domingo, 4 de março de 2018

le lab de lux 2



tá no ar aquele EP de 2015 que o chapa mamba gravou em brasília e algum dia vai sair em vinil de sete polegadas pela lombra records.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

rabanadas



Pra fechar o ano, o EP de estreia dos Rabanadas, banda nova que fiz com a Clara, que sempre quis tocar bateria. Tudo caseiro e na base da diversão. E tem até um cover de Stooges!

terça-feira, 3 de outubro de 2017

o otorrinolaringologista




Comecei essa música há uns dez anos, talvez mais. Havia gravado uma demo bem simples em 2006 ou 7 mas ainda achava que faltava alguma coisa na composição -- apesar de algumas ideias interessantes (o guarani, o hino nacional) a harmonia era muito simples, o ritmo muito apressado, e não consegui dar prosseguimento. Um ano atrás tentei retomá-la, decidi acrescentar mais algumas estrofes à letra e comecei a variar um pouco os acordes, pensar em outros instrumentos. Até gravei uma guia bem tosca, mexi na velocidade, mudei o tom, recortei e colei um monte de coisa, mas empaquei de novo. Acabei mandando para o meu chapa Stanislav, na Eslováquia, para ver se ele gravava uma bateria e talvez isso me ajudasse a terminar o resto. Ele mandou o arquivo de volta, que ficou novamente parado no meu computador. Nos últimos meses eu estava gravando/compondo/tocando algo todos os dias, mas ainda não sabia o que fazer com essa música. No feriado da independência (nada mais simbólico) fomos passar uns dias no litoral, e talvez tenha sido exatamente o respiro que eu precisava para voltar com novos ouvidos, tomar coragem e abrir novamente aquele arquivo. Terminei tudo em dois dias, obcecado. É uma música bobinha, mas me deixa orgulhoso. Vai sair em vinil artesanal transparente, com umas 5 cópias apenas. O lado B é uma outra canção antiga da mesma época, também com a bateria do Stano, e que já estava pronta há provavelmente um ano, esperando uma companhia. As duas iam fazer parte de um novo lançamento da Quadrúpede Orquestra que não aconteceu -- a voz e o violão da segunda foram gravados na casa do Mallogro/Pâncreas em 2007 --, mas achei melhor botar mesmo o meu nome e lançar como um  trabalho solo. É engraçado retomar coisas antigas assim. No caso, acho que ambas ainda funcionam, e talvez só agora eu tivesse mesmo condições de terminá-las. Nada como o tempo para testar e amadurecer as ideias.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

teaser: novo single em vinil



em outubro lanço mais um trabalho solo pela chupa manga recs., vai estar disponível na internet e em vinil de sete polegadas com tiragem limitadíssima. deve rolar uma pré-venda.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

♫ KARAOKE VOL.001




Apelando para o inconsciente coletivo como forma de fixação mental das composições no catálogo da Chupa Manga Recs. (em forma esquemática e totalmente despidas de seus elementos orgânicos), passei alguns dias completamente obcecado em transformar algumas delas em versões baratas de karaokê. Num misto de incredulidade e seriíssima dedicação, tamanho esforço — cerca de 6 horas por música, em média, entre transcrever todos os arranjos, programar instrumentos e sintetizadores, mixar as faixas, separar fundos pitorescos, editar transições excêntricas e sincronizar letras e melodias — prova mais uma vez até a que pontos extremos estamos dispostos a chegar para manter entretido o nosso estimado público ou, ao menos, para não perder a piada. Divirtam-se!

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

presente

saiu mais um disco do chapa mamba, via meu selo chupa manga records. tudo gravado de forma caseira, faça-você-mesmo, como sempre. dá pra assistir uma espécie de "making of" aqui, com as poucas cenas que consegui captar durante as sessões de baixo e bateria.


segunda-feira, 10 de julho de 2017

te mostro o meu café da manhã se você me mostrar o seu

Com a chegada dos stories e transmissões ao vivo, o meio influencia novamente a mensagem dos ansiosos habitantes do planeta. Se antes era preciso — ou deveria ser — pensar duas vezes antes de decidir compartilhar insights, piadas internas, textos e imagens pessoais, agora o impulso toma definitivamente a dianteira. Ou será que não? [continue lendo]

terça-feira, 20 de junho de 2017

o dente ausente

Lancei esse zine na Feira Dente deste ano, em Brasília. As cópias acabaram, mas aí está a versão digital -- com a desvantagem de não ser realmente interativa como a original.

sexta-feira, 24 de março de 2017

field recording ou música?

Meu EP "pequenas tragédias" já está disponpivel no Spotify, Deezer, GooglePlay e Napster, mas uma regra inusitada na distribuição digital dessas plataformas me levou a escrever esse texto:
Quem Recolhe os Royalties da Harmonia das Esferas? - da gravação de campo documental à arte sonora digital

sexta-feira, 3 de março de 2017

narrativas ao acaso

Acabei me empolgando e criei mais dois twitterbots humorísticos, o NtflxGenerator e o CozinhaBot.
Pensando um pouco mais sobre o assunto, escrevi esse texto no medium.

quarta-feira, 1 de março de 2017

cientistas afirmam



Comecei um projeto de notícias científicas aleatórias no twitter. Os resultados beiram o nonsense, mas poderiam passar por manchetes reais em vários casos. Mais uma crítica ao jornalismo do que à ciência, portanto. Vamos ver o que sai, são trocentas combinações de termos possíveis, atualizado de hora em hora: twitter.com/cientistas_bot

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

uma história

quase não tenho feito quadrinhos, mas me dei ao trabalho de desenhar esse aqui para um projeto que acabou não saindo. o roteiro estava pronto há anos. a história completa está no medium.


Stvz prepara novo EP solo




Ouça com exclusividade o primeiro single de "Pequenas Tragédias" (CHUPA.015)

Procurado pela imprensa, o músico não quis dar declarações.
Acompanhe a Chupa Manga Recs no facebook, twitter e tumblr, ou se inscreva na newsletter.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

faça você mesmo/a

o novo chupa manga zine já está à venda, junto com a discografia completa do selo.
tudo caseiro, feito à mão e com carinho. mas é baratinho. olha lá.





sábado, 17 de dezembro de 2016

televisão, ciência pop e som

Cria do conhecido "Mythbusters", novo programa da Netflix também traz algumas curiosidades para os interessados no mundo dos sons.

O fenômeno dos programas televisivos científicos não é exatamente recente, reunindo clássicos tão distintos quanto Cosmos (tanto na versão original com Carl Sagan como na mais recente, com Neil deGrasse Tyson) e O Mundo de Beakman, além de canais exclusivamente dedicados a esse tipo de programação. Alguns mais densos e existencialistas, outros um apanhado de trivias e curiosidades nos moldes das revistas Mundo Estranho e Superinteressante, para ficar em exemplos nacionais impressos. O recém-lançado White Rabbit Project se encaixa na segunda categoria, e tirando a estética semi-futurista dos seus displays de touch screen transparentes (alô Hans Donner) e o irritante hábito contemporâneo de se transformar tudo em competição de reality show, provê uma boa dose de entretenimento, cultura inútil e conhecimentos gerais.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

instrumentos virtuais e trilhas de cinema




Outro dia esbarrei com essa playlist da Vienna Symphonic Library no incrível mundo do YouTube, trazendo entrevistas com diversos compositores (Danny Elfman, David Newman, Blake Neely, Alexandre Desplat, Daniel Licht, Kevin Kliesch, Joe Kraemer) de cinema e televisão sobre seu fluxo de trabalho e sua relação com os instrumentos virtuais da VSL. Muito interessante ver o processo de composição, e como atualmente é preciso criar um mockup da trilha praticamente finalizado para ser aprovado pelo estúdio ou pelo diretor. O compositor, hoje, tem acesso a samples realistas de uma infinidade de instrumentos e dinâmicas, e isso influencia completamente a forma de se compor, permitindo a substituição de qualquer som a qualquer instante, a audição instantânea da obra em tempo real e a criação do arranjo e da mix em paralelo à própria criação musical (algo a que nos acostumamos na gravação caseira em software). Na maioria das vezes, as cordas e sopros são regravados por uma orquestra real, mas muito do mockup permanece no trabalho final (em geral a percussão, além dos sons "irreais" ou não-acústicos). Todos mencionam a importância de um template para agilizar o trabalho, a organização dos instrumentos já carregados e prontos para serem utilizados, e comentam a possibilidade de se combinar dois ou mais sons para criar timbres impossíveis de se obter no mundo real, embora soem plausíveis. Além do papel da tecnologia na música, é um prato cheio para quem se interessa pelo assunto da trilha de cinema, o papel do compositor em "servir o filme", como se dá o trabalho com diferentes diretores e como a indústria funciona na prática.

domingo, 20 de novembro de 2016

e se

Por vezes o introvertido será tomado por tímido, anti-social, misantropo ou simplesmente incapaz de comunicar-se com o mundo e seus habitantes, enquanto, ao tentar ocasionalmente abrir a boca com o intuito de externar alguma constatação pertinente ou avisar aos outros sobre o iceberg que se aproxima, prestes a chocar-se contra o navio, não é sequer notado, já que todos estão ocupados demais falando sobre si mesmos. O palco é de quem gritar mais alto, fica cada vez mais claro. Estará, sim, em constante e intenso diálogo interno, tanto que por vezes poderá deixar escapar alguma consideração mais veemente ou mesmo ríspida, enquanto tenta convencer ou dissuadir a si mesmo de algum assunto qualquer de suma importância, embora discorde.

O introvertido também será, com frequência, paranóico, neurótico e hipocondríaco. Solitários todos são. Ao preencher os citados requisitos, certamente ocupará a maior parte do seu tempo desperto ‒ e possivelmente durante o sono ‒ conjecturando sobre os possíveis e terríveis desdobramentos dos desdobramentos dos desdobramentos da menor hipótese improvável e sem qualquer relevância, mas que lhe parecerá urgente, crucial, crítica. O introvertido paranóico exemplar está sempre muitos passos à frente de si mesmo, e por andar tão ocupado em evitar os obstáculos futuros e imaginários que inventa, acaba tropeçando nos próprios calcanhares o tempo todo.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

chapa mamba — remoto

terça-feira, 25 de outubro de 2016

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

chuchu beleza

terça-feira, 4 de outubro de 2016

divulgação


saiu uma matéria falando sobre os 
últimos lançamentos da chupa manga recs.
com spoilers do que virá em breve


sexta-feira, 30 de setembro de 2016

na mesma linha

Aderbal Silmeira, vulgo Silmeirinha, candidato a vereador pelo PHB, na verdade atua primeiramente como motorista do C-10, vulgo Fátima/Central, além de acumular as funções de cobrador e vendedor de guloseimas, tudo isso durante o itinerário. Não satisfeito em empurrar balas pastilhas e jujubas aos passageiros enquanto cobra a passagem e calcula o troco, anuncia, entre uma curva e outra, sua extraordinária candidatura; obrigando todos a ouvirem o pavoroso jingle repetidas vezes durante o trajeto que, acredite, nunca pareceu tão longo. Sorte a dos que saltam ainda nos arcos da Lapa, antes do pequeno mas infeliz congestionamento que sempre se forma a essa hora na avenida Mem de Sá. Apesar de versátil multi-tarefas, Silmeirinha as realiza todas com a mesma incompetência e desleixo e, enquanto dirige o ônibus com o som no último volume, ainda arruma tempo para discutir com a senhora que, segundo ele, entrou pela porta de trás sem pagar o bilhete; ao que os outros passageiros contestam em tom desaprovador e têm de descer nos pontos errados, já que ele não lhes dá a mínima atenção. Se pudessem, certamente todos votariam pelo impeachment do motorista ali mesmo.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

música eleitoral


Dia desses, minha mulher lembrou de uma frase que eu havia dito sem pensar muito: o patamar mais baixo da música é o jingle político. Vocês hão de convir que não há nada mais irritante — exagero, eu sei — do que um sertanejo, baião, ou outro estilo popular qualquer, devidamente higienizado, com uma letra mal encaixada louvando esse ou aquele candidato. A tentativa patética de, humanizando-o, caracterizá-lo como "do povo", "um cara comum", "um homem (ou mulher) de visão" ou qualquer outra baboseira do tipo, não apenas soa tão falsa quanto um anúncio de água em póTM, como expande o significado do termo "genérico". Me faltam o tempo e, francamente, a paciência para tanto, mas é possível que uma pesquisa, mesmo que superficial, consiga traçar os perfis básicos do jingle político brasileiro em alguns poucos estilos e métricas nas últimas décadas. [1]

terça-feira, 27 de setembro de 2016

son of computer music