que nos favoreceu parece-me que a bola bateu na barriga do Matheus (filho do Bebeto, a quem o brasileiro dedicou um festejo famoso no Mundial'94) e não vi mão nenhuma.

Quanto ao jogo foi mais do mesmo, um Benfica pastoso, manietado e sem soluções. Teve o dom Rui Vitória, desta feita, de ter feito boas substituições que mudaram bastante a história do jogo. Talisca foi espetacular. Tem uma qualidade superior e será engraçado ler os jornalistas amanhã depois de o terem enxovalhado no último domingo ("está de férias", "jogou zero", etc). Talisca joga muito, ponto. Mas pode jogar mais ou menos consoante as ordens que o treinador lhe dá e o local do terreno que ocupar. Aquele pé esquerdo é fabuloso e Talisca será um jogador de eleição, não tenho a mínima dúvida. Oxalá continue connosco bastantes anos. Craque!

De Júlio César só se pode esperar categoria. Hoje safou o Benfica várias vezes e mostrou que é um dos grandes GR mundiais, faz tudo bem. Diz-se que uma equipa top tem que ter um GR e um '9' de eleição. Guarda-redes já temos, um número nove ainda não sei...

Hoje o '9' foi Mitroglou. Completamente fora de forma (não sei que raio de pré-temporada fazem os gajos do Fulham...) e - outra vez - um corpo estranho à equipa. Dei por ele num falhanço foleiro já depois dos 60 minutos. Mas - e este mas não é de somenos - foi ele que abriu o marcador com um golo...à Cardozo. Isto é, estava no sítio certo para encostar. Mitroglou será a referência, o pivot deste Benfica 15/16, mas tem que melhorar muito ainda porque Jiménez está à espreita. O grego tem coisas de jogador de área como Cardozo e tem olfacto goleador como a lenda paraguaia mas isto são apenas conjecturas minhas porque a amostra real, para já, é curta. Espero que o "festejo à Mitroglou" vire moda em Portugal este ano. Era bom sinal.

Gostei muito mesmo do Vitor Andrade. A forma explosiva e carregadinha de alma com que entrou no jogo deve tê-lo deixado mais extenuado que companheiros seus que fizeram os 90 minutos. O miúdo queria ir a todas, disputava todas, corria para trás, para a frente, para os lados, uff, cansava e empolgava só de ver. Mas aquele sangue na guelra puxou pelos jogadores, puxou pelo público, e confesso mesmo que aquele cruzamento de primeira para o terceiro golo foi o momento em que me levantei entusiasmado pela primeira vez em todo o jogo (isto até ao golaço que foi o 4º).

O Vitor chegou do Santos (onde além de grande promessa vivia com rótulos de 'novo Robinho' e 'novo Neymar') e foi para a equipa B disputar uma segunda liga bem diferente do futebol brasileiro. Nunca se queixou, nunca amuou, foi jogando e evoluindo pouco a pouco sempre humilde e com um sorriso. Nunca teve hipóteses com Jesus (que eu me lembre...) mas nunca baixou os braços. Hoje - depois de nem ter sido chamado à pré-temporada - teve a sua chance e não defraudou. Mostrou aquilo que deve ser um suplente: os minutos que jogar - 5 ou 50 - têm que ser a alta rotação. Vitor Andrade entrou com alma até Almeida e foi recompensado, grande jogo e talvez a garantia de um lugar no plantel principal.

Mas aquele que enche as medidas é Nelsinho. Outro grande jogo de Nélson Semedo (chegou para a equipa B vindo do Sintrense pelas mãos de Norton de Matos se não estou em erro) culminado com um golaço depois da enésima genialidade de Nicolás Gaitán. O Semedo faz-me lembrar o Miguel, aquele Miguel empolgante quando surgiu a defesa direito. Velocidade, técnica, sprints, o miúdo tem tudo para ser um caso sério no futebol português, no Benfica e na Seleção.

Para quem, como eu, acompanha a equipa B, a qualidade do Nélson Semedo não é novidade nenhuma. Aquilo que estão agora a ver ele já fazia semanalmente na época transacta. Aquilo que me tem surpreendido é a tranquilidade (o despeito até) com que ele enfrenta rivais de primeira divisão. Não treme, não tem medo de "partir para cima" e não presta vassalagem a nenhum adversário. Se um miúdo acabado de chegar ao bicampeão nacional já se comporta assim...mal posso esperar para ver o Semedo lá para meio da época.

Contas feitas demos 4-0 (líderes) a um grande Estoril (que me surpreendeu imenso, excelente equipa) mas continuamos a jogar pouquinho. Depois de não sei quantas horas sem fazer um mísero golo, fizemos 4 num quarto de hora. Agora resta trabalhar. E trabalhar. E trabalhar. Muito! Porque temos demasiados bons jogadores para jogarmos tão pouco.

P.S. - estamos a assistir aos últimos passes de mágica do Nico Gaitán entre nós, aproveitem e compareçam Domingo em Aveiro para ver o astro argentino. Para ver o Gaitán, para ver o Benfica e para vencer, como sempre.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Di Maria. Gaitán. Correa ?

Di Maria chegou à Luz como um dos novos prodígios do futebol argentino. Acabado de se sagrar Campeao do Mundo sub-20 com a Argentina (ao lado de Kun Aguero) no Canadá (onde Coentrao brilhou como extremo esquerdo), o jovem jogador do Rosario Central era visto como o substituto natural de Simao Sabrosa.

Di Maria era um jogador explosivo, tecnicamente evoluído mas muito diferente do Simãozinho. Di Maria era um extremo à antiga, jogava bem encostado à linha lateral e deixava a cabeça em água ao lateral contrário. Era normal ve-lo fintar (ou gambetear como dizem os seus compatriotas) o defesa uma, duas ou três vezes na mesma jogada. Di Maria optava por humilhar o contrário ao invés de ser produtivo e eficiente.

Era um jovem com sangue na guelra mas bastante "verdinhho" para o competitivo futebol europeu. Mas via-se que era um fenómeno, num dos seus primeiros jogos, na Choupana, fez uma jogada antológica onde driblou meia equipa e depois foi incapaz de oferecer o golo a Cardozo ou concretizá-lo ele próprio.

Muitas vezes Di Maria parecia uma galinha sem cabeça, pois corria desenfreadamente mas sem o mínimo critério e/ou objectividade.Foram anos negros até à chegada de Jorge Jesus à Luz. Tendo-se equacionado mesmo a transferência do astro argentino por não passar de um brinca na areia.

Mas havia magia em Di Maria (golo de antologia com Maradona - então seleccionador argentino - na Luz a assistir), o que demonstrava que não se podia perder a esperança num talento bruto deste quilate.

Jesus potenciou as suas capacidades e Di Maria tonou-se um punhal na extrema esquerda encarnada em 09/10. Não esqueço, ainda nessa pré-época, um jogo em Amsterdam, no torneio do Ajax, onde vi Di Maria a fazer carrinhos na linha de fundo defensiva e a subir e descer com critério e pulmão. Parecia estar motivadíssimo como nunca o tínhamos visto e nessa época sucederam-se as exibições monumentais, umas atrás de outras. O rebelde gambetero havia-se tornado num futebolista de elite, sabendo decidir quando driblar e como ser produtivo. Sem surpresas, seria transferido para o Real Madrid de Mourinho por mais de 30M (recorde na altura).

Depois de Di Maria chegou ao Benfica outro argentino para o substituir: Osvaldo Nicolás Fabián Gaitán. Vindo do colosso Boca Juniors, Nico Gaitán demonstrou o seu nível rapidamente, mas a memória fresca de Di Magia (como o pequeno genial se referiu a ele) tornou a comparação inevitável e isso não foi fácil ou positivo para o novo craque vindo das Pampas.

Gaitán não era (nunca será) um extremo "de linha" como Di Maria, era um jogador que gostava mais de zonas interiores e que - tal como o seu predecessor - não estava habituado a defender. O talento de Gaitán também era óbvio, mas Nico era mais cerebral, mais elegante que o puro sangue Di Maria.

A sua adaptação foi mais rápida que a de Angelito, e apesar de não ter um jogo tao espectacular e entusiasmante como o compatriota, tinha algo superior: classe.

Gaitán deu nas vistas, nos seus inícios entre nós, com slaloms impressionantes, quando embalado parecia imparável. Mas desaparecia muitos minutos durante um jogo, deixando de vez em quando alguns pormenores de génio. Gaitán era um craque, mas não era Di Maria, pareciam pensar os benfiquistas.

Mas Nico Gaitán evoluiu de época para época e passou a ser determinante no poder ofensivo do Benfica, ele tinha técnica, velocidade, visão de jogo e muita, muita classe. Gaitán é o tipo de jogador que perfuma a bola quando lhe toca, com ele a redondinha nunca se queixa.

Portanto tivemos 2 argentinos "canhotos" que encantaram a Luz. Com a mais que provável transferência de Gaitán no final desta época (digo eu...), outro argentino entra no radar do Sport Lisboa e Benfica: Joaquín Correa.

Digo-o desde já, a concretizar-se o negócio Correa, o Benfica acerta na mouche! É um jogador bastante parecido com o Gaitán, na minha opinião, um futebolista fino, elegante, transpira classe a cada toque de bola. No Estudiantes joga no lado esquerdo, mas tal como Nico, não é um extremo puro e procura bastante jogo interior. É um destro (apesar de não ser "cego" com o pé contrário) a jogar no lado esquerdo mas a elevada capacidade técnica permite-lhe sair do drible para "dentro" ou para "fora" deixando o seu opositor sem saber por onde o vai "partir".

Correa tem boa visão de jogo, uma técnica prodigiosa e muita velocidade, é um talento extraordinário e se for este o substituto do Picasso Gaitán, não temos nada a temer: é craque da cabeça aos pés!

Não quero que Gaitán saia, mas quando isso acontecer, quero que seja Correa o seu substituto, é um futebolista que tem tudo para ser estrela mundial.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Do borrego ao alcatrão, aí vai o Campeão

Primeiro objectivo (vencer Supertaça + 1ª jornada do Campeonato) atingido. Sem grandes euforias ou brilhantez mas longe da depressão generalizada que os opinadores e escribas do alheio tentaram transmitir. A verdade, dura e crua, é que já temos um título (o único disputado), não sofremos qualquer golo e entrámos a vencer na principal competição nacional, coisa inédita para as bandas da Luz desde 2004/05.

O "borrego" da jornada inaugural terminou hoje com a vitória por 2-0 sobre um muito interessante (e personalizado) Paços de Ferreira. E vou começar mesmo por aí, por um Paços muito bem orientado por Paulo Fonseca, a jogar de "cabeça erguida", no campo todo e tacticamente muito bem trabalhado. O Paços não vai ser 3º nesta época, mas vai ser um osso duro de roer e trará competitividade a uma Liga Portuguesa cheia de treinadores de retranca ou "do pontinho".

E só um grande treinador desceria 2 ou 3 degraus de forma impávida e serena, demonstrando - novamente - que é, sem margem para dúvidas, bom treinador. Paulo Fonseca voltará a um grande e voltará por méritos próprios. Agora, liberto das amarras de uma cartilha sensaborona e repetitiva verá o seu trabalho falar por si. Boa sorte para ele e para o Paços.

O Benfica, por sua vez, entrou mole, adormecido e foi dominado por um Paços tacticamente a roçar a perfeição e que se impôs nos primeiros 25 minutos. Cedo na partida Cosme que vinha: amarelo patético a Enzo Pérez aos 4 (!!) minutos e um penalty assinalado com o olho de lince... Admito que há falta (escusada) de Eliseu, mas este é um penalty ao ralenti, só se vê na repetição em câmara lenta, porque na velocidade "natural" parece uma teatralidade de Hurtado (que também existiu). Mas estou com Jesus, acho muito difícil - na posição onde estava - que Cosme Machado pudesse ser tão peremptório.

Mas adiante. O "pára-penaltys" Artur (que fez o melhor jogo em muito, muito tempo, praticamente perfeito) emergiu e voltou a ser herói, uma semana depois de Aveiro. De resto, por esta altura víamos um Enzo de baixa rotação e um Talisca, novamente engolido no sector mais recuado do Paços. Curiosamente - ou não - o brasileiro só se destacou quando recuou no terreno e conseguiu mostrar a sua qualidade de passe e visão.

O Benfica chegaria à vantagem pelo intratável Maxi Pereira (que já havia dado uma bola de golo a Lima) depois de boa combinação com Gaitán. Concretizou dentro da área e de pé esquerdo! Outra vez muito bem Maxi e outra vez muito bem Salvio, que parece imparável e haveria de fechar as contas depois de outra excelente jogada colectiva (e nova assistência de Gaitán), ao cabecear no segundo poste, bem ao seu estilo.

Amorim foi outro dos destaques positivos, nunca parou e conseguiu ser o pulmão e o cérebro ao mesmo tempo. Voltei a achar que Eliseu tem deficiências defensivamente e abre muito espaço no seu flanco. Lima foi outra vez perdulário (apesar de sempre esforçado e lutador) num jogo onde devia ter feito um ou dois golos. Jara jogou cerca de 50 minutos e aliou coisas interessantes com "paragens cerebrais" inadmissíveis em alta competição, tem que crescer muito se quiser ter uma palavra neste plantel.

Foi uma vitória q.b., sem espinhas perante um bom Paços de Ferreira e que abre boas perspectivas para o "alcatrão" do Bessa no próximo domingo. Depois de duas vitórias transcendentes, o novo objectivo passa por mais duas: Boavista e Sporting. Chegando assim à primeira pausa do Campeonato na liderança, com 9 pontos e com um dos candidatos a, pelo menos, 5 pontos.

P.S. - não me lembro de um Campeão ter sido tão menosprezado pela Comunicação Social portuguesa no arranque de uma Liga. Lembro-me de vários dream team (em teoria, no papel) do Benfica terem sido secundarizados face ao então Campeão, por isso mesmo, por "os outros" serem os campeões. Mais, este ano há um candidato com bastantes mais mexidas no 11 (o Benfica apresentou 2 caras novas apenas, nos 2 jogos disputados), incluindo até uma mudança técnica e passa-se por acima disso tudo de forma olímpica oferecendo, praticamente, o título em bandeja de ouro. Ele são as contratações fabulosas (claro que sim, quem diz isso também escreveu que Capel era a maior contratação do defeso, um defeso onde, entre outros, chegou Witsel ao futebol português...), a pré-época arrasadora, etc., mas as contas fazem-se no fim e talvez esse menosprezo faça muitos "delinquentes da pena" engolirem essas palavras.

P.P.S. - não há volta a dar, o Porto fez um all in nesta época, contratou e investiu com nunca numa jogada de elevado risco face a um técnico sem qualquer histórico ou conhecimento do nosso futebol, por isso prevejo muitas jogadas de bastidores e inúmeras arbitragens polémicas. Para o bem do Benfica e para o bem do Desporto, oxalá me engane e tudo se desenrole da forma mais limpa e clara possível, mas...mais vale prevenir que remediar.

domingo, 2 de março de 2014

Agridoce

Ponto 1 - o Benfica foi a única equipa que mereceu ganhar;

Ponto 2 - há um golo incrivelmente mal anulado ao Belenenses que lhes daria o empate a cerca de quinze minutos dos 90;


O Benfica continuou a senda de bons resultados (voltando a não sofrer golos, é já a defesa menos batida da prova: 13 golos sofridos em 21 jogos) batendo o Belenenses por 0-1 no Restelo. Mas jogou "pouquinho". O jogo vale pelos 3 pontos e pela (enésima) genialidade de Gaitán. No dia de aniversário de Lazar Markovic, o argentino Nico Gaitán teve uma arrancada brutal e culminou-a com um chapéu soberbo. Estavam decorridos 7 minutos de jogo.

O golo parece ter transmitido um excesso de confiança aos jogadores, é verdade que o Belenenses nunca esteve perto de marcar ou assustar sequer, mas o Benfica "pôs-se a jeito". O adversário deu o que tinha: suou, correu e nunca virou a cara à luta. Já o Benfica procurou resguardar-se e terá tentado proteger um resultado magro cedo demais.

Houve muita entrega de ambas as equipas, mas ao Benfica exigia-se muito mais. O segundo golo tardava em aparecer e os abnegados atletas do Belém fizeram das tripas coração para não perderem este jogo. Marcaram mesmo um golo, muito mal anulado por offside inexistente. O erro é tão gritante que o fiscal de linha dá a sensação de ter levantado a bandeira por reflexo, e muito depois do lance ocorrido.

Gosto que o Benfica vença e bata recordes (neste caso defensivos) mas vencer assim com um erro grosseiro que nos beneficia é horrível (nem consigo imaginar o que alguns portistas "a sério" sentirão com 30 anos de coisas assim...) e deixa-me um sabor amargo na consciência. Sim, o Belenenses não mereceu vencer, mas a displicência dos benfiquistas talvez merecesse o castigo do empate, empate que talvez também fosse um prémio justo à enorme luta dos homens do Restelo.

Na 1ª volta perdemos 2 pontos na Luz, frente a este Belenenses com o golo deles em offside, mas nem isso apaga a sensação estranha e agridoce dos 3 pontos de hoje: sim vencemos, não, não estou contente. Do jogo gostei de muito pouca coisa, além do génio de Gaitán pouco mais há a realçar. Gostei muito das declarações finais, sobretudo dos homens do Restelo. Tanto o treinador como o jogador do Belenenses não fizeram um choradinho com o lance e procuraram realçar o sacrifício e bom trabalho da sua equipa. Passar um jogo inteiro dominado pelo Benfica e depois vir "chorar" de uma semi-oportunidade de golo mal anulada parecer-me-ia exagerado. O Belenenses correu mas nunca esteve perto de incomodar o Benfica, portanto a vitória seria sempre uma miragem, mas pelo fair-play demonstrado no final a minha vénia.

Também gostei das declarações de Jesus nessa mesma flash-interview porque resumiu exactamente aquilo que eu pensei: a equipa não sofre golos e às vezes demonstra excesso de confiança que nos pode sair caro. Não custou hoje, mas... Só gostava que Jesus tivesse também dito claramente que o golo do adversário era legal, só lhe ficava bem. Apesar de ter "contra-atacado" com o offside da 1ª volta que nos roubou 2 pontos (e essa referência, no fundo, admite o erro que hoje nos beneficiou) não custava nada dizer que hoje havia sido beneficiado. Era uma lufada de ar fresco no Futeluso e uma chapada de luva branca em muita gente.

Faltam 22 pontos. (mas depois do que vi hoje....22 pontos são uma enormidade ainda)