Prometo-te um poema de amor, meu amor.
Sim, hei-de chamar-te "meu amor"...
Posso, meu amor?
Gosto da palavra "amor"
(mesmo que não seja meu)
Prometo-te, então, esse poema um dia
Quando o tempo se fizer em nosso peito
Quando a pele se deitar no nosso leito
Ou quando os sonhos se refizerem do acaso que nos juntou
E perdoar toda a vida que já passou
E onde andámos fora
Por isso...
Não te vás embora, não?
Eu conheço o meu coração
E sei que ele estará mais ou menos em flor
Para te fazer um poema de amor
E te chamar "meu amor"...