Podes esconder o brilho das flores
Mascarar o desassossego por entre a solidão.
Podes arder ainda todos os teus amores,
Perder-te nos versos de cada perdão.
Podes calar as chagas do teu peito
Por entre abraços e ternuras mais.
Podes do rio afogar o leito
Onde a corrente é forte demais.
Podes esquecer-te de vir, no labirinto de ti
Por muito que fiques, por muito que vás.
Podes nunca regressar a mim, aqui
Mas sei sempre onde estás.