Cria do conhecido "Mythbusters", novo programa da Netflix também traz algumas curiosidades para os interessados no mundo dos sons.
O fenômeno dos programas televisivos científicos não é exatamente recente, reunindo clássicos tão distintos quanto Cosmos (tanto na versão original com Carl Sagan como na mais recente, com Neil deGrasse Tyson) e O Mundo de Beakman, além de canais exclusivamente dedicados a esse tipo de programação. Alguns mais densos e existencialistas, outros um apanhado de trivias e curiosidades nos moldes das revistas Mundo Estranho e Superinteressante, para ficar em exemplos nacionais impressos. O recém-lançado White Rabbit Project se encaixa na segunda categoria, e tirando a estética semi-futurista dos seus displays de touch screen transparentes (alô Hans Donner) e o irritante hábito contemporâneo de se transformar tudo em competição de reality show, provê uma boa dose de entretenimento, cultura inútil e conhecimentos gerais.
sábado, 17 de dezembro de 2016
sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
instrumentos virtuais e trilhas de cinema
Outro dia esbarrei com essa playlist da Vienna Symphonic Library no incrível mundo do YouTube, trazendo entrevistas com diversos compositores (Danny Elfman, David Newman, Blake Neely, Alexandre Desplat, Daniel Licht, Kevin Kliesch, Joe Kraemer) de cinema e televisão sobre seu fluxo de trabalho e sua relação com os instrumentos virtuais da VSL. Muito interessante ver o processo de composição, e como atualmente é preciso criar um mockup da trilha praticamente finalizado para ser aprovado pelo estúdio ou pelo diretor. O compositor, hoje, tem acesso a samples realistas de uma infinidade de instrumentos e dinâmicas, e isso influencia completamente a forma de se compor, permitindo a substituição de qualquer som a qualquer instante, a audição instantânea da obra em tempo real e a criação do arranjo e da mix em paralelo à própria criação musical (algo a que nos acostumamos na gravação caseira em software). Na maioria das vezes, as cordas e sopros são regravados por uma orquestra real, mas muito do mockup permanece no trabalho final (em geral a percussão, além dos sons "irreais" ou não-acústicos). Todos mencionam a importância de um template para agilizar o trabalho, a organização dos instrumentos já carregados e prontos para serem utilizados, e comentam a possibilidade de se combinar dois ou mais sons para criar timbres impossíveis de se obter no mundo real, embora soem plausíveis. Além do papel da tecnologia na música, é um prato cheio para quem se interessa pelo assunto da trilha de cinema, o papel do compositor em "servir o filme", como se dá o trabalho com diferentes diretores e como a indústria funciona na prática.
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