23 de fevereiro de 2015

ZeCa

Vou chorar-te todos os dias. Lavar-me destas lágrimas tuas e sorrir. Que da tua morte a minha vida ainda tem.
Vou cantar-te sempre. Pela primeiríssima vez. Que na tua voz o meu corpo se detém.
E voa! Zarpa e avança embriagadamente na lucidez de ser génio. Único que o mundo ainda tem.
E precisa! Na sabedoria que nos podemos dar.

22 de fevereiro de 2015

LáEcÁ

Sob o teu olhar levo-me a vida
Pela vida que corre
E em cada nova despedida
Um pouco que morre...

Sob o meu passado levo-me o amor
Pelo amor de ser
E em cada janela de luz e cor
Um verso mais a nascer...

Sob mim, o caminho
Na grávida solidão
E em cada quente ninho
Uma ternura, em inquietação...

11 de fevereiro de 2015

oSiLêNcIoDoVeNt0

Resta-me o silêncio do vento. Os versos no labirinto que pousa em mim. Como um tártaro destemido. O vento é um sopro de sangue nas memórias. O vento é uma canção. Uma noite apenas. Um calor eterno. Por isso os seus passos me são importantes. Porque sei que o caminho das ondas é um abraço sem tempo. E que devolve sempre o seu sorriso. A ternura de ter estado. É neste embalo que me resta hoje que me deito. Em silêncio. O do vento.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...