Voltei às salas de cinema desta vez para ver um filme francês.
Do realizador d'A Residência Espanhola e d'As Bonecas Russas, Cédric Klapisch, chega "Paris", uma homenagem à mítica cidade francesa e aos seus habitantes, com alguns dos mais talentosos actores franceses, entre os quais Juliette Binoche e Romain Duris. Um parisiense adoece e começa a questionar-se sobre a morte. O seu novo estado dá-lhe um novo e diferente olhar sobre tudo o que o rodeia e as pessoas com quem se cruza. Ao sentir a morte por perto, começa a dar um outro valor à sua vida, à vida dos outros e à vida da cidade. Desde a padeira à assistente social, um arquitecto, um professor universitário, um clandestino, uma modelo - todas estas pessoas estão por Paris.
Podemos pensar que não são excepcionais, mas para cada um, a sua vida é única. Podemos pensar que os seus problemas são insignificantes, mas para eles são os mais importantes do mundo.
Um filme que me fez quase dormitar nos primeiros vinte minutos, a história demasiado parada, só que depois de eu começar a perceber a história do filme fui-me interessando e abrindo os olhos para a dura realidade. Um jovem rapaz descobre que padece de um problema no coração e a única alternativa é mesmo um transplante cardíaco - um problema que me acompanha desde há um ano a esta parte, com uma familiar minha nessa situação. A indiferença da parte de quem o rodeia, o afastamento dos amigos ou seja daqueles que se diziam seus amigos, porque se o fossem na verdade, não se afastavam...dilema que eu estou a sentir nos ultimos 6 meses de vida, que deixará marcas negativas com toda a certeza, mas que me fez abrir os olhos e ver com quem posso contar na realidade.
Apenas a sua irmã, Juliette Binoche, se muda de bagagens e 3 filhos para sua casa e toma conta dele, faz-lhe companhia até ao fim. Organiza festas para que ele possa conviver com os «tais amigos», faz tudo para o ver feliz.
Este jovem passa a maior parte do seu dia, na varanda de sua casa e muitas vezes à janela, olhando o Mundo. Só. Tristemente só.
Mas o filme não é só tristeza nem drama, felizmente há, também, momentos de alegria e animação.
A dancer laid low by heart disease looks out of his window and finds dance in the city and the people who live in it
It was not the first time Klapisch worked with actor Romain Duris. In Paris, Duris plays a young Parisian who might be terminally ill, and who starts to see the world differently because of the fact he might soon die. As a result he falls in love with life everywhere in the city: as lived by people as different as a baker, a social worker, a dancer, an architect, a homeless man, a university professor, a model and an illegal immigrant.
Two giants of French cinema, Juliette Binoche and Romain Duris.
Both shine a quiet confidence. She plays an uptight social worker; he’s a dancer dying of a heart condition. Their story is interweaved with a midlife crisis TV academic (Fabrice Luchini) who seduces a student by text messages; a coterie of food-market workers who fight over the same woman.
Director Cedric Klaspich takes a naturalistic tone and threads nicely through each story, allowing his camera to savour old and new sides of the city.
Death comes to some and cupid lovers in the air, while Duris lies in the back of a taxi, in a scene inspired by The Diving Bell and the Butterfly, admiring the view.